Escritora amapaense Alcinéa
Cavalcante lança obra "Paisagem Antiga", na Bienal Internacional do
Livro, em São Paulo
Foto: Alcinéa Cavalcante ainda adolescente na paisagem antiga de Macapá. Homenagem do “Canto da Amazônia”, com votos de sucesso ao seu novo livro. Parabéns, poeta. |
A jornalista e escritora amapaense,
Alcinéa Cavalcante, lança hoje (17), das 14h às 16h, na Bienal Internacional do
Livro, o livro “Paisagem Antiga” .
Informações:
Editado pelo Grupo Editorial Scortecci,
com prefácio de Paulo Tarso Barros (presidente da Associação Amapaense de
Escritores), o livro tem cem páginas e é dividido em duas partes: poemas
e crônicas. A ilustração da capa, que retrata a minha rua nos anos 70,
foi feita pela desenhista amapaense Ana Maria Vidal Barbosa.O lançamento
será no estande da Editora Scortecci e Rede Brasileira de Escritoras (Rebra).
O prefácio de Paisagem Antiga
O que dizer dos textos de Alcinéa – os
poéticos e os que, não sendo necessariamente poesias, mas crônicas, ou
“cronipoemas”, estão recheados de cores (a primazia do azul infinito), sabores,
ternuras, estrelas, flores, pássaros, borboletas, amores e até camaleão – ou
seria iguana?
Leio tudo, como se dizia antigamente, de
um fôlego, e percebo que os poemas e os “cronipoemas” estão com as palavras
exatas, sem aqueles esquadrões de adjetivos.
Parece que sua mão de poeta e mente
treinada nos textos claros, objetivos e sintéticos do jornalismo, ao juntar a
alquimia verbal que o seu estilo poético inato tão bem o demonstra, surgem
imagens plenas de ternura, sensibilidade e aquela saudade e nostalgia dos
tempos da infância que ficou cristalizada na memória poética – que tem o dom de
captar o sentido do belo como se plantasse em um jardim flores multicoloridas
que desabrochariam ao nascer do sol e continuariam a embelezar a noite, o
orvalho e as estrelas – principalmente as azuis da sua Via Láctea setentrional.
Parece que sua mão de poeta e mente
treinada nos textos claros, objetivos e sintéticos do jornalismo, ao juntar a
alquimia verbal que o seu estilo poético inato tão bem o demonstra, surgem
imagens plenas de ternura, sensibilidade e aquela saudade e nostalgia dos
tempos da infância que ficou cristalizada na memória poética – que tem o dom de
captar o sentido do belo como se plantasse em um jardim flores multicoloridas
que desabrochariam ao nascer do sol e continuariam a embelezar a noite, o
orvalho e as estrelas – principalmente as azuis da sua Via Láctea setentrional.
Alcinéa Cavalcante teve o privilégio de
desenvolver seu próprio estilo, de uma leveza admirável, cheio de nuances, de
frases sintéticas que atingem a essência da poesia lírica. São versos que fluem
no texto como a leve e cálida brisa equatorial que nos afaga nas noites de
poesia, a impulsionar suavemente os seres angelicais tão presentes na sua vida
e obra.
Não é só um jogo de palavras quando ela
confessa: “Vivo do ato de escrever”. E escrevendo registra seus sentimentos de
forma a nos seduzir, a nos convidar a percorrer, de mãos dadas, pelos poemas
que escolheu para consolidar seu lugar de destaque na poesia brasileira
contemporânea.
A bela e comovente crônica que revisita a
memória sagrada da professora Delzuite Cavalcante, sua mãe, a traz de volta, a
coloca mais uma vez no plano existencial e familiar como se ela estivesse em
viagem, ou mesmo dando aulas ou fazendo um café na cozinha para servir à
família numa manhã morna e calma da Macapá territorial. É um texto construído
com sentimento, da sua história de vida, mas que atinge a dimensão universal do
amor filial, do infinito amor que tece os sustentáculos da nossa existência e
nos torna mais fraternos.
Paulo Tarso Barros
Que linda essa foto. Onde é, Fernando?
ResponderExcluirInfelizmente eu não sei. Tenho essa foto há um bom tempo. Bolsa de couro e pantalonas. Mt CHIC pra época.
ResponderExcluir