segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

De novo o nome do Teatro.

 
Foto: edgar-amapa.blogspot.com
 Como são as coisas... Uma postagem irresponsável (Sim, porque a informação está incompleta: quem são os que “querem” acrescentar o nome do Pádua ao Teatro das Bacabeiras?) no FB do publicitário Walter Junior do Carmo fez emergir mágoas acumuladas há quase trinta anos. A Alcinéa não perdoa ninguém pelo fato de não ter sido dado ao Teatro o nome do querido poeta e meu amigo Alcy Araújo. O Olivar Cunha que o diga, pois desde essa época ela tem ódio do pintor, por uma declaração que ele fez à TV Amapá. E nunca houve esse negócio de o governador Jorge Nova da Costa querer dar o nome do Alcy. Tudo foi originado por uma carta assinada pelo irmão da Alcinéa protocolando o pedido para que o governador desse o nome dele ao Teatro. Mas Jorge Nova chamou os artistas e produtores culturais para debater o assunto, já que a informação tinha vazado e os artistas fizeram um abaixo-assinado se posicionando contra. Foram dadas muitas sugestões de nomes, tais como Pororoca, Mururé, Encontro das Águas, Bacabeiras, etc. Venceu o nome Teatro das Bacabeiras pelo fato de trazer o nome que supostamente originou a palavra Macapá e, por isso mesmo se identificar com as coisas da terra.

   O debate em curso agora vem ganhando outra conotação que não o acréscimo do nome do Pádua ao Teatro, tudo por conta da vaidade, da mágoa, do ódio, do rancor e da mentira. Devo dizer à prezada poeta Alcinéa que eu não tenho nenhuma música com o nome Pérola Negra, e olha que eu conheço todas elas. Tenho, sim, uma música chamada Pedra Negra, que fala sobre o problema da exploração do manganês na Serra do Navio, apresentada no I FUMAP, em 1979, e gravada em 1986 pelo grupo Pilão. Se alguém sugeriu esse título decerto não fui eu. Nem preciso disso. Não tenho essas vaidades. Eu tenho boa memória e há muitos anos trabalho na área da cultura buscando o fortalecimento de nossa identidade, inclusive estudando a fundo o assunto, que ora é objeto de pesquisa, juntamente com a Fortaleza de São José de Macapá, da minha tese de doutorado institucional em Sociologia na UFC.


   Sobre a possível mudança do nome do Teatro já dei minha opinião no texto originário do FB do Walter. Eu reafirmo que o Pádua foi um grande amigo que tive e continuo acreditando que ele merece reconhecimento póstumo. Ainda continuo defendendo o nome Teatro das Bacabeiras, mais fortalecido ainda pelos comentários dos amapaenses e pela vontade daqueles que na época – a maioria dos artistas – elegeram democraticamente o nome da nossa casa de espetáculos, provando que não existe esse negócio de “vontade política” do governante, mas sim pressão popular.

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