Com a voz forte de Mercedes Sosa aprendi a gostar das músicas latinas e, sobretudo, a entender o processo revolucionário que corria nas veias dessa argentina forte, de aparência indígena.
Em uma época de ditaduras militares as quais muitos países latino-americanos estavam submetidos, a voz de Mercedes ecoava em forma de milongas e guarânias. Atravessava os pampas, cerrados, florestas e praias contando histórias de dor e amor, de tragédias e de esperança em melhores tempos para o continente, para o Universo.
Compositores como Victor Jara, que os militares chilenos cortaram as mãos, Violeta Parra e Ataualpha Yupanqui, estavam sempre presentes no repertório da cantora.
Tive o privilégio de assistir a um show de Mercedes Sosa no final da década de 70, no Ginásio de Educação Física em Belém, quando estudante universitário. Foi assim que pude "volver a los 17". É inesquecível a sua figura cantando e tocando o tambor do folclore de seu país. Sua importância para a música mundial é inquestionável.
Vai em paz, Mercedes, pois "Soy feliz, soy um hombre feliz/Y quiero que me perdonem/Por esto día/Los muertos de mi felicidad."
Parabéns pelo texto com homenagem tão merecida a esta intérprete que eu tanto admiro!
ResponderExcluirGrande abraço
Gilce Veríssimo