quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Manuscritos do Mar Morto podem ser vistos através da internet

manuscritosMilhares de manuscritos do Mar Morto já podem ser vistos sem sair de casa. Eles foram fotografados e assim, disponibilizados via on-line, informou a Autoridade de Antiguidades israelense.

Entre os manuscritos podem ser vistos fragmentos de pergaminhos que são considerados Gêneses, até os Salmos e o Livro de Isaías.

Para que todo esse valioso conteúdo pudesse ser disponibilizado ao público foram usadas as técnicas mais modernas de tratamento de imagem, desenvolvidas principalmente pela Nasa.

Com os procedimentos ficará mais fácil também analisar o estado de conservação dos documentos, que datam do terceiro ao primeiro século da nossa era. Os documentos mais antigos pertencem ao século III antes de Cristo e o mais recente foi redigido no ano 70, quando aconteceu a destruição do segundo Templo judeu por legiões urbanas.

Grande parte desses documentos estão sendo conservados no Museu de Israel, em Jerusalém. Alguns deles foram expostos no exterior, porém, sua grande fragilidade limita muito a manipulação e sua exposição à claridade. (Fonte: Oficina da Net)

CONCURSO FOTOGRÁFICO PARA BRASILEIROS E PORTUGUESES


O projeto Uma Casa portuguesa com Certeza foi concebido especialmente para o Ano do Brasil em Portugal e será uma homenagem de brasileiros e portugueses a Portugal! O patrocínio é da Funarte.

A proposta é produzir correspondências visuais entre fotógrafos brasileiros e portugueses com o tema da 'casa portuguesa'.

A participação está aberta a todos os fotógrafos amadores e profissionais que queiram participar, basta ser usuário - ou passar a ser - do Instagram, seguir as regras do jogo e participar do processo
de seleção. Serão aceitos participantes residentes no Brasil e em Portugal.

Basta postar imagens com o tema Uma Casa portuguesa com Certeza usando o aplicativo Instagram e adicionar as tags
#umacasaportuguesacomcerteza ou #casalusa.

Seu Instagram pode ser selecionado, participar de uma exposição na Europa e no Brasil e você ganhar viagem e estadia para abertura!

Acompanhe as fotos que participam da seleção no nosso site: http://www.umacasaportuguesacomcerteza.com/

Receba nossas atualizações no Facebook, curtindo nossa página: https://www.facebook.com/umacasaportuguesacomcerteza

Vinheta: https://vimeo.com/49256328

Filminho do coletivo O Estendal: https://vimeo.com/52459208

(Fonte: Estudio Madalena)

KINDLE COMEÇA A SER VENDIDO NO BRASIL POR R$ 299

kindleA Amazon finalmente começou a venda do Kindle noBrasil, o leitor de livros digitais, que pesa apenas 170 gramas, pode ser comprado na loja online da Amazon brasileira, pelo Ponto Frio ou ainda em lojas da Livraria da Vila em São Paulo, esta começa às vendas na quinta-feira.

O leitor começa a ser vendido pelo preço de R$ 299 reais para sua versão mais simples, com tela de seis polegadas que não emite luz, em 16 níveis de cinza e navegação por botões, ou seja, não é touchscreen.

O Kindle pesando 140 gramas, até mesmo menos que um livro convencional, pode levar uma biblioteca em suas costas. A capacidade é aproximada de 1400 livros, com a versão de 6 polegadas, fica fácil de transportar o aparelho. Diferente de tablets onde a tela é de LCD, o Kindle não brilha, ou seja, a leitura não prejudica a visão, é uma simulação de uma folha de papel. O aparelho tem suporte a Wi-fi, para baixar os livros, e pode usar a núvem para armazená-los com segurança e poder ler em outros dispositivos.

As vendas nas livrarias Vila vão de encontro à concorrência da Livraria Cultura que vende o leitor Kobo. (Fonte: Oficina da Net)

NUNO CAMARNEIRO VENCEU PRÉMIO LEYA DE LITERATURA

O romance 'Debaixo de algum céu', de Nuno Camarneiro, é o vencedor do Prémio LeYa, com o valor pecuniário de 100 mil euros.

O vencedor foi divulgado, esta segunda-feira, pelo presidente do juri, Manuel Alegre, na sede daquele grupo editorial.

Nascido em 1977 na Figueira da Foz, Nuno Camarneiro publicou em coletâneas e revistas até se estrear com o romance "No meu peito não cabem pássaros".

O Prémio LeYa é-lhe agora atribuído pelo romance "Debaixo de algum céu", tendo sido decidido por maioria, segundo o júri, perante mais de de 270 obras originais a concurso.

Além de Manuel Alegre, o júri foi constituído ainda pelos escritores Nuno Júdice, Pepetela e José Castello, por José Carlos Seabra Pereira, professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo, e Rita Chaves, crítica literária e professora da Universidade de São Paulo.

O Prémio LeYa foi criado pelo grupo editorial que reúne mais de uma dezenas de editoras e chancelas de Portugal, Angola, Moçambique e Brasil, e o intuito do galardão é distinguir um romance inédito escrito em português.

Fonte: Jornal de Negócios

APOCALIPSE MAIA E 'STAR WARS' SE ESBARRAM EM TEMPLO DA GUATEMALA

MIKE MCDONALD - Reuters

No centro da base rebelde de onde Luke Skywalker decolou para destruir a Estrela da Morte e salvar seu povo das garras de Darth Vader, a Guatemala se prepara para outro fato marcante: o fim de uma era para os maias.

Nas profundezas da selva guatemalteca ficam as ruínas dos templos maias que George Lucas usou como locação para o planeta Yavin 4 na série "Star Wars".

