quinta-feira, 30 de junho de 2011

FIEAP e SESI em parceria com a Escola de Música

FIEAP e SESI em parceria com a Escola de Música Walkíria Lima e o Centro Musical Aiapi realizam o evento Sarau do Choro.

A Federação das Indústrias do Estado do Amapá (FIEAP) e o Serviço Social da Indústria (SESI), em parceria com a Escola de Música Walkíria Lima e o Centro Musical Aiapi, realizam O Sarau do Choro, nesta quinta-feira, 30, no Teatro Leonor Barreto Franco, a partir das 19 horas.

O objetivo do show é valorizar e difundir a cultura do choro. No sarau será apresentado um rico repertório musical do gênero.

O evento vai reunir grandes nomes da música amapaense nessa vertente, entre eles, Lolito do Bandolim, Benjamim do Clarinete, Beto Oscar, Paulo Bastos, entre outros.  A entrada será franca.

O Choro

O choro, como jazz americano, é mais uma forma de tocar do que uma camisa de força para compor. Consolidado no Rio de Janeiro, em fins do século passado, seduziu ao longo do século XX os nomes mais importantes da música brasileira. Atraídos por suas infinitas possibilidades harmônicas e contrapontísticas, foi o meio de expressão predileto de Ernesto Nazareth, Chiquinha Gonzaga, João Pernambuco, Anacleto de Medeiros e Pinxiguinha; a importância do choro pode ser medida pela atenção que mereceu de Villa-Lobos e Tom Jombim, que tem,
aliás, uma de suas criações incluídas no seu trabalho.

Fonte: COMUNICAÇÃO SISTEMA FIEAP

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Novos arranjos conjugais

Por Raul Tabajara – Raul.silva@ibge.gov.br

Novos dados divulgados mostram um perfil mais detalhado do amapaense em relação à composição familiar. As informações estão entre as mais recentes divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com resultados mais específicos do Censo 2010. Um dos dados novos – e curiosos – que elas trazem é sobre a relação dos cônjuges.

O censo indicou que no Estado do Amapá havia 669 mil pessoas residentes, sendo que 99 % moravam em 156 mil domicílios particulares.

Em 103 mil residências, a pessoa responsável pelo domicílio (antigo chefe) mora em companhia de seu cônjuge, com 286 mil filhos ou enteados, 48 mil netos ou bisnetos, 62 mil outros parentes, como tios ou primos, e nove mil pessoas sem parentesco nenhum com os responsáveis pelos domicílios.

Temos ainda 14 mil pessoas que moram sozinhas e consequentemente responsáveis pelos seus domicílios e não possuem cônjuge, entre elas, 402 pessoas com a idade entre 10 a 14 anos. Também temos 180 pessoas nessa faixa que já possuem cônjuge e são responsáveis pelos domicílios onde moram.

Na faixa de 15 a 19 anos há duas mil pessoas que são responsáveis pelos seus domicílios.

Pela primeira vez perguntou se o amapaense vive com um companheiro do mesmo sexo, e 188 casais se declaram nesta situação. Ou seja, o dado permite afirmar que pelo menos 188 casais do mesmo sexo vivem em união estável, sob o mesmo teto, no Amapá.

Macapá, com a maior quantidade de casais do mesmo sexo, sejam homens ou mulheres, lidera a lista, com 141 casais. Santana vem em segundo, com 15 e Oiapoque em terceiro com 14. Mas, temos a presença desses casais em todos os municípios.

Os números absolutos mostram uma realidade que está vinda para ficar: cada vez mais pessoas com orientação sexual diferente estão ganhando espaço e também confiança para declararem o que são.

Há mais casais homossexuais vivendo sob o mesmo teto e que não passaram a informação ao Censo. Mesmo assim, a pesquisa pode ser considerada uma das mais fiéis sobre o assunto. O levantamento foi feito de casa em casa e também não foi identifica as pessoas.

Esse tipo de levantamento acompanha as mudanças da sociedade nos últimos anos. O Censo tenta ser o retrato mais fiel do País e não pode ficar alheio às mudanças de relações conjugais, por exemplo.

É natural que cada vez mais essas questões sejam incluídas em pesquisas, e com certeza nas próximas haverá levantamento dos responsáveis pelos domicílios que vivem em companhia de dois ou mais cônjuge, sejam homens ou mulheres: fato identificado facilmente em famílias indígenas, porem já observados nas zonas urbanas e rurais do nosso Estado, que não foram numerados, pois esse arranjo familiar ainda é criminalizado pelas leis brasileiras.

Outro tipo observado foi o de elevado numero de domicílios onde a mulher, mesmo tendo cônjuge homem morando no mesmo domicílio, se declarou responsável. Há também um grande crescimento de mulheres sem cônjuge e responsáveis pelos domicílios morando com filhos ou parentes como mães e irmãos. Temos ainda um numero crescente significativamente de casais onde o homem e a mulher estão no segundo relacionamento e trazem para o atual os filhos do casamento anterior. Sem sombra de duvida são arranjos que fogem o tradicional observado há pouco tempo atrás no Amapá

Essas informações são essenciais para o planejamento de políticas publicas e também para entendermos os novos arranjos familiares. Essa identificação é primordial para observarmos a nova dinâmica da sociedade e subsidiar as atualizações das leis civis e penais que devem refletir o avanço da mentalidade da sociedade, com isso evitando preconceitos e intolerância.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Coluna Canto da Amazônia - Zunidor

tica lemos

Segundo o Zé Ronaldo (o fenômeno) Abreu, a Tica Lemos deve desfilar como rainha da bateria dos Estilizados no carnaval do ano que vem, enfim realizando seu sonho. Ela tem a experiência de ir à frente do bloco “Carroça do Abreu” todas as terças-feiras gordas na Banda. Parece que ela está emagrecendo, caminhando junto com o colega Zé Filho.

2011-06-18_anisio Parabéns ao professor Anísio pela brilhante defesa de Dissertação de mestrado.

 

2011-06-22_00-46-07_857 2011-06-22_00-45-56_799

Muitas personalidades foram assistir ao show de aniversário da feliz Ana Martel. Destaque para o amigo e blogueiro Ernâni Motta e sua esposa. Também brilharam na noite a jornalista Alcinéa, Vagner, Alcilene, Sônia Canto, Dulce Rosa, Rebecca, Elton Tavares, Nilda Neves, Tomé Azevedo, Márcia Correa, Evaldy Motta, Olímpio Guarani, Ronaldo Serra, Zaide Soledade, Telma e Zezinho Duarte, Clícia e Enrico de Micceli, Joãosinho Gomes, Vereador Clécio, Tadeu Pelaes, Plácido Souza e outras estrelas.

2011-06-23_fernando_alcyr 

Muito legal o show do cantor e compositor paraense Alcyr Guimarães, na casa de Choro Ceará da Cuíca. Alcyr comemorou seus cinquenta anos de atividades musicais. Começou bem cedo. Muitos convidados prestigiaram o show.

2011-06-25_heraldo_jorge

O forrozão do Kubalança foi só sucesso na pracinha do fim da General Osório. Agora virou Praça do Kuba. O apresentador Heraldo Almeida mostrou as quadrilhas ao povão.

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Mas canta muuuuito essa Brenda. Ela deu um Showzaço no Ceará da Cuíca na semana passada. Maridão Taronga todo prosa.

2011-06-18_rio amazonas

Que coisa linda é esse rio Amazonas enchendo!

2011-06-19_araxá O aprazível Araxá é muito bonito nas tardes do verão que se aproxima e já dá sinais de altas temperaturas.

2011-06-18_cristiano Abraço ao cap de Mazagão Velho, amigo Cristiano Barreto.

2011-06-19_leleo_laises_maria Leleo, Maria e Laís no bilhar.

2011-06-19_ana paula_naldo Professores Ana Paula e Naldo na academia de ginástica que vai inaugurar brevemente no Laguinho.

Acontecerá no dia 28 de julho, 14 horas no auditório da Reitoria, o II ENCONTRO DE PRÁTICA PEDAGÓGICA DO CURSO DE PEDAGOGIA. O evento terá como conferencista a professora Dra. Silvana Baraúna da UFU, coordenadora acadêmica do DINTER em Educação com o tema “Prática Pedagógica desafios e perspectivas do trabalho docente”. Haverá apresentação e exposição de trabalhos das turmas de Pedagogia dos trabalhos desenvolvidos na disciplina Prática Pedagógica durante todo semestre letivo. O Curso convida a comunidade acadêmica.

2011-06-23_alcinão_jorge Vai um Inderê para os amigos Alcinão e esposa. Na foto com Jorge Herberth.

Inderê! Volto zunindo na semana que vem.

