sábado, 27 de agosto de 2011

PROFESSOR LANÇA LIVRO SOBRE BRASILEIROS NA GUIANA

manoel pinto[2] O professor Manoel Pinto vai lançar o livro abaixo somente em Caiena, onde reside atualmente. É o resultado de quatro anos de pesquisa na Guiana Francesa. Trata-se de uma edição limitada, pois o livro saiu caro e é dirigido para intelectuais interessados no tema e para “colecionadores ricos”, brinca o autor. “O Fetiche do Emprego” foi contemplado com o “Prêmio NAEA/2008 de tese de doutorado”. Restam apenas 50 exemplares e podem ser adquiridos em Macapá com Silvana, no telefone (96) 32241082, ao preço de R$ 80,00.

 

O FETICHE DO EMPREGO_MANOEL PINTO Nome: O FETICHE DO EMPREGO - UM ESTUDO SOBRE AS RELAÇÕES DE TRABALHO DE BRASILEIROS NA GUIANA FRANCESA (Iglu Editora, S. Paulo, 2011)

Crítica: Este livro mostra as relações de trabalho de brasileiros na Guiana Francesa, e a inserção desses imigrantes no mercado de trabalho local. Em linhas gerais, ele faz uma reflexão sobre como as imigrações internacionais, em tempos de globalização, colaboram para desenraizar, excluir e incluir marginalmente milhares de trabalhadores brasileiros, que atuam no mercado guianense. O aumento do desemprego em escala mundial, a exigência de qualificação, a dificuldade temporal da reinclusão, a inclusão marginal, as formas precárias de trabalho, os dilemas étnicos, o rebaixamento da média salarial nos espaços de imigrantes ilegais, a terceirização/subcontratação do trabalho e o aumento da feminização das migrações constituem os eixos analíticos importantes desta obra. Esse trabalho primeiramente recupera o debate sobre as migrações internacionais, o processo de globalização e as mudanças no mundo do trabalho. A pesquisa reconstruiu a história das primeiras migrações de trabalhadores brasileiros para a Guiana Francesa na metade da década de sessenta do século XX, além de apresentar e abrir uma discussão sobre a própria sociedade guianense. Numa perspectiva de síntese, este trabalho tenta dimensionar o que é imigrante ilegal na Guiana Francesa e qual a consequência desse fato nas relações de trabalho dos brasileiros neste Departamento Francês. Na tentativa de construir uma sociologia da clandestinidade, este livro investiu numa possibilidade real de reflexão sobre o nosso tempo-presente, pleno de contradições raciais, econômicas, políticas, culturais e sociais.

Síntese biográfica: Manoel de Jesus de Souza Pinto é bacharel em Ciências Sociais (1992) e possui especialização em História da Amazônia (2000). Fez mestrado em Sociologia na UFPA(2003) e doutorado em Ciências Sócio-Ambientais pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (2008) NAEA/UFPA. Seu estágio pós-doutoral está sendo realizado no Centre National de Recherche Scientifique (CNRS). É professor Adjunto II da Universidade Federal do Amapá, onde desenvolve atividades no curso de Ciências Sociais e no Programa de Mestrado em Desenvolvimento Regional (MINTEG).

SOBRE DROGAS, DROGADOS E CRIMINOSOS


Reproduzo aqui parte da entrevista com o psiquiatra inglês Anthony Daniels sobre o que ele pensa em relação a viciados em drogas e criminosos na Inglaterra, publicada na revista VEJA, de 17.08.2011

ELES TÊM CULPA, SIM.
O psiquiatra e escritor inglês diz que as teorias sociológicas e psicológicas para explicar o crime e o vício em drogas produzem cidadãos que não assumem suas responsabilidades.

O senhor é a favor de prender consumidores de drogas?
A maneira como vemos o vício de drogas é errada. Tratamos os viciados como vítimas, incapazes de ser responsabilizados por suas escolhas. Isso é falso. Eles não são vítimas do seu próprio comportamento, não existe droga tão viciante a ponto de ser impossível livrar-se dela. Os drogados usam entorpecentes por uma decisão pessoal. Isso não significa que eu não me solidarize com essas pessoas. O estado mental que as drogas induzem é muito atraente para elas, em comparação com a sua realidade. Mas, quando cometessem algum crime, ainda que pequeno, sob efeito de drogas ou para comprá-las, os viciados deveriam ser forçados a entrar em uma clínica de reabilitação. Se não aceitassem o tratamento, deveriam ser mandados para prisão. Isso lhes daria motivação para levar a sério o processo de reabilitação, pois o maior problema com o vício é que as pessoas não encontram razões para parar. O medo da prisão pode ser uma delas. A outra é a certeza de ter uma vida melhor livre das drogas.

A prisão pode ser eficiente mesmo com a facilidade de conseguir drogas atrás das grades?
Sim, porque o indivíduo não estará na rua, violando a lei. A prisão não é uma instituição terapêutica. Sua função principal é prevenir crimes que um condenado poderia cometer se estivesse solto. Há também evidências de que, quanto mais tempo uma pessoa fica na cadeia menor a probabilidade de voltar à bandidagem depois de ser liberada. 

POESIA QUE ENCANTA


Saiu em DVD o documentário “Só dez por cento é mentira – a desbiografia oficial de Manoel de Barros”, filme que faturou o prêmio de Melhor Documentário no Festival de Paulínia 2009. Segundo o jornalista Severino Francisco, do Correio Brasiliense, Manoel nunca permitiu que gravassem uma conversa sua. No entanto, ele surpreendeu o diretor Pedro Cézar e concedeu um precioso depoimento para o documentário. Atualmente Manoel de Barros, aos 95 anos, é o poeta que mais vende livros no Brasil. Ele diz que: “A função da poesia não é informar: é encantar”. Severino diz que a poesia de Manoel é Feliz. Ele mistura os sons, os perfumes e as cores do Pantanal como se fosse um Rimbaud caboclo: “hoje eu desenho o cheiro das árvores”, dizo poeta. Confira alguns trachos falados pelo poeta no documentário.

“Ontem choveu no futuro”

“Poesia é voar fora da asa”

“O tempo só anda de ida
A gente nasce cresce amadurece
envelhece e morre.
Pra não morrer tem que
amarrar o tempo no poste.
Eis a ciência da poesia:
amarrar o tempo no poste”

“Poderoso não é aquele
que descobre o outro.
Poderoso para mim é aquele que descobre
as insignificâncias: do mundo e as nossas.
Por essa pequena sentença
me chamaram de imbecil.
Fiquei emocionado e chorei
Sou fraco para elogios”

“Poesia é a palavra que
Tem gorjeio dentro”

“Só quem inventa é dono”

“O olho vê.
A lembrança revê.
E o poeta transvê o mundo”

SUBPREFEITURA REALIZA BATALHA DE HIP HOP FEMININO

Evento vai apresentar grupos de hip Hop, palestra de conscientização anti drogas, DST/AIDS e concurso de Be Boys.

A subprefeitura da Zona Norte realiza nesta sexta-feira, 26 a partir das 13 horas na área de eventos a primeira batalha de Hip hop feminino. O evento acontece em parceria com o grupo de Be Girl da Zona norte que vem desenvolvendo ações de dança de rua e conscientização da cultura de Hip Hop.

Durante o evento serão apresentadas palestras sobre o movimento Hip Hop amapaense, combate as drogas e DST/AIDS. O evento apresenta ainda apresentações de grupos de hip hop masculino e feminino, encenação estilo break como a temática prostituição infantil, apresentação do grupo Rap Raciocínio da Ponte, grupo Jurado Bit Boys Movimento com a Boca, grupo Relato de Rua, Batalha de Be Boys e encerrando com a roda Livre Freestaille.

“Nossa expectativa é trazer o maior número de jovens da Zona Norte, fizemos uma grande mobilização nas escolas e em vários bairros. Vamos mostrar um pouco dessa cultura que vem tirando muitos jovens de situação de risco social”, disse a coordenadora do evento Jaqueline Silva. Fonte: Valdecir Bittencourt/ Assessor de Comunicação Social de SubPrefeitura da Zona Norte de Macapá)

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

clip_image001A 6º Conferência Legislativa sobre Liberdade de Expressão, realizada na terça-feira passada (23) na Câmara dos Deputados, debateu formas de combater a censura judicial aos meios de comunicação e as ameaças à livre circulação de informação na internet.

O evento promovido pelo Instituto Palavra Aberta teve a participação de jornalistas, deputados, integrantes do governo federal e representantes de veículos de comunicação.

No primeiro painel do debate, “Avanços e desafios da liberdade de expressão”, o jornalista e professor da USP/ESPM Eugênio Bucci falou sobre a censura imposta ao jornal O Estado de São Paulo, que já dura dois anos. Ele ponderou que a liberdade de imprensa teve avanços no país, mas que nunca deixou de estar na ordem do dia. “"E não é apenas um, mas foram dezenas os veículos jornalísticos que sofreram consequências dessa nova modalidade de censura (judicial). E essas ações, que resultam em censura judicial, quase sempre decorrem da demanda de políticos ou de parentes de políticos. “São os de cima que, contrariados, demandam a censura, e muitas vezes, vociferam contra a imprensa, arrancam microfones das mãos de jornalistas, amaldiçoam a imprensa”, afirmou Bucci.

