terça-feira, 31 de agosto de 2010

PRIMAVERA

300820104792 “É primavera. Te amo! (Tim Maia). Antigo reservatório, agora “lugar bonito” do Buritizal.

ESTRADA DO TEMPO

Maquete Reservatório Buritizal 1971 Maquete do reservatório de água do Buritizal (idem)

ESTRADA DO TEMPO

Maquete Ginásio Polivalente Tiradentes Maquete do Ginásio Polivalente Tiradentes (idem)

ESTRADA DO TEMPO

Maquete Estádio Zerão 1971 Maquete do Estádio Zerão – O que seria se não fosse o que hoje é. Que beleza de projeto. (Revista latitude Zero nº 7, Dezembro de 1971).

ESTRADA DO TEMPO

fernando_heliopennafort Com o jornalista Hélio Pennafort, que na ocasião me entrevistava quando eu dirigia a Escola de Artes Cândido Portinari, em 1987.

ESTRADA DO TEMPO

fer_jean_ Garfunkel Meu parceiro, o paulistano Jean Garfunkel, quando esteve em Macapá por ocasião do show dos 50 anos de Joãozinho Gomes, em 2008.

ESTRADA DO TEMPO

NEIVALDO Pensei que era o Zoth, mas é o cantor Neivaldo, também no Lennon Bar.

ESTRADA DO TEMPO

vanildo_amadeuVanildo Leal e Amadeu Cavalcante nos velhos tempos do Lennon Bar, quando ali davam uma “canja” boa.

ESTRADA DO TEMPO

cafe_com_leite (2) Manoel Sobral, F. Canto, Zenaide, Walber, Amilar Brenha e Nonato Leal na sede do Trem Desportivo Clube, no show em homenagem ao bandolinista, e 1984.

ESTRADA DO TEMPO

amilar_brenha_fer Amilar Brenha no bandolim, um amigo local no atabaque e eu no violão, naquele tempo rebentando no chorinho em Mazagão - 1984.

ESTRADA DO TEMPO

14112009547 O que sobrou do velho e glorioso Grêmio Rui Barbosa do Colégio Amapaense, que um dia foi Campus Avançado da UFRRJ e sede local do Projeto Rondon. Depois foi invadido e depois nada foi feito.

ESTRADA DO TEMPO

piscina A velha piscina territorial com seu trampolim de dois níveis para saltos ornamentais. Lembrando o capitão Euclides.

UNIFAP

31102008802 Professores Antonio Munhoz Lopes, Regina Lúcia e Guilherme Jarbas, após receberem a Medalha do Mérito Universitário, em 2008.

MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL

ALUNOS_MINTEG Turma do MINTEG que precisa se reunir para atualizar o papo sobre as dissertações e o que ocorrer.

ESTRADA DO TEMPO

Magan ¬s-Macap í 01 Magan ¬s-Macap í 02 Porto de Santana. E assim ia embora o nosso manganês. Mas ficou um buraco e duas vilas decadentes no meio da floresta e na margem do rio. (Acervo de Olivar Cunha)

ESTRADA DO TEMPO

pRAIA DO aTURIÁ Praia do Aturiá - esculturas naturais frente ao rio Amazonas, em 1970 e pouco, segundo o Olivar Cunha.

ESTRADA DO TEMPO

FERNANDO_DESENHO MICHEL Desenho a lápis de F. Canto feito pelo pintor francês Michel Montagonian.

ESTRADA DO TEMPO

Desenho_Obdias_Araujo_por Fernando Canto Caricatura de Obdias Araújo feita por mim em 2000

domingo, 29 de agosto de 2010

O ERRO DO PAULO SILVA

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 29/08/10

paulo_silva O reparo de um erro anunciado na coluna do jornalista Paulo Silva, feito por ele mesmo no dia 05 de agosto de 2008, só fez merecer cada vez mais a minha admiração por este profissional da imprensa diária, sempre preocupado em levar a notícia correta ao leitor. Paulo admitiu que queria dizer “cesta” básica e traçou “sexta” básica, dando uma tropeçada na língua portuguesa. Tratava-se de um erro gramatical comum, um homófono, vocábulo que tem o mesmo som de outro com sentido e grafia diferente.

