RIO - No primeiro passo para as Contas Ambientais, que incluem o impacto
dos recursos naturais no cálculo do PIB, o Brasil seguirá o caminho de países
como Holanda e Canadá: começará pela água e depois vai incorporar florestas e
fontes de energia nos cálculos das contas nacionais. No futuro, as novas
metodologias levarão à divulgação regular de um "PIB Verde" dos
países, que contabiliza as perdas e a exaustão dos recursos do meio ambiente na
produção de riqueza.
Para avançarem nas Contas Ambientais, o países seguirão os padrões
metodológicos das Nações Unidas, reunidos na publicação Sistema de Contas
Econômicas Ambientais (SEEA, na sigla em inglês), apresentada ontem por
representantes de institutos de estatísticas de vários países, na sede do IBGE.
O representante do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma),
Sheng Fulai, criticou o uso do PIB como padrão de riqueza, por valorizar
informações econômicas e não levar em conta dados ambientais e de sustentabilidade.
"O PIB não é indicador de progresso", disse.
A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, explicou que a opção por começar as
contas ambientais pela água foi tomada pelo fato de haver mais informações
disponíveis sobre o recurso natural. As Contas Econômicas Ambientais da Água
vão levar em conta o volume de estoque de água doce no País e procurar uma
valor monetário para o gasto em água na produção de bens e serviços e também no
uso doméstico. Segundo Wasmália, México, Holanda e Canadá são, segundo técnicos
do IBGE, os países mais desenvolvidos no impacto de recursos naturais no PIB,
especialmente a água. (Fonte: Estadão)
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