O diretor de conteúdo do jornal O Estado de SP, Ricardo Gandour, criticou qualquer medida de restrição à liberdade de expressão. "[Algumas] manifestações vão no sentido de que um pouquinho de censura talvez proteja certos setores da sociedade. Esse raciocínio é perigosíssimo. Se um pouquinho de censura pode vir a ser benéfico, a primeira pergunta que surge é: quem determina a dose? E qual é o limite desse pouco? E por que não um pouquinho de mentira? De tortura?", complementou. "No início do processo (que impede o jornal de publicar informações sobre a Operação Boi Barrica), nós discutimos muito na Redação se era mesmo censura prévia ou se estávamos ali chateando os leitores com uma questão só nossa. Logo veio a conclusão de que se tratava mesmo de censura e essa forma de coerção não poderia ser tolerada”, disse o diretor.

Na avaliação de Gandour, o caso da censura ao Estado levantou o antagonismo do interesse público entre o juiz e o repórter. O repórter trabalha tentando antecipar a notícia na temperatura jornalística; o juiz tem seu ofício e seu método a posteriori. "Não pode dizer: ‘Eu te proíbo, em nome da lei, de editar o que eu estou imaginando que você vai editar’. É coerção. O único porto seguro é a liberdade plena."

Sigilos

Eugênio Bucci ainda defendeu que as autoridades ajudem a proteger a liberdade de imprensa e não interfiram na mediação do debate público. “A liberdade não é um conforto, mas um feitio do jornalista. Quem tem direito a uma imprensa livre é a sociedade”, complementou.

Durante a discussão, foram abordadas as duas formas de sigilo muitas vezes impostas pela Justiça. De acordo com Bucci, o trabalho dos jornalistas é essencial à sociedade porque os profissionais têm independência. "A imprensa só é essencial à sociedade justamente porque, não sendo governada pelos poderes do Estado, pode se empenhar com independência em descobrir os segredos que interessam ao cidadão. Logo, não há sentido querer impor à imprensa alguma forma de controle para que ela seja obrigada a preservar sigilos que não são dela", disse.

O professor disse ainda que não se pode punir jornalistas por terem divulgado informações ditas como “segredo de Estado”, por exemplo. “A imprensa não pode ser condenada a se dobrar a sigilos que não são dela. São da Justiça, do governo. Afinal, o que é a notícia se não um segredo revelado?”, indagou. “A função de guardar os segredos oficiais é das autoridades encarregadas, e não dos repórteres. Esses tem o dever público de tentar desvendá-los e, por meios lícitos, avaliar a pertinência de publicá-los”, acrescentou.

Valor da liberdade

Um dos participantes da discussão, o jornalista da Folha de São Paulo Fernando Rodrigues, disse que faltam no país a cultura e o valor da liberdade de expressão. "É muito difícil para todos nós imaginarmos que, algum dia, haverá na sociedade brasileira, num curto período, manifestações de massa a favor da liberdade de expressão. (...) Esse valor não existe", afirmou Rodrigues.

A necessidade de se garantir, em lei, o direito de acesso às informações públicas foi defendida por Rodrigues. "Quando um governante decide, por vontade própria, fornecer algumas informações, isso é muito bom. Mas o próximo que for eleito pode decidir que isso não seja mais necessário. É muito importante que exista uma lei aprovada que garanta isso de maneira perene a todos os brasileiros."

Na era da internet

No segundo painel da conferência, "Desafios da liberdade de expressão na era da internet” o ex-deputado federal e jornalista Fernando Gabeira fez um paralelo com décadas passadas. "O trote era exatamente o que se faz hoje na internet. A gente jamais admitiu a possibilidade de entrar com censura sobre o telefone", justificando sua posição pela ampla liberdade na rede.

Para a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS), é necessário que o Estado propicie essa liberdade. “Se esse Estado pode tornar seus dados transparentes, é garantidor da liberdade. Se passa a querer regular a nós todos na internet, em nome de crimes como pedofilia, se o Estado diz que é atrapalhado pelo excesso de informação e tecnologia, [ele] também atrapalha.”

Censura a filmes

O debate na Câmara também abordou a censura aos filmes "Je vous Salue, Marie", de Jean-Luc Godard, e o contemporâneo "A Serbian Film - Terror sem limites", que inclui cenas de pedofilia e necrofilia. Ambos sofreram restrição de divulgação.

"A ideia de que o Poder público pode conceder ou negar permissão para que alguém manifeste sua arte ou seu pensamento é até hoje aceita entre nós, ainda que com mal entendidos, ainda que zonas de sombra persistam, ela ainda é aceita", criticou Bucci.

Valor fundamental

A presidente executiva do Instituto Palavra Aberta, Patrícia Blanco, citou avanços recentes no país em busca da garantia da liberdade de expressão. Entre eles, o Programa Permanente de Autorregulamentação criado pela Associação Nacional de Jornais. A iniciativa indica boas práticas que podem ser seguidas pelos associados e implementação em suas empresas. “É preciso estar sempre vigilantes para que os princípios fundamentais essenciais para o exercício da democracia não sofram retrocesso”, disse.

O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), disse que a liberdade é um valor fundamental que reafirma a democracia do país. “A liberdade de expressão é superior a qualquer benefício que o cidadão possa ter na sua história. É uma pérola, uma riqueza que conquistamos e não podemos entregar a ninguém.”

Para a secretária de Comunicação Integrada da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Yole Mendonça, o tema liberdade de expressão é mesmo um dos pilares da democracia. “A liberdade de expressão é um dos temas exercidos diariamente no cotidiano do nosso trabalho. A chegada de novas mídias e o poder da internet, que nos surpreende a cada dia e que vem mudando o mundo, trazem reflexões importantes que não vão ser respondidas de imediato”, ressaltou.

A Câmara dos Deputados, por sua vez, já aprovou proposta de lei que cria regras para garantir a liberação de todas as informações sobre os atos dos poderes públicos (PL 219/03), O projeto está sendo debatido no Senado.

O Seminário teve o apoio da Abert, ANJ, Abap, Aner e ESPM. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert com informações da Agência Brasil)

É Big! É Big!

Em 26/08/11, meu amigo Raul Tabajara fez aniversário.
Em sua homenagem publico a letra da música folclórica "Pela Moda do Trevelê", de José José Caxias de Mendonça, gravada pelo Grupo Pilão.


Pela Moda do Trevelê

Folclore: José Caxias de Mendonça

Foi a 26 de agosto
Meu Deus me queira valer
Deu-se um grande barulhão
Pela moda do trevelê

Pela moda do trevelê
Eu vi duas mulher brigar
A Josefa Borboleta
E a Maria Tacacá

Lá se vem o Mestre Eufrásio
Tanto andava como corria
Pra desapartar o bolo
Da Josefa com a Maria

A Maria foi quem disse
Hoje eu vou te dar na boca
Pra tu largar o meu nome
Pra tu ver que eu não sou sopa

A Maria Tacacá
Só contava pavulagem
Chegou na hora da briga
Eu não conheci vantagem

A moda do trevelê
É moda de geringonça
Quem inventou essa moda
Foi José Caxias de Mendonça

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Estrada do Tempo - Carnaval

F28 Olha aí o Sacaca e a Alice Gorda. Nossos eternos Rei e Rainha Momo. Saudades.

ESTRADA DO TEMPO – Time do Guarany Atlético Clube

F39_ Time de futebol feminino do Guarany Atlético Clube, gentilmente cedida pelo Mário Corrêa. Em pé: Rosa, Ocirema, Norma, Laura, Lucy Lacerda e Dos Anjos. Agachadas: (...) Leonor, Souza, Elcy Lacerda e Eliana. Se alguém se lembrar do nome da outra atleta, ou se a memória falhou, por favor, comente. Não podemos ficar reféns do esquecimento.

Coluna Canto da Amazônia - ZUNIDOR

MARTEL NO LOKAUAna_Valério_Fabinho_Hian

Nesta quinta-feira, 25, a cantora Ana Martel se esbalda em sambas e saudades no Bar Lokau, ali atrás da Praça Zagury. Ana não é só revelação. Revela o fundo da alma da Ana cantora e transmite a energia do equinócio nas ondas de sua bela voz. Os músicos Fabinho, Hian Moreira e Valério de Lucca acompanharão Ana no show.

RÉQUIEM FOR BILL

quadro bill

Soube que o artista plástico Bill Pickerel subiu há mais ou menos três meses para outra dimensão, em Belém-PA. A notícia foi dada por um irmão dele ao Ronaldo, dono do bar do Abreu, estabelecimento que o pintor frequentava antes de se mudar para Belém. Filho de americano e polêmico que só ele, Bill se caracterizava por carregar sempre uma cadelinha de carona na sua velha lambreta. Trabalhou como relações públicas na antiga Indústria de Comércio e Minérios do Amapá – ICOMI, da qual era defensor intransigente. Depois disso morou no Poço do Mato, no bairro do Laguinho, onde produziu muitas telas e chegou a fazer uma exposição no Macapá Hotel. Profissionalmente era muito respeitado entre os artistas e um “bom papo” por estar sempre atualizado. Devia ter aproximadamente uns 60 anos. “Requiem aeternam dona eis” (Dai-lhes o repouso eterno).