Hoje raramente um profissional admite seu erro e o publica. É mais fácil botar a culpa na revisão, e esta confia que o jornalista faça esse trabalho, afinal os computadores têm seus programas próprios que permitem extirpar os erros mais elementares. Mesmo assim é preciso estar atento para as correções computacionais, pois a língua muda e sempre aparecem formas não previstas de escrever e de se comunicar.

O que antes consideravam erro de imprensa ou erro tipográfico, quando o tipógrafo ou o linotipista se enganavam na composição dos textos originais (no tempo do jornalismo artesanal), praticamente não existe mais, pois quase todos os jornais são formatados e compostos de forma digital. Mesmo assim os erros aparecem até nos títulos de matérias, embora o leitor arguto possa perceber que não foi intencional. Tal afirmação pode até ser uma falácia, uma meia-verdade como queiram, todavia acredito que nenhum jornal sério tem a intenção de errar. E ainda vejo que a atitude do Paulo Silva pode dar panos pras mangas ao relevar não o erro, mas um possível romantismo oculto na sua forma e técnica de escrever.

Paulo Silva é daqueles jornalistas que não precisam pôr o texto “mastigado” na cabeça do leitor. Quem escreve precisa do leitor e deve considerá-lo capaz de entendê-lo no que diz. Por essa relação pode-se partir do pressuposto que o texto é o produto da interação dialógica entre quem escreve e quem lê. É um lugar de interação entre sujeitos sociais, algo aparentemente simples, mas que carrega consigo uma gama de ações lingüísticas e sociocognitivas mais complexas. Teóricos como Koch acham que a leitura de um texto exige mais que o simples conhecimento lingüístico compartilhado pelos interlocutores. Ele diz que “a leitura é uma atividade que solicita intensa participação do leitor, pois, se o autor apresenta um texto lacunoso ou incompleto, por pressupor a inserção do que foi dito em esquemas cognitivos compartilhados, é preciso que o leitor o complete, produzindo uma série de inferências”. Diz, também, que “depois de escrito, todo texto ganha uma existência independente de seu autor”, pois entre a produção de um texto e a sua leitura, pode-se passar muito tempo, ou quando vem a ser lido em lugar muito distante do que foi escrito.

O gesto do Paulo Silva certamente não foi o de dar satisfação aos patrulheiros gramaticais que abundam no setor jornalístico, mas um ato de grandeza de um jornalista que concebe o jornal como um produto dotado de valor simbólico, transformador da sociedade, formado por homens e mulheres, não por máquinas que produzem assuntos e textos devidamente programados. Se a relação das pessoas com o mundo se dá pelas versões dadas pela linguagem, o gesto do Paulo Silva revela que ao comunicar seu erro a seus leitores, emitiu não apenas um conteúdo formal, mas o que ele decididamente o é com seu caráter, e como encara as pessoas a quem fala.

Que essa conduta sirva de exemplo aos que se consideram “formadores de opinião” e políticos, para que cada sexta (feira) seja o último dia útil da semana e não uma cesta que serve de objeto de troca nas eleições que se aproximam, basicamente entre os que vendem e os que compram seus votos, coisas que depois, infelizmente não têm mais conserto.

P.S. Republico o texto acima para chamar a atenção aos constantes erros gramaticais muitos dos quais bem crassos (grosseiros), impressos nos jornais locais, que nem sempre respeitam os leitores.

É BIG! É BIG!

paulo_tarso Meus parabéns e muitas felicidades ao escritor Paulo Tarso, que faz aniversário hoje.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Lamento Cultural

Programa cultural de maior audiência sai do ar.

heral_almeida O inovador e oportuno programa matinal de rádio “Movimento em Ação” apresentado pelo radialista Heraldo Almeida saiu do ar.

Lamento profundamente a decisão da emissora porque o programa, que vinha bombando há mais de um ano, com um público fiel e crescente, despertou a cobiça de pessoas interessadas em levar a cultura amapaense para baixo, num claro descompromisso com o setor e com a alma amapaense.

Protesto veementemente contra este ato arbitrário. O Programa tem que retornar. Que viva o Heraldo, o arauto da nossa cultura laguinense-amapaense!

