domingo, 31 de outubro de 2010

A DECISÃO DO VOTO

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 31.10.10

urnasAo apertar o último botão na urna eletrônica o eleitor deverá ter passado por um processo de escolha eleitoral iniciado há muito tempo. Falo aqui do eleitor consciente, aquele que juntou aspectos pontuais nesse caminho, após seus sentidos absorverem a conjuntura atual, o processo eleitoral e as campanhas, com suas propagandas, informações, atividades políticas e conversas descontraídas no seu círculo social.

Mas nesse meio termo outras situações encontradas na realidade política se inserem na vida social, desde as mais torpes propostas de compra de votos às projeções de candidatos “heróis” fabricados pela mídia; desde as emoções causadas pelas promessas inevitáveis à busca de uma linha que conduza a um plano de governo sério, não-descartável enquanto projeto.

Por ser o eleitor perfeitamente influenciado pelo meio que vive, as atitudes que determinam suas escolhas são psicológicas, pois produzem situações que o levam a ter suas preferências, talvez não sem antes gerar em si algum tipo de conflito, dadas as opções do voto. No caso amapaense esse aspecto se exacerba devido a população ser pequena, a proximidade dos candidatos com a família, o meio e as relações sociais.

Diferentemente do Brasil, onde a maioria dos eleitores costuma definir seu voto a partir da imagem que têm do candidato, na América o elemento central e causador decisivo do voto é a identificação partidária, “traduzida como compromisso forte e que influencia a maneira de os eleitores olharem o mundo político”. Segundo a famosa Escola de Michigan (Universidade de Michigan, EUA), “a identificação partidária seria uma atitude complexa pela qual o eleitor se considera ligado a um partido, simpatizando com ele e disposto a colaborar com o voto”.

O brasileiro, de acordo com Marcelo Galli, define o voto na dimensão do imaginário, ou seja, naquele que corresponde as suas expectativas, daquele que acha que não o decepcionará, partindo do pensamento “dos males, o menor”. Mas a avaliação geral dos políticos em nosso país mostra que o eleitor os considera como embromadores, oportunistas, ambiciosos, espertos, despreocupados com o bem comum, e corruptos. O político ideal teria como característica positiva, por ordem de importância, o seguinte: a honestidade, o trabalhar pelo povo e a competência. A ideologia do candidato, nessa avaliação, é minimamente citada.

Por ser a imagem um fator fundamental para a escolha do voto, os marqueteiros não hesitam em projetar candidaturas com imagens irreais dos indivíduos. E tratam de “vendê-las” como salvadores da pátria que resolverão todos os problemas do Estado e outros mais, pois há quem compre a imagem como um produto de consumo.

Não acho impressionante a avaliação feita por pesquisadores e cientistas políticos sobre o eleitor e o político ideal, mas respeito. E creio que os tempos e os costumes se encarregarão de mudar para melhor a face e a personalidade daqueles que ambicionam servir o povo, governando-o. A ideologia, que há pouco tempo penetrava como água nos meandros da política brasileira é pouco citada, e isso se deve certamente às decepções que o eleitor vem tendo seguidamente junto aos que colocou no poder. No entanto a cada eleição realizada o perfil do eleitor parece melhorar. O Trabalho árduo dos tribunais eleitorais em fazer cumprir a lei vem inibindo as artimanhas e toda sorte de abusos e coações de candidatos que fazem do eleitor apenas um indivíduo anônimo e não um cidadão que com o peso de seu voto pode mudar o rumo da sua vida, do seu Estado e de seu país.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de sexta-feira 29.10.10

UNAMAZ EM MACAPÁ

O vice-presidente e atual presidente para o Brasil da Universidade dos Países Amazônicos – UNAMAZ, e ainda reitor da UNIFAP, José Carlos Tavares, vai promover na sede da ANDIFES em Brasília, ainda este ano, mais um seminário sobre os avanços científicos dos países associados.

Em março de 2011 essa importante instituição científica e educacional realiza em Macapá um seminário internacional sobre Integração da Amazônia.

CALCINHA PRETA E DUDU

Estão agendados para se apresentar na Expofeira o grupo de forró Calcinha Preta, no dia 13 de novembro, o sambista Dudu Nobre, dia 20, e Régis Danese, ídolo da música evangélica, no dia 17.

Por outro lado (o lado daqui), vai diminuir bastante o número de artistas locais em relação ao ano passado, quando se apresentaram 343 atrações – música e dança. Este ano só 300 serão contempladas.

PATRÍCIA

EXIF_IMGPatrícia Bastos, nossa mais conhecida cantora, fará show em São Paulo no dia 23 de novembro, no SESC Vila Mariana, a convite daquela instituição.

Vai lançar o festejado CD “Eu sou Cabocla” sob a direção de Dante Ozetti. De quebra ainda leva a flautista Bibi e se integra posteriormente com os percussionistas do Trio Manari, de Belém, e com o contrabaixista Du Moreira.

No dia 27 vai para São Francisco Xavier, no interior de São Paulo participar de show no evento “Photosofia”.

PATRÍCIA II

Antes disso, a cantora ainda cumpre a última parte da agenda do Projeto Amazônia das Artes, do SESC, com o show “Timbres e Temperos” no qual participa com os compositores amapaenses Joãozinho Gomes e Enrico de Micelli.

O encerramento da turnê terá também a participação do cantor acriano Sérgio Souto que já se apresentou várias vezes em Macapá, no Teatro das Bacabeiras, sempre em companhia de nomes de peso da MPA.

GALLUCIO

planta4Quarta-feira, 27, fez 241anos da morte do sargento-mor Antonio Henrique Gallucio, o construtor da Fortaleza de São José de Macapá.

Gallúcio (Galluzzi) foi um dos membros da Comissão Demarcadora de Limites portuguesa que veio para a Amazônia em 1753 para se integrar com a espanhola que nunca chegou por aqui. Como engenheiro militar, realizou inúmeros trabalhos para a coroa Portuguesa na região, dedicando muitos anos de sua vida na construção do nosso maior monumento.