Coluna Canto da Amazônia - CD TRAVA LÍNGUA

2011-06-27_augusto
Augusto Oliveira
2011-06-18_fineias
Finéias Nelluty

O escritor e poeta Augusto Oliveira, que também é professor e cientista, juntamente com o compositor Cássio Pontes estão gravando o CD denominado “Trava Língua”, uma coletânea de dez peças musicais, todas da dupla.

O trabalho de arranjo vem sendo coordenado pelo multiinstrumentista Finéias Nelluty e deverá ser lançado em outubro, com a participação de vários artistas locais. Entre eles estão Patrícia Bastos, Silmara, Clay Luna, Celine Guedes e Grupo Pilão, que deverão emprestar suas vozes em algumas das músicas a serem interpretadas por Cássio Pontes.

Segundo Augusto, a intenção é realizar um trabalho bem eclético e trabalhar uma linguagem musical voltada para ritmos como zouck, tango, bolero, boi-bumbá, mpa, e mpb. Agora é só esperar.

Coluna Canto da Amazônia - TORCIDA DO BOTAFOGO FEZ A FESTA

 festa_botafogo1 Na companhia do amigo Jorge Herberth, da Rede Record de Belém, estive na feijoada dos botafogueses na quinta-feira, 23, na pérgula da piscina do Macapá Hotel. Apesar de flamenguista (convidado pelo Delegado Claudionor), fui muito bem recebido e fiquei um tempão curtindo a paixão desta torcida organizada que ultimamente cresceu muito na cidade, e que “já lota até um trem”, como disse um torcedor fanático pela estrela solitária na televisão.

Na ocasião encontrei muitos amigos, principalmente músicos, como Francisco Lino, Aldo Moreira, Cleverson Baía e Zeca do Pagode, que festejavam a presença da diretoria do Botafogo e posavam para fotos com o artilheiro Túlio Maravilha. O craque espera para breve cumprir sua meta do gol 1.000, sob o patrocínio da Volkswagen do Brasil.

AMAPAFOGO

2011-06-23_botafogo De acordo com o diretor da torcida Amapafogo, empresário Delmer Guida, não foi tão fácil realizar o evento, que custou cerca de R$ 35 mil, mas foi uma festa alegre onde todo mundo curtiu a alegria de ser botafoguense.

E o interessante é que havia muitos torcedores de outros times, notadamente de flamenguistas conhecidos, que se deliciaram no banho na piscina em franca harmonia com os amigos que são adversários apenas na hora dos jogos.

Agora resta saber quem é que vem para a próxima festa, já que no ano passado a Amapafogo se esforçou e trouxe o craque campeão do mundo Jairzinho, para a alegria do povo bicolor.

Coluna Canto da Amazônia - CONCURSOS DO MCP VERÃO ABREM INSCRIÇÕES

As inscrições para os concursos de Musa e Mister Verão e Musa GLBT para o Macapá Verão da Prefeitura de Macapá estarão abertas até o dia 11 de julho.

Este ano, os concursos serão coordenados pela ex-miss Amapá 2009 Enyellen Campos Sales e pela Look Produções. Os concursos ocorrerão em três etapas: no dia 17 será a final do Mister Verão; no dia 24, da Musa GLBT, e no dia 31, a grande final do concurso Musa Verão.

O escolhido do concurso Mister Verão receberá R$ 2 mil, a Musa GLBT ganhará  R$ 1 mil e a Musa Verão, R$ 3 mil. Serão premiados apenas os primeiros lugares.

As inscrições podem ser feitas pelo telefone 8134 5424, com Enyellen Sales.

Coluna Canto da Amazônia - NOSSOS ÍDOLOS

2011-06-25_carlitão Foi bastante concorrido o lançamento do DVD “Nossos Ídolos”, realizado pela Banda Placa, que é liderada pelos irmãos Álvaro e Carlitão Gomes, no sábado passado, no auditório da escola Raimundo Nonato.

Ali foi exibido o filme que contou na sua primeira etapa (primeiro volume) com a participação de mais de trinta personalidades da cultura amapaense. Muitos deles estavam presentes com seus familiares, em um coquetel muito bacana.

Há tempos que a Banda Placa vem realizando trabalhos de resgates culturais do Amapá de forma sistemática e planejada, primando pela memória dos próprios depoentes, nas suas mais diversas atividades artísticas e culturais. Entre eles estão Guara Lacerda (esportes), J. Ney (Rádio), Nonato Leal (música), Tia Biló (cultura Popular), Lino (carnaval), etc. Parabéns pela iniciativa (Inf: www.bandaplaca.com.br ).

Coluna Canto da Amazônia – PREFEITO REUNIU COM SEGMENTOS DA CULTURA

Prefeito Roberto Goes Prefeito Roberto Góes reuniu-se na terça-feira, 21, com representantes de vários segmentos da cultura amapaense para anunciar a quitação dos serviços prestados no Macapá Verão.

O recurso no valor R$ 214 mil contempla 67 artistas locais de diversos segmentos como: dança, teatro, música, DJs, locutores, sonorização, entre outros. 

“Fiz questão de reunir com vocês para pedir desculpas. É uma forma de agradecer a cada trabalhador e trabalhadora que está aqui, vamos daqui pra frente procurar honrar com os nossos compromissos e assim definir um planejamento de recursos destinados para pagamento dos artistas” explicou Góes durante seu pronunciamento. “

O vocalista da Banda Placa, Carlitão, agradeceu em nome de todos os participantes reafirmando a parceria. “As portas estão abertas, todos têm dificuldades e sabemos respeitá-las”, disse. Participaram da solenidade cerca de 40 artistas. (Fonte: Coordenadoria Municipal de Comunicação)

Coluna Canto da Amazônia - CIDADE JAPONESA NO AMAPÁ

Em 1980 o IBGE contratou mais de uma centena de funcionários temporários para realizarem o Censo. Entre os que foram selecionados estava o Zé Ramos.

Destacado para atuar no garimpo de Lourenço, aplicou o questionário com muita eficiência. Mas para a surpresa de seus superiores, no item cor e raça (pois assim era usado naquela época e não se pedia a declaração de cor dos entrevistados) apareceu uma população de cerca de 80% de amarelos. Com medo de uma invasão de imigrantes ilegais, mais que depressa uma comissão composta por policiais federais, delegados do antigo Território Federal do Amapá e por funcionários do órgão, se dirigiu para o garimpo a fim de investigar a existência dessa comunidade japonesa (ou de orientais) no interior do Amapá. Nada, porém, foi apurado. De volta à Macapá colocaram o Zé Ramos na berlinda

Então ele confessou que preenchera o questionário depois de observar que a população local era quase toda de cor amarela. O nosso recenseador não imaginava que em Lourenço grassava uma epidemia quase permanente de malária.

Coluna Canto da Amazônia - CAIXEIRAS DO DIVINO

Caixeiras-Divino-Luis-Maranhao_ACRIMA20110609_0051_15 Um grupo de senhoras do Maranhão, denominadas Grupo Caixeiras do Divino apresentou-se em Macapá e Mazagão durante a estreia da 14ª edição do projeto Sonora Brasil, do SESC. O projeto é temático e tem como objetivo provocar o desenvolvimento histórico da música no país. Neste ano serão apresentados dois temas ao público: Sotaques do Fole e Sagrados Mistérios, que serão desenvolvidos nos anos 2011 e 2012.

O Amapá recebeu a primeira apresentação nos dias 22 e 23 de junho com o tema “Sagrados Mistérios: vozes do Brasil”, com o grupo maranhense que apresentou a festa do Divino Espírito Santo, que se destaca como um importante festejo daquele estado.

Em entrevista à imprensa local as senhoras ficaram de conhecer o nosso Marabaixo, que também comemora o Espírito Santo e tem suas caixas de percussão muito semelhantes.

Coluna Canto da Amazônia – Bienal de Poesia

II BIENAL INTERNACIONAL DE POESIA DE BRASÍLIA

Antonio Miranda, diretor da Biblioteca Nacional, foi ao Senado convidar o presidente José Sarney para participar da mesa de abertura da II Bienal Internacional de Poesia de Brasília (II BIP), que acontecerá em setembro, de 14 a 17. Sarney confirmou presença no evento que, neste ano, homenageará seu conterrâneo e amigo, o poeta Ferreira Gullar.