É BIG! É BIG!

tadeu_fernando_anaclara Muitas felicidades ao meu amigo Tadeu Pelaes que aniverariou no dia 08/08. Na foto comigo, Tadeu  e minha neta Ana Clara numa manhã de domingo, na Banca do Dorimar.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de 27.08.10

FILOSOFIA DA AMAZÔNIA

Foi lançado em Belém o livro “Educação na Amazônia”, uma coletânea de textos de um grupo de educadores e pesquisadores dos estados do Amapá e do Pará, resultado de anos de pesquisas em cursos de mestrado e doutorado.. Os artigos tratam sobre sete temas relacionados à construção e aos fundamentos de uma filosofia da educação, desenvolvida a partir da vida e de elementos típicos da região amazônica. O trabalho foi organizado pelo professor de filosofia Gerson Nei Lemos Schulz, mestre em Ciências da Educação. Gaúcho que trabalha em Macapá. O professor percebeu ser muito rara a literatura sobre educação na região Norte. O objetivo é que o livro seja usado do ensino básico ao superior. O livro também é uma contribuição das tribos indígenas do Amapá e Norte do Brasil para a Educação e a qualidade de vida. (Fonte www.oliberal.com.br/index.htm )

PARADA DO ORGULHO

Domingo, a partir da concentração às 15h00 no complexo do Araxá sairá a 10ª Parada do Orgulho LGBT do Meio do Mundo, que traz como tema “10 anos de luta pela cidadania e direitos humanos LGBT.

A chegada será na praça ao lado da Fortaleza de São José de Macapá onde haverá um grande show de enceramento com a banda Fuzaca. Para sua realização o evento conta com a colaboração de um montão de parceiros.

FESTIVAL DE MÚSICA

Amanhã será realizada a etapa final do Festival SESI de Música em Pedra Branca do Amapari, tendo como atração musical a banda Rogério & Cia. A terceira etapa será feitas em Santana no início do próximo mês.

Os primeiros classificados nas categorias interpretação e composição inéditos vão ser premiados e depois participarão da etapa final do Festival, que acontecerá no início de novembro em Minas Gerais.

MOVIMENTO VENTO NORTE

heraldoalmeida Hoje o Movimento Vento Norte faz aniversário. Surgiu em agosto de 2006, após uma série de reflexões e conversas sobre a situação dos jovens da zona norte da cidade, encabeçado pelo advogado Vicente Cruz. Segundo o Cláudio Rogério, um dos coordenadores do grupo, “ele é o principal responsável pelo sucesso do nosso carnaval, do nosso futebol, da quadra junina e da inclusão da juventude da zona Norte na cultura amapaense”.

Cresceu tanto que tem até programa de rádio, embora o apresentador, radialista Heraldo Almeida, ande meio aporrinhado com o horário da propaganda política que lhe tira um bom tempo do ar. Vamos fazer alguma coisa, porque tem dedo de político aí. Tem sim senhor!

SANJUSA

vicente cruz Meu querido clube São José fez ontem 64 anos de existência. Encravado no coração do Laguinho, é o atual campeão amapaense de futebol profissional.

Foi campeão nos anos de 1995, 2005, 2006 e 2009. Antes de ser profissional emocionou diversas vezes a torcida tricolor ao conquistar inúmeros torneios e representar muito bem o nosso futebol em outros estados. Revelou craques inesquecíveis como Alceu, Zé Roberto, Orlando Currú, Orlando Torres, Bira “Diabo Louro”, Odilon, Delmir, Pretote, e outros tantos de diversas gerações.

Parabéns ao presidente Vicente Cruz e toda a diretoria do “mais querido do Laguinho”, que vem pra valer no campeonato amapaense deste ano.

ZÉ EDSON

zé edson Está em Macapá o premiado poeta e escritor José Edson dos Santos, que reside há muitos anos em Brasília, onde também atua como educador, no governo distrital.

