quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ARTESÃOS DO AMAPÁ PÕEM EM PRÁTICA CONCEITOS DO COMERCIO JUSTO

Comunidades do estado participam da Feira do Empreendedor, que terminou no sábado (29)

 Utensílios feitos com material reciclado e bonecas que traduzem a cultura de uma comunidade. Mais do que peças artesanais, esses artigos têm origem em relações de produção mais conscientes. Três associações e uma empresa do Amapá participam dos estandes da área de Comércio Justo e Solidário, na Feira do Empreendedor, em Macapá, na Área de Exposições do Sebrae.

A Arte e Raiz, da capital do estado, marcou presença na área. A associação existe há dois anos e reúne dez membros. Alfredo Hage é um deles. O artesão cria luminárias à base de matérias-primas como cipós, fibras de palmeira e PVC. Brinquedos, colares, chapéus, bancos, mesas e tapetes integram o catálogo da entidade.

Os artesãos que fazem parte da Arte e Raiz mantiveram contato com o Sebrae há dois anos e foram incorporados ao projeto Amapá Feito a Mão. Daí, segundo Alfredo, a história deles mudou. “Os consultores do Sebrae nos sugeriram atuar em grupo. Juntos, fica mais fácil participar de feiras e conseguimos descontos maiores”, relata. Hage cria em média dez peças por mês, vendidas a partir de R$ 30.
Quilombola

Remanescentes do Quilombo do Curiau, moradores desta comunidade, por meio de sua associação, procuraram o Sebrae em abril de 2011 na busca por alternativas de renda e ocupação. A instituição estimulou o grupo a produzir.

Com apoio do projeto Turismo em Macapá e Fazendinha, o artesanato virou opção profissional e cultural. Chamam atenção no trabalho as bonecas Dançarinas de Batuque, com figurino concebido com o mesmo tecido das artistas de verdade. “É um resgate das nossas tradições”, explica a artesã Ledi Maria da Silva.

Vanusa Collares, analista do Sebrae no Amapá, diz que o estande de Comércio Justo e Solidário reúne grupos que, de alguma maneira, trabalham com este conceito, como respeito ao meio ambiente e relações profissionais adequadas. “Essas entidades passaram por capacitação sobre o tema, para que possam incorporá-lo cada vez mais”, conta. (Fonte: Marcelo Araújo/ Agência Sebrae de Notícias)

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