GALLUCIO

Nascido em Mântua, Itália, o engenheiro também era astrônomo. Chegou a observar e descrever um eclipse lunar e um solar no céu da zona equatorial enquanto cuidava das obras da Fortaleza. Lia e epigrafava versos da Eneida de Virgílio em suas epístolas. Escrevia poemas considerados hereges pela comissão do Santo Ofício que esteve em Belém, em 1763.

Acabou morrendo em consequência da malária na madrugada de 27 de outubro de 1769, em Macapá, esperando ter seus sucessivos apelos de transferência atendidos pelo governo da Província. Foi um gênio e pouco lembrado pelos historiadores.

SEXTETO DE SETE

O sexteto Clarinetada se apresentou nesta terça na Loja Maçônica Zohar, dirigida pelo Venerável Mestre Gionilson Borges. O evento é parte da agenda cultural da loja, que tem procurado unir membros da Maçonaria e suas famílias através da cultura.

Conhecido pelas apresentações que faz na Casa do Chorinho, o grupo instrumental é formado pelo maestro Benjamim Monteiro e pelos músicos Reginaldo Borges, Cássia Monteiro, Márcia Reis, Rui Silva e Anderson Miranda e Danilo Fernandes (Inf: Renivaldo Costa).

37º ENARTE

Marlúcio Mareco, ator amapaense que goza de excelente conceito em Belém, reapresentou no dia 15 passado durante o 37º Encontro de Arte de Belém, promovido pela Escola de Música da UFPA, o show “Marlúcio Mareco Canta Carmen Miranda”.

O show foi realizado no Teatro da Paz e teve a direção musical do maestro Manoel Cordeiro, que também apresentou duas composições de sua autoria - “Festa de Dante” e “Surfando na Pororoca”, durante o intervalo para troca de figurinos. Foi um espetáculo excelente, segundo a crítica paraense.

ZUNIDOR

Quem estiver interessado em expor sua pesquisa durante o II Congresso de Ciências Sociais do Amapá, a ser realizado nos dias 09, 10 e 11 de novembro, deverá fazê-lo até domingo, dia 31, adotando as orientações no endereço: www.ccs-ap.blogspot.com

Neste domingo é dia de votar nos melhores candidatos para a cultura, principalmente naqueles que têm compromisso e projetos para a área. É hora dos segmentos artísticos e culturais se unirem para uma reflexão acurada, tendo em vista um futuro melhor para todos.

Doutor em fármacos e medicamentos, o professor Tavares, reitor da UNIFAP, proferiu palestra na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, dia 27 sobre o tema “A Etnobiologia na Descoberta de Novos Fármacos”.

Acessem o blog www.olivarcunhaarte.blogspot.com. Vejam o trabalho plástico do pintor amapaense Olivar Cunha.

Pelo facebook o professor Tostes, que atualmente se encontra em Portugal fazendo pós-doc, manda dizer que esteve na Espanha em visita ao Museu do Prado e ao de Arte Moderna. Viu “Guernica”, de Picasso, ao vivo. Que legal!

Terminam amanhã ao meio-dia, na SECULT, as inscrições para os artistas amapaenses que quiserem participar da Expofeira.

Inderê! Volto zunindo na sexta.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

É BIG! É BIG!

HPIM9640_menorHPIM9648_menor  Felicidades para Ana Clara, minha neta, que completa hoje 3 anos.

Orla de Macapá - Outro olhar

Por Sônia Canto

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A Orla de Macapá já fez pose para muitos fotógrafos. Profissionais e amadores se posicionam todos os dias para colher “a imagem”. Juvenal Canto conseguiu capturar ângulos inusitados num dia de maré seca.

A beleza das falésias sobre as quais pousa a magnífica Fortaleza de São José de Macapá. Fortaleza sobre pedra. Rigidez e encanto. Sinuosidade, brilho, sombra, cor.

O trapiche derramado sobre o rio Amazonas imponente. Sim, Macapá tem encantos e magias inexploradas. É preciso ter “olhos de ver”. (Fotos de Juvenal Canto)

 DSC05865_menor DSC05884_menor DSC05885_menor DSC05895 - menor Publicado no Batuque, caderno de cultura do Jornal Correio do Amapá de domingo, 25/10/10.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O MISTÉRIO DO SANDUÍCHE DO ABREU

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 25/10/10.

Ronaldo e Liete Abreu Certa quarta-feira, depois de uma bela taca que o Flamengo deu no Vasco, o Ronaldo Abreu pediu à sua mulher Liete que lhe preparasse um sanduíche, afinal trabalhara o dia inteiro e parte da noite servindo fregueses enjoados e assobiando para as garçonetes no código de mando que ele tem com elas. Passava um pouquinho da meia-noite e no rescaldo do jogo da TV uns clientes ainda circulavam em direção ao banheiro, próximo ao balcão.

Meia-noite é uma hora tenebrosa para os supersticiosos. Dizem eles que a partir do quarto de hora anterior até o seguinte a ela abre-se um portal no qual se realizam quebrantos e mistérios. Coisas inexplicáveis ocorrem e até a figura do Malévolo pode se fazer presente sem que ninguém veja. Dá até arrepios quando nesse período de tempo um vento bate cortando o ambiente como uma navalha. – É o rabo do Demo, acreditam os mais crédulos. É justo nessa hora que o Satanás circula deixando o sopro frio da noite se misturar ao vento artificial dos ventiladores do bar.

Nesse ambiente imperceptível restavam por dentro do espaço do balcão alguns fregueses contumazes que como sempre tomavam sua “loura” sentados em altos bancos de madeira. E enquanto o proprietário esperava o sanduíche as garçonetes vinham varrendo o salão fazendo aquele barulho peculiar de centenas de fichas de cerveja se arrastando pelo piso cerâmico. Foi então que um freguês também pediu um sanduíche.