Autor de “Xarda Misturada”, junto com Ray Cunha (primeiro trabalho publicado por ele, em Macapá, no início dos anos 70), e de antológicos poemas como “Rapunzel”, Zé Edson participa também de inúmeras antologias de poesias e de contos no Distrito Federal. É irmão do meu parceiro e amigo Joel Elias, carinhosamente conhecido nos meios jornalísticos como “Cavalinho Saltitante”.

LIGA DOS BLOCOS

agostinho Agostinho Henriques é o novo presidente da Liga dos Blocos do Amapá – Liba. Dublê de esportista - ainda é cartola da Federação Amapaense de Basquetebol – o professor Agostinho vai encontrar um bom pepino pela frente, diz-que.

O antigo reinado do Pereirinha mudou de bloco (opss!) digo de trono, pois o novo rei vem do Pererê, que só tem uma perna, mas não chega atrasado. Aliás, pula muito no carnaval. Daqui da coluna vão os parabéns ao novo presidente, que certamente organizará um belo carnaval para o povão daqui do meio do mundo. Ao fundo, na foto, Guara Lacerda.

ZUNIDOR

Dia quatro de setembro vai ser a festa de quinze anos de minha sobrinha Marina, que vem do Paraná para Macapá só para festejar com os parentes e amigos.

juliacanto Júlia Canto também está chegando.

jaradias Célio Dias, antigo Jara Dias, anda muito feliz com o seu Correio do Amapá, que estreou dia 24.

A jornalista Ellen Moura precisa divulgar mais o seu vídeo (TCC) sobre o Curiaú, denominado por ela de “O Quilombo das Contradições – quando não há documentos a história se baseia em boatos”. As imagens são do jornalista de A Gazeta Carlos Lima. Trata de pesquisa sobre a origem da localidade. Muito legal.

Kwak é farinha em palikur, mas os guianenses chamam de “le cuac” e os negros do Laginho de “cuaca” mesmo.

Inderê! Volto zunindo na sexta.

É BIG! É BIG!

raul e natalia Foi ontem, 26/08, o aniversário do meu amigo Raul Tabajara. Muitas felicidades. Na foto com sua filha Natália.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

DE NARCISO A PANDORA: A ILUSÃO DA POLÍTICA

Texto de Fernando Canto

narciso1 No mito de Narciso, segundo o poeta romano Ovídio, o jovem fica tão tomado por sua imagem refletida que ignora o mundo real à sua volta. Mas, e se, como muitos filósofos afirmaram, a “realidade” que acreditamos experimentar for ela mesma uma ilusão?

Sabemos que um objeto como o espelho é algo mais do que familiar no nosso cotidiano. Porém, de qualquer forma constitui-se algo enigmático, ainda que nem mesmo paremos para pensar sobre o que vemos. Quando paramos para isso podemos às vezes sentir o quanto é perturbadora a imagem que se reflete a nossos olhos, pela sua aparente inversão.

Assim, a ilusão da política parece estar povoando a mente dos candidatos aos pleitos eleitorais. Um engano dos sentidos faz com que cada ato mal pensado, colocado como meta real nas sessões midiáticas da propaganda eleitoral, não passe de falsa aparência incutida na mente dos próprios políticos despreparados, que com tal sonho deturpado da realidade não observam as consequências refletidas no céu do futuro.

Como se sabe o mito de Narciso, que inspirou grande número de pintores, músicos e escultores, tornou-se também o símbolo de egocentrismo, do amor próprio e da vaidade. Daí que o festival de presunção e de frivolidade que abunda o programa obrigatório (e “gratuito”) da TV, ser o cúmulo da expressão fútil, da tentativa de reter o curral não-pensante dos eleitores.

E nós vimos caindo sucessivamente nas conversas cínicas construídas por políticos cínicos como a que reza: “em política só não vale perder”, ao invés de “perdi, mas concorri sem me sujar”; em conselhos como: “não te mete em política sem dinheiro”, em vez de: “a democracia permite que qualquer cidadão concorra”, e em tantas outras expressões sujas. Por isso concordamos que “a política é a arte de convencer”, pois hoje não cabe mais governar pela força e todo ser social é um ser político. Não se vive sem ela, portanto podemos criticá-la e criticar os políticos, assim estaremos colaborando para o voto consciente, que certamente fará do nosso país uma democracia mais respeitável, sem os contínuos e recorrentes escândalos de corrupção nos governos.

