quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Amazontech

O Amazontech 2012 acontece no período de 13 a 17 de novembro e está

projetado para um espaço de 45 mil m², o evento abrange a área do Complexo do Meio do Mundo, em Macapá, envolvendo os espaços Monumento Marco Zero do Equador (Linha do Equador), Escola Sambódromo de Artes Populares (Sambódromo) e a Cidade do Samba.

O evento é uma realização do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), GEA (Governo do Estado do Amapá), Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e Unifap (Universidade Federal do Amapá), além de contar com o patrocínio da CAIXA e Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). O Amazontech dissemina a inovação e tecnologia junto aos negócios que atuam no ambiente amazônico, incluindo estratégias de mercado, políticas públicas, responsabilidade socioambiental e educação.

EMBRAPA CAPACITA BOLSISTAS E ESTAGIÁRIOS PARA A VITRINE TECNOLÓGICA.

Entre monitores e recepcionistas, 50 estudantes universitários trabalharão na Vitrine Tecnológica durante o Amazontech 2012

Fernanda Picanço

Com objetivo de capacitar monitores e recepcionistas que estarão atuando na Vitrine Tecnológica, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), realiza no dia 1º de novembro, às 8h, no auditório da Instituição, uma capacitação voltada para bolsistas e estagiários. A capacitação será conduzida pela pesquisador Edson Alves, idealizador e coordenador geral da Vitrine Tecnológica da Embrapa.

Vitrine Tecnológica

Uma das atrações para o evento é a Vitrine Tecnológica de Produtos Vivos da Embrapa. Um espaço de exposição e de experimentos orientados para o agronegócio criado numa área que faz parte do Campus da Unifap, localizado atrás da Cidade de Samba; nela estão plantadas mudas de eucalipto, banana, maracujá, cupuaçu, abacaxi, milho, mandioca, feijão, arroz, hortaliças, plantas medicinais, açaí, girassol, capim, leguminosas e sorgo. No mesmo local estarão as espécies vivas como pirarucu, tambaqui, apaiarí, camarão rosa, tartaruga e tracajá.

A vitrine tem como principal característica aliar tecnologias agropecuárias às artes plásticas, o que irá valorizar a cultura amapaense. As imagens poderão ser visualizadas do topo de um mirante, de sete metros de altura, com estrutura de metal, com plataforma para visualização. Composto de duas escadas destinadas ao fluxo de subida e descida dos visitantes.

COMO SE FORMAM OS FURACÕES?

Mas como são formados os furacões? Qual a diferença entre furacão e tornado? A notícia do momento é o furacão Sandy devastando os Estados Unidos.

Alex Schuncke

furacãoBasta ligar a TV ou navegar pela internet para vermos notícias referentes ao furacão Sandy e sua devastação que está ocorrendo nos EUA. O fenômeno fechou a bolsa de valores de Nova York, algo que não acontecia desde os atentados de 11 de setembro, em 2001. O transporte da cidade também teve seus maiores danos em seus 108 anos. A tempestade causou graves danos à infraestrutura do metrô, dos trens, dos ônibus e dos túneis da região. Já foram contabilizadas, ao menos, 43 mortes.

Mas como se formam esses furacões? Qual a diferença desse fenômeno para outros, como os tornados?  Existem algumas diferenças básicas que devemos levar em conta:

FURACÃO x TORNADO

O furacão é uma tempestade poderosa que produz ventos muito rápidos e só surgem em mares de águas muito quentes: no mínimo 27 graus centígrados. O “olho” do furacão pode possuir um diâmetro de até 16 km, mas é uma zona calma, com ventos de até 30 km/h. O grande problema é no turbilhão que o cerca, esse sim com ventos superiores a 300 km/h. Já o tornado (o funil que desce do céu) pode se formar em qualquer lugar, mas é mais freqüente em lugares próximos a linha do Equador. Enquanto furacões podem durar vários dias e atingem centenas de quilômetros, tornados raramente possuem diâmetro maior de 1 km e duram de alguns minutos a poucas horas. O problema é que tornados possuem ventos extremamente violentos, com algumas ocasiões ultrapassando os 500 km/h! Ou seja, diga adeus para qualquer coisa que esteja em seu caminho.

COMO SE FORMAM OS FURACÕES?

furacão1Quando o ar do oceano é aquecido, ele evapora e vai formando quantidade de ar quente que sobem em colunas. Assim, deixa a região próxima à superfície do mar com menos pressão. Com esse espaço livre, o ar frio (que tem uma pressão maior) invade a área e acaba se aquecendo também, subindo ao céu em movimentos circulares. Enquanto o ar quente vai subindo, o espaço de baixa pressão continua sendo tomado. No céu, o ar quente esfria e, junto com a água que ele contém, transforma-se em nuvem. Assim, o calor do oceano acaba alimentando e fornecendo energia para as nuvens.

Quando o furacão atinge terra firme perde a sua fonte de energia, o que faz com que comece a perder força, mas não sem antes atingir várias localidades e causar efeitos devastadores, dependendo de sua classificação.

CLASSIFICAÇÃO DOS FURACÕES

Mas como funciona o sistema de classificação dos furacões? Ela é feita de forma bem simples, dentro de uma escala chamada Saffir-Simpson, que considera a pressão medida no centro do fenômeno, velocidade dos ventos e tempestades provocadas pelo furacão.

  • CATEGORIA 1: Não causa muitos danos em estruturas, apenas algumas inundações, além de arrastar árvores. Ventos com velocidade de 119 a 153 km/h.
  • CATEGORIA 2: Danos moderados. Provoca estragos em árvores, trailer e letreiros. Dependendo da estrutura, pode destelhar casas e causar danos em construções. Ventos com velocidade de 154 a 177 km/h.
  • CATEGORIA 3: Danos graves. Destelham casas e danificam portas e janelas, além de estruturas de edifícios menores. Arrastam trailers e causam bloqueio de ruas quando derrubam árvores. Ventos com velocidade de 178 a 209 km/h.
CATEGORIA 4: Danos muito graves. Destrói residências e arranca um grande número de árvores. A energia elétrica normalmente só é normalizada após algumas semanas. Ventos com velocidade de 210 a 249 km/h. .CATEGORIA 5: Danos extremos com velocidades acima de 249 km/h. Destróis casas e indústrias, arranca árvores e devasta uma região inteira. O furacão Katrina, em agosto de 2005, é um exemplo dessa categoria. (Fonte: Oficina da net)

WORKSHOP E MOSTRA DE TRABALHOS DO CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIFAP

As atividades neste Workshop e Mostra de Trabalhos Acadêmicos investiram na divulgação dos resultados obtidos na disciplina Projeto Arquitetônico III, inserindo a temática sustentabilidade e meio ambiente na concepção de projetos. O que conduzirá todos no debate, reflexões que emergiram nas intervenções urbanas, considerando a sustentabilidade e manutenção urbanas, considerando a sustentabilidade e manutenção do meio ambiente como um compromisso projetual.

O evento foi realizado no dia 31.10.2012 no Auditório Multiuso da UNIFAP (Campus Marco Zero)

AMAZONTECH APRESENTA IDENTIDADE VISUAL 2012

A proposta da identidade visual é apresentar os recursos naturais, ciência e a tecnologia em movimento, sendo o homem o centro de desenvolvimento dos negócios sustentáveis

Fernanda Picanço

O Amazontech 2012 será uma grande conexão entre sabores, conhecimento, tecnologias, negócios e políticas públicas; tudo para viabilizar o desenvolvimento sustentável dos pequenos negócios amazônicos.