Dona Liete trouxe os dois. Quentinhos, quentinhos. O freguês pagou o dele e saiu contente, pois era flamenguista. Ronaldo Abreu deixou o refrigerante e o sanduíche de filé cheiroso feito com carinho só para ele num pires em cima do freezer que separa a área de circulação da área restrita. Mas ocorreu que na hora de comer foi chamado para atender outro cliente que queria pagar sua conta. Demorou apenas uns vinte segundos e voltou.

Enquanto suas pupilas gustativas produziam saliva em excesso, tanta era a vontade de dar uma mordida no dito cujo, ele olhou na direção do freezer e viu que o sanduíche “no capricho” havia desaparecido.

Na área só estavam o sisudo senhor Roberto; o Marra, que é famélico convicto; o enfastiado Ivan Macaco, que só bebe; o cadavérico Gabriel, e o Tatá, que a tudo observava no seu canto do balcão, mas com o olhar já turvo, falando sozinho, enrolando as orelhas e cumprimentando um cara, passando um cartão imaginário na mão dele.

Depois que viu que aquilo não era brincadeira de esconder, Ronaldo ficou invocado com o sumiço do seu jantar, feito com tanto gosto pela bem-amada companheira. Deu o alarme, mas ninguém se acusou. Foi então que começou a rolar suspeita. “Não, não fui eu. Onde já se viu?” “Na minha casa tem comida, tá? Não preciso de um sanduichezinho fuleira pra me alimentar”. “Mas tá, não? Eu que gosto de comer com pão!”. “Teu xiri que fui eu, otaro!” “Eu acho que foi o fulano”, dizia o Tatá, se esgoelando de tanto rir da parada.

Quatro horas depois a discussão continuava entre goles de cerveja, poeira levantada da varredura e o duro silêncio da Avenida FAB. Os suspeitos mudavam de assunto, mas vez por outra ele retornava. Um olhava para os olhos do outro e todos hesitavam em sair do lugar. Se alguém não aguentasse e fosse ao banheiro já virava o principal acusado. Ir para casa nem pensar. O impasse continuou até o Ronaldo pedir “pira paz” e dizer que ia fechar o bar, pois já estava muito tarde. Então pediram para ele anotar a despesa na conta e saíram juntos, enquanto os primeiros raios do sol apareciam na nascente. Seu Roberto, o mais sério de todos os suspeitos, foi para casa meio cambaleante, mas ao dobrar a esquina da Tiradentes soltou uma gostosa risada seguida de um arroto tão grande que ecoou em toda a FAB. Até hoje a Dona Liete suspeita dele nesse mistério, um caso que vem sendo exaustivamente trabalhado há meses pelo delegado Anselmo e pelo investigador Viana. E nada.

sábado, 23 de outubro de 2010

Meu neto pescou um peixe, sim senhor.

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Olha ai o meu neto Leonado, minutos antes de pescar seu primeiro peixe. Sob orientação do Jotinha, filho do Jara Dias.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de sexta-feira, 22.10.10

FÓRUM SOCIAL PAN AMAZÔNICO

Estão abertas as inscrições para quem quiser participar do V Fórum Social Pan Amazônico – Construindo a Amazônia de Todos os Povos, que ocorrerá entre os dias 25 e 29 de novembro em Santarém- PA.

Também estão disponíveis as fichas para cadastro da imprensa livre e imprensa comercial interessadas em fazer a cobertura do evento. Inscrições e informações somente pela Internet, no site: www.forumsocialpanamazonico.org .

MASTER DE NATAÇÃO

Umbelino Palheta Lobato, professor de Educação Física, que passou em primeiro lugar no vestibular da Universidade da Maioridade da UNIFAP, representou a instituição no 17º Campeonato Norte-Nordeste e Centro-Oeste Master de Natação, em setembro. Ganhou três medalhas de ouro nos 50 costa, 100 costa e 50 livre e mais duas de prata em revezamento com atletas da delegação amapaense.

Umbelino, ou Vilhô, como o chamam no Morro do Sapo, no bairro do Laguinho, foi campeão várias vezes da travessia da baía de Guajará pela Tuna Luso-Brasileira de Belém. Agora pretende realizar projetos de extensão com a comunidade interna e externa da Universidade.

AMAZOM MUSIC

fineias2Ninguém é besta de perder o show que a banda instrumental Amazon Music faz todas as quintas-feiras no bar Norte das Águas no Araxá.

Liderada pelo multinstrumentista Finéias Nelluty, a banda tem um o repertório de jazz e blues, mas não se esquece de dosá-lo com músicas regionais trabalhadas como em um laboratório, inclusive com canções folclóricas do nosso Marabaixo.

Na terça-feira passada Finéias e outros músicos realizaram no mesmo local um show em homenagem ao grande poeta, compositor e diplomata Vinícius de Moraes, que faria 97 anos se estivesse vivo. A casa ficou lotada. Nossos aplausos para os organizadores, cantores e músicos que lá se apresentaram para homenagear Vinícius, entre eles: Venilton Leal, Ana Martel, Dulce Rosa, Rebecca, Lula Jerônimo, Oneide Bastos, Manoel Sobral, Jorginho do Cavaco e Fátima Guedes (Popoca).

SAÚDE MENTAL

Com o tema “Saúde Mental no Meio do Mundo: inclusão, diversidade, socializando sem estigma”, a SESA realiza hoje evento em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Mental, que ocorreu no dia 10 de outubro.

Na pauta da programação estão uma exposição de painéis dos serviços desenvolvidos no tratamento e prevenção da saúde mental dos usuários da rede pública do Estado; atividades de relaxamento, oficinas e atendimento psicológico.

DIA D@ POET@

OLYMPUS DIGITAL CAMERA         Hoje a coluna homenageia @s artistas da palavra, aquel@s que vagueiam as profundezas do ser, da natureza e da vida.