Nesta semana, no alvorecer da sexta-feira, 21 de dezembro, termina uma era no chamado "calendário maia de contagem longa", um fato que foi associado por vários grupos ao fim dos tempos, ao começo de uma nova era mais espiritualizada, ou a uma boa razão para passear pelos antigos templos maias do México e da América Central.

"Se for o fim do mundo, tomara que o Luke venha e detone a Estrela da Morte", disse o consultor Alex Markovitz, 24 anos, fã de "Star Wars" que mora em Filadélfia, enquanto olhava o local da base rebelde do mocinho cinematográfico. "Eu vejo por que rodaram aqui. Não parece real. Parece um planeta alienígena."

Outrora o coração de uma civilização conquistadora por mérito próprio, a antiga cidade de Tikal - considerada "a Nova York do mundo maia", pelo porte dos seus edifícios - é hoje um centro de peregrinação tanto para fãs de "Star Wars" quanto para entusiastas da cultura maia, ávidos por descobrirem exatamente o que significam as interpretações modernas das antigas lendas.

Na década de 1960, um influente acadêmico norte-americano disse que o fim do 13o "bak'tun" maia - um período que dura cerca de 400 anos - poderia significar um "Armagedom", embora muitos visitantes dos velhos templos acreditem que a virada do calendário possa prenunciar algo maravilhoso.

Descoberto em 1848, quando locais desencavaram crânios humanos com joias de jade encravadas nos dentes, Tikal hoje atrai turistas do mundo todo. Nesta semana, visitantes diziam sentir uma presença poderosa no céu sobre suas cabeças.

"O mundo tal qual conhecemos está terminando", disse a blogueira argentina Jimena Teijeiro, de 35 anos. "Estamos sendo impulsionados para uma nova era de luz, sincronicidade e de deslumbramento simples com a vida."

Estudiosos dos maias e astrônomos rejeitam a ideia de que o mundo esteja à beira da destruição, mas místicos e buscadores de experiências espirituais continuam vindo atrás da energia de Tikal. Guardas do parque contaram que na semana passada expulsaram 13 mulheres nuas que dançavam e cantavam em torno de uma fogueira perto dos templos.

"Algo grande vai acontecer", disse o empresário Ricardo Alejos, presidente do fã-clube de "Star Wars" na Guatemala. "Os maias eram um povo incrivelmente preciso. Algo grande vai acontecer, e vamos descobrir em poucos dias."

Cercada por uma espessa floresta habitada por onças, macacos e tucanos, a vista para Yavin 4 do topo do Templo 4 de Tikal, conhecido como "templo da serpente de duas cabeças", pouco mudou desde a filmagem feita em 1977 por Lucas.

O cineasta escolheu Tikal ao ver um cartaz do lugar numa agência de viagens da Inglaterra, e em março de 1977 enviou uma equipe à Guatemala para filmar, no meio de uma guerra civil que duraria 36 anos.

Com um sistema de polias, a equipe instalou pesadas câmeras e refletores em cima do Templo 4, com 65 metros de altura, e pagou com cervejas um guarda que durante quatro noites vigiou o material, munido com uma espingarda, segundo moradores.

Um ano depois das filmagens, as cabanas onde a equipe se hospedou foram queimadas por guerrilheiros esquerdistas que combatiam o governo militar da época.

Yavin 4 e a base rebelde voltarão à trama de "Star Wars" no Episódio 7 da série, anunciado em outubro pela Disney, no que Skywalker regressa ao seu planeta para montar uma academia de Cavaleiros Jedis. Muitos fãs, no entanto, dizem que a Disney deve filmar em estúdio, em vez de voltar a Tikal.

Os templos também apareceram em "007 Contra o Foguete da Morte", de 1979, em que o agente James Bond é atraído para o covil do seu inimigo Hugo Drax no meio da selva.

Guias locais preveem um grande afluxo de visitantes nesta semana, e o governo guatemalteco estima um recorde de 235 mil turistas estrangeiros em dezembro. Os hotéis em Tikal estão lotados.

"Há grupos apaixonados que chegam", disse o guia turístico Gamaliel Jimenez. "Um grupo me disse: ‘Se você não nos levar aonde filmaram ‘Star Wars', não vamos contratar você'." (Fonte: Folha de São Paulo)

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Contículo 4


TRAVESSIA 2   

Para Herbert Emanuel e Joãosinho Gomes        

Eu via o mundo invertido quando passava na rua do poeta. Ele acenava do fundo da terra me pedindo um dracma de ouro.

Contículo 7

OVERLOOPING 

Para Osvaldo Simões e Isnard Lima
        
         O “encosto”, reclinado, frustrou a acrobacia de Mayra no monomotor. O voo foi tiro e queda.

Contículo 6


PARTO 

Para Luli Rojanski e Manoel Bispo      

         A torneira do jardim pariu seis gatos pingados. Acabara de chover.

Contículo 5


O CHOQUE 

Para Jorge e Edelwais         
                                              
         Quando as pedras finalmente se encontraram viraram pó.

Contículo 3


RUA DO POETA 

Para Paulo Tarso         
                                                                                                                 
Cruzava a rua do poeta plantando bananeira para não pisar nem na lembrança.

Contículo 2

TRAVESSIA

Para Elton Tavares

Ao atravessar a faixa de pedestre só levantou a mão na hora do impacto.