Cada ambiente do evento será uma conexão, identificado, com uma cor específica, isto para ajudar o visitante a visualizar a sinalização e acessar facilmente os conteúdos disponíveis e de interesse, entre elas estão, a Conexão da Amazônia (azul), Conexão dos Negócios (laranja), Conexão da Diversidade Tecnológica (verde), Conexão da Cultura (roxo) e a Conexão do Conhecimento (vermelho).

A  identidade visual é capaz de definir os objetivos do evento, por meio do apelo visual, passando todo o conceito do Amazontech 2012, tornando-se um atrativo a mais para conquistar a atenção e facilitar a compreensão do público.

O objetivo da identidade visual do Amazontech, nesta 8ª edição, é mostrar o homem criando tecnologias para melhorar a própria qualidade de vida, promovendo desenvolvimento e sustentabilidade da produção, negócios e a relação amazônida com o ambiente amazônico.

As conexões foram criadas para definir ações e resultados, estabelecendo ligação entre pessoas ou coisas. Aquilo que  serve para conectar, ligar, comunicar. A proposta do Amazontech é conectar a Amazônia Legal ao conhecimento, às tecnologias e ações que levem ao desenvolvimento e  sustentabilidade da região.

Foi trabalhado o estudo semiótico, nesse caso, foi um estudo de interpretação de cores a serem utilizadas nos espaços internos das conexões. Foram analisados fatores importantes como a utilização de ícones (imagens) que estão presentes no dia a dia dos povos da região, com valorização de elementos da natureza e uso de psicologia das cores na aplicação da comunicação e identidade no visual.

A Conexão Amazônia que terá cor azul traduz o conceito de autoridade, calma, dignidade, estabilidade, poder, sucesso, segurança e confiabilidade.

A Conexão da Diversidade Tecnológica terá a cor verde, e demonstra o conceito ambiental, ecológico, frescor, calma, harmonia, saúde, o inexplorado, dinheiro, natureza.

O verde representa a vida na maioria de suas aplicações. É uma cor agradável e neutra, podendo ser considerada em alguns casos quente e em outros fria, propriedades que fizeram desta cor, a ideal para dar o tom da maioria das peças do Amazontech 2012.

A Conexão dos Negócios terá cor laranja e demonstra criatividade, alegria, entusiasmo, diversão, alta espiritualização e juventude.

A Conexão Cultura terá cor roxa que quer dizer, fantasia, mistério, espiritualidade, aurora, sonho, misticismo, delicadeza, calma.

Na Conexão do Conhecimento que tem cor vermelha, a ideia é passar conquista, coragem, furor, vigor, glória, emoção, paixão, ação, dinamismo, energia, calor.

O Amazontech

O Amazontech acontece no período de 13 a 17 de outubro, no complexo meio do mundo, em Macapá. O evento é uma realização do Serviço de Apoio as Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Governo do Estado do Amapá (GEA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Universidade Federal do Amapá (Unifap), com patrocínio da CAIXA.

CONVITE: EXPOSIÇÃO DE ARTE CONTEMPORÂNEA FRAGMENTOS HÍBRIDOS.

exposiçãoAs professoras Claudete Nascimento Machado da disciplina: Linguagem Visual V e Márcia Raphaela de comunicação e processos museológicos, juntamente com alunos (as) da turma 2010 do curso de artes visuais/UNIFAP, convidam vossa senhoria a prestigiar com sua presença à exposição de Arte Contemporânea:

Data 05 de novembro de 2012.
Local: 1º andar do centro de Letras e Artes da UNIFAP.
Hora: 16h às 20h.

FRAGMENTOS HÍBRIDOS

Apresentam-se como mostra experimental de arte contemporânea trabalhada na disciplina Expressões em Linguagens Visuais V: hibridismo, da turma de 2010 do Curso de Artes Visuais, nas seguintes linguagens artísticas: instalação, objetos, vídeo arte, vídeo instalação, fotografia, intervenção e pintura/colagem/grafitagem. Em cujas experimentações é percebida a proposta atual da arte contemporânea, enquanto linguagem hibrida, enquanto problematização das questões atuais, enquanto liberdade de expressão e enquanto busca da consciência contemporânea sobre o pensar e o fazer.

A mostra tem como característica também, avaliar as competências e habilidades dos discentes na disciplina de Comunicação e Processos Museológicos, haja vista que o trabalho de curadoria e processo expositivo foi elaborado e realizado pelos discentes/artistas/autores, com a devida supervisão e orientação das professoras das referidas disciplinas.

O visitante é recepcionado com "chegadas", instalação coletiva que discute a identidade líquida (BAUMAN, Zygmunt, 2001). Com a instalação "omphalós": o ponto que provoca elo (s) de corpos.  Com "sangue",o açaí enquanto alimento vital da Amazônia.  Com "Moda", um diálogo entre o renascimento e o contemporâneo. E a intervenção "Sem título”: possibilitará ao leitor um repensar sobre as questões ecológicas e a necessidade de discutir o ser humano no centro do discurso sobre desenvolvimento sustentável na Amazônia, seguindo com "Venda", uma releitura da obra: "o livro de carne” de Arthur Barrio, os artistas/discentes apresentam fotografias do cotidiano da cidade de Macapá, as quais geram conforto e desconforto, tendo como suporte e elemento de composição artística, um dos alimentos de maior consumo da população amapaense.

Na instalação com intervenção: "Reflexão", os artistas/discentes possibilitam a solidão do eu e o refletir sobre o ser individual e o ser social no coletivo da sociedade.  Em auto retrato: "Não sou assim", discute o jovem contemporâneo que procura uma identidade e/ou algo que possa torná-lo membro de um grupo social. Portanto, tenta se descrever para si mesmo e para os outros. Nesse processo de autoconhecimento e autorretratação, a artista/discente dialoga com o tempo na História da Arte, com o espaço amazônico e, com o desenvolvimento sustentável,na utilização dos materiais como suporte da linguagem fotográfica.

Enquanto política na/da arte, "Fragmentos Híbridos" apresenta "Anjos e Demônios", pintura/colagem grafitagem apresentando a atual realidade amapaense.

Na instalação com intervenção: "Las Pedritas" abre-se discussões sobre:

- A experiência estética é necessariamente prazerosa?
- O que é permitido e o que torna-se aberração quando se trata do prazer do  corpo?

Em todo o percurso de "Fragmentos Híbridos”, o visitante poderá experienciar, dialogar, refletir, discutir, rememorar e revisitar questões sobre a realidade do cotidiano e sobre o discurso de sustentabilidade na Amazônia.

Texto de curadoria: Professora Mestre Claudete Machado e alunos da turma 2010 do curso de Artes Visuais. (Fonte: UNIFAP)

NOVOS EPISÓDIOS DE STAR WARS DIVIDEM FÃS

Durante anos, parecia que um novo filme da série "Star Wars" seria apenas um sonho distante em alguma galáxia muito distante. Mas o estúdio Disney pensa diferente, e anunciou na terça-feira que planeja não um, mas três episódios a partir de 2015.

A Disney gastou 4 bilhões de dólares para adquirir a produtora Lucasfilm, de George Lucas, e a franquia "Star Wars". O negócio surpreendeu investidores e dividiu os fãs da série, entre os quais muitos não têm interesse em novas aventuras de Luke Skywalker e dos Jedis.

"A série se estagnou criativamente. Isso pode ficar bom... ou não", disse Chris Goodson, fã da série, escrevendo no Facebook.

Outro usuário, Peter Cambell, demonstrou incredulidade. "Isso é sério? Ah, por favor, chega de filmes do ‘Star Wars'."

Lucas, criador de tipos como a princesa Leia, o mocinho Luke e o vilão Darth Vader, há anos insistia que não faria mais filmes além dos três episódios originais e dos três subsequentes (cuja narrativa antecede aos primeiros filmes).