Parabéns a@s poet@s amapaenses, pelo que falam e pelo que escrevem com o coração. Em especial vai um abraço ao grande Joãosinho Gomes que coincidentemente aniversariou na quarta-feira, dia 20 de outubro, Dia d@ Poet@.

GUIANA FRANCESA

131020105208pintoQuem se prepara para viajar e morar em Caiena por 18 meses é o professor doutor Manoel Pinto. Vai dar continuidade à sua pesquisa na área de migração internacional na região de fronteira. Além do francês prepara-se para aprender o tak-takí, idioma largamente falado no Suriname, principalmente nas áreas de recentes conflitos onde centenas de garimpeiros brasileiros exploram ouro.

No projeto consta a realização do seu pós-doc pela Universidade de Cayenne e a formação de grupos de estudo sobre essa vasta região tão pouco estudada, que é vista como um verdadeiro manancial para pesquisas sociais.

BALA

181020105252O deputado reeleito Bala Rocha está com uma série de projetos para ajudar a UNIFAP com emendas parlamentares. Depois do sucesso do curso de medicina e da UMAP, agora parte para a implantação da Universidade da Floresta e para a ampliação do CPV Negros - curso pré-vestibular para afro-descendentes e pessoas em estado de hipossuficiência financeira (economicamente carentes), que deverá funcionar em todos os municípios amapaenses onde haja campus da UNIFAP.

DOR DE CABEÇA

manoel sobralPrestes a se aposentar do governo, o dublê de professor e cantor Manoel Sobral encontrou com uma professora que conheceu quando dirigia o CCA. Ela lhe lembrou que certo dia chegou com ele e lhe disse: - Diretor, eu estou com muita dor de cabeça, preciso ir pra casa. Sem se abalar ele falou a ela: - Professora, é sinal que a senhora tem cabeça. Vá pra sua sala dar sua aula.

ZUNIDOR

A SECULT já abriu as inscrições para os artistas que pretendem trabalhar na Expofeira Agropecuária, que ocorrerá de 12 a 21 de novembro. Elas vão até o dia 30.10.

O Sindicato dos Docentes da UNIFAP realizou assembléia na quarta-feira passada para discutir a carreira. Participou ontem do ato do ANDES, em Brasília, em defesa da categoria no Brasil.

161020105245 primosQuem chegou para ficar em Macapá e rever filhos e netos foram os meus primos Antonio Salgado e Emanuel Vieira. Fizeram um descanso após uma viagem de 28 dias de barco pelo Baixo-Amazonas. Os dois fazem essa viagem há uma década, todos os anos.

121020105195leleoMeu neto Leonardo já sabe pescar de caniço.

Muitos professores e intelectuais reconhecidos, de diversas universidades brasileiras, assinam manifestos denunciando as ações de Serra na USP e em outras universidades paulistas, quando foi governador. Do mesmo jeito que FHC, o homem quer acabar com as universidades públicas.

081020105150 poeta serraSerra mesmo só o Serra poeta e a Serra do Navio.

Inderê! Volto zunindo na sexta.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Lua Nua vai ser encenada em Macapá.

sol_ Sol Pelaes (47), iniciou sua carreira artística aos 8 anos fazendo teatro na escola. Aos 16 encenou “As Pastorinhas” sob direção das professoras Risalva Amaral e Zaide Soledade.

A partir daí Sol construiu toda a sua vida em torno da arte de interpretar.

Seu trabalho mais representativo é Artaud, encenada pela primeira vez em 1991 e premiada várias vezes. Nesta peça, fala Sol, “posso apresentar toda a minha força dramática enquanto atriz e mulher”.

Em Artaud, Sol contracena com Waldez Mourão, Rechene Amin e Giovani Coelho e faz a direção do espetáculo há sete anos.

Em seu novo trabalho, Lua Nua, Sol contracena com Serginho Sales e Cecília Lobo, sob direção de Genaro Dunas.

Lua Nua é um texto de Maria de Lourdes Torres de Assunção, mais conhecida como Leilah Assunção, autora que se destaca por compor figuras femininas densas, empregando esta ótica para flagrar os conflitos sociais e os jogos de poder.

Lua Nua discute com cáustico humor os problemas de casais.

A previsão para apresentação da peça é fevereiro ou março de 2011.

Publicado no jornal Correio do Amapá de domingo, 17/10/10

domingo, 17 de outubro de 2010

CAMALEÕES URBANOS

camaleão4

Por morar próximo a mata da Infraero minha casa vive cheia de passarinhos e abelhas em busca de alimento e água. Vez por outra uns sapos dão as caras. Mas um dia desses apareceu um camaleão que ficou hospedado mais de três dias entre o jardim e um açaizeiro, vindo, talvez, por um terreno baldio atrás do meu quintal.

O bicho parecia um dinossauro saído de um filme de Spilberg, com seu andar imponente. De repente corria rápido, fugindo ao olhar curioso dos habitantes da casa. Ficou dias no alto do açaizeiro, contemplado até pelas visitas que o admiravam sem incomodá-lo, ali, impressionantemente imóvel, olhando o tempo, aventando uma possibilidade de fugir pelo muro alto ou talvez do faro esperto dos cachorros da rua. Ao meio do quarto dia sumiu. Mas não sei se sobreviveu, pois a sua cauda de cerca de um metro e meio estava com a ponta quebrada e assim mesmo ele reagia aos que chegavam muito próximo para lhe fotografar, abanando-a com violência para se defender.

camaleão7O interessante é que veio logo à memória um “ladrão” de Marabaixo muito cantado e antigo, cujos versos dizem:

“Eu vim neste Marabaixo

Você não me dá alimento

Eu não sou camaleão

Que enche o papo de vento”