7 CONTÍCULOS ALADOS

Contículo 1 - INSÔNIA

Para Carla Nobre

Sem dormir a noite toda fui cedo à padaria comprar um sonho.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Sou Ana, canto Elis


Para coroar o ano de 2012 e começar 2013 com o astral lá em cima, Ana Martel prepara para seu público um show especial: Sou Ana, canto Elis.
O show traz de volta as composições que estão no CD Sou Ana e canções interpretadas inicialmente por Elis Regina e que fazem parte do repertório de Ana Martel há 30 anos.
A banda que fará a moldura do espetáculo é formada por Siney Sabóia (trompete e direção musical), Marcelo Cardoso (saxofone), Valério de Lucca (bateria), Hian Moreira (contrabaixo), Jeffrey Redig (piano) e Fabinho Costa (guitarra).
“Sou Ana, canto Elis” será realizado no Motor’s Beach Club, na Avenida Beira Rio, Orla do Araxá.



SERVIÇO:
Data: 28/12/2012 (sexta-feira)
Hora: 22:30h
Local: Motor’s Beach Club - Av. Beira Rio, 1488
Ingresso: R$ 25,00
Contatos:
Telefones: 96 81293379 / 96 91127126

domingo, 9 de dezembro de 2012

Tempo Cinza

Poema de Fernando Canto

O PODER DO TAMBOR


Fernando Canto
Sociólogo

Não é de hoje que vejo - e ouço – algumas associações de sincretismo entre o catolicismo e os ritos de origem africanos no Amapá como o Candomblé e o Tambor de Mina. 

Nunes Pereira, uma das raras referências etnográficas do folclore amapaense, disse em seu livro “O Sahiré e o Marabaixo” (Fundação Joaquim Nabuco, Recife, 1989, pág. 101/115), que quando esteve no Laguinho e no Curiaú em 1949, observou que os tambores utilizados não exerciam claramente sobre os negros o poder transfigurador que os instrumentos de percussão têm na África ou do tipo usado nos terreiros Mina-Gêge de São Luís do Maranhão. Mesmo assim registrou os mais estranhos e emocionantes movimentos de dançarinos no Marabaixo.

Observou que (aos negros) “Nem lhes faltaram, nas máscaras luzidias de suor, o fulgor das pupilas e nos ritus dos lábios carnudos, a expressão dramática, que a posse do Guia, Santo ou Vodum, lhe transmite, e a expressão sensual, que nasce dos sentidos, açulados pelas libações e pelos contactos dos corpos em festa”... Mais adiante ele viu “saltos elásticos de alguns jovens, tais os dos bailarinos acrobatas, ou negaças fulminantes de capoeiras” que lhe reafirmavam um justo conceito, não de antropólogo, mas “de um viajante fascinado”.

Nunes Pereira ficou mesmo encantado com a dança dos negros e mestiços que aos poucos se avolumava no salão sob o comando do Mestre Julião Ramos. E informa que se “nos lembramos das atitudes místicas dos Voduns Mina-Gêge, erguendo os braços para o alto ou baixando-os para abrir mãos que se diriam afagar a terra, também nos lembramos dos passos do frevo pernambucano e das marchinhas do carnaval carioca”. Sua descrição da dança arremata que “Mestre Julião, de súbito, como se fosse envolvido pela fascinação daquele ritmo e daquelas atitudes, entrou a substituir um dos tocadores das ‘caixas’, arrebatando-lhe o instrumento. E, então, pela expressão de sua voz e pela segurança de seus toques, a dança atingiu o seu Pathos. E nela fomos envolvidos também”.

Dizendo isso, suponho que ele tenha mergulhado na “mucura”, a bebida  alcoólica muito utilizada no Marabaixo, pois nenhum antropólogo é de ferro.

Ele ainda tentou atrair as negras velhas para conversas sobre terreiros, sobre Mães de Santo e Vodus, mas elas se esquivaram discretamente, entretanto sem poder negar que tudo isso lhes era familiar.

Certa vez eu presenciei uma incorporação sob os tambores do Marabaixo, porém imediatamente retiraram o “cavalo” (uma mulher) do recinto, não dando chance para perguntas. 

Sobre esse assunto fui informado de outro caso, provocado por uma bebida possivelmente alucinógena preparada com cachaça e a casca macerada do caimbé branco, árvore abundante no cerrado das cercanias de Macapá.

No Haiti, sincreticamente São Tiago é associado a Ogum, o deus daomeano, com seu ar feroz, barba hirsuta e espada erguida. Em Cuba Ogum se equipara a São Pedro por levar em suas mãos as chaves do céu que são de ferro e a Santiago dos castelhanos, que, a cavalo, os ajudava na guerra matando mouros. No Brasil durante as cerimônias, os “adosu” por eles possuídos assumem uma expressão feroz e durante as danças empunham uma espada e executam a mímica da guerra e dos combates. Segundo Pierre Verger, a assistência grita, saudando: “Ogum ye”. Seus adeptos, muito numerosos, usam colares de cores azuis-escuras e braceletes de ferro. Na Bahia ele é assimilado a Santo Antônio e no Rio de Janeiro a São Jorge, que é outra personagem, ou figura da Festa de São Tiago de Mazagão Velho

Não é de hoje, repito, que essas coisas estão ligadas ao Marabaixo. Mesmo que se diga que seus principais ritos sejam de origem católica, a ancestralidade comanda o inconsciente coletivo. E o toque do tambor é muito poderoso. Inderê, Olô!   

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Os Silêncios da Eternidade–Paulo Tarso–Lançamento

os silencios da eternidade MENOR

 

LANÇAMENTO

Data: 7 de dezembro – 2012

    Hora: 19h30min

    Local: Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda

    Rua São José, 1800 – Centro

O livro Os Silêncios da Eternidade é o sétimo livro de poemas do autor. Composto de 70 poemas escritos entre os anos de 1996 e 2012. São poemas que falam de sua infância, as lembranças da adolescência e os dilemas e reflexões que são inerentes ao ser humano.

