Foto de Fernando Canto: Tarde na Praia de Fazendinha
Um canto de amor à cidade,
a bem dizer, este poema.
Uma necessidade vital, um amor
sem preconceitos,
puro e apaixonado.
Macapá de ontem e de hoje,
Histórica e sem farsas.
Telurismo versus pés descalços,
um banho de água doce
neste mar que encanta e
faz permanecer um universo.
Sensação de trabalho iniciado
pela perspectiva de inúmeras rotações.
Nós que guarnecidos em fortalezas
e tocados pela linha imaginária
do equador, somos forçados a cantar
acompanhados por um vento ameno
e pela voz que a paisagem, a gente
e a História fotografam em nossa mente.
A terra, o rio, a chuva e o sol do equador
encerram em si um micro-mundo,
autêntico, que provoca
a dança da criação
num ritmo de tatos vivenciados e amados
durante todo um tempo
em que enraizamos
e nele formamos nossa cultura.
Este pequeno roteiro, aliás,
uma viagem iniciada há anos,
é traçada única e exclusivamente
pelo amor.
Um amor à terra
e ao que nela existe
um amor sincero e perene
para que a existência se torne mais significante.
É uma homenagem
em forma de cantiga,
uma poesia larga e bela,
onde, sobretudo, está patente
uma declaração de amor.
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