Em entrevista concedida em janeiro ao New York Times, o cineasta manifestava ressentimento com os fãs que o criticaram por novas versões dos filmes originais, com o "corte do direitor".

"Por que eu faria outros, se todo mundo grita com você toda vez e diz como você é uma pessoa terrível?", disse.

Mas, sete anos depois do lançamento do último filme da série, "A Vingança dos Sith", a Disney anunciou na terça-feira ver espaço para um "Star Wars Episódio 7" em 2015, com os episódios 8 e 9 sendo lançados em intervalos de dois ou três anos.

Alguns fãs gostaram. Na página de "Star Wars" no Facebook, o usuário David Schmoyer disse que o anúncio "traz o sonho de volta ao lugar onde muitos de nós começamos a sonhar".

Já Andreas Pedersen disse que foi "a pior piada de 1o de abril já contada", e Brand Sullivan alertou que "pode ser a morte de ‘Star Wars'".

"As pessoas não parecem reconhecer que tirar ‘Star Wars' das mãos de George Lucas é a melhor coisa possível para a franquia", contra-argumentou o fã Jesse Taylor pelo Twitter.

(Reportagem adicional de Lisa Richwine)

ENEM É PASSAPORTE PARA BOLSAS NO EXTERIOR

Carlos Lordelo, com a colaboração de José Eduardo Barella - Agência Estado

Tirar boas notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não só aumenta as chances de garantir vaga em universidades federais como serve de bilhete premiado para o Ciência sem Fronteiras (CSF), programa do governo que tem entre suas metas enviar 27,1 mil alunos da graduação para uma temporada de estudos no exterior até 2015.

Menina dos olhos da presidente Dilma Rousseff, o CSF já concedeu bolsas a 12.207 universitários desde seu lançamento, no ano passado. Para disputar uma vaga, o aluno precisa estar matriculado em áreas prioritárias para o programa, especialmente engenharia, ter concluído 20% da carga horária do curso e possuir bom histórico acadêmico.

A nota do Enem é utilizada como critério classificatório - se o número de vagas oferecido em determinado edital for menor que o de candidatos aptos, levará vantagem quem obteve melhor resultado no exame nacional, desde que a média nas provas objetivas e na redação tenha sido de pelo menos 600 pontos.

O Enem será aplicado neste fim de semana para 5,7 milhões de inscritos. No sábado (03), os candidatos farão 90 questões de múltipla escolha de Ciências Humanas e Ciências da Natureza. No domingo, caem mais 90 testes de Linguagens e Códigos e matemática, além da redação.

Experiência

As atuais chamadas de interessados nas bolsas do CSF estabelecem 12 meses como o tempo mínimo do intercâmbio. Ao todo, 25 países estão recebendo brasileiros, com destaque para Portugal (2.344 bolsas já concedidas), Estados Unidos (2.324) e França (1.880).

O aluno da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) Ruan Oliveira, de 20 anos, chegou aos EUA em junho para uma temporada de seis meses na Universidade da Califórnia, em Irvine. Lá, o estudante de Biotecnologia aprofunda seus conhecimentos sobre pesquisas com células-tronco. "A graduação sanduíche é uma oportunidade excepcional não apenas para inserir o aluno em ambientes acadêmicos de excelência, mas também para agregar novos conhecimentos e experiências culturais", diz Oliveira. "Contribuirá de maneira inigualável para o meu currículo."

Quem também está gostando da vivência fora do País é o aluno de Farmácia Renan Carvalho, da Federal de Juiz de Fora. Há dois meses no Instituto Pasteur, em Paris, o mineiro de 22 anos diz que, apesar do custo de vida alto, consegue "viver com qualidade" com a bolsa do CSF. "Estou conhecendo cientistas renomados de todo o mundo", diz. Carvalho, no entanto, reclama da comunicação com as agências responsáveis pelo CSF, a Capes e o CNPq, um problema apontado também por outros bolsistas. "Muitas vezes os alunos não são orientados do modo adequado."

Paulo Leonel Teixeira, de 24 anos, aluno do último ano de Engenharia Mecânica da Federal de Santa Catarina, usou a bolsa para cursar um semestre do mestrado em hidráulica na Universidade Lund, na Suécia. "O grande diferencial, para mim, foi o livre acesso a computadores e softwares, disponíveis a qualquer aluno, para desenvolver pesquisas", afirma Teixeira, que levará os créditos do curso para concluir o bacharelado no Brasil. A universidade também oferece oportunidade de estágio em multinacionais.

NAAHS

O projeto de criação do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação teve como meta principal a instalação de espaços voltados para a identificação, atendimento, estimulação de potencial dos alunos portadores de altas habilidades e superdotação da rede de ensino. No Amapá, o programa é mantido pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) sob a gestão do Governo do Amapá.

A finalidade desses núcleos é oferecer apoio aos profissionais e educando da rede de ensino dos estados, oportunizando o acesso aos materiais de formação docente, disponibilizando recursos didáticos e pedagógicos para o desenvolvimento das potencialidades desses alunos por meio de pesquisas e estudos promovendo, inclusive, a formação de profissionais para a identificação e atendimento das necessidades educacionais especiais dos alunos com altas habilidades e superdotação.

O NAAHS também tem como proposta prestar o acompanhamento aos seus familiares e a comunidade escolar, oferecendo conhecimento e disseminando informações e esclarecimentos para a inclusão social e escolar, direitos esses garantidos por lei.

Conforme determina o MEC, os núcleos deverão estar capacitados com profissionais que possuem competências técnicas para prover e promover desafios pedagógicos e socioemocionais aos alunos portadores. Em Macapá, o NAAHS está localizado na Av. Raimundo Álvares da Costa, nº 2431, bairro Santa Rita.

REUTILIZAÇÃO DE PNEUS E GARRAFAS PET SERÁ ASSUNTO NA FEIRA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO

A Feira de Ciência, Tecnologia e Educação acontece no Complexo Meio do Mundo, em Macapá e faz parte da programação da 8ª edição do Amazontech

Franck Figueira/Setec

Durante a I Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Educação (Fecte), realizada pela Secretaria de Estado da Ciência e Tecnologia (Setec), assuntos importantes nas áreas social e ambiental serão expostos por alunos de várias instituições da rede estadual de ensino.

O evento acontecerá no Complexo Meio do Mundo, em Macapá, local onde ocorrerá a 8ª edição do Amazontech, no período de 13 a 17 de novembro, uma realização do Sebrae, Governo do Estado do Amapá (GEA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Amapá (Embrapa) e Universidade Federal do Amapá (Unifap), com o patrocínio da CAIXA e Sudam.

Com 36 projetos selecionados, o público vai conferir trabalhos voltados à reutilização de copos plásticos, astronomia no meio do mundo, sustentabilidade, fenômenos naturais no Amapá, uso de materiais de baixo custo de física experimental e reciclagem até de lixo eletrônico.

Entre os destaques está o Projeto Promovendo uma Melhor Vida através da Reciclagem - A Reutilização e Reciclagem de Pneus e Garrafas Pet no Amapá. O trabalho será apresentado pelos alunos do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades e Superdotação (NAAHS).

De acordo com Herico Moisés, orientador do projeto, a pesquisa consiste na análise e utilização de materiais recicláveis no Estado como pneus, plásticos e garrafas pet. "Eles visitaram cooperativas, aterro sanitário, fábricas de vassouras e pessoas que reutilizam os materiais, principalmente a importância das garrafas pet como ferramenta de uso doméstico", diz.

