sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Aguardada obra de Joaquim Caetano da Silva será lançada na 1ª Feira de Livros do Amapá – Flap

 

LIVRO JOAQUIMEntre os dias 3 e 6 de novembro Macapá sediará sua 1º Feira de Livros, evento muito aguardado por toda a classe estudantil, professores, acadêmicos, leitores, escritores, livreiros e editoras. Uma extensa programação está sendo organizada pelo Governo do Estado e a coordenação, com saraus, participação de mais de 80 escritores do Estado e de outras capitais, palestras, corredor literário que vai da Biblioteca Elcy Lacerda até a Casa do Artesão e muitos lançamentos de livros, entre os quais, um em especial, escrito há mais de 150 anos, por Joaquim Caetano da Silva, e somente agora traduzido para o português, em sua quarta edição: “O Oiapoque e o Amazonas – uma questão brasileira e francesa” (1861).

O lançamento será às 17 horas do dia 5 de novembro, no espaço Tapaina da Palavra, na Casa do Artesão. A reimpressão da obra foi possível a partir do trabalho conjunto entre Secretaria de Estado da Cultura do Amapá (Secult) e Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH/Unicamp), com organização e coordenação editorial de Paulo Miceli e Janaina Camilo e tradução de Ana Cláudia Grebot, Denise G. Esteves e Paulo Miceli.

O livro deixado por Joaquim Caetano, segundo os estudiosos da Unicamp, é de imensurável valor histórico, que trouxe ao autor a consideração de todos os cientistas que estudam a história geográfica do Novo Mundo. Foi a partir deste documento, por exemplo, que se decidiu, definitivamente, as batalhas sobre territórios entre Portugal e França, que resultaram no laudo de Berna, assinado, em 1º de dezembro de 1900, na Suiça, estabelecendo a fronteira do Brasil com a Guiana Francesa.

Joaquim Caetano da Silva era membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, designado pelo Imperador Pedro II, para resolver os impasses referentes ao limite fronteiriço que deveria dividir as terras pertencentes ao Brasil e à França. Diplomata, nascido em 1810 em Jaguarão, Rio Grande do Sul, e falecido em 1873 em Niterói (RJ), passou 24 anos de sua vida na Europa, principalmente na França, onde, de 1826 a 1837, estudou, graduando-se em medicina e onde, mais tarde, escrevera o livro. Possuidor de uma fortuna modesta e apaixonado pelos estudos históricos e geográficos, nunca exercera a medicina. Entre 1851 e 1854 fora Encarregado de Negócios do Brasil e Haia e deixara o cargo quando obteve do Ministério das Relações Exteriores a permissão para dedicar-se exclusivamente ao preparo de seu livro.

Fonte: Rita Torrinha/Secult

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