Na obra também consta um resumo biográfico, relação das obras publicadas e participações em antologias e uma completa entrevista que aborda todos os aspectos da vida literária do autor e sua militância nos movimentos culturais do Amapá e que serve de guia para estudantes e professores que desejam conhecer um pouco mais sobre a produção literária no Amapá e seus principais representantes. Também estão publicados os principais textos críticos que autores como Fernando Canto, Washington Cantanhêde e Carlos Cunha escreveram sobre Paulo Tarso Barros e sua trajetória literária.

PAULO TARSO Silva BARROS (natural de Vitória do Mearim – MA, nasceu no dia 29 de agosto de 1961 e desde 1980 é radicado no Amapá). É filho de Miriam Bogéa e Silva e Euzemar dos Santos Barros. Professor licenciado em Letras pela UNIFAP, Curso de Pós-Graduação Lato-Sensu de Especialização em Língua Portuguesa e Literatura brasileira pelas Faculdades Integradas de Jacarepaguá – FIJ. Funcionário público do grupo magistério da Secretaria de Estado da Educação do Amapá, casado, duas filhas, já publicou diversos livros, dentre contos, poemas e literatura de cordel, centenas de crônicas e artigos na imprensa do Amapá, Pará, Maranhão, São Paulo, Pará e Rio de Janeiro. Fez a editoração de mais de quarenta obras. É membro da Academia Arariense-vitoriense de Letras (AVL, onde ocupa a Cadeira de nº 31, cujo patrono é o escritor maranhense Ribamar Galiza), da União Brasileira de Escritores (UBE – São Paulo), da Associação Amapaense de Escritores – APES, da Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular e foi membro do Júri Nacional do Prêmio Multicultural O Estadão, de São Paulo. Foi membro do Conselho Estadual de Cultura, do Conselho Diretor da Fundação de Cultura do Amapá e chefe da Divisão de Editoração da referida instituição. Desempenha suas funções na Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, entidade da qual é ex-diretor.

LIVROS PUBLICADOS:

· No dentro de Mim (Poemas, 1985)

· Poemas de Aço (Poemas, 1985)

· Existencial do Pássaro Migratório (Poemas, 1997)

· O Devaneio é o Cetro do Poeta (Poemas, 1997)

· Inventário das Buscas (Poemas, 1997)

· Canção numa Hora de Encontros e Desencontros (Poemas, 1997)

· O Benzedor de Espingarda (Contos, 1998)

· As Peripécias do Moleque Borgue (Cordel, 1998)

· Apontamentos de Literatura Amapaense (Internet)

· Datas Históricas e Comemorativas do Brasil e do Mundo (Internet)

· Sogra na Vida da Gente (Cordel, 2004)

PARTICIPAÇÃO EM ANTOLOGIAS:

· 13 Contistas da Amazônia. Editora da UFPA, 1993

· 7 Contistas da Amazônia. Editora da UFPA, 1993

· 11 Contistas e 13 Contos. Editora da UFPA, 1997

· Macapá, Retratos Poéticos. Edições Tucuju/PMM, 2002

· 245 Quadrinhas de Amor a Macapá. CAEF, Macapá, 2003

· Pescando Peixes Graúdos em Águas Brasileiras, de Geraldo Pereira (poemas, Goiás, 2004)

· Antologia Poetas do Meio do Mundo. Macapá: GEA, 2009.

· Antologia Contistas do Meio do Mundo. Macapá: GEA, 2010.

· Antologia Cronistas do Meio do Mundo. Macapá: GEA, 2011.

Contatos com o autor:

Tel: (96) 9129 9867 e 9965 6570

Email: paulo.tarso@uol.com.br

· Blog: http://paulo.tarso.blog.uol.com.br

· paulotarsobarros@hotmail.com (Messenger)

· twitter.com/paulotbarros

· Orkut e Facebook: Paulo Tarso Barros

 

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

HUMOR


O lado humorista do escritor amapaense Ray Cunha pode ser visto neste conto sádico, onde as personagens viajam direto para a casa do diabo. Fantástico (F.C.) Ray Cunha é escritor e jornalista. Reside atualmente em Brasília.