Antecipando o principal ponto da pesquisa, os alunos chegaram a conclusão que a utilização das garrafas pet na conservação de alimentos é bem superior se comparado a outros tipos de matérias plásticos. Herico destaca alguns exemplos como o feijão, arroz e o açaí.

"Os alunos identificaram que o feijão pode ficar até três anos dentro de recipientes com o mesmo material da garrafa pet, e o açaí pode ficar de três a cinco dias sem azedar, então são informações importantes que a sociedade não sabe e que deve ficar atenta, pois podem sair ideias brilhantes e que podem ser utilizadas por empresas", explica o orientador.

A I Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Educação (Fecte) será realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá (Ifap).

Para ter acesso ao Espaço Fecte, o visitante terá que doar um 1 kg de alimento não perecível, que serão entregues para instituições de caridade.

EVENTOS CELEBRAM DRUMMOND EM SEU ANIVERSÁRIO

AE - Agência Estado

downloadNesta quarta-feira é dia de fazer festa para o poeta Carlos Drummond de Andrade, nascido há exatos 110 anos em Itabira, Minas Gerais. E eventos estão sendo organizados País afora, por instituições variadas, para integrar a programação do Dia D.

Idealizado pelo Instituto Moreira Salles e realizado pela primeira vez em 2011, ele é inspirado no Bloomsday - quando fãs de James Joyce se reúnem no mundo todo para celebrar o autor de "Ulisses" com palestras, leituras e uma passada nos pubs irlandeses sempre presentes nas cidades. Aqui, o Dia D inspirou um outro evento - o Hora de Clarice, que prestou, no ano passado, homenagem à Clarice Lispector em 8 de dezembro, dia de seu aniversário.

A programação do Dia D é dinâmica e vem sendo atualizada no site diadrummond.ims.uol.com.br. Inclui cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Salvador, Brasília, Itabira e até o Porto, em Portugal - lá, Sura Berditchevsky encena a peça "Cartas de Maria Julieta" para Carlos Drummond de Andrade.

Por aqui, os cariocas saíram ganhando, já que a programação no Rio é mais extensa. Quarta, às 14 h, será aberta a mostra de cinema Drummond Homenageia Greta Garbo. O primeiro filme a ser exibido será "Grande Hotel" (14 h). Depois o público poderá assistir "Dama das Camélias" (16 h) e "Ninotchka" (18 h). Às 20 h, Ferreira Gullar, Eucanaã Ferraz e Ivan Marques participam de um bate-papo mediado por Luiz Fernando Vianna. Na Academia Brasileira de Letras, às 17h30, será realizado o recital Sete Vozes de Drummond.

Destaque também para a programação da Biblioteca Parque da Rocinha. Das 14 h às 16 h, crianças das escolas da região apresentam os trabalhos que fizeram inspiradas na obra do poeta. Haverá, ainda, rodas de leitura, contação de histórias e oficinas.

Em São Paulo, às 17h30, a Biblioteca Mario de Andrade promove o Sarau Dia D, quando o público será convidado a compartilhar suas impressões acerca da poesia de Drummond. Alunos de cursos pré-vestibular terão a chance de assistir a aula da professora Ivone Dare sobre o livro "O Sentimento do Mundo", na livraria da Companhia das Letras, no Conjunto Nacional. Serão dois horários: 16 h e 17 h. Na loja do IMS, também no Conjunto Nacional, títulos sobre o poeta publicados pelo IMS e o DVD "Consideração do Poema" terão descontos.

A livraria Bamboletras, de Porto Alegre, também aderiu à programação dando descontos. Vale para as obras escritas por ele. Na Mineirinha, em Belo Horizonte, haverá exibição de filmes e sarau com a presença de escritores, entre os quais Carlos Herculano Lopes e Ricardo Aleixo, às 19h.

Em Brasília, palestra com os professores da UnB Alexandre Simões Pilati e Germana Henrique Pereira de Sousa na livraria Sebinho, às 19h. Lá, haverá ainda a exposição "Drummond, Testemunho da Experiência Humana", das 8h30 às 20 h, além da interpretação do poema "Caso do Vestido", por Adeilton Lima, às 20h30.

Na cidade natal do poeta, a festa já começou na semana passada. Quarta, a partir das 10h30, participantes do projeto Drummonzinhos recitam versos em pontos comerciais de Itabira. Na Livraria Cultura de Salvador, às 20 h, e na do Recife, às 17h, serão exibidos "Consideração do Poema" e "Uma Pedra no Meio do Caminho - Biografia de um Poema".

Já o projeto Declame para Drummond, de um coletivo de 110 poetas, distribuirá poemas nas cidades de seus integrantes. A relação das cidades está no site marinamara.com.br. Programação completa: diadrummond.ims.uol.com.br. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

MEU TATARAVÔ

Conto de Luís Jorge Ferreira

Meu tataravô namorou e casou com uma moça bem mais nova, honesta e trabalhadora que ele conheceu um dia em uma Tertúlia usando um vestido de tule azul, bonita e doce, viveu com ele até que a vida de ambos se fosse , juntos tiveram muitos filhos. Ele tinha uma tara enorme por tomarem banhos juntos, mas nunca tomaram.

O filho dele meu bisavô, que em toda a sua vida nunca desmamou, criou dois cachorros ... Baleia e Rex. Andava este casal de cães sempre juntos, caçando, correndo ou estragando a horta, latiam à noite para a lua cheia, e nunca tentaram fazer sexo entre si, por falta de paixão, diferença de tamanho, ou qualquer outra pulga.

Meu bisavô casou um dia depois do feriado de finados, alinhavou seu terno com fio de linha de outra cor, juntou os trocados que guardara em um cofre de barro. e com eles comprou duas garrafas de vinho, bebeu todo o vinho e com as garrafas vazias, matou os cães.

Minha avó nasceu dia três de três de mil novecentos e três, as três e três, de um parto difícil em que as parteiras, apenas três, se revezaram em crise de empurrões e empurramentos para fazê-la nascer, depois recolheram a placenta fosforescente e brilhante e com ela fizeram um luminosos barbante que até hoje esta esticado entre a cozinha e o banheiro no fundo do quintal, e a noite serve de guia para este trajeto entre a casa e os sanitários.Casou virgem com um rapaz do Leste comprador de garrafas,no meio das quais ambos foram encontrados pelo seu pai,copulando em paz.

Das tias que eu tive a mais querida foi Caetana, que morreu ainda muito moça, vitima da mistura de cremes e poções com as quais pretendia manter-se eternamente jovem.

Já tia Benedita deu a maior sorte, sua morte foi devida a grande onda de frio que varreu o Pará em 1934, dois anos antes de ela nascer, mesmo assim

comprou ações da Panair, e foi Diretora do colégio onde Jânio, iniciou a plagiar o dicionário de Buarque de Holanda.

Mamãe foi batizada e ainda de fraldas semidescartáveis foi lecionar em Sapé

Lá tio Edir e seu irmão Elzimar foram presos em Cabo Branco por ensinarem os tubarões e os saltimbancos, a pescar Arenque.

Não tiveram muita sorte, engolidos por uma Baleia foram encontrados pelos esquimós no Pólo Norte, e hoje são totens.

Eu os reconheci, por que os vi, em uma foto na mão de uma turista Argentina, moradora no bairro do Jurunas em Belém do Pará. De nome Mirassol Catalina. Era o ano de mil novecentos e sessenta e seis. Dai batizarem o anfíbio avião da FAB, de Catalina em sua homenagem, depois do passional crime, cometido contra ela, por um sargento que a amava. Que fugiu a nado para Cotijuba não chegou a ser preso e isso ficou por isso.