GLAUBER

glauber-rocha-Acontece até 22 de agosto até domingo, 28, com a exibição do filme “O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro” no Cine Paraíso, e a manifestação tropicalista de celebração “A falta que ele nos faz”, no Largo dos Inocentes, a programação do projeto “O Cinema de Glauber Falado de Novo”. O evento está sendo executado pelo projeto de cultura e meio ambiente da Amazônia “Navegando na Vanguarda”, sob a direção de Aroldo Pedrosa.

SAN-HÃ

aroldopedrosa_noite_de_chuva_no_bar_abreu O poema sobre a indiazinha San-Hã, publicado aqui na coluna e atribuído ao fotógrafo Daniel de Andrade, na realidade é do poeta e produtor cultural Aroldo Pedrosa (foto). Fato confirmado por ele, que ficou de me dar mais informações sobre o caso da pequena waiãpi.

BESSA

bessa

O engenheiro Antônio Bessa foi a São Paulo participar de um concurso nacional de Poker. E ainda foi premiado, segundo ele, com uma boa grana, que deu para pagar as despesas da viagem. Ele espera que o esporte seja contemplado pelas Olimpíadas de 2016.

 

VESTIBULAR

capa_adoradoresO processo seletivo da UNIFAP traz na sua programação de Língua Portuguesa a leitura interpretativa de um texto meu denominado “O Rio, o Forte e a Cidade”, que se encontra no livro “Adoradores do Sol – Novo Textuário do Meio do Mundo”, Sccorteci, S. Paulo, 2010. O livro pode ser adquirido na Banca do Dorimar, Livraria TransAmazônica e em outros pontos de venda da cidade. Quase 17 mil pessoas se inscreveram no vestibular deste ano, sendo 50% pelo ENEM. Cerca de oito mil são isentos. A leitura dos textos, entre os quais os dos autores Carla Alcântara, Drummond e Inglês de Souza, será obrigatória. A exemplo dos outros anos, com certeza vai imperar a indústria da cópia Xerox, dos espertalhões que cercam os cursinhos pré-vestibulares.

GREVEgreve_unifap

Enquanto isso a Universidade fez a sua paralisação na quarta-feira e realizou a assembleia geral dos servidores técnico-administrativos no portão principal do campus Marco Zero do Equador. Na ocasião foi votada a deflagração da greve geral para o dia 30 de agosto e escolhido o comando de greve. A maioria dos servidores participou.

CONFRARIA

paulobaastos_edson_ceara Depois da volta dos “Concertos de Verão”, promovidos pela Confraria Tucuju atrás da igreja velha de São José, no Largo dos Inocentes, os confrades e confreiras voltaram a frequentar o local, que já estava tomado por vândalos. Assisti ao concerto do multiinstrumentista Paulinho Bastos e um show de dança moderna muito bacana na sexta feira passada.

MUNHOZ 80

 munhoz_consolação Contando os meses para virar octogenário, o professor Antonio Munhoz Lopes não muda. Sempre brincalhão vai a todo lugar onde se faz cultura. Voltou de férias do exterior pela enésima vez. Faz aniversário em fevereiro do ano que vem, quando certamente vai ter uma festa do jeito que ele gosta: com muita comida regional. Preparem-se para a BLT. (Na foto com a a amiga Consolação.)

CÉSAR

cesarbernardo Pouca gente sabe, mas o mineiro-amapaense (nasceu em Volta Grande-MG, em 1952) César Bernardo de Souza, “casado com Consolação, pai de Tito, Fernando e Danilo, avô de Jéssica, Vili, Camilo e Letícia”, além de professor e radialista é um contista de fôlego. Confira isso lendo o texto “O Diamanteiro”, da Coletânea de Poetas, Contistas e Cronistas do Meio do Mundo (Contos), do Projeto Samaúma da Literatura Amapaense, organizada por Manoel Bispo (Gráfica e Editora JM, Macapá, 2010). Vale a pena.

NATHÁLIA PELAES

nando_nathalia_fernando Filha do meu amigo Tadeu Pelaes, Nathália vai colar grau no dia 27, em Direito. Já está prontinha para advogar, pois passou no exame de Ordem antes mesmo de se formar. Detalhe: já está cursando a escola de magistratura. Égua da pequena, mano! E o Tadeu vaga por aí sorrindo, todo prosa. Parabéns Nathália. (Na foto: Nando (Os Cometas), Nathália e eu em recepção no Macapá Hotel)

ENFIM, O RU

Vai ser inaugurado no dia 29 de agosto (segunda-feira) o esperado Restaurante Universitário da UNIFAP. O projeto é o resultado de duas emendas parlamentares da deputada federal Dalva Figueiredo (PT-AP): uma de R$ 1 milhão para construção do prédio e outra de R$ 500 mil para a aquisição de equipamentos. O preço da refeição será de R$ 4,35 para servidores e de R$ 1,50 para alunos. Neste semestre 400 alunos carentes (cadastrados) ficarão isentos de pagamento. O RU é uma das conquistas da atual administração (promessa de campanha nas eleições para reitor) e a realização de um sonho dos estudantes da instituição. Beleza!

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

semana Entre 17 e 23 de outubro ocorre a Semana Nacional de Ciência & Tecnologia, com o tema “Mudanças Climáticas, Desastres Naturais e Prevenção de Riscos”. Todos os eventos da semana serão gratuitos e podem participar todos os interessados. Contato: www.semanact.mct.gov.br .

QUÍMICA

imagem1237[1] A Assembleia Geral das nações Unidas declarou 2011 como o Ano Internacional da Química (AIQ) e está estimulando todos os países a realizarem atividades para aumentar a consciência coletiva sobre a importância da química e suas contribuições para o bem estar da humanidade. Na SNCT serão promovidas atividades voltadas para o lema da AIQ no Brasil: “Química para um mundo melhor”. Inf: http://quimica2011.org.br

Coluna Canto da Amazônia - UNIFAP EM MAZAGÃO

AULA INAUGURAL DO UPV EM MAZAGÃO

MAZAGÃO NOVO O curso Unifap Pré-Vestibular (UPV) deu início às suas atividades na noite do dia 22, na quadra da Escola Estadual D. Pedro I, no município de Mazagão. Cerca de 300 estudantes da rede pública de ensino participaram da aula inaugural do projeto de extensão da UNIFAP.   O UPV disponibilizou 370 vagas, divididas em sete turmas, nos três turnos: uma turma pela manhã, duas à tarde e quatro noturnas. O curso Unifap Pré-Vestibular está presente atualmente em quatro municípios: Amapá, Oiapoque, Macapá e Mazagão, mas o objetivo da Universidade Federal do Amapá é implantar o UPV em todos os municípios do Estado. As próximas cidades contempladas serão Santana, Ferreira Gomes, Calçoene e Laranjal do Jarí. Ao todo, serão 3.000 vagas ofertadas até meados de 2012.

UPV 2

O UPV tem caráter continuo, ocorre ao longo de todo o ano, cinco dias por semana.  Os estudantes serão preparados para os vestibulares de todas as instituições de ensino superior e técnico do Estado, além de concursos públicos. Ele existe há 10 anos na capital. Na aula inaugural o reitor da Unifap, José Carlos Tavares, informou que desde 2006 existia a vontade de iniciar a interiorização do UPV, mas o processo emperrava na falta de recursos. “Com algumas idas e vindas à Brasília conseguimos a verba necessária para estender a Unifap para além dos muros da instituição a partir de 2007, lembrou José Carlos Tavares. O reitor também afirmou que é essencial a parceria com as prefeituras dos municípios para o sucesso do projeto. Além de ampliar o número de estudantes oriundos da rede pública de ensino na Instituição Federal, o UPV também funciona de laboratório para os acadêmicos da graduação que cursam os últimos semestres na Unifap. Os professores-monitores, responsáveis por manter e ampliar o índice de 40% de aprovação nos vestibulares dos alunos do UPV, têm a oportunidade de exercitar o conteúdo adquirido em sala de aula ao longo de quatro ou cinco anos de estudos. (Fonte: Assessoria Especial da Reitoria)

Coluna Canto da Amazônia - EXPOSIÇÃO LITERÁRIA

“A METAMORFOSE PELO PENSAMENTO”

Acontecerá no dia 25.O8.2011, na Escola Estadual Tiradentes, às 19h. Alunos e professores das áreas de Língua Portuguesa e Literatura estarão expondo: Revistas Literárias, Revistas Argumentativas, III Edição do Jornal “Ideologia Imaginária” e painéis.

O evento conta ainda com dramatizações, recitação de poemas e uma bela performance do Tatamirô Grupo de Poesias , com a temática: Minhocas na Cabeça.

