sábado, 31 de outubro de 2009

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal “A Gazeta”, de 30/10/2009

SEMINÁRIO DE COMUNICAÇÃO

Apesar da pequena frequência, foi realizado nesta segunda-feira o seminário preparatório para a Conferência Estadual de Comunicação a ser realizada de 17 a 19 de novembro, em local ainda não escolhido, visando a Conferência Nacional em Brasília.

A Nacional traz como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e cidadania na era digital”. Deverá ser debatido entre 14 e 17 de dezembro, com a presença do presidente Lula.

Aqui, assuntos de importância como a ética da mídia, banda larga, problemas de concessões e democratização das rádios comunitárias foram expostos. A Conferência promete fervilhar quando esses e outros eixos temáticos forem debatidos.

BANDA LARGA SÓ EM 2012

conexao-2 O gerente da Anatel informou aos participantes do seminário que somente três estados brasileiros não estão conectados à rede de comunicação de dados que se opera por meio de fibra ótica: Amazonas, Roraima e Amapá, por causa do Rio Amazonas, o maior rio do mundo, enfatizou.

Disse que a Oi/Telecom já providenciou o cabo ótico submarino vindo da Venezuela para servir o estado de Roraima. No caso do Amapá e Amazonas só em 2012, quando serão atendidos por meio de um linhão vindo de Tucuruí, após a construção de uma linha de fibra ótica por uma operadora espanhola. Enquanto isso só via satélite, rádio, etc. (Foto: blog Bico do Corvo www.bicodocorvo.com.br )

DESENVOLVIMENTO DESIGUAL

O professor Ivo Thaes, coordenador do mestrado em Desenvolvimento Regional da Universidade Federal de Blumenau (SC), estará em Macapá nos dias 18 e 19 de novembro para ministrar palestras, a convite do líder do projeto “Percepções do Amapá”, professor Jadson Porto.

O pesquisador falará aos alunos, ex-alunos do Minteg e pesquisadores interessados, sobre “Desenvolvimento Desigual Geográfico” e “Desenvolvimento Desigual Combinado”, resultados do seu pós-doutoramento na UNICAMP.

NOVO MEDICAMENTO

prof_tavares Depois do sucesso do Progem, produto farmacológico contra a dengue, e o creme vaginal à base de copaíba, que vem concorrendo com instituições de pesquisa de todo o país em concurso científico, a UNIFAP (leia-se reitor José Carlos Tavares), já vem desenvolvendo um novo medicamento.

Trata-se de um produto à base de castanha-do-pará, com uso tópico para doenças dermatológicas como psoríases e eczemas. O trabalho é baseado em técnicas de nanotecnologia (nano emulsões) e misturas de tensoativos (compostos químicos).

REMANDO PRA BEIRA

Presidente Liesa A presidente da Liga das Escolas de Samba de Samba do Amapá, Marjô, só está esperando a assinatura do convênio com o Governo do Estado para finalizar os serviços de masterização e prensagem do CD das escolas.

Mesmo assim, amanhã, será feito o lançamento oficial do CD na Expofeira, com a participação das dez escolas e do “Liesa Samba Show”, grupo formado pelos mestres de bateria das agremiações carnavalescas, a partir das 23 horas.

Marjô, que é ex-presidente da “Cidade de Macapá”, diz que este ano a escola está muito bem, que está “remando pra beira”. Promete fazer grande figura no carnaval 2010. (Foto: blog @clivercampos www.clivercampos.zip.net )

OS VERSOS DE JECONIAS

recortes_poeticos Gostava de ouvir Jeconias Alves de Araújo declamar seus versos. De um longo poema em homenagem à Macapá escuto a sua leitura memorial:

“Seu dotô, volto a falá/ Na doca da fortaleza/ Que o povo chamava bêra/ Onde Macapá viu nascer/ A sua primeira feira livre, seu dotô./ E o povo se acostumou a ir prá li todo dia/ Comprá as mercadoria/ Pra fazê o seu sustento/ Todo tipo de alimento/ Tinha ali prá se vendê:/ Capivara, jacaré, cutia/ Paca e tatu/ Peixe-boi, pirarucu, acará e mandubé/ Chegava ali todo dia/ Com a enchente da maré/ Ali se vendia lenha/ Alguidá, gamela e telha/ Mel de cana e de abelha/ Enxada, faca e terçado/ Piracuí fabricado/ Com peixe da região/ Viado de quatro perna/ Porque viado de duas/ Nesse tempo tinha não/ Seu dotô, me adiscurpe/ Num agüento mais, vou falá/ Macapá tá deferente/ Mas que tá bunita, tá!” ( Do livro “Macapá, recortes poéticos:2002)

ZUNIDOR

tostes Professor Tostes, vice-reitor da Unifap foi aceito por três universidades federais para realizar seu pós-doutorado: UFPE, UFMG e UFBA. Deverá viajar no próximo ano e não será mais candidato a reitor.

Festival record 012 Grupo Pilão, somando mais de 320 anos, se apresentou quarta-feira na Expofeira./ Amanhã se apresentam eu e Nivito Guedes. (Foto: Apresentação do Grupo Pilão no Festival da Record)

Tom DC_Fernando_Dekko_Olivar Ontem quem trocou a idade foi o artista plástico Dekko. Inderês! Na foto: Tom D.C., Fernando Canto, Dekko e Olivar Cunha.

Nenhum chuvisco sobre o Dia da Cultura, que será no dia 05 de novembro./ Como diz o outro: “o movimento tá parado”.

O primeiro seminário “Caminhos para a sustentabilidade econômica, social e ambiental no estado do Amapá” ocorrerá entre 03 e 05 de novembro. Informações no e-mail: inovamapa@gmail.com, fones 3223-2002/2188.

O gerente da Anatel informou que todas as sedes municipais do país terão telefonia celular em 2010.

carlos_nilson Carlos Nilson vai desmitificar um monte de bobagem que contam sobre a história do Amapá. Aguardem!

De 29.01 a 05.02.2010 vai acontecer o XXIX Encontro nacional de Estudantes de Química em Campo Grande-MS. Site: www.enequi2010.ufms.br.

Foi ontem a realização da pré-seleção das 20 músicas classificadas IV Mostra de Música “Sescanta Amapá”. As eliminatórias serão nos dias 11, 12 e 13 de novembro.

O Conselho Universitário, órgão máximo da UNIFAP, deverá colocar em pauta em novembro a questão de cotas para negros.

Por iniciativa do vereador Clécio Luís será feito um seminário sobre “a verticalização à luz do Plano Diretor de Macapá”, nos dias 18 e 19 de novembro.

Vem aí (já está perto) o livro “Adoradores do Sol”.

Inderê. Volto zunindo na sexta.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

É BIG! É BIG!

isadora

Aniversário de Isadora Canto. Parabéns minha querida sobrinha! Muitas felicidades.

DIA NACIONAL DO LIVRO

Capas de Livros

De 23 a 29 de outubro transcorre a Semana Nacional do Livro, culminando com o Dia Nacional do Livro. Esta data foi escolhida para a comemoração, considerando-se a data da fundação da Biblioteca Nacional (29/10/1810), por D. João VI. O grande acontecimento permitiu a popularização do livro, tornando mais fácil o acesso à leitura.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

A VISÃO DO FUTURO E A LIÇÃO DO PRESENTE

Texto publicado em 2008 no Jornal do Dia.