A poesia em diálogo e interação com todas as artes é o mote dessa segunda edição da bienal. A programação terá recitais, oficinas, exposições, videoclipes de autores nacionais estrangeiros, além de concurso para jovens poetas e lançamentos de livros, CD e DVDs.
(Fonte: Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado)

Coluna Canto da Amazônia – Eleição CONSU

RESULTADO FINAL DAS ELEIÇÕES DE TÉCNICOS PARA O CONSU/UNIFAP - Biênio 2011/2013

CONSELHEIROS ELEITOS (TITULARES)

VOTOS CONQUISTADOS

KELLY HUANY DE MELO BRAGA

80

CONCEIÇÃO CORRÊA MEDEIROS

72

MERIVALDO SOARES DE OLIVEIRA

72

MONNYA KAROLLYNE DA SILVA MARTÍNEZ

71

ERICK FRANCK NOGUEIRA DA PAIXÃO

71

BENEDITA ODETE GOMES FIGUEIREDO

69

CONSELHEIROS ELEITOS (SUPLENTES)

VOTOS CONQUISTADOS

ALBERTINA SILVA PEREIRA

68

MARA PATRÍCIA CORRÊA GARCIA

62

LUCICLEA DE CASTRO PEREIRA

59

SILVANA LÉLIA ASSUNÇÃO BARRETO

53

JOEL COSTA E LIMA

47

IZABEL MARIA BARRAL TEIXEIRA

44

(Fonte: Portal UNIFAP)

DUNAS SOBRE MARGARIDAS

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Juro, jamais pensei que no dia do ataque a Bagdá pudesse receber flores. Um buquê de margaridas coloridas envoltas em papel laminado e amarradas com um laço de fita de seda. Ah, e a TV informava o avanço da Operação “Tempestade no Deserto”.

Chuvento que sou, chorei um sentimento estranho ... Parecia que águas amazônicas fluíam dos meus olhos encetando um rio de alegria, que por sua vez desaguava barulhando num mar de lamentações.

Eu, feliz com as flores, chovi uma alegria imensurável. Eu, infeliz, também chovi a desertificação da guerra, longe, que oscilava a uma temperatura de 50 a 0 graus em constantes

24 horas impiedosas antes do Conflito.

Homens oscilavam entre o dever e o medo, lá, sobre as dunas, onde o vento permeia o flagelo e o sangue da guerra. Eu, aqui recebi as flores como um gesto de inesgotável ternura, um alívio, aliás, para a preocupação de um pacifista enrustido. Eu oscilei entre o rir e o chorar. E acabei chorando emoções misturadas.

No deserto não havia mais dia nem noite. Um clarão permanente iluminava o céu de 1.001 noites, agora de tormenta. Um céu outrora de mágicas histórias, naquele instante era de trágicas batalhas.

Que fazer das flores, pensei. Elas representavam no momento a nascitura paz vinda de um coração desesperado, embrutecido pelas contingências do cotidiano e pelas agruras da vida inconsequente. Ora, veja só! Como agarrar-me à paz que tanto quis ao longo de tantos meses? Parecia uma ironia o instante da reconquista. As margaridas sobre a mesa, inertes, sabiam disso. Mas o repórter trasmitia os fatos da guerra sanguinária, guerra santa, diziam os mais fanáticos. - Que guerra santa, que nada! Gritei ao lembrar John Merrit, general americano, em sua frase célebre. "A história nos ensina: não há guerra limpa e muito menos santa".

Notícias rápidas caíam sobre o carpete como se o aparelho de TV fosse uma janela de onde se avistava o fogo dos bombardeios. E ali, bem ali defronte das notícias, as flores se portavam lindas, mas indiferentes.

Guerra e flor. Uma é do homem, a outra é de Deus. A primeira já justificou massacres em nome Dele, porém ninguém jamais guerreou por causa de jardins floridos, mesmo aqueles cuidados pelo próprio homem.

Ah, eu elucubrei ciladas para impedir a guerra. Reverti oniricamente a história para que pudesse apenas me deliciar com o presente inusitado: eu fui um marechal da paz, um paradoxal guerreiro em busca de minha paz, como se pudesse evitar o morticínio sobre as dunas da noite árabe. Eu que sempre mandei flores, fui surpreendido com um monte delas. Eram para mim. O cartão falava em sonhos, o cartão dizia palavras de amor. Então me comovi e chovi, digo, chorei de paz pelo amor que tanto queria, enquanto a TV louvava o heroísmo das ações bélicas no solo milenar das dunas, lá onde não nascem flores, mas surge o sangue duro que regará causas espúrias.

Lá fora as crianças brincavam de guerra, vestidas de Rambo, com metralhadoras em punho, indiferentes, assim como as margaridas sobre a mesa . Eu desliguei a TV e a realidade.

Haveria naquela hora de cheirar as flores mandadas por minha mulher e pensar ao menos por um instante que a “Tempestade no Deserto" era uma chuva de flores sobre homens calcinados pelo ódio. Então, eu chovi minha paz interior envolvido no perfume das margaridas.

Crônica de Fernando Canto (1992)

MINHA POESIA

Por Alcy Araújo

A minha poesia, senhor, é a poesia desmembrada
dos homens que olharam o mundo
pela primeira vez;

Dos homens que ouviram o rumor do mundo
pela primeira vez.
  
É a poesia das mãos sem trato
na ânsia do progresso!

Ídolos, crenças, tabus, por quê?
Se os homens choram suor
na construção do mundo
e bocas se comprimem em massa
clamando pelo pão?
  
A minha poesia tem o ritmo gritante
das sinfonias dos porões e dos guindastes,
do grito do estivador vitimado
sob a língua que se desprendeu,
do desespero sem nome

Da prostituta pobre e mãe,
do suor meloso da gafieira
do meu bairro sem bangalôs
onde todo mundo diz nomes feios
bebe cachaça, briga e ama
sem fiscal de salão,

- Já viu, senhor, os peitos amolecidos
da empregada da fábrica
que gosta do soldado da polícia?

Pois aqueles seios amamentaram
a caboclinha suja e descalça
que vai com a cuia de açaí
no meio da rua poeirenta.

 - Cuidado, senhor, para seu automóvel não atropelar a menina!... 

ESCAVAÇÃO NO AMAPÁ REVELA ESTILO DE URNA CONSERVADO APENAS NO EXTERIOR

urnasamapa3 Um estudo realizado em sítio arqueológico no Amapá revelou urnas funerárias que só eram conhecidas pelos pesquisadores por meio de peças expostas em museus na Europa. Coordenadas pelos arqueólogos João Saldanha e Mariana Cabral, do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA), as escavações desvendaram quatro urnas funerárias, uma delas com formas humanas, além de esqueletos de adultos e de uma criança.

Todo o material é de 1000 anos atrás, época tida pelos especialistas como o início do florescimento cultural na região amazônica. “A maior parte dos sítios, com grandes estruturas e materiais mais vistosos, é exatamente desta época”, afirma Saldanha, em entrevista ao G1. A descoberta aconteceu em um sítio arqueológico na periferia de Macapá, capital do estado.

As urnas têm entre 30 a 60 centímetros de altura e continham ossos humanos. A menor delas abrigava os restos de uma criança. Já a maior, com formas humanas, foi a estrutura que mais chamou a atenção dos especialistas.

Os pesquisadores normalmente procuram por vestígios funerários e outros indícios de ocupação humana como a terra preta arqueológica. “É um tipo de solo extremamente fértil, encontrado na Amazônia, manipulado pelos índios intencionalmente para recuperar um solo que é notoriamente pobre para a agricultura”, explica o arqueólogo.

No caso das urnas, a utilidade é a de preservar o corpo como forma de perpetuar os índios depois da morte. “Assim como existiam as múmias e os sarcófagos no Egito Antigo, aqui na Amazônia nós encontramos essas urnas antropomorfas [com formas humanas]. É uma forma de perpetuar o corpo depois do falecimento do indivíduo”, diz Saldanha.

A equipe não sabe afirmar como ocorreu o descarne – a retirada dos tecidos moles dos ossos -, mas possuem duas teorias. “Há vários relatos etnográficos que apontam o enterramento primário, ou seja, os índios soterravam o corpo, esperavam a carne apodrecer e depois recuperavam os ossos”, diz o pesquisador. “Há ainda casos nos quais os índios colocavam o corpo em uma plataforma, a carne saía nessas plataformas e eles conduziam os ossos às urnas.”

Conhecer no exterior – Indícios das presenças de culturas típicas na região como a marajoara, a maracá e a aristé, os vestígios de povos indígenas foram explorados no começo do século por escavações amadoras. O material era levado no começo do século 20 para acervos na Europa, durante uma época na qual não havia uma legislação específica para a conservação do patrimônio e da propriedade arqueológicas.

“A gente não conhecia bem este estilo de urna. Somente após essa escavação é que nós encontramos este tipo de cerâmica, que nós conhecíamos pelas exposições no exterior, a toda uma estrutura usada pelos índios daqui”, lembra o pesquisador.