Organização: Risolete Araújo, Adriana Abreu, Joana, Micarla, Leandro

Apoio: Escola Tiradentes

Tatamirô Grupo de Poesia (Fonte: www.tatamirogrupodepoesia.blogspot.com)

Coluna Canto da Amazônia - UNIFAP FAZ PARALIZAÇÃO

unifap_gavião_auditorio Professores e Técnicos Administrativos da UNIFAP, reunidos em Assembleia Geral, respectivamente dias 17 e 18 de agosto de 2011, deliberaram por paralisar no dia 24 de agosto como forma de demonstrar sua insatisfação frente ao descaso do governo federal com os trabalhadores das Universidades Federais.

As duas categorias têm tentado negociar desde o início do ano, mas o governo federal protela qualquer acordo ao não apresentar propostas concretas e que atendam os anseios dos trabalhadores. As reivindicações das duas categorias têm em comum a defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade e, por isso, defendem a reabertura de concursos públicos, além de salários e condições de trabalho dignas.

O REUNI, programa de expansão criado pelo governo e implantado pelas reitorias, aprofundou ainda mais as péssimas condições de trabalhos a que técnicos e professores estão submetidos. A expansão do número de técnicos e professores foi insuficiente para acompanhar a expansão de vagas de alunos. Na UNIFAP a carga horária dos professores tem triplicado, resultando na redução da qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão. O mesmo ocorreu com o acúmulo de trabalho para os técnicos administrativos. (Fonte: http://sindufap.wordpress.com )

Coluna Canto da Amazônia – Festival SESI de Música

CONTINUAM ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA O FESTIVAL SESI DE MÚSICA.

Continuam abertas as inscrições para a 3ª edição do Festival SESI Música. As inscrições podem ser feitas até o dia 02 de setembro, na sala de Atendimento de Lazer/Cultura - SESI nos horários: 08 às 12 e 14 às 18h.

O Festival SESI Música acontecerá em 02 etapas: 24 e 25 de Setembro, no Teatro das Bacabeiras; no dia 24 será a semifinal com 18 candidatos serão escolhidos 10 candidatos (05 Interpretação, 05 Música Inédita), para a final, que será no dia 25 de setembro.

A equipe de cultura do SESI está visitando junto empresas, com o intuito de incentivar a presença da música na vida dos trabalhadores e seus familiares, como elemento de desenvolvimento humano e bem estar. 

Atualmente, o Festival SESI Música conta com 32 candidatos inscritos, trabalhadores ou dependentes das empresas: Anglo American, Correios,
ARM Telecom, CICAL, Rádio Point, Regaj, Wl, Comau, Pão e CIA, Dielles, CAESA e Eletro Grupo.

As premiações para o primeiro, segundo e terceiros lugares, de cada categoria serão R$ 2.800,00, R$ 1.840,00 e R$ 1.200,00, respectivamente. (Fonte: Comunicação Sistema Fieap 3084-8944)

Coluna Canto da Amazônia - PRÊMIO ABDIAS NASCIMENTO

abdias-nascimento1 PRÊMIO ABDIAS NASCIMENTO DEDICADOS À IGUALDADE RACIAL

O objetivo da premiação é valorizar a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra.

Rio de Janeiro - Jornalistas de todo Brasil que tiveram reportagens publicadas entre 1º de janeiro de 2009 e 30 de abril de 2011 podem concorrer ao Prêmio Jornalista Abdias Nascimento. O prêmio é uma iniciativa da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), vinculada ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro (SJPMRJ), com patrocínios das fundações norte-americanas Ford e W. K. Kellogg. Serão aceitos trabalhos veiculados em emissoras brasileiras de televisão ou rádio, na mídia impressa e na internet. As inscrições estão abertas até o dia 19 de agosto. Em sua primeira edição, o prêmio distribuirá R$ 35 mil para as categorias Mídia Impressa, Televisão, Rádio, Internet, Mídia Alternativa ou Comunitária, Fotografia e a Categoria Especial de Gênero Jornalista Antonieta de Barros. O vencedor de cada categoria receberá a quantia de R$ 5 mil, conforme regulamento. O objetivo da premiação é valorizar a cobertura jornalística qualificada sobre temas relacionados à população negra. A ideia é estimular trabalhos que promovam a igualdade racial na mídia. www.premioabdiasnascimento.org.br (Fonte: Portugal Digital)

Coluna Canto da Amazônia - CULTURA DE CONTINUIDADE OU RUPTURA?

Ana-de-Holanda Ana de Hollanda veta R$ 12 milhões em convênios e há quem veja ação política no caso

Por Jotabê Medeiros 

O cancelamento de 11 convênios, no valor total de R$ 12 milhões (assinados na gestão de Juca Ferreira no Ministério da Cultura) pela atual gestão de Ana de Hollanda está provocando um racha no setor. Artistas e produtores de convênios cancelados avaliam que a atual ministra optou por uma ação de ruptura radical com o governo anterior, em vez de fazer um governo de continuidade, como apregoou quando assumiu.

Na SPFW, cancelamentos atingiram estilistas

Por Renata Prezia/AE

Na semana passada, o Estado noticiou o caso da Rede de Revistas, grupo que reúne publicações de artes, que viu seu convênio abruptamente suspenso após ter sido selecionado e passado por várias instâncias de avaliação. Essa semana, outras duas instituições, o Instituto E (de design) e a Associação Brasileira de Estilistas (Abest), acusaram a descontinuidade de seus projetos.

O Instituto E tinha visto a aprovação, no ano passado, do projeto Design Sustentável para Equipamentos Culturais e Mobiliário Urbano, orçado em R$ 2.735.419,24 (incluindo as contrapartidas e os desembolsos). "O que o MinC alega são problemas processuais, dos quais caberia a ele mesmo a resolução, solicitando que sejam completadas as informações. Os problemas burocráticos, no caso do Instituto E, já tinham sido resolvidos. E o cancelamento foi de modo arbitrário e sem direito a resposta", afirmou nota do porta-voz do projeto.

Já o projeto cancelado dos estilistas envolveria o apoio de desfiles internacionais com os brasileiros Pedro Lourenço, Alexandre Herchcovitch e Carlos Miele e premiaria dois estilistas de destaque nas principais semanas de moda do ano passado. O apoio do Estado brasileiro à indústria de moda nacional tem sido incentivado desde a gestão Gilberto Gil, e a própria ministra Ana de Hollanda esteve na SP Fashion Week para ilustrar sua preocupação com o setor.

Na ultima Conferência Nacional de Cultura em 2010, moda, design e arquitetura passaram a ser reconhecidos como cultura pelo MinC e foram definidas estratégias para essas áreas. A nova Lei Rouanet, em trâmite no Congresso, prevê a inclusão do setor em um fundo setorial.

Coluna Canto da Amazônia – Cordel nas Escolas Brasileiras

SOCIÓLOGO DEFENDE ENSINO DA LITERATURA DE CORDEL NAS ESCOLAS BRASILEIRAS

CORDEL4 O 1º Fórum de Cordel em São Paulo reunirá este mês acadêmicos, pesquisadores e poetas para debater a importância do ensino dessa arte.

São Paulo - A literatura de cordel tem um papel fundamental na história do Brasil, mas esse gênero ainda é muito desconhecido, lamenta o professor de sociologia Fernando Antônio Duarte dos Santos, o Nando Poeta. Ele coordenará, no próximo dia 27, o 1º Fórum de Cordel em São Paulo, que reunirá acadêmicos, pesquisadores e poetas para debater a importância do ensino dessa arte nas escolas de ensino médio e fundamental.

Nascido no Rio Grande do Norte, Nando Poeta leciona há quatro anos em uma escola estadual da zona sul da capital paulista. Ele é um dos defensores dessa difusão cultural. “O cordel ainda é muito excluído da academia, com algumas exceções, a exemplo da USP [Universidade de São Paulo], que tem uma cadeira para o estudo.” Segundo o professor, mesmo no Nordeste, os espaços ainda são muito fechados.

Para Nando Poeta, o fato de a literatura de cordel estar muito direcionada às temáticas sociais torna ainda mais importante a ampliação de espaços para o ensino desse gênero.

De acordo com o professor, uma das obras de cordel mais requisitadas é a de autoria de José Pacheco: A Chegada de Lampião no Inferno. Um dos trechos diz: “Um cabra de Lampião/Por nome Pilão Deitado/ Que morreu numa trincheira/Em certo tempo passado/Agora pelo sertão/Anda correndo visão/Fazendo mal-assombrado.”