Certo dia ao encontrar um velho amigo, lembrei-lhe de uma conversa que tivemos há cerca de 20 anos, quando eu acabara de ministrar palestra sobre urbanismo e leis municipais no Centro de Convenções. Ele falava da urgente necessidade da implantação do PROCON em Macapá, visto que o Brasil mudava muito rapidamente em relação aos direitos do consumidor e que nós precisávamos acompanhar essa mudança. Na época o então promotor Luiz Carlos também trabalhava com direito ambiental e vislumbrava que pela educação o país poderia dar melhor trato a essas questões. Como amazônida que é, falava de forma apaixonada, pois tinha conhecimento do que poderíamos perder se não olhássemos politicamente nossa região com justiça e responsabilidade.

Este, para mim, é dos exemplos de construções sociais que se solidificam com a visão do futuro. Normalmente elas são respaldadas pelo conhecimento e pela informação que convergem sempre para concretização dos fatos. Hoje, programas de computador realizam previsões nostradâmicas, através de equações avançadas da física quântica e da lei das probabilidades, coisas que poucas décadas atrás seriam impossíveis, não fossem os instrumentos que cientistas dispõem para olhar à frente de forma clara, sem bola de cristal, mas tentando acertar sempre.

Presságio ou não, aqui entre nós, muito já se pensou sobre o futuro do Amapá de forma responsável, de forma dura e até poética, e muitas vezes com um empurrão ideológico duvidoso. O mais interessante desses condicionamentos políticos a meu ver foi a decantada "Mística do Amapá", inventada nos anos 40 e usada nos anos 50 por Janary Nunes e sua troupe. Tratava-se de uma "força telúrica" baseada na proposta gilbertofreyreana de uma nova "civilização dos trópicos", em voga na época. Essa idéia influenciou nitidamente os intelectuais orgânicos do sistema, como Álvaro da Cunha, Alcy Araújo e o próprio Janary, que buscava um jeito de mudar o clima apático e conformado da população que encontrou em Macapá quando veio governar o recém-criado Território Federal. Janary sabia o que o esperava. O único caminho que se poderia abrir no cipoal que dera de encontro era o da educação. Seu slogan de governo era "Sanear, educar e povoar", não necessariamente nessa ordem, mas literalmente para pôr em prática uma proposta radical de mudança para o futuro. Até hoje há quem lamente ter saído da frente da cidade e ido "lá pros campos do Laguinho", como diz o "ladrão" do marabaixo. Mas há quem ainda louve a iniciativa de "saneá-la" à época, senão Macapá seria a mesma coisa hoje.

Se Janary não conseguiu plantar a tal Civilização do Equador, com sua Mística, fica o registro da tentativa. Hoje, mais do que nunca pensar no futuro não é mais trabalho só de videntes, mas uma prática comum de quem mapeia a virtualidade do tempo com as principais incertezas e as certezas relativas do que ocorrerá em breve, com chuvas e trovoadas ou com um céu de brigadeiro.

Creio que no rol das certezas que todos querem fica a necessidade de viver sem a expectativa de uma guerra mundial, mas com um mundo cada vez mais globalizado economicamente e com um contraste social volumoso. Fato que induz a busca constante de tecnologias que poderão amenizar o sofrimento dos menos privilegiados. Especialistas dizem que o país do futuro é aquele cujo motor atual é o seu complexo informático-industrial-militar, sem o qual não há garantia de se manter, apesar dos grandes dispêndios exigidos para o seu funcionamento. Nesse tema, dada a complexidade da economia atual, fica a lição do mestre, desembargador Luiz Carlos: "quem quiser se dar bem no futuro tem que aprender o mandarim".

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

É BIG! é BIG!

anaclara acordando

Ana Clara acordando hoje.anaclaraAna Clara hoje pela manhã.

Parabéns e muitas felicidades para Ana Clara, minha neta. São 2 anos de muitos momentos de alegria. Que ela seja muito abençoada por Deus. A família inteira comemora.

domingo, 25 de outubro de 2009

A FRUTA DO PECADO E AS NOSSAS ESCOLHAS

Publicado no jornal “A Gazeta” de domingo, 25/10/2009

pai A primeira vez que comi maçã devia ter uns doze anos. Até então só ouvira falar dela pelos relatos bíblicos ou através de revistas que a mim chegavam eventualmente na escola ou na Biblioteca Pública. Lembro como se fosse hoje minha mãe repartindo a fruta que meu pai trouxera da sorveteria onde trabalhava à noite, após dura jornada de trabalho como funcionário público. Não sei como, mas ela a cortava em sete pedaços, pois esse era o número de filhos que tinham, todos ainda crianças. E ainda hoje cada um deles certamente guarda em sua memória o gosto e o cheiro da maçã como a lembrança do amor que nossos pais nutriam por nós enquanto viveram.

Simbolicamente a maçã representa o fruto da Árvore da Vida ou da Árvore do Conhecimento do bem do mal: conhecimento unificador que confere a imortalidade, ou conhecimento desagregador, que provoca a queda. Mas há inúmeras interpretações. Aquela, por exemplo, em que cortada em dois, no sentido perpendicular, se encontra um pentagrama desenhado e por isso representa o saber; e aquela que simboliza a eterna juventude. Para Paul Diel (1966) ela significa os desejos terrestres. “A proibição de Jeová alertava o homem contra a predominância desses desejos, que o levavam rumo a uma vida materialista, por uma espécie de regressão, opostamente à vida espiritualizada, que é o sentido de uma evolução progressiva”. O autor diz ainda que “A advertência divina dá a conhecer ao homem essas duas direções e o faz optar entre a via dos desejos terrestres e a da espiritualidade. A maçã seria o símbolo desse conhecimento e a colocação de uma necessidade: a de escolher”.

Na verdade todos nós escolhemos. No dia-a-dia decidimos o que queremos e o que não queremos face às maçãs dos desejos e estímulos que a serpente mídia nos oferece desde que acordamos até a hora de dormir. Se não escolhermos alguém decide por nós, num processo repentino de acomodação que concordamos pelo cansaço.

Não caberia só isso na simbologia da maçã: ela está mesmo ligada á ambição, à desobediência, à astúcia do mal e à expulsão do paraíso, sem contar que a história de Adão e Eva serviu para estigmatizar na humanidade o mito da mulher curiosa e traidora.

Ser expulso do Éden significa percorrer caminhos tortuosos, o resultado da escolha de comer a fruta da Árvore da Vida ou do Conhecimento do bem e do mal. Significa também experimentar o outro lado da liberdade, aquela em que o sofrimento e o trabalho de se sustentar são o produto da dignidade humana, da obrigação de suar para merecer a comida e o sono. Quer dizer também que uma escolha dessas possibilita fazer a diferença entre os indivíduos, que vivem em sociedade, mas competem; se matam e sobrevivem. Fazem sua história e propõem novas escolhas, porém sempre lembrando suas origens, aquelas que formam identidades.

A imagem de um anjo munido de uma espada expulsando nossos avôs primordiais trajando folhas de parreira do Jardim do Éden, não só é o símbolo do abandono como a lembrança de que nós muitas vezes nos expulsamos interiormente quando achamos que erramos em nossas escolhas. É possível que essas escolhas pelas quais optamos na vida, se deem em razão de múltiplas oportunidades que nos chegam e nos “oprimem”. Optar às vezes pelos “desejos terrestres” ao invés da espiritualidade me parece ser necessário, embora tenhamos que buscar na essência das coisas, algo de deidade, algo que transcenda e nos faça pensar e acreditar que somos mais que isso.