No começo do século passado, escavações amadoras levavam peças arqueológicas de culturas amazônicas para apreciadores em mercados no exterior. “A legislação de propriedade e patrimônio é de 1961. Mas ainda temos esse problema”, afirma o pesquisador.

“Hoje em dia ainda há escavações clandestinas. Existe um mercado negro de peças que nós ficamos sabendo, apesar de não ver. Depois de um tempo, peças raras vão parar em museus na Europa ou em coleções particulares.” (Fonte: Mário Barra/ G1)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O PASSANTE E SUA DOR

Crônica de Fernando Canto (1992)

Aqui, onde esse homem engole a dor rumina prantos existe a mansidão latente de quem domina o sofrimento.

Não é um homem comum esse daí. Ele não escarra secreções de agonia nem solta centelhas de ódio. Ele é assim: um passante carregando a dor na sua mochila, paciente como um burro de cargas.

O seu rosto não exprime desalento. É mais que enigmático, pois a dor que leva parece ser um fardo que não lhe pertence. É como carregar um objeto de favor a alguém cansado. Nada abate ou fere esse homem de trajes rotos. Ele é um passante carregando a sua dor.

Eu conheço esse homem. Há tempos ele passa aqui para ruminar sua dor. Ele só. Sozinho. Seu semblante muda apenas quando ingere a dose contumaz de boa cachaça. Não resta dúvida que o álcool lenifica o corpo dolorido e alma atormentada. Às vezes ele senta na calçada e fixa os olhos acima dos fios de alta tensão. Mas não, não me perguntem, acho o suicídio não é o seu objetivo. Ora, ele anda, bebe, senta e se ensimesma, absorto, lembrando coisas que eu sei pelos jornais. Portanto, dar cabo de sua própria vida não teria o beneplácito de seu ser, que embora prenhe de agonia não transparece. E eu confio nesse homem.

A sua dor advém do brutal, do trágico e crescente fenômeno da violência urbana. Massacraram-lhe a família e lhe roubaram tudo. Humilharam-no com as mais hediondas formas de tortura. E ainda há sequelas desse crime: a perna arrasta e as mãos tremem à vista de qualquer um. Ele passa, esse homem: É um sobrevivente da antropofagia das sociedades ditas modernas.

Quando anda pelo bairro nem liga para as chacotas dos moleques, dos rapazes que lhe atiram mangas podres. Apenas pára e os observa com olhar de comiseração. Chamam-lhe de "Estrondo", de "Lampejo ", pois tem voz grave e costuma focar as árvores da praça com um pedaço de espelho nas tardes de verão.

O nome dele poucos sabem. - Sou um destes. Chama-se Anjo, não obstante a dor e o fardo inconvencional. Para ele o peso se tornou tão leve que parece fazer parte de sua paisagem corporal. Sem a dor que carrega ele não é homem ... nem anjo.

Seja anjo ou homem passa arrastando a perna gasta de tantas caminhadas. É a única característica de um homem que vive enfrentando provas e ultrapassando suas próprias barreiras. Também é só. De sua lassidão oculta só ele e eu sabemos, porque o acompanho há muito e tento aprender a lição de enfrentar a dor e ruminá-la sem estendê-la a outrem.

Malgrado a condição de anjo e o rosto de pedra, voz grossa e a mania de refletir a luz nos frutos das mangueiras, não há nada mais sereno que seu olhar de guardião do seu próprio sofrimento, porque ele sabe que toda dor que nasce do azedume procria ranço que não dilui na fervedura do amor ainda guardado no coração, nem na chuva de flores atiradas a esmo por filantropos hipócritas. Ele sabe - e com ele aprendo - que a dor se professa em si mesma e em silêncio, pois ela é como reima, é combustível estocado para enfrentar os percalços da vida.

O Anjo não atalha nenhum caminho. Ele passa aqui e arde, absorvendo toda a dor do mundo dentro do peito e da mochila. E por andar tanto, deve ter uma hora para o descanso. Ali, então, talvez encoste o peso de sua dor e sonhe um mundo cristalino e justo, pois se sua dor é atributo de homem, no sonho é a certeza de voar leve como qualquer anjo de sua estirpe.

Adeus, Fernando

Crônica de AGILDO MONTEIRO (1992 *)

Ainda tenho dúvidas se nos últimos encontros ele me reconhecia. Do alto do seu olhar de pirata ou de pequeno Deus, que nos derradeiros momentos se considerava, as pessoas ficavam inquietas ou cheias da compaixão. Não baixava o olhar mesmo quando estendia a mão à caridade pública.

Ele que falava tantas línguas já quase não falava a sua própria em alto e bom som. Lembro que na faculdade Fernando conseguira tirar dez o ano todo em Direito Constitucional. Dentro de sua fantasia, talvez tenha pensado em escrever um tratado constitucional para redimir a pálida Constituição cambaleante dos seus últimos dias, até desembocar na de cinco de outubro de mil novecentos e oitenta e oito, tão colcha de retalhos; tão precisada de suas mãos para procurar os altos destinos para o povo brasileiro.

Pelo comportamento que assumiu nos últimos anos, dava para ver que não se interessava por mais nada. Somente por uns trocados que possibilitasse comprar um sorvete na esquina, caminhando depois alegre e despreocupado para saboreá-lo em cima de um capô de carro.

Não mostrava mais seus versos, suas músicas, seu caderno cheio de sabedoria para os amigos, para pessoas estranhas. Talvez tenha adquirido a certeza de que nada mais podia fazer para salvar a humanidade a não ser chupar mangas e olhar os dias nascendo nesta cidade dos verdes.

Fernando que foi bancário, poeta, pintor, poliglota, aluno de Direito, aluno de Medicina, professor, compositor – que não foi Fernando Lúcio Coelho de Miranda? -, passou a ser personagem folclórica na cidade. Era imprevisível: ora se encontrava no fórum; nas escadarias da Justiça do Trabalho, ou passeando na Avenida Presidente Vargas, desafiando a brisa que sopra da Baía do Guajará, ou vendo moinhos de vento na Praça da República, como um novo Quixote.

Julgava que Fernando fosse ter um vida mais longa e atormentada por milhões de fantasmas que deviam surgir de todos os cantos de Belém, como um outro Edgar A. Poe, cheio de gênio e de tóxico. De repente, entretanto, desapareceu vítima da violência e da brutalidade, despertando em cada pessoa uma lembrança ou uma história.

Poucos sabiam que ele costumava comer mangas embaixo de uma mangueira na Praça Brasil, onde lá mesmo apanhava os frutos e os saboreava na gratuidade da natureza. Alvo perigoso, a mangueira ficava bem na encruzilhada na antiga Praça do Índio. A praça antiga dos velhos e grandes carnavais. La ficava Fernando, sereno, na sua labuta cotidiana durante a temporada das mangas, dádiva das mangueiras espalhadas por toda cidade.

A pancada foi tão violenta contra a mangueira que durante muito tempo, e até hoje, manifesta a ferida na arvore causada pelo veiculo tresloucado.

Naquele dia ele acordou quando a manhã nascia porque, segundo dissera, era o melhor momento para colher os frutos, quando sua vida foi colhida tão violentamente que até decepou um de seus pés.

Confesso, amigos, que não sabiam que o Fernando Lúcio era o Fernando Arara, talvez seja a minha mania de não chamar ninguém por apelido. Pensando bem, acho que ninguém mais podia ser Arara do que o Fernando. Carregando mil cores nos olhos, na cabeça, nas ideias. Arara de mil cores de nossa Amazônia.

Com a morte de Fernando nós ficamos mais preto e branco, mais empobrecidos, menos poeta, menos pintor.

Adeus, Fernando.

(*) AGILDO MONTEIRO é escritor e advogado com intensa atividade forense trabalhista. Autor dos livros ‘Assassinato a Bordo’, ‘ Os Ratos D’Água’, ‘As Paisagens Mortas’, ‘O Peixe’, ‘O Ponto Z’ e ‘A Verde Rã’. ‘Um Animal Muito Estranho’, entre outros.

AMANTE DE TELEFONE

Por Ademar Ayres do Amaral

Armando salta do carro quase correndo para não perder a fila do elevador. Arremete atropelando a velha gorda do sétimo.

-Veja lá como entra!

-Mil desculpas, D. Reginalda!

Quinze minutos pras seis da tarde. O ponteiro do relógio correndo e o elevador desafobado, parando em cada andar. Finalmente, o dele. Empurra a porta e atira-se qual possesso pelo corredor, já arrancando a gravata. Nervoso, na fechadura, entra. Vai deixando no apartamento um rasto de pertences íntimos, ganhando pole position na porta do banheiro com a cueca no pé. Olha o maldito relógio.

-Putz, tenho cinco minutos.