Acompanhamos os últimos governos pós-ditadura, registrando uma sucessão de insucessos e de atos autoritários estampados nos rostos e nas mãos dos governantes; a inflação a galope; a traição do confisco da poupança; as tentativas de puxar o desenvolvimento do país para trás; a vaidade imanente do intelectual neoliberal e a obstinação do operário que se tornou presidente. Nesse ínterim o país sofreu uma reforma econômica e diversas tentativas de reforma política, fatos que sempre estiveram amarrados pelo corporativismo instalado na Câmara e no Senado. Ali os interesses primordiais dos detentores do poder infelizmente superaram os desejos dos eleitores brasileiros.

Agora estamos diante de nova empreitada. Os políticos ali, distantes do povo, apenas ligados em seus propósitos por uma caixinha brilhante e ilusória, onde se escondem segredos e perigos. A TV se assemelha à caixa de Pandora, que na mitologia grega foi a primeira mulher fabricada por Hefaístos com uma mistura de terra e água, tão má e preguiçosa como bela. Alguns dizem que ela recebera dos deuses todos os dons, e de Hermes o dom da palavra para enganar. Desposou Epitemeu, ao qual o irmão Prometeu enviou uma caixa que não deveria ser aberta em nenhuma circunstância. Porém, um dia, Pandora abriu o recipiente e todos os males abateram-se sobre a humanidade: a velhice, a doença, a loucura, a paixão, o vício, o trabalho. Felizmente a caixa ainda continha a Esperança, virtude reconfortante, que aconselhou suas irmãs a não destruírem a humanidade.

Então nós eleitores nos submetemos cotidianamente a um instrumento seminal, onde estão guardadas as origens dos males, mas também a firme esperança que não eclodam ovos espúrios e que se formem seres disformes e corruptíveis: aqueles que nos enganam com seus cantos de sereias e com suas estultices e fatuidades. Essa realidade refletida no espelho é a que não queremos. Nem a ilusão.

Imagem disponível em: www.semtidos.wordpress.com

domingo, 22 de agosto de 2010

A OBRA GEOMÉTRICA DE ROSA MOUTINHO

 30º Quadro_ A artista plástica Rosa Moutinho vai expor em Macapá de 03 a 09 de setembro, no salão de eventos do monumento Marco Zero do Equador. Será um encontro da pintora com a sua cidade e seu povo, pois morou aqui durante a adolescência, formou-se em Pedagogia e prestou serviço para diversas instituições do Amapá e do Pará, onde mora atualmente.

36º Quadro_ Rosa começou a pintar, segundo ela, como forma ocupacional, fazendo terapia depois que se aposentou da UFPA, onde atuava como técnica da Escola de Aplicação daquela IFES. Um dia, viajando por este Brasil, viu uma coisa que lhe pareceu interessante e resolveu fazer algo semelhante. Teve aulas de pintura e o resultado só podia dar no que deu. Uma explosão aflorada de sentidos; um jogo de talento que naquele período de sua vida parecia trazer a água ao sedento do deserto; uma curiosa e retardatária manifestação de carinho e dedicação pela arte, o que causou grande surpresa ao seu professor. Então ela seguiu seu caminho, alimentada de coragem para realizar a sua primeira exposição, em Belém, com hora marcada para começar e para terminar em um só dia. Resultado: vendeu quase todas as telas e ainda ganhou o elogio e o incentivo de todos que viram sua obra.

Mazaganense da gema (de tradicional família de Mazagão), Rosa não podia deixar de produzir um trabalho de interessante dimensão amazônica, pois eles trazem objetos, flores e traços decorrentes da nossa cultura, presentes no corpo das telas. Seus objetos artísticos são, na realidade, colagens interpostas de materiais e pinturas que imitam a madeira, valorizando a mão da artista, às vezes, e intencionalmente, mais artesãs. Mãos dominadoras de uma técnica mista que se harmoniza de pronto e fazem dos trabalhos algo que muito agrada aos olhos, pelas cores, pela técnica, pelos objetos.