Fico a pensar que quando meu pai levou a fruta do pecado para conhecermos não foi só um ato de amor corroborado por minha mãe. Foi, talvez, uma metáfora da escolha que teríamos de fazer pela vida. Não apenas entre matéria e espírito, mas entre ser ou não ser, o que chamamos hoje de bons ou maus cidadãos. Obrigado, pai, que faria hoje 89 anos.

sábado, 24 de outubro de 2009

ITINERÂNCIAS & ENCONTROADAS

norberto_baraca_bira Norberto, Baraquinha e Ubiratan Silva no Glicério Marques assistindo ao jogo do São José.

tadeu_emanoelEmanoel Reis e Tadeu Pelaes, no Bar do Abreu, atentos ao jogo do Mengão.

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

FESTA DO TRANCA-RUA

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Exu Tranca-Rua. Foto: Decleoma Lobato

Pai Salvino, que é Pata de Inkice (linha de Angola) informa à coluna que realizará no dia 07 de novembro uma festa ao Exu Tranca-Rua, ali no seu terreiro na Vila dos Oliveiras. O Babalorixá afirma que a festa será inesquecível, pois o orixá festejado é uma das mais importantes entidades das religiões de origem africana no Brasil.

BATATAVIA PARA CICLISTAS

ciclovia

Beira Rio: Ciclovias interrompidas.

A gente fica até desiludido em pensar que a possibilidade de Macapá se tornar uma cidade sustentável está cada vez mais distante. Autoridades vão para a imprensa, falam dos seus planos e o quadro continua o mesmo. Acidentes de trânsito aumentam por vários fatores, mas principalmente porque a mobilidade urbana se reduz mais; obriga o pedestre a andar pela rua e o ciclista na contramão. Ora vejam só: a ciclovia da Beira-rio tem até território marcado com tinta no chão pelos batateiros que empestam o local de lixo, vendem batata-frita em óleo vencido e poluem visualmente a frente da cidade. Dizem que os donos desses espaços são quase todos da mesma família. Nada contra as batatas, mas liberem a ciclovia para os ciclistas.

CADA CANDIDATO...

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Domingo de jogo no Bar do Abreu.

Domingo. Pleno jogo do Flamengo, no balcão do Abreu. Entre gritos e risadas, nego contando vantagem, fogos explodindo lá fora. Muito barulho. Um caramala, pretenso candidato a deputado, veio atrapalhar o meu jogo na TV:

- Quero o teu apoio.

- Já tenho compromisso.

- Eu vou ser eleito, eu.

- Ok.

- Eu tenho um nome forte, eu. Eu sou “da Silva”, eu.

- Bacana.

- Eu sou presidente da Associação Estadual dos Cabos Eleitorais, eu.

- Pô! Legal.

- Eles vão tudo votar em mim. Eu tô eleito, eu.

- Legal, mas deixa eu ver o jogo, eu. Pô!

O mala foi embora no intervalo e aí entra o Ronaldo, que a tudo escuta, e me diz com sarcasmo: - Tu arranjas cada candidato!

ANIVERSÁRIO DE DONA TEREZA

    filhas do louro lino

 

 

 

 

Foto 1: Filhas do Louro. Foto 2: Francisco Lino

  maia e mainha louro

 

 

 

 

 

Foto1: Maia e Mainha, neto e bisneto de D. Tereza. Foto 2: Louro, do Bar Baré

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Foto 1: Pedro Ramos e Mario Correa Foto 2: Nilson Estilizados e Cabecinha

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Pedro Ramos, o homem do repique dos Piratinhas.

O aniversário de D. Tereza do Curiaú foi muito prestigiado no sábado passado, apesar dela ter comparecido apenas no início, às 18h00. Tinha que se recolher, afinal completar 104 anos não é para qualquer um. Rolou muito samba e conversa fora na churrascada patrocinada pelo Mário Corrêa, no bar do seu “Louro”, no coração do Laguinho. Mário é incentivador cultural e tem muitos projetos nessa área para o bairro. Entre os presentes estavam o meu amigo Pedro Ramos, “Quati”, conhecido hoje por “Zezinho Macapá”, carnavalesco Ângelo do Cavaco, Alexandre, Nilson “Estilizados”, advogado Maurício Corrêa, as filhas e filhos do “Louro”, além do Maia e do Mainha, neto e bisneto da aniversariante.

JAIME COLECIONADOR

jaime

Carlos, Jaime Nunes, Mauricio Correa e Zezinho Macapá.

Pouca gente sabe, mas Jaime Nunes é um grande colecionador de obras de arte produzidas pelos artistas plásticos da terra. Seu acervo particular é composto por cerca de cinquenta telas e esculturas significativas, feitas pelos mais expressivos artistas amapaenses. Em conversa com o colunista Jaime disse que desconfia que há mesmo, certo marasmo na produção local, posto que quase não se vê exposições agitando o calendário cultural da cidade nesse sentido. Realmente, a ausência de movimentação nas artes plásticas é sentida. Parece não haver nenhum interesse da classe ou de parte de quem gerencia a política oficial de cultura em mudar esse quadro, creio eu.

O “MERENGUE” E OS SANTOS

falar_tucuju Casa de dança, gafieira; música de ritmo caribenho. O “Merengue’ era uma casa de dança bastante famosa nas décadas de 50 e 60. Inicialmente era localizada na Favela, depois se mudou para o bairro da CEA, na “ilharga” onde hoje está localizado o Hospital São Camilo e São Luiz e, por último, próximo ao quartel do 3º BEF. Uma história engraçada ocorreu quando construíram o hospital. Na fachada desenharam em alto relevo os dois santos que deram nome ao prédio, e de propósito ou não, de frente para o “Merengue”. O São Camilo está de mãos postas e São Luiz de braços abertos. Após muita pressão dos padres e das autoridades o “Merengue” teve que se mudar. Aí o povo começou a gozação. No dia seguinte à mudança, percebendo o maior silêncio na zona, São Camilo perguntou: - São Luiz, onde está o “Merengue”? E São Luiz, de braços abertos respondeu: - Não sei. (Extraído do livro “Falar Tucuju - Desde o Tempo do Ronca”, de João Nobre Lamarão. Sebrae, 2006).

ZUNIDOR

dia de chuva

Primeiras chuvas sobre Macapá, após longa estiagem, também trazem os primeiros espirros da temporada.

Muito bonita a procissão do recírio realizada na segunda-feira. A Santa foi homenageada pela bateria “Pororoca” dos Boêmios do Laguinho na esquina do Centro de Cultura Negra e pela dos Estilizados na chegada à Catedral, à noite.

Até dia 30.10.09 estão abertas as inscrições para o VIII Congresso Norte-Nordeste de educação em ciências e matemática, que se realiza junto com a IV semana de ciência e tecnologia e a XVIII Feira de Ciências de Roraima. Sites: www.uerr.edu.br  ou www.ifrr.edu.br.

Está em Macapá o carnavalesco Rodrigo. Veio apresentar os modelos de fantasia do carnaval 2010 dos Boêmios do Laguinho. O tema é “Índio que te quero lindo”.

