sexta-feira, 18 de maio de 2012

LIVRO “A NOITE DOS CRISTAIS” SERÁ LANÇADO NESTA SEXTA-FEIRA NA 10ª SEMANA DE MUSEUS DA FORTALEZA DE SÃO JOSÉ

Como parte da programação da 10ª Semana de Museus, que este ano desenvolve o tema "Museus em um Mundo em transformação – novos desafios, novas inspirações", o Museu Fortaleza São José de Macapá promoverá nesta sexta-feira, 18, às 19h, o lançamento do Livro "A Noite dos Cristais", do autor Luís "Fulano de Tal".

Sobre o autor

Luiz Carlos Santana - pseudônimo Luís Fulano de Tal - nasceu em 1959. É graduado em Letras Modernas pela USP, licenciado em Língua Portuguesa e mestre em História Social pela mesma universidade. Tem uma sólida carreira como professor de Literatura Brasileira e Portuguesa, Redação e Criação de Texto e Língua Francesa, atuando desde o ensino fundamental ao superior.

A Obra

Publicado em 1995, com recursos do próprio autor e, posteriormente, em 1999 pela Editora 34, o livro A Noite dos Cristais rendeu-lhe algumas premiações importantes, tais como prêmios outorgados pela Fundação Nacional do Livro Infanto Juvenil (FNLIJ) seção Brasileira da International Board on Books for Young People; prêmio Orígenes Lessa - autor revelação – 2000; prêmio Livro Altamente Recomendado para o Público Infanto- Juvenil – 2000; menção Altamente Recomendável – 2000; prêmio Projeto Nascente - USP - Abril Cultural – 1995; prêmio Programa Nacional do Livro didático - PNDLD – MEC: 5000 exemplares de sua obra foram adquiridos e distribuídos pelas bibliotecas das escolas públicas de São Paulo em 2000.

Para compor a ficção, Luís Carlos Santana valeu-se de um levantamento histórico cuidadoso. A obra tem como "pano de fundo" a Revolta dos Malês, ocorrida em 1835. Conta a história do negro Gonçalo, um brasileiro que nasceu na primeira metade do século XIX. Esta novela é o resultado da transcrição de suas memórias, a partir do manuscrito encontrado em Caiena, na Guiana Francesa, por um estudante também negro, brasileiro.

Amaro, o pai de Gonçalo, era um ex-escravo haussá, que renegara sua fé muçulmana, pois se considerava traído por membros do seu povo que se aliaram aos portugueses na África. Já sua mãe, Flora Maria, apesar do nome cristão, era de origem nagô, como Ombutchê, a avó materna de Gonçalo.

Este é o cenário: a escravidão – e seus valores recalcados – aos olhos de um menino livre em Salvador. Gonçalo convivia com Diogo, o galego, filho do dono da casa, contando os navios negreiros que chegavam e partiam da Bahia de Todos os Santos... Alfabetizado, lia nos jornais descrições de escravos fugitivos, procurados, e encontra seus heróis entre os ousados sacerdotes muçulmanos, que se recusavam à submissão e propunham revolta.

Então, em janeiro de 1835, estoura uma rebelião de escravos: a chamada Revolta dos Malês. Dois mil negros encontram seu destino sob a repressão portuguesa: mortos ou enviados às galés. Para pagar as perdas do Império, Gonçalo é vendido como escravo para um engenho em Pernambuco.

A vida na senzala é o outro grande painel do livro: Antonina, rezadeira, parteira, tio Rufino e o Buzuntão, a violência sexual, as festas de São João, Natal, Reisado...

Escravo por dez anos, Gonçalo foge para a Guiana, onde inicia o manuscrito de que nos conta o estudante brasileiro, revivendo as (des) venturas da formação do povo, descobrindo identidades de que sequer suspeitava, na figura desse antepassado. (Fonte: Secult)


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