Renivaldo Costa
O Português está diretamente
relacionado com o latim, portanto, antes de nos aprofundarmos nessa abordagem,
é bom conhecer a origem do latim. Sua origem remonta só século VII a.C.,
período que vai da fundação de Roma até a queda do Império Romano do Ocidente.
Teve suas origens em Laso, também
conhecida como “Latium”, região central da Itália, onde habitavam pastores e
agricultores. O Latium se constitui na língua nacional do Império Romano.
O filósofo Serafim da Silva Neto
dizia que a língua tem dois empregos: o Literário (quase sempre escrito, usado
pelos cultos) e o popular (falado pelos homens do povo). Em Roma havia o latim
clássico e o vulgar. Além dessas havia outras modalidades, dependendo da classe
social: o latim familiar (classe média), latim plebeu (classe baixa), latim
castrense (soldados), latim náutico (marinheiros) e latim proletário
(operários). A Língua Portuguesa é um prolongamento do latim levado pelos
romanos à Península Ibérica.
Pouco se sabe dos povos que
habitavam o solo penínsular antes da invasão romana (III a.C.). Sabe-se que
alguns deles eram os íberos, celtas, fenícios, gregos e cartagineses.
A Península Ibérica era habitada por
íberos, povo agrícola e pacífico e o mais antigo que se tem notícia. Pelo
século VI a.C., os celtas invadem a península. Com a mesclagem de povos
surgiram os celtíberos. Com o passar dos anos, gregos, fenícios e cartagineses
estabeleceram colônias comerciais em vários pontos da península. Nessa época,
aconteceu o famoso cerco de Segunto pelos cartagineses, que queriam apoderar-se
por completo da península.
Chega então a vez de Roma invadir a península para
sustar a expansão de Cartago. Vitoriosos, os romanos estabeleceram a península
com província romana em 197 a. C. Desde então, iniciou uma dominação política,
militar e principalmente cultural.
Roma impunha sua língua: o latim, portanto instituiu
escola, abriu estradas e implantou correios.
No século V, a península foi invadida pelos bárbaros
germanos (alavos, suevos, vândalos, visigodos), povo guerreiro que impôs a
força, mas adotou grande parte da cultura romana. Esses bárbaros fecharam as
escolas romanas, pois consideravam que a instrução enfraquecia o espírito
guerreiro dos homens.
No século VII, foi a vez dos árabes invadirem a
península. Nela ficaram até o século XV quando foram banidos por completo. Em
nossa língua tiveram pouca influência. Apenas cerca de mil palavras existem em
nosso léxico que vieram do árabe, entre elas: álgebra, algema, algodão,
alqueire, etc.
As lutas pela expulsão dos mouros do solo penínsular
culminaram em 1139 com o brado do nacionalismo lusitano, com Dom Afonso
Henrique, rei do Condado Portucalense, que depois se transformou no Império de
Portugal, em 1143. Inicia aí um novo reino – Portugal - uma nova nação –
Portuguesa – e uma nova língua – a Língua Portuguesa. Onde foi fundado Portugal,
fala-se o dialeto galeziano ou galego-português. Depois se dividiram ambos, e o
galego assumiu unidade castelhana.
(*)
Publicado no jornal “Artecultor”, sem data.
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