19º Quadro_ Aos olhos acostumados com o figurativismo pode parecer estranha essa obra, que para mim traz algo simbólico, pois é uma representação que se estabelece súbita, sem a pretensão de transmitir ou de captar sensibilidades mortas, mas também sem a intenção de ser meramente decorativa.

No mundo moderno, digo no mundo pós-moderno, a pós-modernidade se encarrega de usufruir de um sentido estético feito de contradições, talvez por isso essa obra geométrica e misturante de sentidos abdica de rótulos e idiossincrasias que o observador pode dar às telas. A meu ver primeiro ela impacta e até pede uma ausência de reflexão, quando promove em mim um silêncio estanque e um “não-sei-o-quê” super-velado.

escolhido_6_ Ao observador cabe gostar ou não, pois é livre em sua avaliação. Entretanto, quem sabe vai pegar na tela-objeto para comprovar o que ela é de verdade, para testar a sua (in)verdade e a diferença dessa condição, presentes na forma geométrica que elas aparentam. Então aquele “algo” que parecia enclausurado na tela da parede parece lacerar-se à retina.

Creio ainda que é o estilo, o pensamento especial de Rosa que está explícito nessa exposição – seu aspecto formal de conceber e proceder seus trabalhos. Eles são motivos ornamentais que trazem emoções diversificadas. Assim, longe das escolas/doutrinas estéticas, a geometria de Rosa Moutinho nos oferece em seus trabalhos o estímulo ao livre-pensar, livre-reflexão que emociona. Seja bem-vinda, Rosa. (Fotos do acervo de Rosa Moutinho).

As fotos aqui apresentadas foram expostas e vendidas em Belém – PA.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de sexta-feira, 20/08/10

FESTIVAL VOLANTE

Começou a propaganda eleitoral. Propostas e pedidos inundam a telinha no horário político.

Alguns candidatos chegam a suplicar para que os eleitores não os abandonem. Mas projetos e propostas sérias, neca, neca, apesar da exiguidade de tempo no rádio e na televisão.

São tantos os apelos que a cidade parece um festival volante de músicas de brega. Creio que os candidatos pensam que a comunicação com o eleitor comum só pode ser compreendida através de jingles desse gênero musical. Nem se contam aqui as tentativas de assassinato à língua portuguesa em certos slogans.

INCÊNDIO NO CERRADO

O inverno não acaba e o campus da UNIFAP está sendo engolido pelo mato. Não demora vem o verão e começam os focos de incêndio no que resta da mata de cerrado. Como isso acontece todo ano, vai o alerta para que os cursos da área de meio ambiente façam suas prevenções. Não há necessidade de preparar brigadas anti-incêndio, porém será preciso evitar as queimadas no que resta desse bioma tão sujeito à destruição antrópica. Lembro que no ano passado por ocasião do Círio de Nazaré, devotos soltaram foguetes que acabaram por incendiar uma área do campus Marco Zero.

CULTURA ESPÍRITA

Entre 04 e 17 de setembro ocorrerá no Teatro das Bacabeiras a 2ª Semana da Cultura Espírita do Amapá, com entrada franca ou com a contribuição de um quilo de alimento não-perecível.

O evento traz como tema central “Chico Xavier, 100 anos de luz” e nele serão ministradas oficinas de teatro, música e poesia espírita, além de trazer palestrantes de todo o Brasil.

Entre eles estará o amapaense Jorge Elarrat que mora há muitos anos em Rondônia e falará sobre o tema “Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho”. Jorge é filho do empresário Juvenal Canto e da professora Sol Elarrat, pioneiros no Estado do Amapá.

MODERNIZAÇÃO

Depois do sucesso das retransmissões do Campeonato Brasileiro e da Copa do Mundo, o Zé Ronaldo Abreu modernizou o seu sistema de TV, substituindo os antigos aparelhos por novos com telas de LCDs e de plasma.

Como era de se esperar, ele e Liete resolveram doar os velhos (que estão em perfeito estado de conservação) para entidades filantrópicas como a Casa da Hospitalidade, Irmã Marisa e APAE. Todos ganham com isso, principalmente os torcedores, que vão ver os jogos com mais nitidez.

