Por Luiz Jorge Ferreira *
Antes de ler Adora-dor-es do Sol, do Fernando Canto, lembro o fato de tê-lo conhecido recém-vindo de Minas Gerais. E pela mão de Pedro Ramos, um irmão, dos muitos que a vida me presenteou; e dele ter estado em minha casa para mostrar suas músicas.
Era o ano de 1970. De lá para cá o tempo não descansou um minuto sequer.
Estes anos e muito dos fatos que neles se passaram estão fotografados nos textos deste livro. Abro as páginas e reconheço ruas, esquinas, personagens, acontecimentos.
Eu me reconheço como qualquer um o pode fazer, somente por ter estado no meio deste ato rotineiro de viver o dia-a-dia, rezar na Igreja de São Benedito, tomar caldo de cana na Doca da Fortaleza, ir ouvir de bicicleta Merckswiss, disco novo no Pecó, e por isso já estar sendo elemento do texto (Página 266, texto 101).
Eu fiquei quedado, com o livro aberto na mão, retornando a estes momentos.
Fotografados em palavras pelo ato de escrever de Fernando.
Agora, e lido o livro, é como se estes fatos todos fossem partes de uma grande peça teatral. Macapá um amplo teatro. O Laguinho, a coxia. É como se todo dia se encenassem partes de um grande drama que já se havia iniciado e ainda não se encerrou. E continua se refazendo. Chova ou faça sol.
Fernando, todo dia eu anotava.
*Luiz Jorge Ferreira é médico, poeta, compositor e às vezes louco, como todo poeta, compositor e médico (Quem diz é o seu amigo F.C.).
Fernando, o seu blog tem algo esquisito. Quanto mais lemos mais vontade de ir ao abreu e beber algumas geladas e levar um bom papo.
ResponderExcluirTb acho. E tu? Tu achas isso bonito?
ResponderExcluir