No cinema, o cordel também foi adotado em trabalhos como O Homem Que Virou Suco, filme brasileiro de 1981, dirigido por João Batista de Andrade, e Deus e o Diabo na Terra do Sol (1964), de Glauber Rocha. (Fonte: Portugal Digital)

Coluna Canto da Amazônia – Pororoca Cultural

ARTISTAS E EDUCADORES PROMOVEM POROROCA CULTURAL NO RIO MACACOARI - AP‏

jonas_banhos_thumb[2] Promover entre os ribeirinhos do Amapá o prazer da leitura de forma lúdica e expor diversas manifestações artísticas. Com este objetivo, arte-educadores do Movimento Nossa Casa de Cultura e Cidadania estarão entre os dias 25 de agosto e 2 de setembro realizando uma verdadeira Pororoca Cultural no Rio Macacoari .
Para essa mochilada pelas comunidades São Tomé, Igarapé dos Porcos, Foz do Rio Macacoari e Carmo do Macacoari, todas no município de Itaubal (AP), a turma da NossaCasa convidou o Coletivo Arteliteratura Caimbé, de Roraima (www.caimbe.blogspot.com), representado pelo escritor Edgar Borges, que se encarregará de compartilhar um pouco da literatura roraimense com os ribeirinhos.
Além disso, haverá muita poesia; incentivo à leitura dos gibis doados na campanha de arrecadação feita pela NossaCasa (Confira nestre link: http://t.co/o5yJgoD); contação de histórias pelos mestres das comunidades; artReciclagem; exibição de filmes educativos; oficina de criação literária; audição de poesias; brincadeiras com o Palhaço Ribeirinho; exercício de comunicação livre, com a Rádia Megafônica NossaCasa; exposição fotográfica; oficina de fotografia e rodas de conversa sobre editais do Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura - MinC.
A realização desta Pororoca Cultural é um das atividades do projeto
Mochileiro Tuxaua Cultura Viva - Do Oiapoque ao Chuí, idealizado pelo
arte-educador Jonas Banhos, premiado pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Cidadania Cultural, com o Prêmio Tuxaua Cultura Viva 2010.
Esta foi a única iniciativa do Amapá selecionada pelo Ministério da Cultura,que contemplou 44 projetos de outros estados neste prêmio. Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o blog Mochileiro Tuxaua:
http://mochileirotuxaua.blogspot.com/p/projeto-mochileiro-tuxaua-cultura-viva.html.

Coluna Canto da Amazônia - SECULT REALIZA CURSO DE GESTÃO CULTURAL

O Instituto Itaú Cultural, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura do Amapá (Secult) e a Universidade Aberta do Brasil, organiza o curso Gestão e Políticas Culturais. Direcionado a gestores públicos e privados e profissionais do setor cultural, o encontro acontece entre os dias 29 e 31 de agosto, 01 e 02 de setembro, no Auditório da Universidade Aberta do Brasil, na Escola Gabriel de Almeida Café.

Criado em 2006, o Observatório Itaú Cultural configura-se como um espaço de reflexão e pesquisa sobre o setor cultural, que também contribui para a formação de recursos humanos. A gestão da cultura exige cada vez mais competências na articulação de conhecimento dos contextos culturais com os pressupostos da administração, da produção, da economia e das políticas. A formação de quadros profissionais, com embasamento teórico e capacidade de intervenção em realidades locais, é imprescindível para que haja investigação de qualidade e gestão especializada.

O curso Gestão e Políticas Culturais tem como proposta realizar capacitação introdutória de agentes e gestores no setor da cultura para que possam lidar melhor com as especificidades da administração pública e compreender as diversas demandas culturais e os novos desafios. O programa reúne professores e pesquisadores, reconhecidos em todo o Brasil, para apresentar-lhes um panorama das diversas abordagens da gestão: políticas culturais e desenvolvimento humano, políticas públicas, produção cultural, sistemas de financiamento, sustentabilidade, economia criativa, direito autoral e novas mídias, diversidade cultural, gestão e patrimônio histórico e economia da cultura. (Informações e Inscrições: Secult Amapá, E-mail: rdoborges@secult.ap.gov.br

Coluna Canto da Amazônia – Piano nas Estradas do Amapá

ARTHUR MOREIRA LIMA LEVA “UM PIANO NA ESTRADA” A SEIS MUNICÍPIO DO AMAPÁ

Arthur_Moreira Pianista de renome nacional e internacional, Arthur Moreira Lima traz ao Amapá, no mês de setembro, o seu "Um Piano na Estrada". Com o apoio do Governo do Estado, através da Secretaria de Estado da Cultura, o caminhão-teatro vai realizar concertos nos municípios de Macapá, Santana, Ferreira Gomes, Tartarugalzinho, Calçoene e Oiapoque.

O concerto tem cerca de 1h30 de duração. No repertório, obras de Bach, Mozart, Beethoven, Chopin, Liszt, Pixinguinha, Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, Luiz Gonzaga, Astor Piazolla, entre outros compositores, além da Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro. Um espetáculo para o povo, gratuitamente. O projeto vem de encontro com a proposta da Secretaria de Estado da Cultura do Amapá, cuja principal ação é a de descentralizar a cultura, formar público e difundir a arte.

Num fato inédito na música clássica no Brasil, o pianista Arthur Moreira Lima criou seu caminhão-teatro como forma de levar a música de concerto aos mais diversos públicos. No veículo, o pianista já realizou mais de 300 apresentações, levando cultura a quase um milhão de pessoas, em cerca de 170.000 km de percurso pelo País.

Arthur Moreira Lima

Considerado uma das mais importantes personalidades da cultura brasileira, Arthur Moreira Lima projetou-se internacionalmente no Concurso Chopin de Varsóvia (1965). Laureou-se também nos Concursos de Leeds (Inglaterra 1969) e Tchaikovsky (Moscou 1970). Desde então tem feito turnês em todos os continentes, lotando as principais salas de concerto do mundo. 
Entre as orquestras e regentes famosos com quem já tocou estão as Filarmônicas de Varsóvia, Leningrado e Moscou, as Sinfônicas de Berlim, Viena, Praga, BBC de Londres, National da França, entre outros. Nasceu no Rio de Janeiro, Arthur Moreira Lima começou a estudar piano aos seis anos, e já aos nove tocava um concerto de Mozart com a Orquestra Sinfônica Brasileira. Seus mestres foram Lúcia Branco (Rio de Janeiro), Marguerite Long (Paris) e Rudolf Kehrer (Conservatório Tchaikovsky de Moscou).

Sua obra brilhante e seu projeto Um Piano na Estrada foram destaque na mídia nacional e internacional: Programa Jô Soares, Fantástico, Programa Mais Você, revista Trip, revista Caras, Domingão do Faustão, TV estatal do Canadá, entre outras.
No Amapá, os concertos serão realizados nos seguintes municípios, os locais estão sendo definidos:

Macapá - 15 de setembro/ Santana - 16 de setembro/ Ferreira Gomes - 17 de setembro/ Tartarugalzinho - 19 de setembro/ Calçoene - 21 de setembro/ Oiapoque - 23 de setembro (Fonte: Rita Torrinha)

Coluna Canto da Amazônia – Voz do Brasil

CCJ DA CÂMARA APROVA PROJETO QUE FLEXIBILIZA PROGRAMA ‘VOZ DO BRASIL’

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados aprovou no dia 17/08 o projeto de lei que autoriza as rádios a transmitir o programa ‘A Voz do Brasil’ com início entre 19h e 22h. Atualmente, é obrigatória a veiculação às 19h.

O texto aprovado mantém o horário atual para as emissoras públicas. A proposta foi apresentada em 2003 pela deputada Perpétua Almeida (PC do B-AC) e tramitou em cinco comissões da Câmara e do Senado, sofrendo alterações.

Para o presidente da Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Emanuel Carneiro, a aprovação é um ganho para toda a sociedade. “Com a flexibilização, será possível ouvir o programa em horários alternativos, de acordo com a realidade local, a grade da emissora e a necessidade do cidadão”, afirma.

Segundo ele, em grandes cidades as pessoas precisam muito de informação sobre o trânsito no final do dia. Nestes casos, a Voz do Brasil deverá ser veiculada mais tarde. Já em cidades menores, nas quais a rotina é diferente, não deve necessariamente haver mudança de horário do programa, explica Carneiro.

O PL 595/03, relatado na CCJ pelo líder do governo no Congresso, Mendes Ribeiro Filho (PMDB-RS), segue agora para votação em plenário. Se aprovado, vai à sanção presidencial.

Nos anos 30, quando o então presidente Getúlio Vargas criou o programa, os poderes públicos não dispunham de meios de comunicação para informar o cidadão. Hoje, o sistema governamental e educativo soma 648 emissoras de rádio e televisão. “O país mudou profundamente, e o programa também precisa mudar”, explica Carneiro.

Em entrevista recente à Abert, Perpétua Almeida disse que o principal avanço do projeto é acabar com a imposição de horário. “A proposta ainda retira a obrigatoriedade à empresa e ao cidadão. Garante a liberdade de escolha e isso é democracia”, disse a autora do projeto.

A Voz do Brasil tem duração de uma hora, dos quais 25 minutos são utilizados pelo Poder Executivo, 5 minutos pelo Poder Judiciário e 10 pelo Senado e 20 pela Câmara (Fonte: Agência Câmara/Assessoria de Comunicação da Abert)

Coluna Canto da Amazônia - COMÉDIA DEL’ACRE

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Dia 20 de agosto a Cia. Visse e Versa de Ação Cênica encantou o publico amapaense com sua Comédia Del’Acre. Como bem sugere o titulo do espetáculo, trata – se de uma companhia do Estado do Acre. A apresentação faz parte do circuito Amazônia das Artes, promovido pelos departamentos regionais, visando a articulação, o fomento e difusão de atividades artísticas nas linguagens de Música, Teatro, Dança e Artes Plásticas. O espetáculo foi encenado às 17 horas no Parque do Forte em única apresentação.

