sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ESCRITORES QUE PARTICIPARÃO DO CORREDOR LITERÁRIO DA FLAP FORAM APRESENTADOS NESTA SEXTA

O grupo de organização da 1ª Feira de Livros do Amapá (Flap) trabalha a todo vapor nos preparativos do evento, que ocorrerá no período de 3 a 6 de novembro, em Macapá. Dentre as ações de pré-lançamento foi oferecido um café da manhã nesta sexta-feira, 19, às 8h30, ao lado da Casa do Artesão, onde funciona o escritório da Flap, para apresentação dos 44 escritores amapaenses que participarão do Corredor Literário à sociedade.

Autores de poemas, contos, repentes - o Corredor Literário vai homenagear escritores de todos os estilos, da velha e da nova geração. Desses, 12 têm livros publicados.
"O objetivo do Corredor Literário é promover a divulgação dos nossos escritores através da literatura invadindo as ruas, criando um espaço democrático, aberto ao público. Também é uma ação para que eles se empoderem de seu talento, uma vez que uma pequena mostra de seu trabalho poderá ser conhecida por todos", explica Carla Nobre, uma das coordenadoras da Flap.
O Corredor Literário será composto em um circuito que vai desde a Biblioteca Pública Elcy Lacerda até a Casa do Artesão. Nesse percurso, durante todo o período do evento, serão dispostos os 44 banners dos escritores com seus referidos textos, performances de estátuas vivas com o grupo Imagem e Cia.; contação de estórias, ao lado do Teatro das Bacabeiras, envolvendo diversos grupos e uma bela exposição confeccionada pela Associação Macapaense de Artesãos e Artistas (Amaarte), com reprodução de elementos da literatura em grandes molduras, espalhadas pelo Corredor, como a carruagem da Cinderela, Rapunzel, Boto, Arco-íris com o pote de ouro, as canoas da Amazônia e tantas outras referências saídas dos livros para a realidade. Tudo para encantar os visitantes.
Flap e Plano Nacional de Livro, Leitura e Literatura
A Flap é uma das ações inseridas no Plano Estadual do Livro e da Leitura, que está sendo implementado pelo governo do Estado em consonância com o Plano Nacional. O investimento do governo nesse festival literário será de aproximadamente R$ 263 mil e visa o incentivo à leitura e o fortalecimento da literatura no Estado.
Para a implementação do Plano Estadual, o governador Camilo Capiberibe instituiu um grupo de trabalho formado pelos titulares da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Zé Miguel; Escola de Administração Pública do Estado, Izabel Cambraia; Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Maria Lúcia Teixeira Borges; secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Elda Araújo; coordenadora do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) no Estado, Carla Nobre; e o coordenador de Eventos do governo estadual, Jean Alex Nunes.
Camilo criou também, para fazer o acompanhamento desse processo do Plano, uma gerência, vinculada à Secult, tendo à frente a ex-livreira e agora coordenadora do Livro e da Leitura, Ângela Carvalho. Ela, juntamente com a Gerência de Projetos dessa secretaria, trabalha nos editais que serão lançados durante a Flap.
A primeira edição da Flap tem como tema "Rio acima Mar abaixo", inspirada no livro de Rogério Andrade Barbosa, pós-graduado em Literatura Infantil Brasileira na UFRJ, autor de vários outros títulos, que se encantou com o folclore e as lendas do Amapá e, em conversa com populares, descobriu muitas riquezas e resolveu escrever sobre elas. Rogério participará da Feira e, no dia 24 deste mês, também como ações pré-Flap, estará na Biblioteca Elcy Lacerda e no Museu Sacaca, dia 25.
Durante os quatro dias de evento estão previstos lançamentos de livros, "Rufar Literário", que será apresentado nas escolas, mesas de debates, exposição de arte visual, o governo já está disponibilizando cerca de R$ 93 mil em vale-livro para alunos, acadêmicos e professores, apresentações teatrais, contações de histórias, oficinas, recitais, palestras, saraus, participação de mais de 70 escritores, 12 editoras, lançamento de editais.
Escritora quilombola como patrona da Flap
A escritora e artesã Esmeraldina Santos, moradora do quilombo do Curiaú, foi escolhida para ser a patrona da feira. Sua indicação deu-se pela valorização de seu trabalho e da luta para sair do anonimato, o que ela reconheceu durante a cerimônia.
Esmeraldina é integrante de uma das famílias tradicionais do Curiaú e despertou para a literatura após voltar a estudar, depois de adulta. Repetindo a tradição de negros amapaenses que descreviam seu cotidiano nos ladrões de Marabaixo, ela escreve o dia a dia da família e de seu povo em livros e contos.
"Os escritores do Amapá precisam sair do anonimato. Nossos livros têm que ser lidos, sei o quanto é importante esse reconhecimento, por isso acredito que a Feira vai contribuir para que livros de pessoas como eu estejam nas mãos e estantes de amapaenses e outros brasileiros", disse Esmeraldina no lançamento do selo da Feira, no Palácio do Setentrião, dia 18 de setembro. A escritora já publicou três livros: "História de Meu Povo", "As Aventuras de Dona Florzinha", "Uma Quilombola na Política", e está concluindo "Pensamentos de Esmeraldina". (Fonte: Rita Torrinha/Secult)

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