Entra no chuveiro e deixa-se ficar por instantes refrescando o central. Daí a pouco, enrolado na toalha, entra no quarto. Roda, no toca-fita, o Bolero de Ravel e, com todo cuidado, tira de dentro do armário embutido, a potente luneta. Uma preciosidade comprada na Zona Franca de Manaus, que podia até mesmo distinguir, à grande distância, um mosquito disfarçado de mucuim.

Apressa no que pode a armação do tripé, porque o ponteiro já se aproximava da hora combinada. Mira na direção do luxuoso edifício e inicia a contagem: terceiro, quarto... oitavo, nono, décimo andar. Pára. Ajusta a nitidez da imagem e gira com precisão o parafuso do vernier, centralizando o foco na janela do apartamento.

Exatamente às seis horas, nem um minuto a mais nem a menos, a bela figura de mulher entra na lente do aparelho. Tira vagarosamente a roupa, peça por peça, revelando toda sua nudez escultural. Espreguiça-se, põe também uma fita e começa a ginástica rítmica, contorcendo-se e deixando a sensualidade tomar conta do seu corpo.

Pele morena, cabelos lisos e negros, muito mais pra dona que pra menina. Linda de tudo. Bunda de fazer inveja a muita cocotinha musculosa, peito rijo e firme apontando para o sol das manhãs. Levada à exaustão depois da demorada ginástica, joga-se na cama pingando suor e vira o belo traseiro na direção da janela. Armando chega no zoom e apanha o detalhe mais de perto. Sem despregar o olho, apanha o telefone estrategicamente colocado e disca. Vê Salete levar a mão preguiçosa e atender.

-Armando...

-Alô, meu tesão!

Fazia três meses essa cerimônia. Armando beirava os quarenta e cinco anos, por aí. Idade que ele sabia disfarçar tanto quanto qualquer mulher nessa fase. Caminhadas na praça, academia três vezes na semana, sauna e vitaminas. Enfim, coroão de não se jogar fora. Funcionário antigo do Banco do Brasil, ganhava o suficiente para ir levando. Transava pouco, imaginava muito. Raramente saía. Vez por outra derrubava uma baiana da madame Dulce, ali na discreta alameda da Sudam. Coisa mecânica, mera troca de óleo. Pagava direitinho. E bem. Na pensão, cliente de primeira com certas regalias. No emprego, era tido como garanhão, alvo de comentários.

-Nada, eu, hoje, só faço aplaudir...- e dava um sorriso meio comprometedor.

-Quê-que é isso, seu Armando, solteiro, grana no bolso... deve comer Belém inteira.

Antes assim, melhor que ser confundido com alguma bichona de meia-idade. A luneta foi a solução que caiu do céu. Com tão poderoso alcance, ele passou a vasculhar a cidade. Levou Belém pra dentro do seu apartamento, da sua solidão. Via de tudo. Cenas de carinho, de desamor, tapas, o diabo. E, há três meses, por acaso, deu de olho na ginástica da Salete.

Um dia, numa bela manhã de sábado, passa na porta do prédio onde a bela morava. Conversa com o porteiro, molha a mão dele e recebe a ficha completa: Salete era casada, séria e honestíssima.

-Bote honesta nisso, doutor!

-D.Salete é a melhor mulher de Belém- comentou o moleque lavador de carro, que ouvia a conversa.

Pra chegar no telefone foi um pulo. Depois de um mês não resistiu, ligou.

-D.Salete, meu nome é Armando, a senhora não me conhece, eu...

Contou a verdade sem nada esconder. Derreteu-se mais do que vela em dia de finados. Debulhou-se. Nem deu conta do quê e do quanto falou. No fim, após um silêncio desesperador, ouve:

-Liga amanhã.

Assim, passados três meses, o papo já tinha evoluído pra pura sacanagem. Apenas isso, nada mais.

-Oi, meu tesão!

-Salete, não dá mais, não está dando pra agüentar...

-Bem, vai que eu já tô indo.

-Porra, Salete, não é isso!

Insiste.

-Eu preciso te ver, te pegar...

-Não! Isso não!

-Salete, vê se entende, masturbação na minha...

Ia dizendo a palavra "idade", mas conserta:

-Masturbação não faz bem pra saúde... eu estou há três meses...

-Não posso, Armando, sou mulher honesta!

-Ah, se você visse minha parede... tem pena de mim.

-Não dá, Armando, não vou trair meu marido.

Aí ele foi fatalista:

-Qualquer dia eu ainda cometo uma bobagem.

Reforçou:

-Você sabia? Sabia que paixão mata?

-Armando, eu hein, pára de besteira.

-Juro, ainda me jogo aqui de cima, deixo bilhete!

-Meu Deus, Armando, que drama...

-Pense, um escândalo e você nunca mais sai na coluna do Isaac Soares.

Depois de tanto puxa-encolhe, lenga-lenga, a colunável reluta, mas acaba cedendo.

No outro dia, às cinco da tarde, depois de passarem a chuva no motel, o feliz Armando encosta o carro na Batista Campos.

-Eu fico aqui pra não dar na vista - ela diz.

-Amanhã, de novo?

-Nunca mais!

-Ahn? Como é?

-Isso mesmo que você acabou de ouvir. Nunca mais!

Armando agarra-se nela, chora, beija-lhe as mãos, suplicante, como se fossem as do arcebispo.

-Mas por quê? Por quê!?

A resposta inesperada o atingiu como um raio.

-Sabe, Armando, meu marido transa melhor do que você.

-Quer dizer que acabou? Acabou tudo?

-Não, seu bobinho, na cama meu marido é melhor, em compensação...

-Em compensação...

Salete respira fundo.

-Bem... no telefone você é insuperável.

Sai, dá a volta e abaixa-se até a janela do carro. Acaricia-lhe a fronte com ternura e sapeca um longo beijo de despedida. Segreda:

-Quero que você seja meu amante de telefone.

Armando está perplexo.

-Amanhã, liga na mesma hora. Estou molhadinha só de pensar...

As Primas

Por Alfredo Garcia

- Então??

-Não sei não... E se mãe descobre?? Já viu né...

-Descobre nada, seu burro! Indagorinha vi tia Isaura sair no rumo do mercado.

-Mas Glorinha...

-Mas, o quê?? Ih, porcaria, tá tremendo de medo, é? Vai ver, é gostoso... Vens?

- E tia Ponciana?

- Vixe! Essa tá ressonando faz é tempo... Dorme, muitas vezes, até cinco horas depois do almoço.

Foi. Melhor dizendo, foram. Os dois. Lá no fundo do quintalzão onde erguia-se o capinzal, alto do tanto de um homem taludo ou mais. Lembrava que às vezes viera por aqueles cantos a brincar com uns moleques. Glorinha, facirosa e tentadora, propusera agora novo brincar.

Ainda caminhando, olhou para trás e viu a casa azulada, erguida no alto, entre aquele verdejar de mangueiras, goiabeiras e abricozeiros. Glorinha afogueada, puxava-o pela mão.

Encaminhavam-se para uma clareira em meio ao capinzal. Ao chegarem notou o velho colchã, com algumas molas expostas, espichado no chão batido.

Glorinha levantou a saia. Piscou o olho e sorriu para ele.

-Não vai tirar as calças? Tira!

-???

-Ih! Deixa de ser bobo! Vestido assim ninguém faz nada não, pamonha! Vem ou não? Ora, tira...

-Não vem ningém por estes lados, não? Olhe que...

-Tira!

Tirou, que remédio? Acanhado, ficou sem saber, assim despido, onde colocar as mãos. Nu; a palavra agredia-o. E se mãe descobre??

Glorinha tirara a saia, melhor contando, tirara a roupa. Isso porque o pano que ficara a encobrir os peitos era um nada assim de tecido. Glorinha despudorada... As primas é que diziam: “Glorinha é um demônio...”

-Vai ficar aí olhando, é? Ih! Molenga! Isso aí não levanta não?

-Quê??

-Esse troço aí (apontado para o meio das pernas dele)... Ah! Vem, se achega pra bem perto de mim.

Glorinha era mais alta um tanto do que ele, quiçá uns dois palmos. Diferiam na idade, também. Não sabia porque cargas d’água matutava naquilo. O corpo dele era cálido, os peitos rosados, ponteagudos. Deu um apertão nele, sufocando-o. Disse algo parecido com “é gostoso...” no ouvido dele.

Enroscaram-se. Súbito, sentiu-se tomada por uma comichão no baixo ventre, a estrovenga ardia. Tomou-o um febrão dos diábos e um frio gostoso, destamanho, percorreu-o. Ah! Glorinha...

-Num fala não... Vem, fica por cima. Faz o que eu digo, sim?