O processo seletivo para o curso de Medicina da UNIFAP deve bater o recorde de inscrições: mais de 70 para cada uma das 20 vagas. Será no dia 04, no Teatro das Bacabeiras o lançamento da coletânea de poetas amapaenses.

Vem aí “Os Adoradores do Sol”.

Inderê! Volto zunindo na sexta.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Crermemorial

Memória,

Espécie de tecido, manta que se instala como roupa cheia de bolsos onde encontro o que guardei sem perceber.

Deslembro, entretanto, o que não quero. Rápido fecho o bolso.

Velcro-imã-botão-zíper.                         

Circula somente o melhor perfume. Ativo e desativo o arquivo - lembrança antiga - por uma ação ou imagem qualquer que os sentidos capturam.

Abs(traio) sentimentos de pedra: ouro e prata sobre um prato de veneno; a ambição, o rumo às saídas loucas, o plano perfeito, a morte - condicional, na imaginação.

Creio formatar a construção/desconstrução desses puzzles diários; enrugar lembranças desconexas e construir castelos sobre vulcões imaginários. Ora, veja só: surto em linha reta a cada quadrado perfeito que desenho na mente na relação com o passado.

E assim conta o amor, o osso-ruro-de-doer: tutano das estranhas a escorrer na tarde de um dia inominado. O buco-osso-gordo-de-rorer, como o amor feito do brilho de platina refletida na lama; o ossobrusco.         

Romance de um livro sem palavras.

Memória,

superfície plana à espera do vento no deserto.

Memória-calma-como-o-mar-após-a-tempestade

Memória/luz/                                 

Congelada ao sol do meu poente.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

É BIG! É BIG!

joaozinho_gomes Joãozinho Gomes

fruta_rachada_menor

Encarte do LP “Fruta Rachada”, uma das primeiras obras fonográficas do poeta e compositor.

Hoje é dia do aniversário de um dos mais expressivos poetas da Amazônia.

Hoje aniversaria meu amigo Joãozinho Gomes, cuja obra poética e musical cobre a floresta e encanta os seres viventes.

Parabéns, Joãozinho. Que o Supremo Ser do Universo te dê sempre luz, liberdade e laços, assim, meio paradoxal, para que estejas sempre próximo de nós com a tua poesia.

É o que desejamos. Sônia e Fernando.

P.S: Só faltam os Gomes & Bebes numa BLT.

domingo, 18 de outubro de 2009

OS VELHOS E “O VELHO”, DE RUI GUILHERME

ovelho_rui_guilherme

O livro “O Velho” (Scortecci. S. Paulo, 2009), de Rui Guilherme, traz à tona um problema que atinge alguns milhões de brasileiros, com suas mazelas pessoais e o drama do abandono, no conto que dá título à obra.

O autor toca num ponto crucial ao falar das doenças da velhice e dos episódios de saudade que o principal personagem sofre no contexto ficcional, desenvolvido em flash back. Aliás, o verbo lembrar, recorrente no texto, demonstra sempre situações de relações sociais “do tempo do velho”, como os divertimentos e lazeres e formas meio puritanas de falar: um certo estado de pureza, mormente quando a paixão retraída fazia do velho “um menino com um coração de poeta”, diz o autor.

A trágica situação psicológica vivida pelo personagem, como veremos adiante, remete à situação de que o mundo está envelhecendo rapidamente devido a diversos fatores. Dados do IBGE (PNAD:2003) demonstraram que a população brasileira, a partir de 60 anos ou mais representava 9,6% da população total. As projeções demográficas para 2020 sugerem que o Brasil terá 32 milhões de idosos, ou seja, 15% de seu contingente. Com isso, atualmente se desenvolvem inúmeros processos que fazem da velhice um quadro estonteante.

A mídia, por exemplo, lança o estereótipo de que o idoso é um sujeito emancipado e com o espírito jovem. Daí o cuidado com o corpo se torna a principal preocupação dos indivíduos, que por isso vão buscar uma “aparência mais aceitável”. Assim, se concebe a idéia de que a velhice não é mais uma condição física, biológica e psicológica, mas uma questão de escolha, coisa que pode ser evitada a todo custo.

Para Santos, Moreira e Moreira (Unisuam:2008) a nova relação com o corpo propicia uma nova significação com o envelhecimento e, consequentemente, com a longevidade. Há, segundo esses autores, um intenso movimento de “retorno à jovialidade”, que assume um papel central nessa nova identificação para o idoso. Esses “jovens velhos” ganham perante a sociedade uma nova representação que difere explicitamente daquela elaborada em décadas anteriores.

Não é o caso do personagem do conto de Rui Guilherme que, aborrecido com o mundo, joga os exames geriátricos no lixo e quebra o cartão do plano de saúde. A realidade, hoje, é que os consultórios médicos do mundo inteiro estão repletos de idosos que procuram não só a medicina terapêutica, mas também soluções estéticas. É crescente o número de idosos que se submetem às cirurgias plásticas guindados pela mídia. Ela reforça o comportamento dos idosos ao relacionar beleza, juventude e vigor. E o capitalismo tomou essa parcela da população como um forte mercado consumidor, cuja demanda por produtos estéticos, sexuais e por novas maneiras de prolongar a vida é cada vez maior.

O velho, simples em seus hábitos, convivia com fantasmas. Desprezava os sonhos míticos da humanidade tais como a imortalidade e a eterna juventude, ao passo que os idosos atuais vivem num período em que a expectativa de vida cresceu e que a longevidade está relacionada a condições de vida saudáveis, como as práticas de esporte, alimentação saudável, e de novas formas de lazer e entretenimento.

“O Velho”, de Rui Guilherme, talvez retrate uma faixa de pessoas que certamente abandonaram suas famílias, em vez de serem abandonadas por ela. É a história de um aposentado que queria a morte, pois achava que não valia mais a pena viver. É uma história do ponto de vista psicológico um tanto cruel, centrada num episódio fisiológico, traumático para o velho, que pode acontecer com qualquer um. Fato real, mas trágico. Daí a sacada do autor para enfatizar o aspecto mnemônico do personagem e com isso chamar a atenção para o tema da velhice.

Quase coloquial devido às falas e diálogos dos personagens, o texto é permeado por uma narrativa densa e rebuscada, mas que se comunica com o leitor e o leva a procurar saber o desfecho do drama. Os outros contos, tangentes à vida e aos sonhos do autor, também refletem/refratam as (des)memórias do cotidiano e as (i)realidades (im)possíveis. Leia. Faz bem. Você vai gostar.

sábado, 17 de outubro de 2009

CENAS DO LANÇAMENTO DO JORNAL “BAR DO ABREU”

Depois de muito mistério em torno do assunto, finalmente foi lançado o jornal comemorativo dos 27 anos do Bar do Abreu.
O evento foi realizado ontem, dia 16, ao meio de muita alegria e festa. Os fregueses habituais e eventuais não cansaram de elogiar o trabalho coordenado pelo jornalista (editor-chefe) Gabriel Penha.


Linha1: Ronaldo, Pedro Paulo e Fernando; Ronaldo e Pedro Paulo; Geni Frota; Andréia e Ceará.
Linha2: Roberval e Ronaldo; Jara Dias passa a "panela" a Ronaldo; Andréia Freitas e Palheta.
Linha3: Ronaldinho, Fernando Bedran, Ronaldo e Marquinho Abreu; Lincoln Américo; Jara Dias.
Linha4: Canela; Durval Melo e esposa; Gabriel Penha e Palheta.