Muita gente nasceu na minha família e nem foram tantos, eu nasci um pouco adiante, quando Maluf asfaltou a Galiléia. Muita gente nasceu e não foram tantos, e não tão poucos e não tão importantes. Como o Homem Elefante e Elisabeth Taylor. Ainda, primos distantes, recordo... Herodes e o Alferes Tiradentes. E da descendência das filhas do meu tataravô, e dos primos do avô, e dos sobrinhos de minhas tias, Pele e Garrincha. De coisas famosas

realizadas pelos meus, guardo a letra de um hino composto por meu padrinho, para uma cidade descoberta por Cabral, duas ostras magrinhas

que imitam castanholas, uma pizza que quando se corta a borda, toca musica andaluz, e seis secas azeitonas pretas. E eu, que sobrei para fazer este relatório.

Que leio agora para a reunião centenária da família Ferreira.

Relatório para parcos ouvintes, entretidos, cada um em passar geléia em seu meio naco de pão, e tomar seu meio cálice de Rum. Cada um, com uma metade na mão e a outra metade na boca. Sentados como em uma grande Ceia.

Sisudos cenhos fechados de gorros e casacos de lã.

Todos em silêncio, ouvindo-me apatear sobre a mesa, descalço, fimosado e nu.

Software do ECAD vai reconhecer músicas executadas na programação de TV

O ECAD vai passar a detectar de forma automática as músicas executadas na programação das TVs aberta e por assinatura.  O escritório desenvolve em parceria com a Puc-Rio um software que identifica as músicas por meio de um código individualizado (fingerprint) que contém as características da música. A previsão é a de que a nova ferramenta entre em operação no final de 2013.
Atualmente, a distribuição dos direitos autorais de músicas executadas nas TVs é baseada em planilhas enviadas pelas emissoras, que são auditadas pelo Ecad. Com esse novo sistema, a captação e a identificação das músicas acontecerá de forma automática durante as 24 horas por dia e nos sete dias da semana.

No ano passado, a entidade arrecadadora lançou um sistema semelhante para o rádio. Com um montante de R$ 258,1 milhões, o rádio e a TV aberta foram os segmentos que mais contribuíram com a distribuição de direitos autorais em 2011, alcançando 63% do total repartido pelo escritório.
Segundo o Ecad, nos últimos cinco anos, foram investidos mais de R$ 20 milhões em TI para desenvolvimento de tecnologias que atendam às necessidades específicas do segmento de direitos autorais. (Fonte: Assessoria de Comunicação da Abert)

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Portaria estabelece prazos e cria grupo de trabalho para execução do plano de desligamento da TV analógica

O Ministério das Comunicações deve encaminhar o plano de desligamento da televisão analógica no país para consulta pública até o fim do ano.  Uma portaria publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 26, estipula o prazo e cria formalmente o grupo de trabalho responsável por planejar o desligamento das transmissões e implantar o sinal digital de TV em todo o território brasileiro.
Fazem parte do grupo o Ministério e a Anatel. Os órgãos reguladores poderão convocar quando necessário especialistas e representantes de outras entidades do setor e/ou da sociedade civil. A portaria também prevê um prazo de doze meses para a conclusão do trabalho proposto no plano de desligamento.
De acordo com a portaria, o plano deve levar em conta o desenvolvimento do setor de radiodifusão, de modo a propiciar a sua expansão e possibilitar a evolução de serviços decorrentes da tecnologia digital. Também devem ser consideradas as oportunidades para a indústria nacional e a  participação dos setores atingidos pelo plano.
Com relação à população à cobertura, o documento elaborado pelo governo deve prever o acesso de famílias de baixa renda à televisão digital; a comunicação adequada à população dos eventos relativos ao desligamento da televisão analógica e a cobertura do sinal digital transmitido em áreas servidas anteriormente pelo sistema analógico.
Quanto a prazos e estratégias para o cumprimento de metas, o plano de desligamento deverá conter um cronograma para o fim das transmissões do sinal analógico de televisão; a realização de testes-piloto.
Também devem ser feitas ações relativas à recepção para acesso ao Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre pelo público em geral; ações relativas à cobertura para o adequado cumprimento das condições de exploração objeto das outorgas; a divulgação do desligamento e ações de atendimento ao cidadão; entre outros aspectos. (Fonte:Assessoria de Comunicação da Abert)

III Encontro Amapaense de estudantes de Letras-Edital de Submissão de Trabalhos: Mini-curso, Comunicação, Painel e Oficina

As inscrições para envio de trabalhos estão abertas de: 31 de outubro de 2012 a 04 de fevereiro de 2013.


Os trabalhos serão avaliados pela Comissão Acadêmica do III EAPEL, composta por professores da UNIFAP, estudantes de Letras da Graduação de diversas Instituições de Ensino Superior.

A lista oficial com o resultado dos trabalhos aceitos será divulgada no site da UNIFAP, no BLOG e nas redes sociais do evento, a partir do dia07 de fevereiro. Todos os participantes que tiverem seus trabalhos aceitos receberão carta de aceite via e-mail.

Crimes cibernéticos preocupam o Ministério da Defesa com a proximidade de eventos

Uma única pessoa é capaz de causar apagões, falta de água e rombos financeiros utilizando apenas um computador. Os chamados crimes cibernéticos são uma preocupação do Ministério da Defesa, principalmente com a proximidade de grandes eventos no país.

Sem títuloNo Seminário de Defesa Cibernética, o ministro da Defesa, Celso Amorim destacou  o investimento em tecnologia, pesquisa e inovação e a capacitação de profissionais para atuação na área como prioridades para a segurança do país.

De acordo com a assessoria do Ministério da Defesa, o setor cibernético é um dos três eixos estruturantes da Estratégia Nacional de Defesa e deverá receber, num período de quatro anos, investimentos de R$ 400 milhões. Dos recursos previstos para o Centro de Defesa Cibernética, 27,9% serão destinados à capacitação dos profissionais e 41,33% ao planejamento de segurança. Somente em 2012 estão previstos R$ 83,6 milhões. Para o próximo ano, devem ser investidos R$ 110 milhões. Cerca de R$ 100 milhões deverão ser investido em 2014 e mais R$ 81,7 milhões em 2015.

“O Brasil é a sexta economia do mundo, não pode se privar de meios de defesa modernos, inclusive com relação a possíveis ataques também modernos”, disse o ministro. “Temos que desenvolver essa estratégia de defesa. Já fizemos, na prática, na Rio + 20 e faremos em outros eventos. Vamos evoluir.”

Em setembro deste ano foi inaugurado, oficialmente, o Centro de Defesa Cibernética (CDC) sob comando do Exército, com o objetivo de centralizar conhecimentos e tecnologias já utilizadas por entidades e órgãos como Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Comitê Gestor da Internet (CGI),  Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e organizações militares.

Segundo o chefe do CDC, general José Carlos, o Brasil se equipara a países avançados no que diz respeito ao setor. “Dentro dos nossos projetos, estamos preocupados com a capacitação de tropas. Cada vez mais tropas e operações são controlados por redes. E tudo o que depende de redes tem essa ameaça, temos que nos preocupar em defender esse sistema bélico.”

A Defesa Nacional se preocupa também com a produção brasileira de softwares e equipamentos. A primeira operação inteiramente nacional foi realizada na Rio+20. Para a Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olimpíadas já estão sendo desenvolvidas novas tecnologias. O destaque, segundo o major Alexandre Lara, integrante do CDC, é para a ferramenta de correlação de eventos, com inteligência artificial para identificar uma invasão no sistema de rede.

Apesar de não ter sofrido nenhum grande atentado virtual, o Brasil é um dos países com maior ocorrência de crimes cibernéticos. Em pesquisa realizada pela empresa americana Norton, especializada em antivírus, em 2011, o Brasil estava em quarto lugar numa lista de 24 países com maior quantidade de crimes cibernéticos, abaixo da China, África do Sul e México.