A estrofe do cantador-compositor mostra logo o seu protesto contra o festeiro de alguma comunidade distante da sua, que deve ter lhe oferecido comida, bebida e todas as mordomias da festa para que ele fosse cantar, e não lhe deu o essencial na hora da fome, querendo dizer que vento não enche barriga.

camaleão3Mas quem é esse réptil que a televisão mostrou servindo de alimento a famílias flageladas na mais recente seca do Nordeste? Quem é esse inofensivo animal, cujos ovos, chamados “ovas de camaleoa”, são tão apreciados na dieta alimentar de pessoas aqui na Amazônia? O Aurélio nos diz que se trata de um réptil lacertílio, da família dos iguanídeos. A maioria tem uma prega mento-faríngea capaz de se encher de vento, crista serrilhada no dorso, língua curta, grossa e não protrátil. É arborícola e muda de cor e também é conhecido por papa-vento, senembi, sinimbu, tijibu, etc. Por desconhecerem a sua importância para o equilíbrio ecológico das nossas florestas, caçam-no e lhes comem a carne impiedosamente. No sentido figurado é o indivíduo que assume o caráter conveniente aos seus interesses; o indivíduo que adapta sua opinião ao interesse do momento.

E neste justo momento que vivemos um processo de transição política é que surgem, sem dúvida, bandos de camaleões políticos infiltrados nas diversas campanhas. Oportunistas, traíras (coitado do peixe!) e cães (“coitado do melhor amigo do homem”!) subservientes, sem terem nada a contribuir, a não ser com fofocas e intrigas, enchem o papo de vento para dar a impressão que tudo sabem. Entretanto querem mesmo é a atenção dos líderes políticos para poderem viabilizar seus interesses econômicos, políticos e até familiares, posto o exemplo das oligarquias decadentes do Amapá.

camaleão5Já vi esse filme. Certamente não se chamava “O Camaleão Invisível” nem era algum documentário ecológico sobre mimetismo. Era, talvez, a arte de grudar dissimuladamente em qualquer campanha política, cujos protagonistas estejam viajando na penumbra sem que disso saibam.

camaleão6Então, rendo aqui minha homenagem ao camaleão visitador do meu quintal pelo seu porte aparentemente grotesco; louvo a forma crassa em que ele veio ao mundo e pelo seu grau na escala evolutiva dos animais, que desconheço. Ora, eu não o admiro apenas pelo papel que exerce no meio da floresta. Eu o tenho na memória como um extraordinário ser que, imóvel, acompanhava o sol na sua trajetória todos os dias aqui entre os perigos da cidade, sem que soubesse que homens inescrupulosos roubam-lhe o nome e suas características naturais para se darem bem na vida.

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 17.10.10

sábado, 16 de outubro de 2010

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicado no jornal “A Gazeta” de sexta-feira, 15.10.10

EXPOFEIRA E OS “MINHOCAS”

EXIF_IMGSetores do Governo estadual já anunciaram a realização da Expofeira para o mês de novembro, em forma mais reduzida dos outros anos, devido à falta de recursos financeiros.

Mas é bom que se diga que a reclamação de falta de valorização dos artistas locais é geral, pois sempre são construídos dois palcos : um bem grande para a apresentação das estrelas nacionais e outro, mínimo, para os “minhocas”.

O pessoal da terra é contemplado com um palco no meio da praça da alimentação e o público é feito de “passantes”, que se dirigem ao palco principal, onde os músicos sertanejos se apresentam. Os “minhocas” estão batucando dentro da lata.

PARACY

Paraci e BelletiEm visita á sede da Amazoom Sistema de Comunicação dei de cara com uma festa dos funcionários para o publicitário Ricardo Beletti, que aniversariou na semana passada, comandada pelo também publicitário Paracy Negreiros.

Paracy detém rico acervo imagético sobre o Amapá, produto das campanhas que fez para diversos clientes, inclusive governos, ao longo de mais de vinte anos. O empresário também é dono de um conhecimento invejável sobre assuntos voltados para questões filosóficas e místicas. Conversar com ele é aprender mais.

EQUÍVOCO I

Dois caras conversavam no balcão do Abreu. Aí um deles disse que durante a “Operação Pororoca”, desencadeada pela Polícia Federal em 2004, o presidente Lula teria ligado muito pê da vida para o governador Waldez perguntando quem era e por que tinham prendido um alto funcionário da Petrobrás. Waldez consultou a PF e respondeu a Lula: - Trata-se de um equívoco, presidente, quem foi preso foi o preto Braz.

EQUÍVOCO II

O interlocutor riu e não perdeu tempo. Contou uma história em que o ditador-presidente Geisel fazia visita ao canteiro de uma grande obra do Governo Federal. De repente ele leu uma placa e perguntou aos assessores: - Que empresa estatal é essa Emobrás, que eu não conheço? Então um assessor lhe disse: - Não é empresa, presidente, a placa diz “EM OBRAS”.

APOIOS POLÍTICOS

Fernando, Randolph e Coaraci BrabosaO senador eleito Randolfe Rodrigues reuniu-se com representantes culturais de diversos segmentos para pedir apoio ao seu candidato que disputa o segundo turno das eleições.

O vereador do PSOL Clécio Luís, que goza de excelente prestígio entre os músicos e artistas em geral, em função da sua Lei de Proteção ao Patrimônio Cultural do Município de Macapá, fez a ponte.

Nela compareceram principalmente músicos, que deverão fazer suas reivindicações em carta a ser encaminhada ao candidato, com a promessa de serem cumpridas, caso seja eleito.

MINEIROS

A operação exitosa da retirada dos mineiros presos dentro da mina de cobre no Chile trouxe alívio a todo mundo que assistiu ao desenrolar de drama de 69 dias chegar ao fim.