TIROTEIO? AINDA BEM QUE NÃO HOUVE

Especial para o jornal "BAR DO ABREU", de 16/10/09

Há quem afirme que nunca aconteceu um tiroteio no Bar do Abreu, principalmente se esse afirmador for o próprio dono. Ele diz que já tentaram fazer de seu bar um antro de bandidos, mas que esses não sobreviveram para contar histórias que certamente seriam mentirosas.

Apesar das contradições, repito, há quem afirme que em uma bela tarde de domingo, durante um jogo importante do campeonato nacional uns caras esquisitos chegaram por aqui e Pôu! Começaram a se atirar sabe lá por quais motivos. As más línguas dizem que era nego se jogando embaixo das mesas, somente pelo gesto instintivo, já que elas não oferecem proteção alguma mesmo sendo feitas de ferro. Uns se trancaram no banheiro GLT e outros foram parar na cozinha e chegaram a se melar na moela. Diz-que o Paulinho Piloto ficou embaixo do balcão até as coisas se acalmarem, pois o dito odeia violência, diz-que. Diz-que! Como diria bem enfatizado o velho Biluca lá do Laguinho.

Pois bem, aproveitando o mote para um festival (que nunca houve) de músicas com a temática do bar, resolvi fazer uma letra sobre esse tal tiroteio de ficção, segundo o Ronaldo, mas de verdade, segundo umas testemunhas oculares, que agora usam óculos para ver melhor. Então chamei meu parceiro Nivito, que fez um belo samba de breque, pra ninguém botar defeito, como dizem os que repetem lugares-comuns. Verdade ou não, a música está aí. É só pedir para o Nivito tocar, já que o Ronaldo não pensa em gravar um CD com músicas do bar. Ainda.


TIROTEIO NO ABREU

Fernando Canto e Nivito

Um tira mirou seu 38 / Pra acertar um "otaro" no balcão

Só que a bala resvalou num esteio torto / Foi ao teto e três vezes foi ao chão

Fez a curva, varou a porta da terra / E acabou-se com os diabos no Japão

Foi num dia bem cheiroso, mês de maio / Do ano aziago de 2.000

Que uns malucos manés se agrediram / Disputando a herança dos avós

Tinha gente afirmando coisa besta / Como a morte que é certa e nunca dói

As pessoas correram para o lado / Procurando abrigo e segurança

Gente fina gritava apavorada / Com uma história pesada na balança

Uns fregueses olhavam pela fresta / Com medo da morte e da vingança

Esse papo de briga não convence / Ninguém quer por aqui mais um defunto

Os fregueses não querem essa algazarra / Um tapinha na cara quando muito

Senão vira um lugar organizado / Com a paz da cidade dos pés juntos

Vão-se à porra seus caras descuidados / Que é verdade esse som de bangue-bangue

Muito tira tem cara de bandido / Ou parece ser líder de uma gangue

Mas aqui neste bar vocês se cuidem / Pra que a gente não veja correr sangue

É preciso, amigo, ter coragem / Pra enfrentar o mau tempo sendo ateu

Pois uma bala que rompe pela sala / Provoca o sorriso do Abreu

E depois neste bar tem mais polícia / Que dinheiro em cofre de judeu

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

MINTEG ABRE INSCRIÇÕES

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Professores Arley e Marinalva, do MINTEG/UNIFAP

Já estão abertas as inscrições para o Mestrado Integrado em Desenvolvimento Regional - Minteg - da UNIFAP. O edital está no site www.unifap.br . Serão 25 vagas disponíveis para graduados em diversas áreas do conhecimento e o candidato poderá escolher tanto o inglês como o francês para a prova de proficiência em língua estrangeira.

A maratona vai até o dia 28 de dezembro com o resultado final das etapas classificatórias e eliminatórias.

Com um quadro multidisciplinar de vinte doutores e pós-doutores, o Minteg goza de excelente conceito entre os cursos sticto sensu da área e junto à Capes.

104 ANOS DE D. TEREZA

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Tela de Dekko denominada “A Água Benta e o Diabo” na qual D. Tereza está representada dançando Marabaixo em frente à igreja de São José de Macapá. (Acervo Fernando Canto)

Dona Tereza Rosa dos Santos, a Tia Tereza do Curiaú, completou ontem, dia 15, seus 104 anos de idade. Moradora do Laguinho, desde os tempos da criação do Território Federal, até hoje é presença marcante nas festas de Marabaixo do bairro e de outros eventos em que o som dos tambores ecoa.

Era ela quem lavava os uniformes do Guarany Atlético Clube. Por isso mesmo o Mário Corrêa vai homenageá-la amanhã em uma festa no Bar Baré, do seu “Louro”, ali na José Antônio Siqueira em frente à clínica Santa Rita, a partir da 18 horas. Na oportunidade também será comemorado o aniversário do seu neto, o tocador de caixa e compositor de “ladrões” Raimundo Maia, que fará 58 anos.

VIOLONISTAS DE TALENTO

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Bebeto Nandes coordena a Mostra de Música Sescanta.

O “Projeto Sonora Brasil – Violão Brasileiro” vai realizar sua quarta etapa no circuito amapaense com as apresentações dos violonistas Aluísio Laurindo, do Amapá, e Nicolas, do Rio Grande do Sul. Inicia no dia 1º de novembro no Sesc Ler de Laranjal do Jari e termina no dia 2 , às 20h00 no auditório da escola Sesc, na Jovino Dinoá, 4311, Bairro do Beirol.

Falando nisso estão abertas as inscrições para a Mostra de Música Sescanta Amapá 2009. Os interessados devem procurar o Bebeto na Casa da Cultura do Araxá. Podem participar músicos, compositores, cantores e grupos de todo o Estado, sendo ou não comerciários.

A música selecionada irá se apresentar em Maringá (PR) e, juntamente com as outras nove melhores, fará parte de um CD.

TOM D.C.

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Tom D.C. agora faz esculturas gigantes como este Obelisco em frente ao Zephir, em Caiena, Guiana Francesa (2000).

O conceituado artista plástico Tom D.C. inaugura uma escultura do Cristo Redentor de 2,50m na residência de uma cliente carioca, em Macapá.

Tom, que juntamente com Dekko e Gibran Santana construíram um monumento - um obelisco com inscrições indígenas do Oiapoque ao lado do Sephir, em Caiena no ano 2000, também foi convidado para fazer uma imagem de N.S. de Fátima para a Igreja homônima de Santana.

A escultura será feita de fibra de vidro e terá quase 7,00m de altura

O GAIATO DA DESFEITEIRA

helio_lindoval_peres Hélio Pennafort (D) registrou as danças populares da Costa Amapaense. Na foto contando uma história para o Eng° Lindoval Peres, no Reveillon do Bar Xodó. (Acervo Fernando Canto)

Diz o Hélio Pennafort em seu livro “Micro Reportagem” (GTFA:1980) que ao andar por Calçoene passou uma noite num aglomerado chamado Juncal, habitado por dezenas de lavradores. Ele conta que “{...} participamos de uma festa na casa do Inspetor de Quarteirão. Ele também fazia parte do “conjunto”, tocando com muita sensibilidade um violino pelo jeito adquirido há vários anos. Depois das valsas, sambas, xotes e baiões, começou a “desfeiteira”, dança que obriga o cavalheiro a parar e recitar uma quadrinha, quando avisado por toque no ombro pelo “mestre de cerimônias”, sob pena de a festa ser paralisada. Quase todos os versos falavam das qualidade anatômicas da damas participantes. Saíam coisas assim: “A minha dama parece/ uma flor neste juncal/ é uma princesa do mato/ rainha do Araparizal”. Mas como sempre aparece um gaiato nessas ocasiões, por pouco a festa não virou pancadaria. Aconteceu quando o mestre tocou o ombro de um nordestino que rodopiava agarrando à simpática baixinha. Lembrando sua origem e com aquele sotaque inconfundível do agreste, recitou sua quadrinha com um vozeirão que cobriu a sala toda: “Na cidade do Irará, no interior do Maranhão/ Existiu um velho sapeca, muito vivo e garanhão...”. Mas o nosso repórter só contava os outros versos finais para os amigos no bar.