Segundo a pesquisa, 80% dos adultos brasileiros já  foram vítimas desse tipo de crime. No total, é registrado uma nova vítima de crime cibernético a cada 11 dias e perdeu-se, no ano, o equivalente a US$ 15 bilhões.

Fonte: Agência Brasil | Mariana Tokarnia

AS MEMÓRIAS DA CIDADE DE LISBOA

O Lisboa Story Centre, pólo inovador dedicado à história da capital, inspira-se e respeita os fatos e eventos que moldaram a cidade.

Situado na Ala Nascente do renovado Terreiro do Paço, foi concebido enquanto Visitor Attraction, como centro interativo, em torno de 6 áreas apresentadas ao visitante com recurso à mais recente tecnologia.

No Lisboa Story Centre, o visitante “viajará” no tempo como se percorresse um livro ilustrado trazido à vida. Através do uso de cenografia, multimidia e experiências sensoriais, são apresentados relatos dramáticos dos principais eventos da memória da cidade, no espaço delimitado pela Baixa Pombalina e pelo Terreiro do Paço, explorando mitos e realidades desta cidade milenar.

De uma forma lúdica e interactiva, respeitando, porém, a verdade histórica, que uma cidade com o passado de Lisboa exige e merece, o Centro propicia ao visitante aproximadamente 60 minutos de uma viagem no tempo e no espaço.

Ocupando uma área aproximada de 2.200 m2, no Story Centre o visitante desfrutará de experiências desenvolvidas para as principais histórias da cidade, concebidas em modelos computacionais e simuladores.

No rés-do-chão, o Lisboa Story Centre assenta em 5 áreas principais que compõem a exposição. Cada história foca diferentes aspectos da História de Lisboa, estruturados numa sequência cronológica, em que os visitantes são “conduzidos” por um “contador de histórias”, multilíngue, num passeio envolvente.

O visitante poderá sentir o ambiente de um armazém da Lisboa quinhentista, onde descobrirá produtos provenientes dos Novos Mundos, transportados pelas caravelas que também aqui poderá encontrar. Será envolvido nos acontecimentos do trágico dia de Todos os Santos de 1755 e viverá a experiência imersiva do terremoto e das suas consequências. Participará depois com o Marquês de Pombal na visão inovadora da reconstrução da cidade em termos urbanísticos e de organização. Estas áreas abrangem toda a história desde as primeiras civilizações até aos nossos dias.

A 6ª área é contada no primeiro piso, onde se encontra a maquete virtual da cidade de Lisboa, e onde se explora a arquitetura da cidade e se proporciona a descoberta mais pormenorizada da sua história, incentivando à sua descoberta na atualidade.

Complementarmente poderá, ainda, ser visitada uma zona de exposições temporárias com temáticas alusivas às áreas percorridas. Este piso engloba, também, um centro de documentação sobre a cidade, bem como um espaço dedicado a grupos escolares.
Foto: Reprodução/ Internet

As seis áreas de visita são constituídos da seguinte forma:

1 – Lisboa: Mitos e Realidades (onde se aborda o Rio, a Terra, o Mar, o Céu; Primórdios mitológicos; Colonizadores e conquistadores e as Muralhas da Cidade)

2 – Lisboa: Cidade Global (onde se encontra a Cidade Cosmopolita; o Armazém do Mundo; Para Além do Horizonte; O Padre Voador; a Cidade Magnificente; Morte e Política e a Igreja)

3 – 1 de Novembro de 1755, o dia de Todos os Santos (vivencia o Terramoto e a cidade em ruínas)

4 – A Visão de Pombal (revela o Planeamento da Cidade Moderna no pós-terramoto e a Reconstrução da Cidade)

5 – O Terreiro do Paço (retrata A Praça: Política e Lazer)

6 – Explorar Lisboa (descobre a Maqueta da Baixa Pombalina que possibilita a interação multimídia com mais de uma dezena de acontecimentos relevantes da cidade)

Concluída a visita, encontra uma loja, que disponibiliza ao visitante alguns produtos criteriosamente selecionados.A saída do Lisboa Story Center é através de um posto de Turismo, onde o visitante poderá obter todas as informações que necessita assim como comprar produtos turísticos.
De portas abertas a partir da próxima semana, o Lisboa Story Centre funciona todos os dias, das 10h às 20h, e o ingresso custa 9 euros.

Fonte: Cultuga

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

107 ANOS

Muito louvável a iniciativa do Mário Corrêa, do Raimundo Maia e do pessoal do Bar Baré (Bar do Louro), no Laguinho. Fizeram a festa dos 107 anos da Dona Tereza Ramos. A negra velha compareceu na hora marcada e ainda comeu o bolo preparado para ela e toda a sua família. Uma turma tocava violão e cantava no bar. Até o Tio Juvenal Canto apareceu para cantar seu repertório, que consta “Meu pequeno Miraí”, do Ataulfo Alves. No violão tocavam Juvenal (sobrinho) Canto, Paulo Callandrini e Rabiola.

Infelizmente os órgãos de “Cultura Negra” existentes no bairro nem atentam para essas coisas. 107 anos não é para qualquer pessoa. Inda mais lúcida como a Dona Teresa, que até hoje prestigia as festas de Marabaixo da cidade, mesmo andando em uma cadeira de rodas e atenta a tudo ao seu redor. Está de parabéns a turma do Mário.

CIÊNCIAS SOCIAIS

O IV Congresso de Ciências Sociais do Amapá, que tem como tema “Sociabilidades Insurgentes no Mundo Hoje” vai ocorrer de 07 a 09 de novembro. Haverá conferências, mini cursos, mesa de debates, comunicações e programação cultural. Inscrições na cantina do campus. Inf.: www.ccsap-unifap.blogspot.com

SEMENTES DO SOL

ademarO escritor obidense Ademar Amaral informa por e-mail que seu livro “Sementes do Sol”, sobre a saga dos japoneses na Amazônia e o cultivo da juta, sai do forno dia 10 de novembro. Ele pretende fazer o lançamento dia 5 de dezembro em Belém, em local e hora ainda por definir. Reúne na sexta-feira com os japoneses da Associação Nipo Brasileira. O assunto do livro tem tudo a ver com eles e o escritor espera e lhe cedam o espaço. Isso posto, vai distribuir os convites.

A AMAZÔNIA COMO ELA É

Por MARCELO LARROYED

BRASÍLIA, 2012 – Ray Cunha lança, até dezembro, novo livro, Na Boca do Jacaré – A Amazônia como ela é (Ler Editora, Brasília, 139 páginas), enfeixando 14 contos ambientados em Belém do Pará, cidade considerada o Portal da Amazônia, “a região mais vertiginosamente bela do planeta, a que os europeus chamam de realismo fantástico” – como diz o escritor. Alguns contos se movem no Ver-O-Peso, a maior feira livre da Ibero-América, “onde o Trópico Úmido ferve para sempre”.

na boca do jacare_raycunhaNa Boca do Jacaré, conto que dá título ao livro, é o mergulho suicida de um arqueólogo nos abismos da maior ilha flúvio-marítima do planeta, Marajó, em pleno Mundo das Águas, a confluência do maior rio do planeta, o Amazonas, ao norte; do rio Pará, a oeste; e dos rios Tocantins e Guamá, ao sul, este, formando a baía de Guajará, que passa defronte do Ver-O-Peso, em Belém. Os rios Pará, Tocantins e Guamá alimentam a baía de Marajó. O Mundo das Águas arreganha a bocarra de jacaré-açu para o oceano Atlântico, a nordeste.