As carnes dela eram quentes, macias. O febrão tomava-o todo. Ela balbuciava, sussurrando, palavras ininteligíveis. Sentiu cócegas: ela mordera o seu lóbulo. Beijava-o sem parar; beijava não, chupava-o. Muitas das vezes ele pensava que aquilo não era direito, não estava certo. Ela calava-o logo.

O diacho era que ela apossara-o com aquele febrão nas entranhas e, diabos! era gostoso aquele ir-e-vir, dava uma moleza... Glorinha despudorada!

De repente ela contraiu-se, murmurou algo entredentes. O líquido quente molhou-o, a estrovenga murchara. Glorinha fechou os olhos, extasiada os lábios ficaram entreabertos.

Deitou de lado, confuso com os acontecimentos. Ela parecia cochilar. Ouviu um ruído e voltou-se, rápido, para onde estavam amontoaadas as roupas no chão. Olhou e ficou pasmo: a sua frente estavam as primas Joíra e Arlinda, pondo-lhe olhos gulosos. Pudico, colocou as mãos no sexo. Detrás de si ouviu a voz rouquenha de Glorinha:

-Olha que elas contam...

Nem bem articulou resposta e as primas já despiam-se. E se mãe descobre??

sábado, 18 de junho de 2011

Coluna Canto da Amazônia–ZUNIDOR

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Polegar para cima  O verador Aldrin homenageou artistas e pessoas da comunidade que se destacam por serviços prestados à cultura do município de Macapá. No dia 14 foi direto ao programa Movimento Em Ação, da Rádio Diário FM, apresentado pelo radialista Heraldo Almeida, levar certificados da CMV a essas personalidades. Entregou as honrarias ao cantor Osmar Júnior que estava sendo entrevistado no seu aniversário e ao próprio HA, reconhecendo o valor do seu programa. Uma boa.


Nhé-nhé  O professor de filosofia e pedagogo Sérgio Cleber não esquece do tempo em que ia pescar acará barbelo e acará bandeira na ladeira da rua São José, no igarapé que saía do lago do Poço do Mato, onde chegou a brincar de jangadas construídas pela molecada. Era coceira na certa.


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Bolo de aniversário  Vai ser no dia 21 (terça-feira) o show de aniversário da cantora Ana Martel. Ela está convidando os amigos para comparecerem no bar Norte das Águas a partir das 21h00. Desde já vai um “É Big!” para a Aninha, que na foto do convite aparece risonha e feliz com seu modelito do século passado, com quatro ou cinco anos de idade.


leleo_praça do barão

Explodindo de raiva  As autoridades da PMM deviam prestar mais atenção aos monumentos das praças públicas. Na Praça do Barão do Rio Branco o bigode do busto do patrono está pintado de branco e o monumento evangélico da “Lei de Deus” está todo pichado, sem contar que agora virou reduto de mendigos e do pessoal que prega a liberação da Cannabis. Na foto, Leonardo, meu neto, fazendo pose.


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Guarda-chuva   Bonita está a Praça Beira-Rio, em dia de domingo de maré cheia, de muito vento e sol do verão que já se aproxima. Só os preços que continuam com o sabor bem salgado.


Polegar para cima   Até 27 de junho estarão abertas as inscrições para o edital do concurso cultural Jovens Dramaturgos, e do SESC. A premiação é a publicação dos textos premiados e mais a leitura encenada dos textos. Inf: www.teatroescolasesc.wordpress.com .

macapá_verão_foto ceará

Arco-íris    A PMM reuniu nesta semana para decidir a programação do Macapá Verão, que será limitada à Macapá, pelo que tudo indica, pois a prefeitura só dispõe de 77 mil reais (da Coordenadoria de Comunicação) para fazer os pagamentos de sonorização, premiações e de atrações. Os setores responsáveis estão trabalhando para captar recursos junto a empresas locais para viabilizar outros balneários, pois esse valor “não dá nem pro chibé”, como diz o Zé Ramos.


Cumprimento de amigo Inderê! Volto zunindo na semana que vem.

Coluna Canto da Amazônia - MARCO ZERO DO EQUADOR DE SANTANA

marco_zero_santana Já está na hora do município de Santana dar mais valor para as suas peculiaridades geográficas e proporcionar ao povo local mais auto- estima e preservação dos seus bens culturais.

Só para se ter uma ideia o obelisco, que marca a latitude 00° 00’ 00’’ e longitude 51°10’53”, vivia escondido no meio do mato às margens da Rodovia Duca Serra, próximo ao trevo que vai para Mazagão. Não fosse o esforço cidadão do sr. Manoel, operário que mora na invasão Jardim de Deus em capinar a área, o monumento, que foi inaugurado em 29 de setembro de 2002, nem sequer apareceria.

Santana, pela importância histórica e geográfica que tem para o Amapá, precisa ter sua história melhor divulgada, considerando que em suas terras foram construidos (e demolidos) vários fortes militares por holandeses, ingleses e portugueses, nas lutas sangrentas da conquista da região amazônica (Capitania do Cabo do Norte), nos séculos XVII e XVIII.

Coluna Canto da Amazônia - QUEIJO-CUIA

queijo cuia

O pessoal do Laguinho conta que o Zé Ramos, quando garoto, todos os dias passava na frente da mercearia do seu Bil e perguntava, gritando: - Ei, seu Bil, tem queijo-cuia? E o seu Bil calmamente respondia: - Não, Zé, tem não.

Mas de tanto ouvir o pedido o velho comerciante resolveu comprar o tipo de queijo (que era bastante caro) e colocar à venda. Certo dia o Zé passou e fez a mesma pergunta. O seu Bil respondeu afirmativamente. Então o Zé Ramos lhe disse: - Seu Bil, quando o senhor vender tudo me dê a lata do queijo que eu quero fazer uma farinheira pra mamãe…

Coluna Canto da Amazônia – Madre Tereza

simei_hermes_fernando Convidado, participei da semana acadêmica da Faculdade Madre Tereza no município de Santana, juntamente com outros escritores escolhidos pelas diversas equipes de estudantes do curso de Letras daquela instituição. Na ocasião, poetas e escritores de diversas linhas e gêneros literários dos estados da região amazônica foram apresentados pelos universitários de forma dinâmica e objetiva, sem aquelas enormes explanações que deixam a gente num compasso de espera incômodo.

Tive oportunidade de conhecer o cordelista Francisco Hermes Colares, que com seus 79 anos ainda vem produzindo versos sobre eventos importantes da vida amapaense. Li com prazer o seu trabalho denominado “Incoerência Humana – Naufrágio do Novo Amapá”, em que retrata a maior tragédia já ocorrida no estado, quando centenas de pessoas pereceram nas águas do rio Cajari, em 06 de janeiro de 1981.

MADRE TEREZA 2

jucelia e outros

Agradeço à equipe de alunas de Letras, Jucélia, Eliane, Hérica e Micaelle pelo gentil convite e pela consideração sobre o meu trabalho literário ali apresentado, bem como aos professores e coordenadores da faculdade.

O evento foi uma festa na qual reencontrei a poetisa Simei Natércia, que há tempos não via e que ali autografava o seu mais recente livro “Resíduos da Alma”.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ROMÁRIO ALERTA SOBRE O AUMENTO DOS CUSTOS DA COPA

romario O deputado federal Romário (PSB-RJ) reforçou os alertas sobre o aumento nos valores das obras para a Copa do Mundo de 2014. Durante audiência na Comissão de Turismo e Desporto da Câmara, realizada nesta quarta-feira, o ex-atacante disse que as cifras atuais já estão até quatro vezes maiores do que o planejado em 2007, ano em que o país foi escolhido para sediar o Mundial.

“Em junho deste ano, as estimativas já chegam a quase R$ 7 bilhões”, explicou Romário, citando ainda que, em 2007, a proposta enviada pela CBF à Fifa previa um investimento máximo de R$ 2 bilhões para reforma dos estádios.

Além de ratificar o aumento vertiginoso dos custos até aqui, o deputado federal ainda fez uma estimativa de que o estouro será ainda maior até 2014. Como exemplo, Romário citou que, há um ano, previa-se gastar R$ 335 milhões para reforma do Morumbi e, agora, a construção da arena do Corinthians custará, no mínimo, o dobro.

1 BILHÃO SÓ PARA O MARACANÃ

Maracana10

Outro caso criticado por Romário foi do seu estado natal. Palco da grande decisão, o Maracanã tinha um plano de reforma orçado em R$ 500 milhões em 2009. Após a licitação, o valor foi para R$ 750 milhões e, agora, já se aproxima de R$ 1 bilhão.