ZUNIDOR

Parabenizo todos os meus antigos professores, do primário à Universidade, pela árdua tarefa de ensinar. Aliás, essa profissão deveria ser a melhor remunerada em todo o Brasil.

Estão abertas até 31 de outubro as inscrições para o 8º Concurso de Contos do IPDAE, de Porto Alegre. Abrange duas categorias: juvenil e adulto. Regulamento no site: www.ipdae.org.

irmãos_leoves_bolachinha É sempre um prazer ouvir os irmãos “gregos”, Márcio e Marcelo Leóvis cantando sucessos do passado, em inglês, com Bolachinha, no Bar do Abreu.

bibas_ Meu amigo Bibas não perde uma parada dessas.

Deu no O Dia Online: PNAD 2008 – IPEA: País precisará de 20 anos para erradicar analfabetismo. 10% da população em 2008, cerca de 14 milhões de pessoas têm inabilidade de ler e escrever um bilhete simples. A cifra é mais elevada que dos países sul-americanos como Chile e Argentina. A USP está oferecendo o Mestrado em Engenharia de Sistemas Logísticos até às 24h00 do dia 22.11.09. Site: www.sistemas.logisticos.poli.usp.br.

Foi fundada no dia 09 passado a Academia Amapaense de Medicina. A diretoria e os membros escolhidos tomarão posse em sessão solene no dia 11 de dezembro. O presidente provisório é o Dr. Raimundo Lopes.

A Universidade Federal do Tocantins abriu inscrições até o dia 06.11.09 para o Mestrado em Produção Vegetal. Site: www.uft.edu.br/producaovegetal.

Vem aí o livro “Adoradores do Sol”.

Inderê. Volto zunindo na sexta.

CIRIO DE NAZARÉ EM BELÉM



Imagens enviadas por Herialdo Monteiro e Zê, clicadas da janela do Museu de Artes Sacras do Pará às 5 horas da manhã de Domingo, 11/10.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

HOMENAGEM ESPECIAL

Professora Alba Cavalcante da Silva, minha sogra.

LIÇÃO DOS MESTRES E O NOME DAS ESCOLAS

Acima:Professora Aracy Mont'Alverne, Professoras Graça Redig e Graça Mont'Alverne e Professora Helena Mont'Alverne.
Abaixo: Professora Oriana Mont'Alverne, Professor Munhoz e Professora Cacilda Barreto.

Às vezes a gente passa despercebido de datas importantes. Datas, fatos, pessoas que marcaram a nossa vida, e que foram decisivas na nossa trajetória. No ano passado, andando na zona sul da cidade, fui me dar conta do nome das escolas daqueles bairros. Era Dia do Professor.

Vi nitidamente nessas escolas, as figuras de queridos mestres que tive desde o curso primário no Barão do Rio Branco. Lembrei da figura austera e terrível da professora Cecília Pinto de Azevedo Costa, jogando sem titubear a sua pesada régua de acapu nos alunos mal comportados e barulhentos, aqueles do final da sala. Lembro dos castigos aplicados a quem não cumprisse com as obrigações impostas. Esses, coitados, estavam condenados a escreverem cem vezes uma frase correspondente à infração ou a ficarem sozinhos até depois do meio dia com uma fome danada. Ela possuía a anuência dos pais e eles achavam aquele método de aprendizagem muito correto. Recordo que fui rebaixado da segunda para a primeira série primária, por não saber "de cor" as operações matemáticas, apesar de já ler e escrever bem melhor que meus colegas. Tive que enfrentá-la também na primeira série e no ano seguinte na segunda. Então aprendi os conteúdos dos programas e a respeitá-la pelo resto da vida.

Na Avenida Diógenes Silva está a escola estadual Professora Lenir, grande e ilustre mestra, de quem tive o prazer de ser aluno no Ginásio de Macapá. Era a maior amiga dos estudantes e profunda conhecedora da História, além de líder que brigava por qualquer um, impondo o seu espírito de justiça quando um aluno era suspenso ou cometia algo além das regras estabelecidas. Ela organizava as festas e atividades cívicas da escola e estava sempre pronta a ajudar quem precisasse. Uma professora inesquecível.

Passando pela Claudomiro de Moraes a gente encontra a escola "Mário Quirino", homenagem ao professor de português do curso de Contabilidade do Colégio Comercial do Amapá – CCA. Era o mais conservador dos professores que tive. Militarista escrachado e homem rígido no ensino da língua, não admitia jamais cometer um erro. Por isso cheguei a pagar caro ao lhe dizer que falara uma cacofonia, justamente quando ministrava assunto sobre vícios de linguagem. Por causa disso, e sabedor da minha detenção durante o caricato episódio do "Engasga-engasga" em maio de 1973, tentou me expulsar, mesmo sabendo que não poderia. Não havia prova de minha participação e eu estudava o último ano. Contornada a situação, após a intervenção dos professores Edson Correia e Elza Brandão, passei "arrastando". Mas nem por isso deixei de reverenciá-lo com um professor de qualidade.

O cientista Reinaldo Damasceno ensinava no Instituto de Educação do Amapá – IETA, quando ali fiz apenas o primeiro ano do curso pedagógico. Foi um dos mais homens mais cultos do seu tempo em Macapá. Era brincalhão, mas ensinava com seriedade e competência. Realizava suas pesquisas biológicas no Museu Costa Lima, que criou. Não tive o prazer de ter sido aluno da professora Aracy Mont'Alverne. Fui amigo e admirador da poetisa e cheguei a escrever o prefácio do seu livro "Luzes Para a Madrugada". A professora Aracy foi uma das mais proeminentes mestras amapaenses. Mais adiante, na Rua Claudomiro, está a justa homenagem ao professor Irineu da Gama Paes, um dos primeiros mestres da educação física do Território, que ministrava suas aulas na Praça do Barão.

E assim como tantas homenagens que fizeram a eles, fica também a minha, eivada de boas lembranças, essas que os tornaram arautos da boa educação do seu tempo e de inesquecíveis ensinamentos, úteis para a vida toda.

A LIRA LIGEIRA DO SÍLVIO LEOPOLDO

Silvio Leopoldo e eu em um de nossos muitos encontros em Belém-PA. Silvio faleceu no dia 12/10/2007.

Com a morte de Sílvio Leopoldo o Amapá perde mais um dos seus melhores poetas. A notícia chegou fulminante através do amigo Mário Corrêa em pleno sábado, 13 de outubro, dentro de um supermercado do Laguinho, bairro cantado aos quatro ventos pelo compositor que tinha verdadeira adoração pela Escola de Samba da Nação Negra, a Boêmios do Laguinho.