A peça narra a história do teatro mundial através de fragmentos de textos de renomados autores que marcaram esta trajetória, como Sófocles, Aristófanes, Shakespeare, Nelson Rodrigues e João Cabral de Melo Neto. Esta releitura possui estética voltada para a cultura popular, levantando questões acerca de valores éticos e morais, de forma leve e atrativa, regada a muita música e dança.

Ficha Técnica

Direção: Lenine Alencar Elenco: Ágatha Lima Claudia Toledo Dino Camilo Juliana Albuquerque Kilrio Farias Sacha Alencar Yuri Rosas Sonoplastia: O elenco. Figurino e Adereços: Claudia Toledo e Ágatha Lima.

(Fonte: Claudio Silva - Conselheiro Estadual de Cultura e Conselheiro de Pauta do Teatro das Bacabeiras)

Coluna Canto da Amazônia - Radiodifusão

DEPUTADO CRITICA ANATEL E DEFENDE RETORNO DAS DELEGACIAS REGIONAIS PARA FISCALIZAR A RADIODIFUSÃO

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O deputado Hidekazu Takayama (PSC-PR) critica o convênio que permite a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) fiscalizar o setor de radiodifusão. Ele afirma que não há respaldo jurídico para a decisão. Além disso, segundo o parlamentar, a agência não tem qualificação técnica para investigar infrações cometidas por emissoras de rádio e de TV.  “Usam equipamentos inadequados, erram coordenadas. Parece que há uma indústria da multa”, avalia. O deputado critica ainda o desaparelhamento das antigas delegacias regionais, braços do Ministério das Comunicações nos estados. Até a década de 1990, havia cerca de 18 delegacias. Hoje, existem apenas cinco, reabertas na gestão do ex-ministro Hélio Costa. Confira trechos da entrevista concedida pelo deputado à Abert.

1. O Ministério das Comunicações ampliou convênio com a Anatel para fiscalizar as emissoras de rádio e TV. Agora, a agência, além de fiscalizar as emissoras, verifica o cumprimento de obrigações em relação à programação e também abre processos nos casos de infrações. Qual é a sua avaliação sobre esse modelo?

Não é função da Anatel fiscalizar, nem apurar infração, nem multar. Não há respaldo jurídico. A agência não tem competência para lidar com a radiodifusão. Quando a Lei Geral das Telecomunicações foi criada, na gestão do ministro Sérgio Motta, ficou claro que a jurisdição das rádios e das TVs deveria ficar no âmbito de competência do Poder Executivo. Além disso, a Anatel não tem qualificação técnica para isso. A função da Anatel na fiscalização é atender, fiscalizar e multar, mas o setor de telecomunicações, jamais a radiodifusão.

2. Se a Anatel não tem competência e o Ministério das Comunicações não dispõe de quadros suficientes para fiscalizar o setor, qual é a solução então?
O retorno das delegacias regionais. Já se reconheceu que houve uma precipitação na eliminação das delegacias regionais. Foi um erro. A situação está tão problemática que, se não houver uma regulamentação, teremos mais problemas.  Além disso, os técnicos que fiscalizam o setor devem ser registrados no CREA, o que muitas vezes não acontece. O engenheiro formado na área de radiodifusão é diferente do que é formado em outras áreas da engenharia. Como vão requisitar técnicos que não entendem do setor para apurar infrações? Eles não têm competência e, tanto não têm, que as multas são as mais discrepantes. Tenho conhecimento de multa aplicada só porque uma informação no endereço de uma emissora estava errada. Isso não é passível de multa, é passível de orientação.

3.   Como o senhor avalia a atual fiscalização do setor?

Horrível. Está tão ruim que até 2009, dos 480 mil processos, só foram finalizados 60 mil. Existem milhares de pedidos, mas ficam criando formas para multar e acabam fazendo ‘bobagens’ por não estarem preparados. Usam equipamentos inadequados, erram coordenadas. Parece que há uma indústria da multa. Vamos ter que debater esse tema com os deputados. O trabalho dela (agência) que é o de fiscalizar as companhias telefônicas, ela não faz. Mas vem incomodar as pobres emissoras que prestam um serviço extraordinário nas cidades de pequeno e médio porte. As rádios que mal conseguem sobreviver levam pesadas multas. Isso desestimula o setor de radiodfusão, que já está enfrentando o problema das rádios comunitárias que operam ilegalmente.
Fonte: Gustavo Lima/Agência Câmara/ Assessoria de Comunicação da Abert)

Coluna Canto da Amazônia – Crimes contra Jornalistas

PRESIDENTE DA AIR DEFENDE MAIS RIGOR NA INVESTIGAÇÃO DE CRIMES CONTRA JORNALISTAS

image Luis Pardo Saínz, presidente da AIR

O presidente da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), o chileno Luis Pardo Saínz, disse nesta terça-feira, em Brasília, que tão importante quanto agravar as penas para crimes cometidos contra jornalistas é garantir a investigação, o esclarecimento e a identificação dos responsáveis. “Em boa parte dos casos, não temos resultado nas investigações.”
Saínz esteve reunido com o presidente da Abert, Emanuel Carneiro, os conselheiros Daniel Slaviero e Paulo Tonet Camargo, e o consultor jurídico da AIR, Alexandre Jobim.
Um relatório divulgado pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) aponta o Brasil como um dos países com maior número de assassinatos de jornalistas no primeiro semestre de 2011. O ranking é liderado pelo México, com cinco mortes, e Brasil e Honduras com quatro casos cada. Ao todo, foram 19 assassinatos no continente.
Para Saínz, o tema deve ser debatido amplamente nos países do continente e, como resultado, espera-se “não só o endurecimento das penas, mas o maior compromisso de Estados e governos com o esclarecimento desse tipo de crime”.
O empresário considera preocupante a situação de liberdade de expressão e de imprensa no continente latino-americano. Ele divide os países em dois grupos: o primeiro reúne os casos mais graves como Equador, Bolívia, Venezuela e Argentina. “Nesses países, onde se impõem políticas totalmente hostis aos meios de comunicação, os governos agem não só por ideologia, mas também por exercício do poder, por conveniência política”, afirma.
No segundo grupo estão os demais países como Chile, Brasil e Uruguai, “onde há democracia e respeito à liberdade de expressão”.  Saínz diz que também nestes casos são propostas iniciativas que muitas vezes buscam limitar a função da imprensa, porém, isso acontece “dentro do debate democrático com os Congressos e a sociedade”.
A AIR representa 17 mil emissoras de televisão e rádio das Américas, Ásia e Europa. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert)

Coluna Canto da Amazônia - CONCURSO GUIMARÃES ROSA 2011 IV JORNADA GUIMARÃES ROSA

Inscrições para publicação de prosas e poesias

REGULAMENTO
Art. 1º
– Por meio deste edital prorroga-se o prazo das inscrições para o Concurso Literário da IV Jornada Guimarães Rosa;

§ 1º: O tema é “Guimarães Rosa: vida e/ou obra”.

Das inscrições

Art. 2º – TODOS podem participar, desde que o texto seja escrito em língua portuguesa;

§ 3º: Os participantes serão divididos em grupos:

I. Estudantes de ensino médio (inclui os de pré-vestibular)
II. Estudantes universitários de todos os cursos: até três anos de formados
III. Escritores em geral (os que não se enquadram nas categorias I e II)

Art. 3º – As inscrições e envio de trabalhos serão realizados através do site www.sobramesmg.org.br   até  01 de setembro de 2011 (DATA LIMITE)

Art. 4º – Os trabalhos podem ser inscritos em duas categorias: 1- Prosa e 2- Poesia;

VER REGULAMENTO COMPLETO NO SITE http://www.sobramesmg.org.br

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Coluna Canto da Amazônia – Anibal Barcellos

BARCELLOS: DIABO E QUERUBIM NA TERRA DO EQUADOR

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Imagem disponível em: www.alcilenecavalcante.com.br

    Com 93 anos foi-se o demônio (para uns), foi-se o anjo (para outros). Annibal Barcellos foi o último representante da ditadura militar no comando do Amapá. Instalou-se por aqui em 1979 nomeado pelo então ditador-mor General Figueiredo e ficou até a formação da Nova República de Tancredo e Ulisses ( e Sarney), em 1985.

    Desde que chegou foi se entrosando e cooptando as famílias mais importantes e tradicionais, ganhando confiança e patrocinando anúncios dos principais jornais locais, não sem antes preparar a Polícia Militar do Amapá para lhe dar a segurança necessária à sua atuação. Enriqueceu dezenas de pessoas da noite para o dia e afastou sumariamente aqueles que lhe faziam oposição. Construiu prédios, embelezou a cidade com praças e aterros (ainda enriquecendo muita gente); atuou nas diversas áreas, inclusive na cultural, pois no seu governo não faltavam recursos e de tudo o que lhe pediam sempre vinha uma resposta, inclusive áreas de terras enormes ao redor da então minúscula Macapá, que hoje se aguenta em uma ilha de pressão sem pontos de escape para o crescimento. Naquele tempo o prefeito era nomeado pelo governador.

