quarta-feira, 23 de setembro de 2009

BoconaAberta

CADERNO DO MEIO DO MUNDO - Macapá 2001
Três
Poemas

De Morte
E um Assombro
Inelutável
1. Pré–Munição
O poeta olhou pro céu e

viu araras negras resmungando no pedaço

Sentiu um calafrio taquicardia
Riso dor e dor
E teve um sonho cor de aço.
No hospital viu na TV:
"Osama nas hallturas pôs as asas pelos braços."
2.A Morte
Quem faz o fogo no escuro

Se um brilho se acende cedo

Pra cedo domar a noite e o frio que mora escondido nas dunas do Oriente?
A morte ronda montanhas
A morte rompe defesas
A morte rasga mortalhas de homens que foram gente.
3. O ar
Windows of world
Abram-se em ângulos azuis
Quero ver estrelas
War da arrogância ensimesmada de ENTULHOS God save América
Incensos e velas
Que os Orixás protejam os pequenitos de Allah!
Assombro
Crime
Ó! Bocona aberta!
Grito pelo rio de ondas verticais
Sons de ferramentas–grilos (cry cry cry) abafam tua angústia no banheiro
Hithcock passa como um Alfredo jardineiro num macacão de jeans molhando a grama vermelha.

Phódrio Two
Tizingida cor em teu selo maisgentile
Corpo caseiro
Sem platéia ver–te–coito
Provisiona alimentos lacteos
Laticínios morticídios para bulimia anorexial pós–mortefambre de todos los Dias/Noches
Equilíbrio
Abraço os olhos na hora de deitar na cama
Minha muleta é meu olho.
Já meus pés não são tão confiáveis
Parecem pranchões acizentados de poeira
Onde grafo pelos dias/noches meus erros grama(ti)cais
Estes poemas foram publicados em nosso primeiro site em 2001

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