terça-feira, 16 de outubro de 2012

COOPERAÇÃO EDUCATIVA BOLÍVIA-BRASIL OFERECE OPORTUNIDADE DE INTERCÂMBIO

carlos javier
Carlos Javier Hinojosa, da Universidad Mayor de
San Andrés  (Foto: divulgação)

Alunos brasileiros podem participar de processo de seleção para estudar na Bolívia, que tem universidades de referência na área de medicina

Pode não parecer à primeira vista, mas a Bolívia é um destino interessante para os estudantes brasileiros que desejam aprimorar o currículo com uma experiência internacional. Desde a década de 50 o Acordo de Cooperação Educativa Bolívia-Brasil promove o intercâmbio de alunos dos dois países. Anualmente as universidades bolivianas abrem convocatórias e os interessados fazem uma bateria de testes e devem apresentar um bom currículo escolar. Os aprovados podem passar no máximo um ano e no mínimo um semestre estudando na Bolívia, explica Carlos Javier Hinojosa, coordenador de convênios e bolsas de estudos da Universidad Mayor de San Andrés (UMSA), em La Paz, uma das instituições que participa do projeto.

"A UMSA foi fundada em 1830, conta com 13 faculdades e 56 carreiras. Atualmente temos cerca de 80 mil estudantes e 3 mil professores, é a a maior instituição do país. No momento possuímos 118 convênios vigentes com universidades do exterior, entre eles 8 com instituições do Brasil, como a Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e PUC-RJ (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro). Mesmo sem estar vinculado a nenhuma instituição, o estudante pode estudar conosco, mas devem iniciar o processo com um ano de antecedência, porque temos poucas vagas”, explica o coordenador.
Dos 5 mil alunos que tentam uma vaga na UMSA anualmente, quase 3 mil querem estudar medicina, pois o curso da universidade é referência. A instituição recebe muitos alunos brasileiros que sonham em ingressar na carreira, pessoas como o paraense Rui Freitas Barbosa, que resolveu fazer as malas e apostar na formação fora do país. Em 2009 ele cursou um semestre em uma universidade privada, a Nossa Senhora de La Paz, e durante a estadia no país descobriu o Acordo de Cooperação Educativa Bolívia-Brasil. Sem muita esperança, ele se inscreveu e nem acreditou quando foi selecionado.
“Fiz curso de enfermagem e tinha uma vontade muito grande de estudar medicina, mas era difícil por conta das condições financeiras. Quando soube do convênio de estudos, entrei em contato com a Embaixada da Bolívia no Brasil, responsável pelo processo, mas nem achava que fosse conseguir, porque a concorrência é grande. Foi uma alegria muito grande quando vi meu nome na lista de aprovados, minha perna tremeu. Comecei a estudar em março e o curso é bem puxado, temos aula em período integral e durante o ano todo. O convênio garante a vaga na universidade, mas não recebemos ajuda de custo, por isso meus pais estão bancando minha estadia, e sou muito grato a eles por isso. O nível do curso é tão elevado que nos permite trabalhar em qualquer lugar, e claro que eu gostaria de atuar no Brasil. Algumas pessoas fazem medicina e outros cursos pensando só em ganhar dinheiro, mas acho que o dever do médico é ajudar as pessoas, e isso que eu quero fazer, seja onde for”, completa. (Fonte: Globo Universidade)
As informações sobre o Acordo de Cooperação Educativa Bolívia-Brasil estão disponíveis no site da embaixada da Bolívia.

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