    BARCELLOS 2: O ESTADO

    Jornal Pinsonia Disseram na TV e no rádio que ele era um “visionário”, que “estava adiante do seu tempo porque preparou o espaço para a transformação do Território em Estado”. Ora que piada! Com o dinheiro que o Governo mandava para o Amapá (que não era pouco) através do MINTER (Lembram-se do Ministério do Interior?), estava mesmo era preparando caminho para a eleição do seu chefe, o ministro militar Mario Andreazza, que perdeu a convenção da ARENA para Paulo Maluf, que perdeu a eleição indireta para Tancredo Neves (PMDB) em 1984.

    Todos se esquecem que o jornal “Pinsonia”, de 1895, o primeiro jornal de Macapá, visava criar o Estado de Pinsonia, para buscar o desenvolvimento deste lugar esquecido na fronteira norte do território brasileiro. Todos se esquecem que o ministro Costa Cavalcante atirou com raiva nos jornalistas Ezequias Assis, Silas Assis, Haroldo Franco e Alcy Araújo um exemplar do primeiro número do jornal “O Estado do Amapá”, no governo Henning, dizendo no gesto claramente o seu descontentamento com a ideia. Estes sim, embora não tivessem dinheiro nem poder, eram visionários.

    BARCELLOS 3: POLÍTICA DE TROCA DE FAVORES

    Parece lógico que para sobreviver durante aproximadamente 30 anos no espaço político do Amapá Bacellos tivesse que ser generoso com a população. Foi no governo dele que a partir de 1981, por meio da Secretaria de Promoção Social, se levantaram placas coloridas nos portos e aeroportos com os dizeres “Seja bem vindo, senhor migrante”. Daí, as assistentes sociais facilitavam às famílias miseráveis que aqui chegavam terrenos, saúde, educação e possibilidades de emprego, visando, é claro, as futuras eleições. Nessa época a fiscalização era quase nula. E isso indubitavelmente facilitaria a vida política do comandante e seus apaninguados, no rolar constante da política de troca de favores.

    Há muitos casos de arbitrariedade, de isolamento e de desrespeito a técnicos amapaenses. O brilhante economista Raimundo Evandro Salvador, por exemplo, foi uma dessas vítimas: deprimido com o desvalor acabou se suicidando na clínica em que se tratava em Belém, no início da década de 1980.

    Em 81, minha cunhada Suely Cavalcante, então esposa do economista Juraldil Juarez, que na época era um dos líderes da oposição a Barcellos, foi presa durante uma semana no quartel do Exército por ordem do governador, simplesmente porque colocara para tocar no saudoso Bar Lennon (que era propriedade do seu ex-marido) a música “Pra não dizer que não falei das flores”, de Geraldo Vandré.

    Mas, entre um lado e outro da moeda há uma borda que até pode ficar em pé. E nenhum governante é onisciente, pois não é Deus. Então acredita em tudo o que lhe contam, entre intrigas que geram tapas no presente e beijos no futuro.

    BARCELLOS 4: TOLERÂNCIA

    Foto CEC_TFA (1) Os poetas Isnard Brandão de Lima Filho e Odilardo Gonçalves Lima, ambos advogados, conseguiram passar nos testes para delegados da Polícia Civil no tempo do governo Barcellos. Comunistas convictos e marcados desde o golpe de 64, eram recolhidos todas as vezes que um ministro chegava a Macapá (já tinham até uma nécessaire para essas ocasiões). Também foram presos na Fortaleza de São José de Macapá e no quartel do Exército em Belém em 1973, por ocasião do caricato episódio do “Engasga-engasga” trazendo, assim, um currículo nada bom para o empregador da ditadura. Mesmo assim, após um doutrinamento feito por um amigo comum das rodas boêmias, o incrível Helio Pennafort, que na ocasião era chefe do gabinete civil do governador, Barcellos, com certa tolerância, os nomeou delegados à revelia dos contrários da SEGUP, não sem antes pedir uma espécie de comprometimento do Hélio. Ele costumava dizer: “ – Mijou fora do caco, efetivamente tá fora”. (Imagem disponível em: www.escritores-ap.blogspot.com)

    BARCELLOS 5: DIABO E DEUS

    Barcellos A verdade é que, pelos cargos que ocupou na política, Barcellos teve inúmeros adversários e até inimigos. Beneficiou muitas pessoas; foi traído por centenas de “amigos” que beneficiou. E com o seu jeito bonachão de falar e brincar com todos, de provar o brilho de uma fantástica memória para a sua idade, foi ganhando definitivamente o seu lugar no coração da maioria dos amapaenses, os quais, pelo bem ou pelo mal, lhe reverenciaram e lhe prestaram a gratidão na hora de sua morte, ao menos indo ao seu velório. Ao cumprir o seu papel, como militar e governante desde o período negro da nossa história nacional, Barcellos foi diabo e foi deus em épocas diferenciadas e deixou a sua marca num mosaico de realizações que comandou com muita determinação, focada na construção do Estado do Amapá. (Imagem disponível em: www.alcilenecavalcante.com.br)

    Coluna Canto da Amazônia - LIVE PAINTING

    alexa-meade-5-painting Pintura Viva de Alexa Meade, dispinível em: www.carolcollepicolo.blogspot.com

    Na ausência de eventos na área das artes visuais, bem que a Amaplast ou artistas mais arrojados poderiam fazer performances de pintura ao vivo nas galerias comerciais ou praças de alimentação de algum shopping da cidade. Expor e fazer diante de um público é um trabalho ousado que pode ou não prescindir de interatividade, mas para isso é necessário ousadia e talento. Quem se habilita? De repente isso pode despertar o talento escondido de artistas que passam por esses lugares e que poderiam conversar com os pintores (ou escultores).

    Lembro que há mais de 10 anos venho falando sobre isso para o pintor Manoel Bispo. Até projetamos fazer uns palcos pela cidade para intervenções pictóricas gigantes no estilo surrealista-figurativista que caracteriza sua obra. Entre os locais escolhidos estavam o Marco Zero do Equador, a orla do Araxá e a do Igarapé das Mulheres. Mas como ele não fez, quem quiser que se habilite. Eventos performáticos dessa qualidade vêm sendo realizados por instituições comerciais tipo livrarias em várias capitais brasileiras. É uma iniciativa cultural que merece só aplausos.

    Coluna Canto da Amazônia - O VOO (DESCONCERTANTE) DO RAY 57 ‏

    ray_cunha Domingo passado o escritor e jornalista (porque um cara desses não pode ser apenas uma coisa) Ray Cunha completou 57 anos, empatando comigo, apesar da diferença de cinco meses. Em trecho de sua crônica sobre a idade que fez, diz que “não sinto mais o fluir da vida no tempo, mas como o grande rio, que escorre, ininterruptamente, para o Atlântico. A Terra, a lei da gravidade, aos poucos dá lugar à luz, portal entre o mundo fenomênico e a dimensão espiritual. Ouço murmúrios na tarde, Mozart, e caminho para a noite” (...).

    “Meus cabelos ainda não negros - há quem pense que os pinto -, mas são cada vez mais ralos. Minha pele, aos poucos, vai sofrendo a oxidação de maracujá de gaveta e os desconhecidos já me olham desconfiados, pois normalmente confiamos em pessoas de até 30 anos. Já não bebo mais, nem vinho, depois de 43 anos mergulhado no álcool, como uma poça que se avolumou e começa a secar. Ouço, agora, o silencioso som da madrugada, emociono-me ao ver crianças, choro de alegria no jardim prenhe de rosas, e voo no riso da minha filha e da mulher amada, e de todos que eu amo”.

    “Já não tenho mais apego e não quero nada que não seja meu, e tudo o que é meu está guardado num relicário, no meu coração. Minha riqueza é imensa, pois à minha passagem os jardins florescem, as crianças riem e a Luz triunfa”.

    Coluna Canto da Amazônia - GRUPO 4 CANTUS NO SESC CENTRO

    foto-4-cantus-filipeta-317x300 O Grupo Cantus apresentou, no Sesc Centro, o show Doces Bárbaros do Mato Grosso, dentro do projeto Sesc Amazônia das Artes

    Em Julho de 1976 Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia com seus figurinos e atitudes extravagantes, sobem aos palcos e realizam um dos shows mais marcantes da história da MPB: Os Doces Bárbaros. Nascido em Cuiabá (MT), radicado no Rio de Janeiro e formado por um quarteto vocal misto, o grupo vocal 4 Cantus realiza o show 4 Cantus canta Doces Bárbaros, tendo como principal objetivo homenagear os 35 anos do show de 76 que, para o grupo, foi um marco na estrada destes artistas de referência na Música Popular Brasileira. A apresentação mostra o repertório com uma roupagem atualizada com novos arranjos, figurinos e a linguagem cênica que traz de volta o universo tropicalista e irreverente que marcou uma geração.