Desde a conquista espanhola a mineração do cobre ainda é uma das principais atividades econômicas daquele país. E parte da sua renda é reservada especialmente para possíveis adversidades, que fazem o país estar sempre preparado para isso. Vejam, por exemplo, o terremoto seguido por tsunamis ocorrentes neste ano. O Chile está espremido entre a cordilheira do Andes e o oceano Pacífico

Agora deve estar reservado aos 33 mineiros do deserto de Atacama um caminho de heroísmo e sucesso, tantas são as expectativas de se vender a história para o cinema, a televisão e outras mídias.

CONGRESSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS

population-six-billion-1A Universidade Federal do Amapá, por meio do colegiado do curso de Ciências Sociais, vai realizar o II Congresso de Ciências Sociais do Amapá no período de 11 a 13 de novembro, na própria UNIFAP.

O tema do evento será: “Desafios e Perspectivas no Século XXI: o que temos e o que queremos”. Maiores informações podem ser obtidas pelo e-mail: ccs.ap@hotmail.com .

Imagem disponível em www.embaixadadeportugal.jp

POSSE

posse_curso comunicaçãoTomam posse hoje, ás 11h00, no auditório da Conselho Universitário da UNIFAP, os novos professores do curso de Comunicação que será implantado a partir do ano que vem, após o seu primeiro processo seletivo que ofertará 50 vagas.

O professor (e padre) Aldenor Benjamim será o coordenador e a professora Roberta Sheibe será a vice-coordenadora do curso. Outros quatro professores compõem o quadro inicial, entre eles os mestres Rafael Costa e Ivan Carlo.

ZUNIDOR

dona saúdeHoje é dia dos professores, que como minha mãe me ensinaram a ser o que sou. Parabéns da coluna aos que ensinam e educam nesta terra.

Quem anda muito invocado com o pessoal do Laguinho é o Zé Ramos, pois apelidaram a nova namorada dele de “Mentira”. É que ela tem as pernas curtas, dizem.

O curso de Comunicação da UNIFAP vai se instalar provisoriamente no prédio da Rádio Universitária, juntamente com a Editora Universitária que já vai passar a funcionar.

garagemHoje tem o “II Garagem Universitária”, a partir das 18h00 na UNIFAP, com apresentação das bandas Raciocínio da Ponte, Slide, Prosa Moderna, Óbtus, Brisa da Amazônia, Velho Jhony e RHC; oficina de guitarra com Alisson Felipe e projeção de cenas da primeira edição do Garagem pelo UniverCinema.

Repeteco hoje do Happy Hour da Elza na pérgula do Macapá Hotel, depois das seis da tarde até às 21h00.

Dois candidatos ainda estão dentro da mina que desabou. Vão sair encapsulados.

Inderê. Volto zunindo na sexta.

domingo, 10 de outubro de 2010

PISAR NA PEDRA ERA PISAR NA MÃE

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 10.10.10.

Fernando Canto

Para uma sociedade como a nossa que até há pouco tempo não sofria os males da violência exacerbada, é assustador o que se vê e o que se ouve diariamente na imprensa. De um lado os acidentes e as mortes no trânsito nos deixam boquiabertos pela freqüência de eventos desastrosos nas ruas e, de outro, pela desenfreada vontade das gangues em promover a violência, principalmente nos subúrbios de Macapá e Santana. Não fosse a precisão das estatísticas bolerianas, pouco se saberia dessas atrozes notícias que deixam em cheque os setores de segurança e a população em alerta. A importância da divulgação desses fatos hediondos permite que as pessoas se isolem mais ou que pelo menos procurem formas de se proteger, de preservar suas famílias, até mesmo contra ataques de cães ferozes.

Poder ir à praça e levar as crianças já não é mais uma simples e cotidiana atividade livre de lazer, mas um jeito desconfiado de passear, dada as inesperadas ações de facínoras que roubam bicicletas de crianças à força e as deixam frustradas, traumatizadas. Muitos desses crimes se dão a luz do dia e às vezes com a presença ostensiva de policiais.

Não é excepcional percebermos movimentações estranhas em grandes eventos, como as comemorações de Natal e início de ano, shows de artistas famosos e no carnaval. As gangues já vêm para esses locais com o intuito assassino da vingança de alguma pendência grupal ou parental para um acerto de contas, como eu mesmo presenciei no desfile da Banda há alguns anos. Cada fato desses deve ter se desdobrado em outros assassinatos por vingança pela gangue rival. O assassino, oriundo desses grupos suburbanos, terá o seu momento de “glória” e de admiração pelos seus pares. Uma “glória”, diríamos, inglória e infecunda, de liderança negativa e fútil, que nada contribui para a sociedade, até ele ir parar no “hotel” do governo, como diz o Bolero em suas crônicas policiais, ou servir de pasto para urubu num matagal das redondezas.

Há inúmeras teorias para a explicação da violência. Uma teoria psicológica argumenta que os jovens se tornam delinqüentes por causa do trabalho dos pais, pois quando estes têm empregos nos quais podem ser demitidos arbitrariamente, eles transmitem este sentimento de arbitrariedade aos filhos que se tornam, então, alienados e criminosos. Alguns estudiosos sugerem que a pobreza leva à criminalidade para obter as necessidades básicas da vida. Só que esse argumento, segundo Marvin Harris, não explica por que as taxas de criminalidade são mais baixas na Índia que no Brasil nem por que as taxas são tão altas nos Estados Unidos, onde 40% dos negros urbanos morrem antes de atingir 25 anos. Pesquisas sociológicas atuais demonstram que fatores econômicos como escassez de recursos e desigualdade são importantes na explicação da agressividade humana. Mas poucas pesquisas examinam todos os fatores diferentes, como os que levam ao crime violento, para especificar a importância relativa a cada um. Os estudos feitos até há pouco tempo, de acordo com Werner, mostram que um fator muito citado, a pobreza, não parece levar necessariamente à violência.