A cerca de três anos para o início da Copa do Mundo, apenas a Arena das Dunas, que será erguida em Natal, ainda não teve suas obras iniciadas. Dos que já estão em construção, o Itaquerão, em São Paulo, foi o último a ter os trabalhos iniciados. (Fonte: Câmara Portuguesa de Comércio/UOL).

MERCADO DE CRÉDITOS DE CARBONO

A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, da Câmara Federal, aprovou ontem o projeto de lei 195/11, da deputada federal Rebecca Garcia (PP-AM), que institui um sistema nacional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação, Conservação, Manejo Florestal Sustentável, Manutenção e Aumento dos Estoques de Carbono Florestal, mais conhecido como REDD+.

A proposta tem caráter conclusivo, porque não precisa passar pela votação do plenário da Casa. Seguirá para análise nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Com o mecanismo será criado uma espécie de mercado de carbono interno, que pode gerar créditos para a obtenção de financiamentos, ou gerar certificados para serem usados na compensação de emissões de gases de efeito estufa no território nacional ou em outros países.

CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

Além da proposta de redução das emissões de gases de efeito estufa como consequência do desmatamento e degradação, o projeto de Lei tem como objetivo a conservação da biodiversidade e a manutenção e aumento dos estoques de carbono florestal.

A valoração dos produtos e serviços ambientais relacionados ao carbono florestal, o reconhecimento e repartição dos benefícios decorrentes da implementação do sistema também fazem parte das metas do projeto.

BENEFÍCIOS

De acordo com a proposta, são áreas possíveis beneficiadas pelas políticas, programas e projetos de REDD+, individual ou conjuntamente, áreas florestais em terras indígenas; unidades de conservação legalmente instituídas no âmbito dos sistemas nacional, estaduais ou municipais de unidades de conservação.

Outras áreas, como as legitimamente ocupadas por populações tradicionais, no interior ou fora de unidades de conservação e outras áreas públicas, territórios quilombolas, assentamentos rurais da reforma agrária, propriedades privadas, outros imóveis de domínio da União, de estados ou de municípios também são possíveis beneficiadas no REDD+.

"Já estão nascendo pequenos projetos sem que exista uma legislação nacional para coordenar esses projetos. Por isso, a importância dessa aprovação por unanimidade de hoje", disse Rebecca.

O sistema REDD+, segundo a parlamentar, poderá ser financiado por fundos nacionais como o de Mudança do Clima; o da Amazônia; o do Meio Ambiente; e de Desenvolvimento Florestal. (Fonte: Câmara Portuguesa de Comércio/ DCI.)

“A MISSÃO DE COMUNICAR”

rui guarani Quem vem com um livro novo por aí é o jornalista Rui Guarani Neves, que publicará um trabalho de memória sobre política e políticos, e causos vivenciados por ele desde 1950, quando começou na profissão em Macapá.

Rui Guarani conta que vem lutando com muita dificuldade para editar seu livro. Nem sequer obteve alguma resposta dos poderes públicos que, em tese, seriam os responsáveis pelo fomento da cultura e da memória cultural da terra. Diz e sabe que não é fácil ser um escritor nestas plagas, mas mesmo assim, com esforço e dinheiro próprio, vai publicar daqui a dois meses o seu “A Missão de Comunicar”. De quebra ainda tem um romance pronto chamado “Trajetória de uma Jovem Perseverante”, a história verídica de uma deputada federal narrada por ele.

ARTISTAS NA LUTA

candido portinari_escola_ Os artistas plásticos da AMAPLAST continuam fazendo atividades e oficinas de arte, escultura e teatro no prédio da antiga Escola de Artes Cândido Portinari, que ainda está ameaçada de ser demolida. No vai-e-vem das conversas a AMAPLAST fez a proposta de realizar no prédio um Centro de Difusão Cultural, que poderá ser vinculado à secretaria de Cultura ou à de Turismo, pois os artistas-professores consideram que a SEED, os têm como alienígenas, e assim, não fornece o material adequado para as aulas, coisas que não condizem com o modelo de gestão do órgão.

A Escola de Artes Cândido Portinari já havia mudado de nome para Centro de Formação Profissional em Artes Visuais Cândido Portinari e está em um prédio alugado, também com dez salas de aula, “mas não é nem o arremedo da antiga que tinha em média dois mil alunos matriculados, e a nova não chega nem a 500 atualmente”, diz o pintor e presidente da AMAPLAST Dekko. Todos os fins de semana estão presentes na escola (Av. Raimundo Álvares com Rua São José), para mobilizar artistas e a sociedade com a finalidade de evitar a demolição do prédio histórico.

E parece que o Governo está dando um cansaço nos artistas, pois não se manifesta explicitamente. Enquanto isso os interessados na preservação do prédio avançam, e já solicitaram a orientação do Ministério Público Estadual, segundo Dekko.

Congresso abordará desafios do jornalismo investigativo na Internet

image Jornalismo on-line e desafios para a reportagem investigativa na plataforma digital serão os temas centrais da 6ª edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo, promovido pela Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).  O encontro, que tem o apoio da Abert, ocorre entre os dias 30 de junho e 2 de julho, em São Paulo e reunirá renomados especialistas  do jornalismo nacional e internacional.

Participarão do encontro o jornalista e editor do The New York Times, Aron Pilhofer, que fará um relato sobre o que há de mais recente em trabalho com bancos de dados na internet. Estarão também no congresso representantes do WikiLeaks;  e o autor de Biografismo e Biografias & Biógrafos, Sergio Vilas-Boas, que dará dicas sobre como fazer Jornalismo Literário.

Para o presidente da Abraji e jornalista da Folha de São Paulo, Fernando Rodrigues, o jornalismo investigativo no Brasil tem dado mostras de robustez, a partir do fim da ditadura militar. “O Brasil conheceu a si próprio muito por meio da imprensa, de grandes reportagens investigativas”, afirma. No entanto, segundo ele, o jornalismo investigativo exige investimento alto das empresas, por isso, nem todos os veículos de comunicação conseguem praticá-lo.

A programação conta com painéis sobre crime organizado, política, grandes eventos esportivos e fundamentos da reportagem e técnicas de RAC (Reportagem com Auxílio do Computador). Realizado anualmente desde 2005 pela Abraji, o congresso reúne jornalistas, estudantes e professores de jornalismo interessados nas melhores práticas jornalísticas e técnicas de reportagem.

O interessado em participar do congresso deve escolher, pela internet, as palestras de sua preferência e montar a sua grade. As taxas para participação no encontro são diferentes para estudantes e profissionais. Inscrições no local serão aceitas, mas a preços maiores e sujeitas à disponibilidade de vagas. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert)

ANJ vê retrocesso em "sigilo eterno" de papéis

Em reação à posição do Palácio do Planalto sobre a Lei de Acesso à Informação, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) emitiu nota (dia 15.06) em que condena a possibilidade de documentos oficiais acabarem protegidos por sigilo eterno.

"A ANJ considera um retrocesso a possibilidade de o projeto de lei que regulamenta o direito de acesso a informações públicas ser aprovado pelo Congresso com disposição que permite o sigilo eterno para documentos oficiais", diz a nota da entidade, que reforça a defesa pelo princípio da transparência. "Para a ANJ, o projeto deve ser aprovado no Senado tal como o foi na Câmara, em respeito ao amplo desejo de transparência da sociedade brasileira."

A nota, assinada pela presidente da ANJ, Judith Brito, e por Francisco Mesquita Neto, vice-presidente da entidade e responsável pelo Comitê de Liberdade de Expressão, ressalta a importância da regulamentação do direito de acesso a informações públicas, mas critica a ideia de aprová-la com restrições.

"A regulamentação do princípio constitucional do direito de acesso a informações públicas é um avanço no processo democrático brasileiro e pretender aprová-la com limitações permanentes à divulgação de documentos históricos é obscurantismo injustificável."

Por fim, cobra a aprovação de uma legislação compatível com as exigências de um país verdadeiramente democrático: "O Brasil precisa nesse campo de uma lei moderna, como na maioria das democracias do mundo, que garanta o direito dos cidadãos de acessarem as informações públicas e permita ao País conhecer a sua história." (Fonte: O Estado de São Paulo)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ana Martel, show de aniversário

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Ana Martel faz aniversário e quam ganha presente são seus inúmeros fãs.

Grande oportunidade de ver e ouvir Ana Martel em um mix de seus belíssimos shows “Sou Ana”, Sempre Bossa” e “Branca no Samba”

Data: 21/06 (terça-feira), no Norte das Águas (Araxá), às 21:00h

Não há venda de mesas nem couvert artístico. Prepare-se para o consumo do bar.

terça-feira, 14 de junho de 2011

As neGRAs VElhaS

Tambor de marabaixo Caixas do marabaixo retumbam/retumbam em círculos movimentados de pés descalços/negros pés. E saem das línguas vermelhas os gritos guerreiros e as canções improvisadas da guerra que nunca houve. A valentia é substituída pelo insaciável apetite de voar sem asas para mitigar dores ancestrais, enquanto rosas brancas, açucenas e papoulas enfeitam a negra beleza dos cabelos esticados em rolinhos de plástico... E sob os olhares críticos da geração megahair.

