O documento protocolado nesta quinta-feira, 17, às
17h, na sede do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação do Amapá
(Sinsepeap), contendo mais de 800 assinaturas de professores que aceitam o
reajuste de 15,56% e que querem o fim da greve, revela que nem todos concordam
com a atual postura do presidente da categoria, Aroldo Rabelo, que só aceita
encerrar a paralisação se o reajuste for de 20%.
Os professores argumentam que a direção do
sindicato não chamou para apreciação em assembleia geral a última proposta
apresentada pelo governo do Estado, que garante reajuste salarial à classe em
15,56%, o que é considerado o maior aumento salarial dos últimos 16 anos, além
do pagamento das progressões e outros benefícios.
“Em assembleia geral, a categoria decidiu pela
rejeição da proposta do governo e pela greve, mas agora a situação é outra. Um
grupo de mais de 800 professores quer os 15,56% de reajuste, então o presidente
Aroldo Rabelo tem que convocar nova assembleia para que a maioria diga o que
quer. Ele não pode radicalizar e achar que a primeira opinião tem que
prevalecer para sempre”, desabafou a professora Sandra Picanço.
Agora, após o protocolo das assinaturas, a direção
do Sinsepeap terá 72 horas para chamar uma nova assembleia geral. A professora
diz que, se for necessário, a comissão vai acionar a Justiça. “Ele precisa
respeitar esses quase mil professores e convocar assembleia geral e, lá, vamos
avaliar o que é melhor para o coletivo”, ponderou Sandra.
Além do reajuste de 7% no salário base, o governo
garantiu um reajuste linear de 8%, celeridade no processo de promoções dos
professores da classe A para a classe C, bem como acelerar a
implementação do projeto Professor Conectado. Também garantiu o chamamento
imediato dos mais de 1.400 professores aprovados no último concurso da
educação.
No que diz respeito à estrutura física, garantiu a
reforma, ampliação e construção de 40 escolas que estão em andamento, ampliando
vagas e proporcionando melhor condição de trabalho aos professores. Em relação
à gestão democrática, uma das bandeiras do Sinsepeap, o governo também declarou
que vai dar início a esse processo, bem como a implementação dos
Conselhos Escolares. E uma das propostas mais importante diz respeito ao
pagamento retroativo das promoções concedidas em 2010 e 2011, a partir de
agosto de 2012.
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