VILA BELZEBU (*)
Conto de Ray Cunha

Até que o ônibus não estava muito lotado. Pipira conseguiu se apoiar na muleta de um saci Pererê. O motorista ia correndo um bocado quando Mutreta deu o sinal e freou bruscamente. Uma anta veio voando lá detrás e deu uma chifrada num bebê que só estava chupando o dedo. O bebê começou a chorar e pegou uma bofetada.
- Cala a boca, assassino! – disse-lhe a mãe dele, repreendendo-o severamente.
Como o ônibus já estava muito lotado, o casal que ia saltar jogou os três garotinhos, seus filhos, pela janela. Um deles caiu de mau jeito e já ia para baixo das rodas de uma escavadeira Caterpilar quando um soldado da PM o puxou pelas pernas, tornando-se um heroi.
Um pretão de três metros quis tirar um sarro com uma anã e foi atingido com um golpe baixo. Um sujeito com mania de cavalo ia relinchando, mas foi posto para fora com um pontapé na parte esquerda do beiço inferior. O motorista estava com muito ódio de um sujeito que puxou a caneta para anotar a placa do carro, a fim de “posteriormente”, conforme explicou para um vizinho, “queixar-se nos ditames da lei no departamento cabível”.
- Tu és um sem vergonha, seu cretino desavergonhado e purulento. Não sei onde estou que não paro este ônibus, boto todo mundo pra fora e pronto. Ainda te dou uma surra só com meu par de meias, cujo fedor nem hiena aguenta.
O sujeito que puxou a caneta estava visivelmente com medo da barbaridade do motorista.
- Basta a gente olhar para a tua cara, cabra safado, para se ver que a vergonha em ti já foi lambida. Tu estás pensado que é só puxar uma caneta e anotar a chapa, é?
- Vê se tu paras na tua casa; quero conversar com tua mãe! – gritou alguém lá do meio do coletivo.
- Se esse insulto partisse de ti, sujeitinho descarado – disse o motorista para o incauto escrevinhador, - eu te poria os dedos dos pés nessa tua cara insossa. Tu herdaste essa cretinice da tua mãe?
O outro, acovardado e humilhado, pediu pra saltar, mas num gesto inesperado de heroísmo, fincou a caneta no alto da cabeça do motorista. Ao ver o sangue, o chofer começou ter vertigens, até que apareceu uma gueixa com um leque do tamanho de um guarda-sol e começou a abanar o gajo. Ele se recompôs e zarpou.
Nessas alturas começou a trovejar e caiu um baita aguaceiro, que logo encharcou a Margarida. Ela fechou mais que rapidamente a janela, mas quando viu a janela foi aberta de novo. Ela tornou a fechá-la, mas novamente a janela foi aberta. Então Margarida olhou para trás e viu um sujeito com dois fundos de garrafa na cara abrindo a janela da moça.
- Primeiro vou te arrancar dos olhos esses dois telescópios, depois quebro eles e te corto os dedos mindinhos. A seguir, tiro meus sapatos altos e te dou com o salto de ferro só nos lóbulos das orelhas e no osso do nariz.
O rapaz, todo ensanguentado, explicou que não enxergava direito a janela, que só tinha uma das vidraças.
- Meu Deus! Massacrei um intelectual por causa da janela deste ônibus – lamentou Margarida.
Foi nessa hora que jogaram uma pedra no olho do motorista. Ele perdeu a direção do carro e o ônibus brecou certo no fim da linha, onde Belzebu já os esperava de garfo em punho.

(*) Publicado no jornal Inteligentsia. Brasília, setembro de 1994.

CRÍTICA


O INSTANTE DO BRUXO ALUMBRADO

Por Fernando Canto, escritor.

Bolero em Noite Cinza traz a emoção da dança e a virtude da luz pelas fretas das portas. São poemas ecléticos que pulverizam palavras, rebentam estruturas e reconstroem sentidos em fuga. Configura-se aqui momentos de tensão, medo, sátira anárquica, crítica social e até mesmo a pura despretensiosidade poética. São ainda trabalhos de grande generosidade estilística, pois o autor joga sua versatilidade nas entranhas do mundo através de figuras e expressões linguísticas variadas. É, sobretudo, uma forma nova de encarar o mundo e de desvirtuar a realidade que tanto sufoca. Este livro é, portanto, um instante de alumbramento.

UMA CICATRIZ INFAME NA MEMÓRIA

Por Menezes Y Moraes, poeta.

O poeta consegue penetrar no pathos da condição humana, para daí traduzi-lo em poesia marcadamente solidária, radicalmente terna. Do cotidiano mais chué ao dia mais sublime, nos fala o poeta. Quando ele retrata a sua própria alma, nos expondo sinceramente os subterrâneos de seu ser – como todo poeta digno desse nome -, é a alma do seu próximo que ele desenha, intui e sugere. A alma e o corpo (amados e sofridos) do seu próximo e a pintura da incrível existência humana são objetos poéticos deste Bolero. Aqui dança toda a existência humana. O poeta é um crítico implacável do mundo e da sociedade do seu tempo.

 O BERRO DO VELHO JOY

Por Ray Cunha, escritor.

Toda vez que em Brasília digo que sou de Macapá as pessoas prestam atenção em mim como se fosse de outro mundo. E têm razão. Macapá, que entrou na mídia nacional por causa de José Sarney, que pulou de paraquedas na cidade e foi aplaudido pela caboclada, é a capital do estado do Amapá, fronteira com o Caribe, extremo norte da costa brasileira. Portanto o resto do país ninguém sabe e nem quer saber o que se passa lá. Mas no final dos anos 60, um grupo de artistas se reunia diariamente na casa do poeta Isnard Lima Filho. Em 72, com o nome de Joy Edson, o velho Joy estreiava como poeta com Xarda Misturada. Mas tudo estava levando a breca mesmo. Ele não suportava mais a ditadura dos milicos. Quem mandava na cidade eram militares, a Polícia Federal e os filhos dos militares e dos policiais federais. Faziam o que bem entendiam. Aí o velho Joy resolveu escafeder-se daquela rotina enlouquecedora. Acabou com os costados em Brasília, onde tinha parentes e havia mais oxigênio.
Pois bem. O berro do Isnard Lima Filho era alto. Mas o velho Joy começou a berrar alto também e hoje, ao lado do pintor Olivar Cunha, que vive em Vitória, e do contista Fernado Canto, que vive em Belém, forma a trindade artística do Amapá. É um dos artistas mais importantes daquelas terras mergulhadas no torpor.

JOSÉ EDSON DOS SANTOS E O BOLERO EM NOITE CINZA


Um dos livros mais impressionantes do poeta amapaense José Edson dos Santos, que também se assina como Joy Edson, é o “Bolero em Noite Cinza”, publicado em Brasília, em 1994. A escritura ousada e diferente fez com que Edson se tornasse um dos mais importantes poetas do Planalto Central e gozar de um grande e confortável conceito na literatura brasiliana. O poeta mora em Brasília desde 1973, tendo publicado inúmeros livros e feito parte de incontáveis antologias do cerrado brasiliense. Leia a crítica após a leitura dos poemas.

