quarta-feira, 8 de julho de 2009

INSELBERGUE


Disponível em http://picasaweb.google.com

Eis que surge assim na paisagem, saliente como um bem-te-vi, uma pedra calva, um monte-ilha protegido pelas armas dos seus querubins.
Quanta variação de formas raras, céu de fogo ardente à espera para conhecer as tuas entranhas, casas de ciladas dendrobatas, nicho de veneno antes da cura de homens que fizeram suas façanhas.
Véus de nuvens cortinam cerrações nas manhãs de pássaros cantores, tal como arrancassem corações de quem guarda segredos furta-cores.
Serras, rios, montanhas, cordilheiras. Tempo em espiral, hora de ataque às deusas que dormitam no horizonte. Entes que já são tumucumaques.
Lá longe na guiana, Mitaraka, o monte, se levanta gritando em desespero com sotaque.

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