    Coluna Canto da Amazônia - Viagens

    Por Josyanne Rita de Arruda Franco, (josyannerita@gmail.com)

    Um amigo recente disse-me que escrevo sobre partidas, que estou sempre saindo em viagem... Creio que ele está coberto de razão: apesar de amar encontros, verso sobre despedidas, disfarçados adeuses cobertos de rimas. Ir e vir são minhas eternas viagens.

    Hoje fiquei muito tempo ouvindo Lenine interpretar “Meio Almodóvar”. A sensação de que algo fica suspenso no ar e no sentimento me fez escolher o assunto que ora me acolhe em elucubrações despidas de absinto ou qualquer outra forma de anestesia emocional. Simplesmente viajo a bordo do mais intergaláctico e sideral ônibus espacial: o interior de mim mesma.

    Ser prática e objetiva faz parte de uma parte da vida; a outra é ilusão, palavra que tem raiz no lúdico, no brincar. Melodia e ritmo completados por belo conteúdo em forma de letra, sempre me convidam a pensar, não ouço música por ouvir. Quero compreender o que ela provoca em mim, o que me incita fazer, por que me leva a chorar... Por que me faz dançar e sorrir. Ali existe um discurso, uma narrativa, não somente o que escuto de forma literal, mas o que me afeta de maneira inexplicável e revolve o essencial. A música e a poesia permitem que eu saiba mais sobre quem sou.

    E assim me apaixono diversas vezes e também me desencanto: se alguns amores deixam cicatrizes indeléveis, certamente com elas estão música e poesia. Os amores passam e fica a trilha sonora, permanente, flamejante e provocadora como o tempo de antes, quando o querer impulsionava tudo e o sonhar preenchia o nada.

    Viajo e me despeço enquanto a música toca, assim escrevo meus versos. Chego de novo, parto outra vez. Algo lento e passional me convida a repetir este ciclo de chegadas e partidas... Talvez o desafio de conhecer além do agora, de saber se fujo com a noite, se volto com o vento. De procurar o que não alcanço só para continuar buscando o momento que celebra o mistério, mas nunca o desvenda.

    Ouço a voz de Lenine: “Foi só um ensaio/ Foi só um insight / Durou muito pouco / Doeu muito mais/ Foi trailler de filme/ Ensaio de orquestra / Foi jogo suspenso / No auge da festa”. Diz muita coisa com poucas palavras.

    Sim, na imensidão dos dias que se repetem sem muito glamour nem tanta beleza, existe um refúgio às coisas mais caras que alimentam a emoção e produzem serenidade: é o universo criativo, um mundo que supõe imaginação e sensibilidade.

    É claro que meu novo amigo tem razão, ele também é artista. Só os artistas percebem o que existe atrás do que se diz, do que se faz... Os artistas e os analistas, pois Freud disse algo mais ou menos assim: “Por onde quer que eu vá, qualquer caminho que escolha, um poeta passou por ele antes de mim.”

    Coluna Canto da Amazonia - O RITUAL DAS TUCANDEIRAS

     

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    O Ritual

    Anos atrás tive a oportunidade de visitar uma comunidade indígena dos Saterés Mawés situada nos arredores de Manaus e fiquei por dentro de sua cultura e seus rituais. O que me impressionou nessa tribo indígena foi o Ritual das Tucandeiras, onde num misto de fé e coragem os índios adolescentes, se expõe ao ferrão de inúmeras formigas cuja picada é muito dolorosa, dançando ao som de batuques e cantorias indígenas. Esse Ritual, marca a passagem da idade infantil para a idade adulta e os pajés dizem que, desde o inicio dos tempos, quando Sahu-wato, gerou o primeiro trovão, foi-lhes ensinado este ritual onde os índios se deixam picar pelas formigas Tucandeiras, no intuito de tornarem-se corajosos, fortes e imunes às inúmeras doenças.

    Na véspera da festa, a tribo se reúne e localizam as formigas que através de uma varinha, são forçadas a entrar num bambu chamado tum-tum. No dia seguinte essas mesmas formigas, são colocadas num recipiente com água misturada as folhas de cajueiro, para depois serem colocadas numa espécie de luva de forma a ficarem paralisadas, menos os seus ferrões mas que despertam minutos antes do inicio do Ritual. É o chefe da tribo que decide o tempo da cerimônia e enfia a luva ( que chega até ao antebraço) nas mãos dos candidatos. Estes, sendo acompanhados na dança rítmica por seus pares, são imediatamente picados pelas formigas, até o momento em que o chefe tem certeza que os candidatos cumpriram a prova demonstrando toda a sua fé, força e coragem.

    Depois, sentindo uma dor imensa, o candidato é entregue aos curandeiros da tribo até sua completa recuperação, pois existem regras rígidas a serem cumpridas. A dança é muito bonita e a luva é confeccionada com palha e enfeitada com penas de arara e gavião. Só a dor dos candidatos que é quase insuportável, mas a sua cultura ajuda-os a preservar esta tradição que vem desde o inicio dos tempos, e com esse Ritual, os índios estão certos de afastar às doenças e tornar mais forte seu corpo e espírito. (Fonte: www.overmundo.com.br )

    Por Doroni Hilgenberg · Manaus, AM

    Coluna Canto da Amazônia - ZUNIDOR

    "Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós; deixam um pouco de si, levam um pouco de nós". (Antoine De Sant-Exupery)

    manoel sobral[3]Vai ser no dia 09 de setembro o show do cantor Manoel Sobral. Ocorrerá na Casa de Choro do Ceará da Cuíca, com a participação de convidados especiais, a partir das 22h00. Sobral vai apresentar seu rico repertório de sambista e boêmio que vem cantando nestes “50 anos de Música e Emoções”. Além de Maria Tavares, Francisco Lino, Jorginho do Cavaco, Póca, Manu, Célia Ayeres e Edson Ramos, deverá vir o antigo Grupo Café com Leite, que Sobral e Tavares integravam na década de 70, juntamente com Chico Cara de Cachorro, Zenaide, Carlinho do Afoxé e Jacy.

    DCE, Sindufap e Sinstaufap iniciaram as atividades políticas deste semestre com amplo debate sobre o Plano Nacional da Educação – PNE, reivindicando 10% do PIB para a Educação, considerando que no começo deste ano a presidente Dilma fez o absurdo corte de verbas para a área no valor de 3,1 bilhões.

    Um entreouvido na TV: “Saimos de casa como candidatos a vítimas e voltamos como sobreviventes” (Dantena, Programa Brasil Urgente, TV Band – SP)

    Tadeu Canto fez aniversário no dia 13. Vai um “É Big!” da coluna para o meu irmão caçula, “ O mais criança” , no dizer da Enid Soares. No evento cantores/bebedores da terra se fizeram presentes em show marcante e muito alegre. Convidados exóticos fizeram o diabo.

    A Assembleia Geral do Servidores da UNIFAP não ocorreu ontem por falta de quorum. A próxima está marcada para quinta-feira, dia 18, no auditório da reitoria. Na pauta o indicativo de greve. De acordo com informações dos sindicalistas, apenas a UNIFAP não está em greve entre as universidades da região Norte.

    O PPA - Plano Plurianual – 2012-2015 do Governo do Estado do Amapá vai contemplar a área do Lago do Laguinho, no Poço do Mato para futura intervenção de reurbanização. Após passar pela aprovação do governador vai para a Assembleia Legislativa. Depois é esperar pra ver. A área é objeto de estudos urbanos desde 1977, quando o Plano Diretor H.J. Cole, contratado pelo então Governo Henning projetou uma enorme praça de lazer com uma série de aparatos bem fundamentados. Nunca foi realizado e os invasores tomaram conta do pedaço de terra ao redor do lago e sobre ele. É, hoje, uma zona carente no centro da cidade, cheia de doença e miséria. Já era tempo de erradicar essas mazelas. Tomara que não comecem as especulações desde agora.

    De 26 a 29 de outubro/2011 ocorre em Belém, no Hangar Centro de Convenções, a 41ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Psicologia com o tema “Formação e produção do conhecimento em Psicologia”. Informações e inscrições: www.sbponline.org.br .

    Quero registrar o lançamento do livro “Mazagão Velho – Diásporas Negras, Performances e Oralidade no Baixo Amazonas”, de Geraldo Peçanha de Almeida, no Centro de Difusão Cultural João Batista de Azevedo Picanço, no dia 12 passado, onde também realizou a palestra “O que a história de Mazagão Velho pode ensinar sobre afrocultura a jovens e crianças?”. Teve o apoio da Secult/GEA e da Prefeitura de Mazagão.

    Parabéns à diretoria da Confraria Tucuju que iniciou seu projeto cultural “Concertos de Verão”. O largo dos Inocentes, atrás da igreja velha de São José, volta à ativa, mas precisando de reparos devido a ação predadora de vândalos que não gostam da cidade. Cadê a Guarda Municipal?

    Vai um Inderê para o engenheiro Zezinho Duarte, que vem fazendo documentários sobre as festas de Mazagão Velho - São Tiago e Divino Espírito Santo – para divulgá-las Brasil a fora. É mais um projeto da Confraria Tucuju.

    Inderê! Volto zunindo na semana que vem.