O VAMPIRO DE RAPUNZEL
Essa chuva cinza a noite
Molhando o pássaro imprevisível
Na sua obsessão de horizonte
Sinuosos &
Na arquitetura de querubim.
Alçar sob sílabas bilabiais
O que secreta o nariz de Rapunzel
Relâmpagos e nuvens de enxofre
Perseguem o Lázaro triste e cego
Ruminando a vã filosofia do ego
Na chuva cinza
Desabando na cidade

Meia-noite e um suspiro...
O Vampiro veste seu colete grená
E sai à procura do suspense
Surpresa e horror
Rapunzel em sua Torre de Babel
Beberica o último gole de Fogo Paulista
Desembaraçando as madeixas de menina rica.
Escuta o sax fogoso
Que vem no vento
Ensaia a risada de ninfeta ninfômana
E espera displicentemente
Pelo Príncipe da noite.

Chove a noite cinza
Os querubins se embriagam de veneno
Quando o maldito vagueia o solar:
- Rapunzel, Rapunzel, joga as transas!
Um papelote de cocaína
cai no seu decote
& o sax solene corta o silencio.

O Vampiro reverencia a chuva e
Sobe no elevador do calabouço
Levando uvas no pescoço
Para curar o quebranto de Rapunzel.

A noite cinza de sussurros
Parece um ranger de asas
Um conto de Edgar Allan Poe
E quem não tem vinho nem virtude
Se contenta com o vício
de Baudelaire.

MEU POETÍLICO PÁSSSARO PIRADO JASMIM

Indiferente e pálido
Olhou a claraboia aberta
Sorrateiro penetrou
Como sombra de jiboia e poesia
Revelando o jeito forasteiro e rápido
De esconder suas mágoas

Nunca entrou numa de bater na porta
Prefere a emergência da madrugada
E a mania dialética de entrar
Sem pedir arenga

Enruste a mágoa pelo interfone
Por trás do verso perverso
Dizendo beber a mesma água de onça
Para saciar sua ânsia felina

Restou um gosto barroco e amargo na boca
Dor amor rancor dissabor
Passeio de rimas pobres pela persiana
De recuerdos

Nenhuma rima rica nem soneto ranheta
Para redimir a perda do sonho
A condição sonheteira das imagens
Palavras são parábolas

Ficar cada vez mais
Bêbado bosta pelo avesso
Sufoca o Bukowski dionisíaco
Que habita torto o porto inseguro
De sua solidão selvagem
Onde blasfemam bastardos e bardos
Que silenciam em conflitos e medos

Indiferente e pálido
Olhou a sombra do poema se esvair
Com um leve cheiro de jasmim

Escuta o jazz imaginário do dilema
Seguindo a trilha dos duendes e cogumelos
Quando a cotovia cantou
E acabou a cannabis e a madrugada

Indiferente e triste
Evidenciou a madrugada no rabo
De sua risada calhorda e cínica
Mandando tudo às picas
Até o que de mais poético existe
No seu jeito de ver a aurora
Pelo espelho provisório da vida


AUSÊNCIA OFÍDIA

A cobrinha multicolor
Mordeu meu tendão
Toda extensão minuciosa
A cartilagem da boca
Depois sangrou minhas varizes
Com o corpo ardendo em frenesi
Não pensou na necrobiose louca
Nem na hemorragia
Em minhas entranhas
Suportei a sua ausência ofídia
Por quatro semanas incomensuráveis
Sem nenhuma perfídia ou insensatez
Não foi desta vez que morri
De ler os românticos ou Paulo Valéry
Mas de certa forma
Engordei


BOLERO EM NOITE CINZA

Na noite cinza
Um bolero de soleira
Notívagos e corações solitários
Vestem angústias e divagam
Nos labirintos da cidade

A grande putona da megalomania
Bebe e bufa fuligens de ócio
Benvenido Granda sofeja nos mictórios
Bares sórdidos
Arcanjos pederastas
Ironizam o desenlace das concubinas cocainômanas
& aguardam ansiosos
Mancebos imberbes
Para acariciarem o pomo de Adão
Da solidão cinza
Com seus boleros de perfídia
E sordidez

AMAZONTECH 2012 APRESENTA RESULTADOS

Por Fernanda Picanço

O Amazontech 2012 chegou ao fim e os realizadores do evento, Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Governo do Estado do Amapá (GEA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal do Amapá (Unifap), comemoram os resultados positivos. Entre os dias 13 e 17 de novembro, 40 mil pessoas passaram pelo Complexo Meio do Mundo, em Macapá, nas áreas do Monumento Marco Zero do Equador, Cidade do Samba e Sambódromo.

O Amazontech proporcionou ao público visitante palestras, oficinas, conhecimento, inovação, oportunidades de negócios e ações de responsabilidade socioambiental. O evento contou com o patrocínio da CAIXA e Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). De acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae, o evento gerou 1.233 (mil duzentos e trinta e três) empregos diretos.

Durante o Amazontech foram arrecadados 3.636 quilos de alimentos, com produtos que compõem a cesta básica como feijão, açúcar, arroz, farinha e outros, transformados em 500 cestas. Esses alimentos são provenientes das inscrições nas oficinas e palestras, e serão distribuindo para as Instituições - Comunidade Terapêutica Renascer, Centro Comunitário Professor Marcos Rocha, Comunidade Evangélica Reviver, Escolinha Movimento Familiar Cristão, Associação dos Deficientes Físicos do Amapá, Associação de Pessoas Vivendo com HIV – AIDS e Direitos Humanos, Centro de Recuperação Lírio do Amor, Centro Espírita Casa de Amor, Irmã Mariza Nicolodi, Associação dos Moradores do Bairro Renascer,  Associação Beneficente O Semeador,  Associação Ministério Betel e Centro da Irmã Betânia.

Rodada de Negócios

Foram registradas as participações de 14 empresas compradoras, principalmente dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Maceió e 60 empresas vendedoras dos estados da Amazônia, especificamente a participação de 17 empresas amapaenses.

