A obra escolhida hoje pelo
projeto Um Pouco de Arte para sua Vida é do artista italiano Ticiano.
A obra de Ticiano, Baco e Ariadne é inspirado na história dos dois amantes, escrita por Ovídio e Catulo.
Esta é uma das primeiras obras-primas de Ticiano e faz parte de uma série de pinturas criadas para Alfonso d'Este, duque de Ferrara. O duque encomendou a obra para enfeitar seu palácio, no norte da Itália.
A obra mostra o momento em que Baco, o deus do vinho, encontra Ariadne, filha do rei de Creta. Depois de ajudar o seu então namorado Teseu a fugir do labirinto do Minotauro, Ariadne foi exilada na ilha Naxos. É nesse momento que aparece Baco, em uma carruagem puxada por dois guepardos e sendo seguido por uma multidão multicolorida de bêbados.
Baco é representado em um semissalto , enquanto seus olhos fitam a jovem, sua futura noiva. O rosto de Ariadne exibe uma expressão que mescla medo e interesse, já que, inicialmente, a jovem se assusta com a chegada do deus.
Embora seu rosto esteja voltado para Baco, o corpo da jovem está afastado do deus do vinho e seu braço estendido para o navio que parte e para o amante que a abandonou.
Detalhes de Baco e Ariadne se destacam:
1. O barco de Teseu:
À esquerda de Ariadne é possível ver o barco de Teseu
afastando-se no horizonte. A jovem ajudou Teseu a escapar do labirinto do
Minotauro dando-lhe um novelo de linha vermelha com o qual ele demarcou o
caminho de volta. De acordo com alguns relatos, Teseu abandonou Ariadne em
Naxos enquanto ela dormia.
2. Baco:
Baco oferece um olhar erótico em direção à Ariadne. Por ser
o Deus do vinho, Baco usa uma coroa de folhas de videira. Sua postura atlética
faz referência ao arremessador de discos da escultura grega. O manto rosa é
usado para esconder sua nudez e refletir o cinto vermelho de Ariadne.
3. Domador de serpente:
O personagem dominando uma serpente é uma referência à
estátua de Laocoonte e seus filhos. Laocoonte alertou os troianos, em vão, para
que não aceitassem o cavalo de madeira oferecido pelos gregos. Mais tarde foi
enforcado por serpentes marinhas enviadas pela deusa Minerva.
4. Bebê sátiro:
O bebê sátiro, metade homem e metade bode, é a única imagem
que direciona seu olhar para fora da tela, "convidando" o espectador
a admirar a cena. O sátiro carrega consigo uma cabeça de novilho sem o corpo,
que remete ao terrível ritual báquico no qual os participantes esquartejavam um
novilho e o comiam cru. (Fonte: Universia)
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