Luz do Rio Amazonas - Foto de Juvenal Canto. |
Ao homem é dado o fado
De sepultar segredos
De enterrar memórias
E de segregar vontades.
No ar em que circula o pó
Da angústia
Está toda a tragédia
E o rol das incertezas
Das ações humanas.
Ao homem não se nega
A face dos mortos perigosos
A dádiva de santos enlevados
Nem o dom de diluir a arte
Em volúpias e intemperanças.
O homem não sonega
O sonho plantado à
bruma da manhã
Hora em que dissipa o verbo
E surge o espanto em
turbilhão letal.
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