Autor do romance A Casa Amarela (Editora Cejup, Belém, 2000), ambientado em Macapá no ano do golpe que instalou no país a Ditadura dos Generais (1964-1985), e de Trópico Úmido – Três Contos Amazônicos (Edição do Autor, Brasília, 2005), além de A Grande Farra (Edição do Autor, Brasília, 1992), o Mundo das Águas, a Amazônia Caribenha, a Hileia, perpassa a literatura de Ray Cunha, que nasceu em Macapá, cidade que se debruça na margem esquerda rumo à boca do rio Amazonas, na confluência da Linha Imaginária do Equador, no setentrião da costa brasileira.

Inclusive O Casulo Exposto (LGE Editora, Brasília, 153 páginas, R$ 28), livro de contos ambientados nos subterrâneos de Brasília, repete o conto Inferno Verde, história curta publicada inicialmente em Trópico Úmido, e que se move simultaneamente no universo Belém/Ver-O-Peso/Marajó e na capital do Brasil, onde o autor mora.
casulo exposto_raycunhaO Casulo Exposto Trabalhando desde 1987 como jornalista, em Brasília, cobrindo amplamente a cidade, o Entorno e o Congresso Nacional, a capital da República passou a se constituir, naturalmente, em outro universo do escritor. Assim surgiu O Casulo Exposto, que se refere “à redoma legal que engessa o Patrimônio Cultural da Humanidade, a borboleta de Lúcio Costa, ninfa golpeada no ventre, as vísceras escorrendo como labaredas de luxúria, depravação e morte nos subterrâneos da cidade dos exilados”.
Segundo o autor, “a fauna, heterogênea, que tenta sobreviver na ilha da fantasia, chafurda nos mensalões brasilienses e arde numa imensa fogueira das vaidades”. As personagens que transitam em O Casulo Exposto são“políticos, inclusive daquele tipo mais vagabundo, que não pensa duas vezes antes de roubar merenda escolar; jornalistas que se equilibram no fio da navalha; tipos fracassados e duplamente fracassados; estupradores; assassinos; bandidos de todos os calibres se misturam, nos contos, numa zona de fronteira fracamente iluminada. Contudo, a ambientação de sombra e luz tresanda, também, a perfume e a romance” – diz o coautor de Xarda Misturada (Edição de autor, Macapá, 1971) e autor Sob o Céu nas Nuvens(Edição do Autor, Belém, 1982), também de poemas.
“Nascido em Macapá (AP), mas radicado em Brasília desde 1987, o jornalista e escritor Ray Cunha conhece como poucos as cicatrizes da capital brasileira. Experiência adquirida em mais de duas décadas como repórter de cidades e na cobertura intensa do Congresso Nacional. Por isso, não deixa de ser oportuno que o seu mais recente trabalho, o livro de contos O Casulo Exposto, chegue às livrarias justamente no momento em que o Senado passa por uma de suas piores crises” – o jornalista Lúcio Flávio publicou no Correio Braziliense, em 2008.
“A intimidade do autor com a cidade é denunciada não apenas por meio dos temas abordados - seja a política ou as mazelas da cidade -, mas também pela geografia desenhada em histórias que têm como personagens as vias da cidade como a W3 Sul e a W3 Norte ou um encontro aparentemente casual na Churrascaria Porcão” – escreve Lúcio Flávio, ao que diz Ray Cunha: “Sou um observador privilegiado da cidade.”
“Seus romances e contos são, geralmente, ambientados na Amazônia. Qual a sensação de escrever um livro candango, ou seja, produzido com as coisas que acontecem em Brasília?” – perguntou-lhe o jornalista belenense Aldemyr Feio, ao que Ray Cunha respondeu: “É a mesma sensação de trocar pirão de açaí com dourada frita por pão de queijo, ou de trocar a Estação das Docas por shopping. São duas situações absolutamente diferentes. No meu caso pessoal, caio de joelhos por tudo o que diz respeito à Amazônia, mas também curto Brasília. Assim, sinto-me perfeitamente à vontade tanto na Amazônia como em Brasília”.
"O que tu queres dizer com o casulo que também tresanda a perfume, romance e esperança, nas luzes da grande cidade?” – perguntou Aldemyr Feio. Ray Cunha: “O casulo do título evoca o fato de que Brasília é reconhecida como Patrimônio Cultural da Humanidade. Em termos práticos, não se pode mudar a arquitetura original do Plano Piloto, que compreende o projeto do urbanista Lúcio Costa, excluindo-se as cidades-satélites. Então, o Plano Piloto é protegido sob uma redoma, um engessamento, como Patrimônio Cultural da Humanidade. Mas nas suas ruas não há romantismo, como em todas as metrópoles brasileiras, inchadas e perigosas. Apesar disso, há contos perfumados, prenhes de romance, de esperança, como o que encerra o livro: A Caça (já publicado pela Editora Cejup, de Belém), que, no final, refere-se às luzes de Brasília, e termina com toda a família (os pais e uma garotinha) deitada na cama de casal no quarto de um bom hotel, após perigosa aventura na recém-nascida Palmas (TO)”.
“Você acha que o leitor vai entender as colocações contidas no Casulo?” – perguntou-lhe Aldemyr Feio. Resposta: “Certamente que sim. A literatura, como qualquer arte, tem algo maravilhoso. No seu caso específico, as palavras remetem o leitor a mundos que são somente dele. O escritor é um mero porteiro. Lembrei-me de um caso que ocorreu com William Faulkner. Alguém o informou que leu duas vezes um livro seu e não entendeu a história. Faulkner sugeriu que lesse mais uma vez”.

SERVIÇO

O Casulo Exposto está à venda na Livraria Cope Espaço Cultural, na 409 Norte, Bloco D, Loja 19/43
Telefone: 3037-1017
E-mail:
copelivros@ibest.com.br

Ler Editora (www.lereditora.com.br), no SIG, Quadra 4, Lote 283, prédio da Fórmula Gráfica, Primeiro Andar
Pedidos para o editor, Antonio Carlos Navarro, pelo telefone: (55-61) 3362-0008 e fax: (55-61) 3233-3771
E-mails:
lereditora@lereditora.com.br e acnavarro@lereditora.com.br

Pedidos também para as redes de livrarias:
Saraiva:
www.livrariasaraiva.com.br
Cultura: www.livrariacultura.com.br
Leitura: www.leitura.com

Trópico Úmido – Três Contos Amazônicos pode ser pedido para o autor, a R$ 30, incluindo frete, pelo e-mail: raycunha@gmail.com

Blog do autor: raycunha.blogspot.com
Contato do autor:
raycunha@gmail.com

EZEQUIEL 25 – 17

Conto de Ademar Ayres do Amaral

ademar@amazon.com.br

- Você lê a Bíblia? - pergunta Jules Winnfield, um dos matadores de aluguel de Pulp Fiction, talvez o melhor papel do ator Samuel Jackson no cinema. Trabuco engatilhado em riste diante da vítima indefesa e assustada pelo espectro da morte iminente, ele acrescenta :

- Você já leu Ezequiel 25 – 17 ?

E sem dar tempo, cita a famosa passagem do livro sagrado, adaptada e enxertada pelo diretor Quentin Tarantino, sinal derradeiro e impiedoso para a execução sumária que se segue.

"O caminho do homem justo é rodeado por todos os lados pelas injustiças dos egoístas e pela tirania dos homens maus. Abençoado é aquele que, em nome da caridade e da boa-vontade pastoreia os fracos pelo vale da escuridão, pois ele é verdadeiramente o protetor de seu irmão e aquele que encontra as crianças perdidas. E Eu atacarei, com grande vingança e raiva furiosa aqueles que tentam envenenar e destruir meus irmãos. E você saberá: chamo-me o Senhor quando minha vingança cair sobre você".