Eu havia escrito aqui neste espaço que já não achava mais tão difícil falar em morte, sobretudo a de meus amigos, que foram como garças voando "com as penas que Deus lhes deu", no dizer do ladrão de marabaixo lá de Mazagão. Portanto não posso deixar de comentar sobre um dos mais talentosos poetas com quem convivi em Macapá e depois em Belém.

Conheci o Silvio através de Manoel Sobral, em 1971, no III Festival Amapaense da Canção, quando ele conquistou o terceiro lugar com a música "Cantiga", interpretada por Graça Pennafort. Mas Sílvio Leopoldo já tinha uma história: foi o idealizador e realizador do I FAC, em 1968, e bem antes publicara o opúsculo "Primeiras Poesias", aos 14 anos de idade. Precoce como compositor e poeta Sílvio era uma promessa excepcional. Aos 17 publicou "Velas do meu Mar", que teve duas edições. Chegou a estudar no Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, e fez o curso de Biblioteconomia na UFPA, onde também iniciou o curso de Direito, que logo abandonou. Em 1975, a pedido do Sobral, fiz os arranjos e acompanhei duas músicas de sua autoria, "Problemática" e "Água Benta", que ganharam o primeiro e o segundo lugar, respectivamente, no V FAC, em detrimento até da música "Geofobia", de minha autoria e de Jorge Monteiro, que daria início à formação do Grupo Musical Pilão. Nesse ano Sobral foi o Melhor Intérprete.

No decorrer de sua carreira recebeu várias premiações na área da música e da poesia e em 1977 publicou o livro "Lira ligeira", quando morava na cidade de Altamira, no Pará. Figura em algumas antologias e muitas de suas composições foram gravadas por cantores regionais, inclusive por Manoel Sobral e pelo Grupo Pilão, com as músicas "Zanga dos Rios" e "Saga", única que chegamos a fazer em parceria. Em 1990 saiu editado pelo Governo do Estado do Amapá o livro "Era uma Vez Num Fundo de Gaveta", no qual reuniu poemas novos e outros já publicados. Em Belém fui convidado por ele para fazer a apresentação de sua obra no lançamento na biblioteca da Embrapa, onde trabalhava. Houve show do Pedrinho Cavalero e muitos canapés, do jeito que ele gostava.

Na última terça-feira, 09 de outubro ele lançou seu último livro "Evocação de Ajuruteua".

Dos seus poemas destaco "Evocação de Macapá", uma espécie de passeio ao seu tempo de adolescência, e "Acorda João", poema social muito bem elaborado. E é do fundo da gaveta, no poema "Holocausto II, Pesadelo", que o poeta tira os versos: "Todos os meus amigos partiram (...)./ Levaram consigo a terrível dúvida/ E o pálido receio. Levaram consigo a resignação/ Predestinada dos profetas./ Ainda ontem estavam comigo." Depois ele arremata num aniquilamento radical que "Todos os meus amigos partiram.../ Nunca mais os vi, nunca mais. Ouvi dizer que em algum lugar a terra se abriu/ com o sangue quente dos meus amigos./ Ouvi dizer que meus amigos/ Não tiveram nenhuma chance,/ e que na hora inexata da morte/ Ainda falavam da Grécia".

Leva, poeta, a tal resignação predestinada dos profetas, encontrada ao lume da leitura de Alcy, Cordeiro e Álvaro, na rebeldia de Isnard, Raimundevandro e Saulo, no cromatismo de Azarias, Aluísio e Arthur, e de tantos que se foram, como bem disseste, e que choraram pelas suas sinas de "Alimentar esperanças/ Entre as dores e os desenganos".

Texto publicado no "Jornal do Dia" de 21/10/2007

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Feliz Dia das Crianças

Muitas felicidades: Leléo, Yago, Gabriel, Ana Clara e Amanda.

RECORDAÇÕES DO ARRAIAL DE NAZARÉ

Publicado no jornal "A Gazeta", de domingo 11/10/2009

Igreja de São José - década de 40.

Não muito diferente de Belém do Pará, a festa de Nossa Senhora de Nazaré em Macapá, também traz suas histórias de fé e de religiosidade popular muito arraigada na memória do povo.

Desde que começou a ser praticada por aqui, há 75 anos, vem ganhando o respeito da população de forma que a cada ano o número de fiéis que dela participa se amplia impressionantemente. Indiscutivelmente o final ou início de cada século é motivo de medo apocalíptico, de confusões mentais provocadas por más leituras dos livros sagrados, de aparecimento de loucos, santos e falsos profetas, enfim quase tudo é motivo para que os crentes fiquem atentos aos acontecimentos e com isso queiram se proteger dos males.

O aumento do número de peregrinos a um santuário famoso é um sintoma dessa situação. Vejamos: Fátima, Lourdes, Aparecida e Belém do Pará, onde milhões de pessoas estão sempre presentes com os mais variados propósitos. Elas vão incondicionalmente a esses lugares em busca de cura para suas doenças; para pagar promessas; agradecer por graças alcançadas com a interveniência da Santa ou mesmo para louvá-la na condição de Mãe de Jesus Cristo.

É bem verdade que o lado profano existe em todas as festas religiosas. Em Belém, por exemplo, desde as procissões de translado da imagem ao círio e ao recírio, sempre estão os comerciantes de bebidas, para não irmos muito longe, os batedores de carteiras ou os vigaristas aplicando contos nos aparentemente ingênuos caboclos do interior. Há muitas histórias desse tipo contadas a rodo nas páginas policiais dos jornais locais.

Em Macapá a festa de Nossa Senhora de Nazaré traz recordações saborosas, quando o arraial para o acompanhamento da festa era instalado na Praça Veiga Cabral, onde hoje está o Teatro das Bacabeiras. Os pais levavam as crianças para andar de carrossel, roda gigante e outros brinquedos montados em pequenos parques onde também ficavam os balanços em forma de canoas. Pipoqueiros, vendedores de balões e brinquedos, como o reco-reco, o cata-vento e o ratinho violeta que se movia sob um carretel de corda, faziam o encanto da garotada, sem contar os doces e refrigerantes que até hoje parecem espocar suas espumas no nariz da gente. Nós, muitos irmãos de uma só família, íamos todos vestidos de "fatos" de um mesmo "corte" ou "fazenda", comprada, com certeza, nas Casas Pernambucanas e não nos importávamos com isso. Afinal éramos uma família.

O tempo deslizou pela rua e o arraial continuou o mesmo na sua estrutura e espaço. Adolescentes que iam para a praça jogar sal nos balões dos "meninos pimbudos" agora se transformaram em jovens caçadores de meninas, em busca de aprimoramento de suas experiências sexuais. Ali as primeiras, segundas e várias outras namoradas "de pegar na mão", incontidas, esperavam os namorados, muitas vezes de uniforme do colégio, numa flagrante mostra de gazeta de aula. Ali também rolavam outras possibilidades de integração social, de novos conhecimentos e da pura emoção que tomava conta daquela juventude saudável, porém ainda alienada em relação à situação política do país, mas que, como qualquer juventude em qualquer lugar do mundo, sonhava seus sonhos e tentava partir em busca de algo melhor para seu futuro. Mesmo sem saber exatamente o que era o futuro e se tudo poderia dar certo.

