Publicada no jornal “A Gazeta'” de sexta-feira, 21/05/10
LANÇAMENTO DE CD E REVISTA
O grupo cultural Raízes do Bolão, que tem sua estrutura fincada nas terras quilombolas do Curiaú, participa e convida os interessados em cultura popular para o lançamento do CD e da revista homônima que ocorrerá no próximo dia 29 de maio, às 20h00.
Liderados pela Dona Chiquinha e seus filhos e netos, o grupo se firmou ao abraçar organizadamente a proposta de divulgação da música folclórica do Curiaú, valorizando o batuque e o marabaixo. Já participou de diversos eventos pelo Brasil a fora e se apresentou na Guiana Francesa em festivais turísticos e culturais.
Entre seus membros se destacam: a escritora Esmeraldina Santos, autora de “Histórias do Meu Povo”, Pedro Bolão, fabricante de instrumentos usados nas músicas folclóricas, Adelson Preto, compositor e integrante do grupo África Brasil, e Macunaíma, intérprete oficial dos Boêmios do Laguinho.
ROTEIRISTA
Recentemente esteve em Macapá o jornalista Jorge Herberth, que atua em Belém como assessor de comunicação do Governo do Estado. Veio assistir a Festa do Tambor no Centro de Cultura Negra, no coração do Laguinho, bairro em que nasceu e se criou.
Jorge é o roteirista do DVD “A Cantoria no Lago”, do cantor Osmar Jr., realizado em 2008 no Lago Piratuba e prestes de ser concluído pela Amazon Filmes, de Belém do Pará. Jorge (também conhecido por Branco ou Cereco), filho do saudoso Abel Ferreira, o seu Abel, é irmão do Élcio, da Núbia e o Puruca. Nos anos 80 fez parte do Grupo Pilão como percussionista. Depois trabalhou no jornal “Fronteira” com Ezequias Assis e mais tarde na TV Liberal.
YES BANANA EM MARINGÁ
A banda Yes Banana, que tem como líder o contrabaixista Alan Gomes, se apresenta neste fim de semana em Maringá-PR como representante do Amapá no Festival de Música da Cidade Canção, juntamente com o irreverente intérprete Judas Sacaca.
O Festival é coordenado pelo SESC, que leva para lá anualmente vencedores estaduais de festivais realizados pela instituição. Segundo Cléverson Baía, que já se apresentou por lá, é uma festa muito bonita com quatro dias de apresentações artísticas, onde se revelam novas tendências da MPB. Joãozinho Gomes, Enrico di Micelli e Patrícia Bastos também já estiveram por lá.
RAPÉ DE PARICÁ
Na área da UNIFAP reinava o paricá (virola theiodora), árvore abundante nos campos cerrados e na floresta amazônica. Com seu princípio ativo (alcalóides triptamínicos) retirado da semente ou da casca, se fabricava um poderoso rapé, que se misturavam a outros elementos como a cal viva de carapaças de caracol calcinadas e com farinha de mandioca, cinza de plantas e folhas de fumo pulverizadas.
Era amplamente usado pelos índios do noroeste da América do Sul. Era tomado pelos guerreiros e xamãs para vários fins: estimulante, excitante,, como profilático contra febres e para provocar transes, visões e comunicações com os espíritos e até para fazer chover.
Madeira leve, usada para a construção civil, praticamente está desaparecendo da paisagem, cedendo lugar para a ampliação da cidade.
ZÉ MIGUEL CANDIDATO
O cantor Zé Miguel diz que é candidatíssimo a uma vaga na Assembleia Legislativa.
Está costurando o apoio político da classe artística e dos políticos como Marcelo Dias (PSDB), que é de partido oposto ao dele (PSB), mas congrega os mesmos interesses. Zé acredita que pode “varar” as eleições com os votos das pessoas da área cultural, a exemplo do vereador MD.
Com o tempo a gente vai aprendendo que não é bem assim, mas não custa tentar. O importante agora é que o artista vem aí com um novo trabalho de CD e DVD intitulado “Amazônia na Veia”.
SENZALAS & CONVIDADOS
O grupo musical Senzalas deve lançar o CD “Tambores do Meio do Mundo” provavelmente em junho no Teatro das Bacabeiras.
Depois de encontrar algumas dificuldades para o evento, como a falta de pauta no teatro, Amadeu Cavalcante, Val Milhomem e Joãozinho Gomes estão entusiasmados com o resultado das gravações.
Vão trazer convidados especiais Lecy Brandão e Chico César para o lançamento, onde na oportunidade será gravado um DVD. Seus fãs estão “cuíras” para curtir o novo trabalho do Grupo.
ZUNIDOR
A jornalista Isabelle Braña viaja este fim de semana para o Acre. Vai rever familiares e amigos.
Já está rodando na gráfica a coletânea de contos de autores amapaenses “Contistas do Meio do Mundo”, organizada pelo grupo Universo, que também fez a coletânea de poetas, a primeira de uma série de três livros, com o apoio da SECULT.
A flamenguista Nega Biluca agora só anda de minissaia vermelha, incendiando seus fãs laguinenses.
O cantor Amado Amâncio está precisando de ajuda para se submeter a uma complicada cirurgia. Quem puder ajudar procure o Cleverson Baía, presidente da AMCAP.
Dia 29 de maio a cantora Lia Sofia se apresenta na Casa do Chorinho do Ceará da Cuíca. Vai lançar CD com releituras de bregas clássicos e leva como convidados Osmar Junior e Cléverson Baía.
Entreouvido no bar: “Se o Tumucumaque fosse no Rio de Janeiro já tinha um monte de favela no seu pé ou quem sabe até um bondinho pros turistas contemplarem a floresta”. Mas tá! Inderê!Volto zunindo na sexta.
Prezado amigo,
ResponderExcluiracompanho o 'Canto' todos os dias. Apesar disso não tive palavras para falar de tantos sonhos e tantas palavras que constroem nossas vidas ao longo desse tempo de laguinho e outras paragens.
Primeiro, muito obrigado pela singela 'lembrança e homenagem'. Me senti lisongeado e muito prestigiado. É uma honra 'ser do laguinho' sempre. E foi emocionante participar dois dias de tanta cultura. Que me desculpem os outros, mas o Laguinho é mesmo um centro de inteligências e muitos artistas, além de toda a afrodesceendência que permitiu a todos nós herdarmos no sangue e nos neurônios o que veio de tão belo da África, mesmo com tanto sofrimento.
Renovei e renovo minha vida quando desembarco em Macapá e saboreio o marabaixo e tudo o que o Laguinho expressa e transpira, desde os bons tempos de Falconere, o mais elegante dos sambistas passistas que tive a alegria de ver e admirar desde minha minha infância. Vejo um pouco dele em tudo o que o Laguinho é. E vejo no Pilão a semente e as raízes da música que evoluiu no Amapá. Essa cultura tão rica e que parece invisível na Amazônia e ao resto do Brasil, onde há tanta bobagem. Estou muito feliz por fazer parte do Laguinho e ser ex-Pilão. Um reencontro de alegria e energia. Parabéns aos Tambores do Laguinho e OBRIGADO Companheiro!
Jorge Herberth