Foram 74 empresas participantes, gerando 235 oportunidades de negócios, com a estimativa total de R$ 2.680.000 (dois milhões, seiscentos e oitenta mil reais), negociados, de acordo com as pesquisas realizadas junto às empresas compradoras.

A Rodada de Negócios teve como objetivo global incrementar a economia de vários setores idealizados, por meio da aproximação da demanda existente e da oferta correspondente, atendendo interesses comuns dos empresários envolvidos, que representavam diversos estados brasileiros.

Capacitações

O Amazontech, também ofertou, gratuitamente, capacitações que trabalharam as principais cadeias produtivas da região amazônica, entre elas, açaí, castanha, cupuaçú, banana, maracujá, abacaxi, hortaliças, flores, bioprodutos, biojóias, plantas, madeira móveis, turismo, cerâmica, manejo de florestas, certificação orgânica, e outros segmentos.

Foram ofertadas 150 opções de capacitações durante o Amazontech incluindo oficinas e palestras, e que resultaram em 7.134 pessoas treinadas. Só na cozinha experimental, uma das atrações, foram 250 pessoas, superando a meta que era de 160. A Cozinha Experimental contou com a parceria das Lojas Center Kennedy, Casa do Sorveteiro e Associação dos Panificadores de Macapá e Santana (Aspams), e proporcionou um verdadeiro show de inovação, criatividade e valorização da culinária amazônida, a partir de receitas criadas com matérias-primas regionais, a exemplo da mandioca, feijão caupi, abacaxi, entre outros.

Turismo

O Estado do Amapá celebra os resultados do turismo durante o Amazontech, segundo o secretário de Estado do Turismo, Sandro Bello, durante o evento os 49 hotéis de Macapá que correspondem a 4 mil unidades habitacionais e obtiveram 100% de lotação. O Amazontech 2012 movimentou a economia local e o trade turístico, como guias de turismo, taxistas, restaurantes, hotéis, agentes de viagens e locadores de automóveis.

O Sebrae capacitou guias de turismo e taxistas de Macapá e Santana, foram  921 chapas de táxis, contabilizando um total de 1.500 profissionais e mais de 500 profissionais que atuam como guias e intérpretes. Os taxistas capacitados pelo Sebrae, receberam um kit taxista contendo boné, guia turístico, porta-revisteiro e o guia bilíngue (português e francês), que contêm expressões básicas de conversação, com tradução e pronúncia, a fim de facilitar o contato com os estrangeiros da Guiana Francesa que circularam durante o evento na capital.

A Coordenadoria Municipal de Turismo (Comtur) em parceria com o Sebrae desenvolveu um guia turístico com informações como endereços e telefones úteis dos hotéis, restaurantes e pontos turísticos de Macapá.

O empresário Luiz Gonzaga Leal, da Cachoeira Turismo, que possui uma frota de transportes, disse em seu depoimento que o evento superou as expectativas.

Já a empresária Margarete Menezes Marques, da Agência Marco Zero Turismo, informou que somente a sua empresa utilizou 11 veículos, entre vans, ônibus e micro-ônibus e mais de 25 guias contratados para o evento.

Como parte da programação, o Monumento Marco Zero do Equador, foi palco do Encontro dos Gestores de Turismo da Amazônia Legal. O evento teve como tema "Transportes na Amazônia Legal como Instrumento de Desenvolvimento Regional", os gestores dos estados convidados e representantes do segmento do Amapá discutiram propostas, planos e ações de sustentabilidade para desenvolver, fomentar e fortalecer o turismo na região Amazônica.

O Encontro teve como resultado a integração entre os estados da Amazônia Legal; integração de turismo náutico para se trabalhar de forma conjunta; reivindicações para a Comissão de Turismo e Desporto da Câmara Federal, Senado, Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores com relação às questões específicas de transportes aéreo, rodoviário e náutico.

Gastronomia

A Praça de Alimentação contou com a participação de 14 restaurantes que apresentaram variados pratos regionais, superando as expectativas dos empresários em público e faturamento.

Vitrine Tecnológica

No Amazontech, a Vitrine Tecnológica foi um espaço que recebeu a visitação de cerca de 3 mil universitários estiveram visitando a área que teve como principal característica aliar tecnologia agropecuária às artes plásticas, valorizando a cultura amapaense. A vitrine teve o formato da centenária Fortaleza de São José de Macapá, cada baluarte apresentou um sistema de produção, representando a aquicultura, entre eles, o pirarucu, o tambaqui, apaiarí, camarão rosa, tracajá e tartaruga.

Os visitantes visualizaram a Vitrine Tecnológica do topo um mirante de 7 metros de altura e 10 metros de largura. A vitrine foi um espaço de exposição e de experimentos orientados para o agronegócio arquitetado por técnicos da Embrapa e parceiros. Criada numa área que faz parte do Campus da Unifap, localizado atrás da Cidade de Samba, na vitrine foram plantadas mudas de eucalipto, banana, maracujá, cupuaçu, abacaxi, milho, mandioca, feijão, arroz, hortaliças, plantas medicinais, açaí, girassol, capim, leguminosas e sorgo.

Expositores

A exposição empresarial, mercadológica e de instituições de ciência e tecnologia, contou com a participação de 110 empresas expositoras nacionais e internacionais, sendo elas dos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, além da participação de quatro (4) empresas da Guiana Francesa.

Dentre os produtos em exposição, estavam móveis ecológicos, artesanato, fabricação de sorvetes com frutas, fabricação de vassouras de garrafa Pet, fabricação de sabonetes, buchas, óleos, gel com produtos naturais, serviços de arquitetura, reaproveitamento de banners, fabricação de orelhão ecológico, além de empresas que estiveram apresentando pesquisas de cunho científico e acadêmico.