As caixas retumbam/retumbam e dobram incansavelmente ao meio de odores/suores/toalhas e saias rodadas que combinam brancas anáguas bordadas de renda.

O Marabaixo prossegue em seu curso no arrasto dos pés pela roda, em curtos passos à frente e um passo cansado atrás.

As velhas do Marabaixo cochicham segredos e riem dos seus casos antigos que ora se sentam nos bancos corridos dispostos pelo salão. É lá que as histórias completam a memória, acertam verdades e crenças e extinguem resquícios de quizílias familiares.

No gesto de encher a colher de caldo e levá-la à boca, na satisfação do gole da batida de gengibre e na algazarra de enfeitar o mastro com galhos de murta, está a poesia do povo e a fortaleza do sangue um dia pisado e magoado por grilhões e calcetas.

O diabo está solto no tempo do Marabaixo. Dizem que quem for podre que se quebre ou que se pegue com o Divino, aquele do Espírito Santo.

marabaixoO diabo está solto, sim. Mas as negras desdenham dele e gargalham em seus sorrisos falhos, sabendo que o que fazem é bonito, é autêntico e dá uma saudade imensa...

Do livro Equino Cio – Textuário do Meio do Mundo. Canto, Fernando. Ed. Paka-Tatu. Belém-PA. 2004

GREVE DOS SERVIDORES NAS IFES

image A greve dos técnico administrativos de universidades públicas, iniciada na segunda-feira (6), já conta com a adesão de 24 instituições federais, de acordo com a Federação de Sindicatos de Trabalhadores em Educação das Universidades Brasileiras (Fasubra).

O comando de greve ainda não tem um levantamento do percentual de servidores que aderiram ao movimento. De acordo com Léia, as atividades consideradas “essenciais” não serão interrompidas, como as pesquisas e o atendimento nos hospitais universitários. “Mas as áreas administrativas estão fechadas. De certa forma, os estudantes foram prejudicados porque fechamos os restaurantes universitários e as bibliotecas.”

Desde que a greve foi declarada ainda não houve nova reunião com o Ministério do Planejamento para que as negociações sejam retomadas. O risco, no caso de uma greve prolongada, é que o início do próximo semestre fique comprometido, já que não há como processar as matrículas se as áreas administrativas estiverem fechadas. “Por isso, esperamos que essa negociação seja rápida. Hoje, conversamos com os reitores para que eles nos ajudem nessa intermediação com o governo”, disse Léia.

Pauta de reivindicações – Nesta Campanha Salarial Emergencial 2011 os trabalhadores (as) reivindicam reajuste salarial, piso de três salários mínimos e step 5%, racionalização de cargos, reposicionamento de aposentados, mudança no Anexo IV (incentivos de qualificação), devolução do vencimento básico complementar absorvido, isonomia salarial e de benefícios, contra a terceirização, revogação da Lei nº 9.632/98, abertura imediata de concursos públicos para substituição da mão de obra terceirizada e precarizada em todos os níveis da carreira para as áreas administrativas e dos HUs e extensão das ações jurídicas transitadas e julgadas.

Paralizações - UFRN; UFRPE; UFSC; UFPE; UFOP; UFMT; UFT; UFAM; UFSM; UFSCAR; UFES; UFRGS; UFAC; UFRA; UFCSPA; UNB; UFCG; UFBE; UFRB; UFJF; UFV e UFPB.

Fonte: Fasubra

FIEAP E SESI LANÇAM MINIBIBLIOTECAS MÓVEIS

A Federação das Indústrias do Estado do Amapá (FIEAP) e o Serviço Social da Indústria (SESI) realizaram no dia 14, no auditório da Casa da Indústria, a solenidade de lançamento das Minibibliotecas Móveis, como parte do Programa Enriquecimento do Capital Cultural.

As Minibibliotecas Móveis possibilitarão que um acervo contendo livros não didáticos, CDs e DVDs circulem no âmbito da empresa industrial permitindo ao trabalhador e aos empresários o acesso, como forma deentretenimento e pesquisa.

A empresa que manifestar interesse pelo material assinará um contrato de adesão junto ao SESI passando a ter as unidades móveis disponíveis em suas instalações por um bimestre, podendo renovar por outra unidade de acervo diferenciado.

(Fonte: ascomfieap@gmail.com)

domingo, 12 de junho de 2011

Coluna Canto da Amazônia ZUNIDOR

Ari_deise_jamil_03012010Smiley tristeA morte de Arimatheia deixa um vazio cultural imenso e muitas saudades nos corações dos amigos. Ele que era um dos maiores entusiastas do bloco carnavalesco “A Banda” e do “Reivellon do Xodó”. Ari foi Procurador Geral do Estado e Secretário de Segurança Pública em governos diferentes. Deixou o boneco gigante Arizinho, que vinha do Igarapé das Mulheres (hoje bairro Perpétuo Socorro), onde morava, para se integrar à banda na Praça Veiga Cabral na terça-feira Gorda.

Polegar para cima O Grupo PET-Física realizará de 27 junho a 01 de julho o I Minicurso de Férias de Física, evento voltado para acadêmicos de Física, Matemática, Engenharias e de áreas afins, visando uma abordagem objetiva de temas de grande relevância para graduandos e graduados nas referidas áreas, interessados em ampliar seus campos de conhecimentos em métodos matemáticos aplicados a problemas físicos.

Estrela A Chapa 04 “A UNIFAP que queremos” do DCE ganhou as eleições para o biênio 2011-2013. Dentre os projetos de campanha estão: a luta por um plano Diretor para a IFES; implantação do Orçamento Participativo para a Comunidade Acadêmica; por projetos de Pesquisa e Extensão Universitária, debates sobre o REUNI, por uma verdadeira Assistência Estudantil; por um Restaurante Universitário de qualidade; pela defesa de uma sociedade mais justa e igualitária e por acadêmicos que defendam as bandeiras de luta dos estudantes no CONSU.

luiz melo_2006Bolo de aniversário Na terça-feira, 07, a Rádio Diário FM fez um ano de atividades. Comemorou com uma vasta programação sócio-cultural na praça do barão neste sábado, 11.06. Aqui vão os parabéns e votos de longa vida à emissora e ao seu idealizador, jornalista Luís Melo e equipe.

 livro ivan carloPolegar para cima No 4º Banquete Literário do SESC haverá o lançamento do livro “O Roteiro nas Histórias em Quadrinhos, do escritor e professor Ivan Carlo Andrade de Oliveira, dia 17 de junho no SESC Centro.

Bola de futebol A torcida organizada Amapafogo realiza no dia 23 de junho no Macapá Hotel a suculenta (Suculenta? Sim. Que tem suco ou sumo, sumarenta, gorda, que tem chorume, errrgh!) feijoada “Feijão no Fogo”, com a presença do presidente do Botafogo Futebol de Regatas, Maurício Assumpção e diretores do clube.

john scott_celso rabeloPolegar para cima O radialista John Scott, que ora substitui Ranolfo Gato no programa “Argumentos” na Rádio Difusora, juntamente com o sonoplasta Celso Rabelo fez entrevista com o Grupo Pilão, contando a trajetória do grupo que fará 36 anos de contribuição para o reconhecimento da música regional e do folclore amapaense.

ranielly_fer_nataliaRindo Foi muito bacana o seminário sobre “Literatura Amazônica/amapaense: interação com os nossos escritores”, organizado pelo professor Maneca, com apresentação de diversos trabalhos dos alunos, na semana passada, na UNIFAP. Destaco o trabalho das alunas Natália Braga e Ranielly Pena.

Bolo de aniversário Bolo de aniversário Meus parceiros de longa data, os compositores/cantores Bi Trindade e Osmar Júnior estão mudando a casca da pele/idade, respectivamente nos dias 09 e 14 de junho. Bi ultrapassou a barreira dos 60 e Osmar só Deus sabe. Do fundão do coração desejo a eles um “É Big!” carinhoso e uma longa vida sem stressssssss.

Smiley piscando Vai um Inderê para meu amigo Renato Rocha que também entrou na casa dos doze “lustros”, como diz o Luís Bezerra. E também para o Tadeu Pelaes, que ainda viaja em “Devaneio, girando, girando, descobrindo a solidão”.

Taça de Martini Inderê! Volto zunindo na semana que vem.