Por aqui já se foi o tempo, segundo o pessoal do Laguinho, em que uma disputa era resolvida no muque, no braço. Não havia esse negócio de terçado, peixeira ou arma de fogo. Às vezes tudo começava na inocente e salutar brincadeira promovida pelos “encrenqueiros” de pisar ou jogar longe uma pedra que significava a “mãe” dos disputantes. E assim a porrada “comia”, a energia diminuía e o rancor se dissipava. (Crônica extraída do livro “”Adoradores do Sol – Novo Textuário do Meio do Mundo”, Scortecci, S. Paulo, 2010).

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta” de sexta-feira, 08.10.10

CÍRIO 2010

cirio de nazaré 2010 macapá O mês de outubro, época do Círio de Nazaré é um tempo de comunhão pela alegria de louvarmos a Virgem protetora de tod@s @s amazônidas, mas também é um tempo de reflexão sobre nossas ações voltadas para o meio ambiente, para a cultura e, sobretudo para a política. Os desdobramentos decorrentes de nossos atos e pensamentos em relação ao futuro certamente vão contribuir para o que queremos (e até para o que não esperamos) para as gerações futuras.

E o que queremos é tão simples. Cada um de nós pode fazer no seu dia-a-dia, no trabalho ou em casa, uma simples verificação do que realiza, às vezes sem pensar, pois tod@s nós somos treinados para pensar, embora relaxemos na prática de meditar sobre o mundo. Mas as crianças, com certeza estarão nos observando, nos reconduzindo ao caminho do que precisamos aprender mais, para podermos respeitá-las e, assim, respeitar o nosso futuro comum.

CÍRIO 2010 DOIS

nazica Neste domingo ensolarado desejo a tod@s @s leitor@s da coluna um excelente Círio de Nossa Senhora de Nazaré, a Padroeira da Amazônia, para que possam alcançar as graças solicitadas à sua poderosa energia.

Que a fé de tod@s seja coroada pela luz da Padroeira, e que ela cubra e proteja com seu manto sagrado nossos familiares e amigos. Tenham um feliz Círio.

NOSTALGIA

foto fernando_grupo escolar Às vezes uma fotografia parece congelar a memória. De repente recebo da professora Cacilda Barreto, pelas mãos da sua irmã Marilé, uma foto em preto-e-branco da minha turma da terceira série primário do G.E. Barão do Rio Branco, de 1964, tirada na frente da escola, uma das poucas que ainda resiste com seu nome original, em Macapá.

Colegas que não existem mais, uns que foram embora e outros que privam de minha amizade até hoje, estão nessa imagem que diz muita coisa. Ao lado da professora Cacilda estão Alfredo, Eládio Uchôa, Pedro Balieiro, Emanuel, Mario Rodrigues, João Bosco, Zé Maria, Ribamar, Ana Lúcia, Nazaré e mais. Eu sou o moleque dentuço e de cabelo escorrido da segunda fila

FEIRAS

A sede do Sebrae, em Macapá, abrigará no período de 23 a 27 de outubro quatro grandes eventos: a Feira Multisetorial, o Festival gastronômico Amapá Sabor, o Encontro Nacional da Abrasel ( Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e a Primeira Semana da Beleza.

O Objetivo dos eventos é fomentar e possibilitar aos mais diversos micro e pequenas empresários amapaenses, oportunidade de divulgação e comercialização de produtos e serviços. A perspectiva é uma geração de mais de mil empregos entre diretos e indiretos, por meio de contratações e licitações realizadas para a montagem da feira. A abertura será no dia 23, às 19h00 no auditório do Sebrae. Inf: denysequintas@ap.sebrae.com.br .

22 MIL PRETENDENTES

 ueap A primeira fase do vestibular da UEAP, a ser realizada no dia 14 de novembro, será disputada por 22.407 candidatos aos cursos de graduação oferecidos nas áreas de engenharia, licenciatura e tecnologia para apenas 550 vagas.

O curso mais concorrido é o de Pedagogia, com 72 candidatos por vaga. E o período de entrega do cartão de confirmação, local de prova e outros detalhes podem ser obtidos no site www.ueap.edu.br/vestibular .

ARTESANATO

O Amapá participa da feira Internacional de Cayenne que vai acontecer a partir de hoje até domingo na capital da Guiana Francesa.

Os produtos que serão expostos por lá (serão 100 peças para venda) são de origem da Associação das Louceiras do Maruanum, Associação Maracá e Cunani e Associação Arte e Raiz. As peças também fazem parte de uma ação do projeto “Amapá Feito à Mão”, que trabalha com linha de souvenirs.

DEPOIS DAS ELEIÇÕES

Terminadas as eleições agora é partir para um tempo novo. O resultado mostrou que o Amapá quer basicamente mudança. Mas mostrou também um quadro contraditório, cheio de nuanças esquisitas devido, talvez, aos acontecimentos que culminaram com as prisões de políticos da operação “mãos limpas” da PF.

Ainda bem que houve esse evento. É tempo de restaurar a dignidade amapaense que foi ultrajada nessa operação, não por ela, mas pelas ações dos maus políticos que nos governaram e ainda nos governam. Agora devemos esperar um bom resultado no segundo turno para o executivo, não antes sem limparmos tudo, “até onde o sabão não lava”, já dizia o Zé Ramos.

ZUNIDOR

Dia de eleição é sinônimo de encontro com velhos amigos. Gente que a gente só vê de dois em dois anos na velha seção eleitoral ou, no mínimo, no dia de finados e no Círio. Mas com muita festa e alegria do reencontro.

A Universidade Federal do Mato Grosso está com um edital aberto para o curso de Educação Musical: www.ufmt.br/.

Vasquinho Nada como um bate papo com o velho amigo Vasquinho, lá no Laguinho.

incendio Um incêndio na mata de cerrado do aeroporto internacional assustou os moradores do fim da Raimundo Álvares na terça-feira passada.

Ronaldo do Abreu já está rodando o samba enredo da Piratas Estilizados, que homenageará seu bar. A autoria é de Ângelo do Cavaco, Nivito Guedes e Robson do Cavaco.

