’Um acordo entre 191 países e delegações é um acordo complexo. É sempre bom olhar que há necessidade de balanço entre os países. A questão do documento não é uma questão que diga respeito a um só país.’
Los Cabos - A presidente Dilma Rousseff disse, terça-feira (19), que a aprovação do documento base da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, antes da chegada dos chefes de Estado ao Rio de Janeiro, é uma "vitória do Brasil".
O documento, aprovado em plenária nesta terça-feira, tem que ser avaliado e aprovado pelos chefes de Estado que estão chegando ao Rio para a fase decisiva da conferência, de quarta (20) até sexta-feira (22).
"Um acordo entre 191 países e delegações é um acordo complexo. É sempre bom olhar que há a necessidade de um balanço entre os países. A questão do documento não é uma questão que diga respeito a um só país. Estamos fazendo um documento que é o documento possível entre diferentes países e diferentes visões do processo relativo à questão ambiental", disse a presidenta em entrevista em Los Cabos, no México, onde participou da Cúpula do G20, grupo das 20 maiores economias do mundo.
Entre outros pontos, o documento destaca a importância do uso sustentável da biodiversidade marinha, mesmo além das áreas de jurisdição nacional. Há o compromisso de se trabalhar, em caráter de urgência, nessa questão, e a intenção de se desenvolver um instrumento internacional para lidar com o assunto, sob a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.
Para garantir a aprovação antes da etapa final da conferência, o governo brasileiro teve que simplificar alguns pontos do texto, o que gerou críticas de ambientalistas sobre os resultados efetivos da reunião.
Segundo Dilma, o Brasil conseguiu chegar ao texto que era possível. "Eu acho que temos que comemorar, sim, como uma vitória do Brasil, ter conseguido aprovar um documento que seja um documento oficial entre os diferentes países, contemplando posições distintas. Não tem só europeus, não tem só asiáticos, não tem só países do G77. Todos, cada um é voto, e cada um tem a mesma consideração que o outro, ou então não tem reunião possível entre países", avaliou. (Fonte: Portugal Digital).
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