Showroom da Beleza

As empresas que se apresentaram no salão de beleza modelo, criado para o evento, tinham como foco o desenvolvimento e uso de tecnologia, que utilizam recursos naturais e renováveis da Amazônia como fator gerador de emprego, renda e melhoria de processos produtivos. As empresas parceiras foram Malleti Móveis de São Paulo e o Instituto Embelleze do Amapá.

Durante o Amazontech foram realizados três (3) workshops por noite, 16 oficinas para cabelo, com duração de 1h à 2h; maquiagem e estética atraiu um público de 30 pessoas a cada workshop, ambas as capacitações despertaram interesses em conhecer os produtos inovadores de cosméticos e beleza. Foram 480 pessoas capacitadas no Showroom da Beleza.

Empório de Artesanato

O Empório foi um espaço montado para exposição e comercialização. O artesanato dos estados dos estados do Amapá, Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins foram expostos, agradando aos visitantes com peças exclusivas, confeccionados com matéria–prima regional e Design diferenciado, alcançando grande volume de comercialização das peças.

Ciência e Tecnologia

A Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec) realizou durante o Amazontech a I Feira de Ciência, Tecnologia e Educação do Estado do Amapá (Fecte). Neste evento, foram inscritos 31 trabalhos científicos, contemplando três (3) categorias concorrentes: Ensino Fundamental, Ensino médio e Ensino Médio Profissionalizante da rede pública e privada, além da participação de pesquisas de iniciação científica das Instituições de Ensino Superior (IES) do Amapá.

O Governo do Estado do Amapá, por meio da Setec, Secretaria de Estado da Educação (Seed) e Instituto Federal do Amapá (Ifap), reconheceu os melhores trabalhos científicos da Fecte com a entrega do Prêmio Jovem Sustentável Inovador. As instituições premiadas foram – na categoria Ensino Fundamental, a premiada foi a Escola Estadual Irmã Santina Rioli, com o Projeto Uso de Materiais Alternativos na Construção de uma Horta Vertical. Na categoria Ensino Médio quem levou o premio foi a Escola Estadual Mineko Hayashida, e na categoria Ensino Médio Profissionalizante, o premiado foi o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap), com o Projeto Ecofont no IFAP – Laranjal do Jarí: Em Busca do Conhecimento e Aceitação.

Concorreram 31 projetos, incluindo pesquisas dos estudantes do Ifap. Os alunos que tiveram os melhores trabalhos ganharam tablets. A escola vencedora ganhou um aparelho amplificador de áudio e um projetor multimídia.

Durante a Fecte houve ainda, o “Espaço Ciência”, onde foram realizadas diversas atividades como oficinas e palestras com o tema “Economia Verde, Sustentabilidade e Erradicação da Pobreza”.

O presidente do Conselho Deliberativo Estadual do Sebrae Amapá, Alfeu Dantas Junior, disse que “durante o evento foram discutidos temas sobre o desenvolvimento da Amazônia, com foco na sustentabilidade, inovação e tecnologia nos negócios”.

Para o diretor superintendente do Sebrae Amapá, João Carlos Alvarenga, inicialmente o Amazontech parecia algo impossível, causou dúvidas preocupações, incerteza e até medo em não podermos realizar um evento de tamanha envergadura, mas o Amazontech aconteceu e aconteceu no Amapá, em Macapá, única capital brasileira no Meio do Mundo, na Linha do Equador e às margens do Rio Amazonas, e de maneira exuberante, não foi só beleza, teve conteúdo, em todos os seus momentos como, Exposição Empresarial,  Portal dos Estados, Exposição Multimídia, Vitrine Tecnológica, trabalho fantástico da Embrapa que encantou a todos que a visitaram, os eventos de capacitação, os Fóruns de Secretários de Ciências e Tecnologia, de Meio Ambiente, de  Turismo e de Reitores, finalizando com a Carta de Macapá, documento que conterá todas as proposituras do Amazontech 2012.

Segundo o chefe geral da Embrapa Amapá, Silas Mochiutti, "no Amazontech tivemos a participação de mais de 20 unidades de pesquisa da Embrapa, possibilitando que o público conhecesse as tecnologias, produtos e serviços gerados pela instituição, para o desenvolvimento de negócios sustentáveis na Amazônia. Foram apresentadas palestras, oficinas, exposições, cultivos e criações que poderão ser adotadas pelos produtores agroextrativistas e utilizadas em políticas públicas na região. Este grande evento somente foi possível pela parceria com o Sebrae, Unifap e Governo do Estado do Amapá", afirma.

O Secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Antonio Cláudio de Carvalho, declara que o Amazontech 2012 é um evento para ficar na história. “Além de tudo está sendo comentado como legado do Amazontech 2012, esse mega evento que teve um papel imperativo para o setor de ciência, tecnologia e inovação do Amapá, pois funcionou como catalizador para que pudéssemos realizar em nosso estado fóruns importantes como: Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Ciência e Tecnologia, Fórum Nacional de Presidentes de Fundação Estadual de Amparo à Pesquisa, Fórum de Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Amazônia, Fórum de Secretários e Gestores de Turismo da Amazônia e do Fórum de Reitores das Universidades da Região Norte.Para o setor de CT&I, o Amazontech 2012  ação marcante, digna de registro histórico”, relata secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Antonio Cláudio de Carvalho. 

Para o Reitor da Universidade Federal do Amapá, José Carlos Tavares Carvalho, “o Amazontech se caracterizou como um evento que buscou discutir o desenvolvimento sustentável da Amazônia e seus ideais para a região, isso vai diretamente ao encontro da missão da Unifap, que apesar do seu curto tempo de existência, não se furta em contribuir com o progresso do estado”, finaliza.