E o tempo deslizou mais uma vez. Agora correndo pelos rios e estradas desse país afora, em busca da realização de sonhos e do famoso "futuro"

Não obstante as agruras e rasteiras que pegamos pela vida, é doce lembrar um tempo em que "pão" era homem bonito e "gata" pornografia que dava processo por calúnia; significava prostituta. Esse tempo se mistura ao espaço como o profano se mescla à religião.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

COLUNA CANTO DA AMAZÔNIA

Publicada no jornal "A Gazeta" de sexta-feira, 09/10/2009

FURTOS E DESMAIOS NO CÍRIO

Capa da programação do Círio, publicada pela Diocese de Macapá. Nossa Senhora de Nazaré e o povo do Marabaixo.

Quem quiser ter um bom Círio e acompanhar a procissão com tranqüilidade deve tomar certas precauções para não se arrepender depois e ter que pagar outras promessas.

Os especialistas em segurança recomendam não levar telefone celular, jóias e relógios. Deve-se ir bem alimentado, preferencialmente de sandálias e com roupas leves, devido ao calor excessivo.

No ano passado foram registrados 352 casos de furtos e 158 desmaios na procissão. Todo cuidado é pouco, pois os ladrões roubam até os promesseiros da corda durante o trajeto.

III FECAM


Nivito Guedes defendendo “Choro de Poeta” (Fernando Canto/Nivito Guedes). 3º lugar e Música Mais Popular, no II FECAMM, realizado no Monumento Marco Zero em 22/12/2007.

A Associação dos Músicos e Compositores do Amapá vai realizar no período de 17 a 19 de dezembro o III Festival da Canção. O evento será no Teatro das Bacabeiras, as inscrições já começaram e estão abertas para compositores de todo o Brasil.

Depois de um certo tempo sem ser realizado, os promotores do festival prometem organização e qualidade, além de ficarem na expectativa do surgimento de novas propostas e vertentes damúsica amazônica.

A premiação será de 7, 5 e 3 mil reais respectivamente e ainda serão premiadas as músicas com a melhor letra, melhor arranjo, melhor intérprete e mais popular.

SEMINÁRIO DE LETRAS

Anfiteatro da UNIFAP

O III Seminário de Letras que ocorrerá no anfiteatro da UNIFAP no período de 04 a 06 denovembro traz como tema "Língua, Linguagem e Literatura: suas Dimensões Sociocontemporâneas.

Na programação constam duas palestras: "O Curso de Letras e suas Dimensões Profissionais", com a participação da jornalista Bernadeth Farias, do prefeito de Santana Antonio Nogueira, do professor Diego Morpheu e do escritor Paulo Tarso Barros; e "Os Novos Rumos do Ensino da Língua Materna", com a profª Drª Irandé Nunes, da Universidade Estadual do Ceará.

Informações pelos fones 8125-5333 e 3312-1763.

PROGRAMAÇÃO DA EXPOFEIRA

A Expofeira deste ano será realizada entre 23 de outubro a 1º de novembro no parque de exposições de Fazendinha. É considerado o maior evento do Estado e por isso as secretarias de governo estão caprichando.

Responsável pela programação cultural, a Secult está fechando a programação, quantificando as atrações locais da música, do teatro, circo, dança, exposições de artes plásticas e de outrossegmentos.

Na pauta das apresentações estão fechadas as dos cantores VÍtor e Leo, Solteirões do Forró e Padre João Maria.

MEDO QUE O CÉU CAIA

Seção de pintura coletiva dos índios Wajãpi. (Foto: Dominique Gallois, publicada no livro Dossiê IPHAN 2 – Expressão Gráfica e Oralidade entre os Wajãpi do Amapá. IPHAN/MINC,2002)

Origem mítica da diferença entre animais e humanos. Cobra Crande (Anaconda ou Moju), cujos dejetos coloridos deram origem à variedade de pássaros. (Ilustração: Professor Makarato, 2000, idem)

Renato Sztutman, no seu texto Sobre a Ação Xamânica (in "Rede de Relações nas Guianas", organizado por Dominique Gallois, Humanitas, S.Paulo, 2005), conta que "nas sociedades amazônicas, o xamanismo, ao lado de uma série de rituais coletivos, assume o lugar central sobre o mundo atual. Os Wajãpi, por exemplo, acreditam na iminência da queda do céu e, por isso, lançam mão de certos rituais para impedi-la. Dominique Gallois (1988) afirma que a dança com bastões de ritmos (ywyra'i) serve para manter o céu e a terra apartados, pois quando da irregularidade dos ritmos das estações há o perigo de a abóbada celeste cair sobre a terra, que passaria a viver na escuridão. Esses ritos que contam com um arsenal diferenciados de cantos intervêm sobre o eixo fundamental da cosmologia Wajãpi em que se encontram superpostas as plataformas subterrânea, terrestre e celeste. Contrariamente aos ritos do "Turé", que manifestam ao heroi criador a necessidade de continuidade da humanidade no tempo, os ritos acima expressam a necessária separação das duas categorias de humanos – vivos e mortos - no espaço.

ZUNIDOR

Bom Círio para todos./ Que sejam felizes todas as crianças deste país!



A AMCAP oferece coquetel aos compositores pelo seu dia, hoje, no Sesc Centro.

Na foto, Cleverson Baia, Presidente da AMCAP, no dia de sua posse, 30/01/09.

A Universidade Estadual de Mato Grosso está oferecendo o curso de Mestrado em Linguística. São 12 vagas ofertadas. Área de concentração: estudo das relações entre língua, história e instituições. Inscrições até 16/10/09. Informações www.unemat.br/prppg/linguistica.



Dia 13, terça-feira, será o lançamento do CD da Mostra de Músicas Sescanta Amapá no Projeto Botequim. Haverá a participação especial da banda Amazon Music. Na foto, Finéias, lider da Banda Amazon Music.



O esperado informativo do Bar do Abreu que deveria sair no aniversário do bar sairá hoje com a reportagem sobre o evento. Segundo o editor Gabriel Penha houve dificuldade na hora da impressão na gráfica, daí o adiamento. O Tavares diz que não aguenta mais "essa imprensa falada, escutada e remediada daqui". O Tatá só confia no bicho. É isso aí, bicho. (Foto: Tavares aborrecido)




Na terça-feira passada, no projeto Botequim do SESC, foi cantado o "parabéns pra vc" para a cantora Dulce Rosa. Todo o sucesso do mundo para a querida Dulce./ Hoje tem Rony Moraes e banda no projeto "Canto de Casa". Na foto, Dulce Rosa no palco. (Fonte: orkut)


Iniciam-se no Oiapoque as comemorações da festa do Turé entre os índios.

Amanhã será o lançamento do 2º CD "Stereovitrola" – no espaço líquido, na Seinf, próximo à Famap. Participação especial de SPS12/ Godzilla.




O "Sonora Brasil" – violão brasileiro - apresenta O Violão das Regiões Norte e Sul, com Salomão Habib (PA) e Fabrício Mattos (PR) no auditório da Escola Sesc, na Jovino Dinoá, às 20h00.




Secretário Maneca está otimista com a vinda do ministro Edson Santos, da SEPPIR. Participou da reunião técnica no Setentrião para apresentar o "Programa Amapá Afro", em busca de recursos federais. Deve conseguir.


Vem aí o livro "Adoradores do Sol".

Inderê. Volto zunindo na Sexta.