Meus parabéns ao Caxias, Carlos Lobato e equipe, que cobriram com competência e isenção as eleições do dia 03 por quase quinze horas, sem descanso, na Rádio Cidade FM. Muita gente só foi ver TV depois da cobertura. Um trabalho de fôlego que teve uma audiência fora do comum.

Vicente Cruz, já recuperado do processo eletivo em que submeteu seu nome, recomeça suas atividades.

De 17 a 21 de outubro ocorre o I Congresso de Dialetologia e Sociolinguística, em São Luís do Maranhão. Inf: www.alima.ufma.br .

Aqui vai um beijão aos meu netos, afilhados e sobrinho neste dia das Crianças.

Hoje à noite tem samba e pagode no Mercado Central. E happy hour da Elza na piscina do Macapá Hotel.

Inderê. Volto zunindo na sexta.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

domingo, 3 de outubro de 2010

UM BANCO DE SONHOS E IDEIAS PARA O TURISMO

Publicado no jornal “A Gazeta de domingo, 03.10.10

Muito se tem falado a respeito dos novos caminhos para o turismo amapaense, de situações que possam favorecer o desenvolvimento da atividade por meio de novos insumos e capital investido pelos setores público e privado. Porém, é bom lembrar que esse processo de desenvolvimento ganha mais impulso quando se investe em atividades paralelas e úteis para a sua aceleração. O que será de uma cidade se seus administradores não se preocuparem com o seu funcionamento e embelezamento, com o seu asfaltamento e trânsito? Ora, sabe-se que Macapá é proporcionalmente uma das cidades mais violentas do país em relação ao trânsito; que a chuva a fustiga com austeridade grande parte do ano; que ela cresce desproporcional e irregularmente por causa da alta migração, das invasões e de leis limitadoras, e que precisa haver conscientização da população sobre as leis urbanas, a questão do lixo e, sobretudo de praticar ações para impedir o alastramento de doenças como o dengue e a malária.

Ao conversar com profissionais e amigos que atuam no setor turístico surge sempre a preocupação com o descaso de quem administra certas áreas a ele ligadas, seja à esfera estadual ou municipal. A falta de compromisso e de amor à terra são coisas sempre citadas. Não posso afirmar que isso possa contribuir com a retenção do crescimento, mas faz tempo que escuto essa conversa. Na realidade, a atividade turística requer mesmo é de criatividade e de novos projetos de impacto, que venham possibilitar novos investimentos

Mas é importante acreditar que para desenvolver o turismo deve-se promover um padrão de desenvolvimento humano e uma cultura da vida e das relações sociais integrais, pois o turismo, assim como a cultura, deve ser olhado como uma cadeia de sustentabilidade, e jamais dissociada da práxis democrática, porque é parte da mesma realidade. Daí a necessidade de produzir a diversidade de criação e pensamento e de respeitar novas idéias.

Muitas vezes temos ideias e não as tornamos públicas porque ou elas são grandes demais e achamos impossível de realizá-las ou porque não temos relações políticas que possam permitir executá-las no futuro. Se essas ideias forem transformadoras é necessário mostrá-las, principalmente se forem para beneficiar a população.

Muita coisa mudou no turismo amapaense. E há muito ainda a mudar. Por aqui nós vamos sonhando, abstraindo nossas utopias nos encontros e reencontros pela cidade. E pensamos e questionamos nessas conversas. Por que não construir um “Mirante Equinocial” no fim da Avenida Equatorial, na beira do Rio Amazonas com um píer para lanchas de passeio? E um “Mercado de Frutas Regional” e de produtos derivados, na capital, já que há tanto festival pelo interior do Estado? E um “Rally das Águas” com porfia de lanchas e de montarias regionais a remo sobre as ondas da baía de Macapá, aos domingos de maré cheia? Pensamos que se devem colocar novos desenhos e mais emoção regional na confecção do artesanato nessa constante busca de uma identidade amapaense; procurar novas formas e novas matérias-primas artesanais; pesquisar novos objetos e debater sobre o souvenir e o mercado e estudar perspectivas e políticas de comércio desses produtos. De uma hora para outra as ideias surgem e todo mundo viaja no seu sonho. Por que não fazer réplicas, livros ilustrados, filmes e canções do/sobre o dendrobata, espécie de sapo que mordeu o cientista Ruschi na Serra do Navio? Pensar em arte ao construir um “Parque de Esculturas” na orla da cidade, sempre reverenciando o rio Amazonas; montar “trilhas ecológicas no Curiaú e Curralinho” e os “Bailes da Lua Cheia”. Instituir o “Prêmio Anual de Turismo”, fazer voos panorâmicos sobre a floresta e o rio; incentivar a implantação de “restaurantes aquáticos”; promover cursos de graduação sobre Gestão de Turismo e Hotelaria na Universidade Estadual; realizar festival de esportes radicais como pára-quedismo na Base Aérea do Amapá e competições de windsurf no trecho Macapá-Fazendinha; montar um “Museu do Estuário Amazônico”; trabalhar uma iluminação submersa ao longo do Amazonas; incentivar campanhas populares do tipo “Plante uma flor no seu jardim” e projetos para adolescentes ambientalistas como camping para “Amanhecer no Cerrado”, por exemplo. São muitas as idéias que podem se tornar projetos lucrativos e referenciais turísticos do nosso Estado. Mas não basta só inventar, deve-se continuar inventando e cavando a possibilidade de realizar. Depois disso seria importante pensar num poético banco de sonhos, de projetos e de idéias que tivesse a contribuição de todos os cidadãos que pensam um futuro mais digno para o Amapá. Isso faria a diferença.

Eleições 2010 – Festa da Democracia

HPIM9263 HPIM9217 HPIM9218 HPIM9220 HPIM9222 HPIM9223 HPIM9225 HPIM9226  HPIM9231 HPIM9232 HPIM9235 HPIM9242