OS COMETAS

Cenas do ensaio para o show de 04/09/10, no Trem Desportivo Clube.

Fotos: Sonia Canto

zé paulo
Zé Paulo – Guitarra Base

2010-07-26 20.05.13
Álvaro Gomes – Guitarra solo

HPIM8106Humberto Moreira - Vocal

espindola
Espíndola - Sax

walfredo

Walfredo - Bateria

O conhecido conjunto musical que fez grande sucesso nas décadas de 60 e 70 em Macapá vai fazer um baile-show para os cinqüentões e sessentões que o acompanha em todas as promoções que realizam. Vai acontecer no dia 04 de setembro na sede do Trem Desportivo Clube, que promove a festa com a produção da empresa Sônia Canto Produções.

Os músicos já estão ensaiando para fazer rolar os velhos sucessos que faziam a alegria daquela jovem guarda macapaense. No palco veremos Zé Paulo, Humberto Moreira, Nando, Valfredo, Espíndola, Pinto, Álvaro, entre outros. Com certeza será sucesso.

A VINGANÇA

O Zé Ramos não pára com a esperteza. Amanhecido na saída do pagode do “Tio Duca” convidou o amigo “Caldo Fino” e sua gostosa namorada para tomarem a saideira no “Calçadão”. Beberam umas dez cervejas por conta do Zé, que estava se salientando pro lado da “sincera” do amigo. “Caldo Fino” dormiu porrão sobre a mesa e quando acordou perguntou ao Waldir: - Cadê minha namorada? O Waldir disse: - O Zé Ramos levou ela pra casa no carro dele, bote tempo. Aí o “Caldo Fino” falou indignado: - Ah é, é? Então me dá duas coxinhas e uma coca litro e põe na conta desse fdp.

ZUNIDOR

marinalvA A presidente do SINDUFAP, professora Marinalva Oliveira informa que nesta segunda-feira, 23, a entidade se reunirá às 16h00 no Bloco B, em Assembleia Geral para discutir a elaboração da pauta de reivindicações interna.

Foto: Acervo Fernando Canto
fátima guedes
A dublê de atriz e professora Fátima Guedes, a Popoca, está trabalhando no set de filmagens de “Tainá.
Foto: Acervo Fernando Canto
prof_tavares

Reitor José Carlos Tavares ministrou aula inaugural em mestrado da área de Farmácia na Universidade Federal de Juiz de Fora, na semana passada

Foto: Acervo Fernando Canto

ju 011 Júlia Canto está sendo esperada com ansiedade pela família no dia 02 de setembro. Vem dos E.U.A. para batizar Clarisse Mont’Alverne do Carmo. Enquanto isso a galera do Mosaico fica na expectativa da festa de recepção.

Foto: Acervo Fernando Canto
professo tostes

O ex-vice-reitor da UNIFAP, prof. José Alberto Tostes, está preparando um novo livro. Será uma coletânea de textos publicados em jornais de Macapá. Vai lançar quando voltar de Portugal, onde fará seu pós-doc.

Foto: Acervo Fernando Canto

william_bonner

Nesta segunda-feira, 23, o Jornal Nacional da TV Globo vai ser transmitido direto da Fortaleza S. José, iniciando o projeto “JN no ar”, com Willian Bonner.

Imagem disponível em: http://www.blogdofabiorodrigues.com.br

Até 15 de setembro estão abertas, inclusive em Macapá, as inscrições para mestrado e doutorado (fluxo contínuo) do INPA. Inf: HTTP://pg.inpa.gov.brFrase de pára-choque de caminhão visto no Pacoval: “Deus é fiel. Eu é que sou sem-vergonha.”

Hoje ocorre a palestra “As Diretrizes curriculares nacionais para a Educação Infantil: política pública de educação infantil, no auditório multiuso da UNIFAP.

De 08 a 11 de novembro ocorre o XXVIII Encontro Nacional de Físicos Norte-Nordeste, em Terezina-PI. Inf: e-mail: +558632371424.

Excelente o módulo ministrado pela professora Eliane Superti no curso de Gestão educacional da UNIFAP, sobre avaliação de cursos superiores.

Inderê! Volto zunindo na sexta.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010