Aí, bam! bam!, bam!, num transbordamento de violência que só esse diretor sabe imprimir.Cena corriqueira que eu já assisti sabe-se lá quantas vezes, e que nem sempre foi assim. Passei pelo menos uns dez anos sem conseguir chegar neste pedaço, porque não conseguia entender o jeito diferente, mas genial do mestre Tarantino fazer cinema. Quem ainda não viu o último filme dele, Bastardos Inglórios, não viu nada da sétima arte desde 2009.

Minha demorada cegueira começou a enxergar a luz, quando um amigo me emprestou Pulp Fiction, sem saber que eu já fizera quatro tentativas de assistir o filme e que nunca passara dos 15 primeiros minutos. Acostumado a assistir obras primas como Rio Bravo(já vi mais de 60 vezes) com roteiros retos e lógicos, achava Pulp Fiction uma coisa totalmente amalucada. A cena final, aquela manjada da nossa infância em que o The End aparecia em cima do beijo do herói na mocinha, nada tem de parecido em Pulp Fiction. Lá, o filme acaba quando o matador vivido por John Travolta sai vivinho de um bar que acabara de ser assaltado, depois de já ter morrido num capítulo anterior, metralhado pelo personagem de Bruce Willis, que numa ponta espetacular sobre um boxer, quase rouba todo o filme.

Ao ver o título que meu amigo tentava me emprestar, fiz uma careta de mau gosto, pensando na tragédia que seria encarar aquele negócio no meu fim de semana.

-Já conseguiste assistir esta porcaria até o fim? – perguntei sem o mínimo de educação.

-Claro, tu não?

-Já tentei umas três vezes, mas nem bem chego nos primeiros 15 minutos, trato de virar o canal.

-Mas é um Quentin Tarantino.

-Prefiro um John Ford das pradarias.

Aí veio a proposta:

-Então te faço um desafio: assiste mais um pouco além dos 15 minutos, faz uma forcinha, o filme é genial.

Ah, pra que eu fui aceitar fazer isso, não desgrudei mais da minha tela até chegar no meio do filme. No meio? Pois é, eu explico: a película termina no meio da história, mercê de um roteiro que apenas tem aparência de maluco, mas que é de uma criatividade impressionante. Como diz no livreto da coleção da Editora Abril, que mal chegou às bancas eu corri pra comprar, Pulp Fiction, de 1994, é um frenético caldeirão pop. A obra fez a ressurreição de um John Travolta que praticamente estava esquecido desde Nos Tempos da Brilhantina, tem Uma Thurman, atriz preferida de Tarantino que protagonizou depois a série Kill Bill, o excelente Samuel Jackson, Harvey Keitel, num papel hilário, e outros, como Bruce Wills, que aceitou fazer uma ponta praticamente sem receber um centavo, a troco de uma participação nos lucros. Detalhe: o filme custou exatos oito milhões de dólares, bem baratinho para os padrões de Hollywood, mas ganhou o festival de Cannes, várias indicações para o Oscar e rendeu mais de 200 milhões de dólares. Tadinho do Bruce Willis.

E você, já leu Ezequiel 25-17? Tanto faz, assista Pulp Fiction e veja como Tarantino produziu um salto fantástico na história do cinema, uma verdadeira revolução na linguagem da sétima arte.

OS ‘NEM NEM’: UMA LEGIÃO DE JOVENS QUE NÃO ESTUDA OU TRABALHA

Autor:

Fabiana Ribeiro, Cássia Almeida e Henrique G.Batista

País tem 5,3 milhões de pessoas entre 18 e 25 anos que nem sequer procuram emprego. Entre motivos, gravidez precoce e até envolvimento com o crime. Escola deve ser mais atraente, dizem analistas
Fabiana escolheu abandonar o ensino médio para criar o filho
RIO — O Brasil já aprendeu que lugar de criança é na escola. Tanto que praticamente todos os pequenos de 6 a 14 anos estudam (98,2%). O país, contudo, não teve o mesmo sucesso com jovens e adolescentes. Estudo do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj mostra que quase um em cada cinco jovens (19,5% dos 27,3 milhões que têm entre 18 e 25 anos) não estuda, não trabalha, nem procura emprego. São os chamados “nem nem”, representados por um contingente de 5,3 milhões de pessoas.
É um cenário longe de ter um desfecho feliz. Em dois anos, a parcela dos jovens entre 15 e 17 anos que estudam caiu de 85,2% em 2009 para 83,7% em 2011, conforme mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE. Ou seja, há outro 1,7 milhão de adolescentes dessa faixa etária longe dos bancos escolares, um contingente que pode ajudar a engrossar a geração dos “nem nem”.
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a grande maioria desses jovens de 15 a 17 anos mora com os pais. O que surpreende é que, entre os que têm de 25 a 29 anos e não estudam nem trabalham, há quase 20% de chefes de família.
Não são poucos os motivos: da evasão escolar ao desalento, passando por gravidez precoce e envolvimento com o crime. Fazê-los não abandonar os estudos é, sem dúvida, o maior desafio da educação brasileira. A taxa de desemprego de adolescentes de 10 a 17 anos caiu de 20,1% para 19,4%, em dois anos.
— A evasão escolar mostra que a escola não está interessante o suficiente. É entre os mais pobres que encontramos as maiores proporções de excluídos, tanto dos estudos quanto do trabalho — disse Adalberto Cardoso, pesquisador do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) da Uerj, acrescentando que mudar esse quadro exige políticas públicas que busquem, por exemplo, incentivar as famílias carentes para a manutenção dos jovens na escola e criar espaços acessíveis e gratuitos de aprendizagem profissional.
Pelos dados do Iesp, com base no Censo 2010, o número de moças que não estudam e não trabalham é quase o dobro do de rapazes: respectivamente, 3,5 milhões e 1,8 milhão. A maternidade é a grande explicação para essa distância. Para se ter ideia, 50% das jovens da geração “nem nem” têm filhos. Mas a família não é a única explicação. Há, segundo Cardoso, um forte desalento em consequência da qualificação ruim.
— A qualificação ruim dos jovens não lhes permite ingressar no mercado de trabalho, mesmo em plena atividade. Os pobres são, sem dúvida, os mais afetados — disse Cardoso, acrescentando que, na parcela mais pobre da população brasileira, com renda per capita de até R$ 77,75, quase metade dos jovens estava fora da escola e do mercado de trabalho.
Impactos são econômicos e sociais
Tatiane Destefano, de 23 anos, teve que optar por dois sonhos em 2009: continuar os estudos — ela estava ainda no segundo ano do ensino médio — ou ter o filho, que veio sem ser planejado. Ela optou pela maternidade e abandonou os estudos. Sem trabalhar, vive com sua mãe na Zona Norte do Rio e conta com a ajuda da avó paterna de seu filho — o pai do garoto se recusou a registrar a criança. Ela diz que não se arrepende da escolha:
— Vivi a maternidade intensamente, estou com meu filho no principal momento de sua formação, que é até os quatro anos. Claro que tenho vontade de concluir os meus estudos e trabalhar, mas espero isso para quando ele estiver mais crescido — disse.
Determinada, ela conta que nunca pensou em não ter a criança. Ela lembra que sua mãe é fundamental para ela e que um problema de saúde que atravessa agora dificultou a tentativa de retornar seus sonhos de trabalho e estudo. Mas ela não desiste:
— Uma coisa é certa: nunca é tarde para recomeçar.
Para Fernando de Holanda Barbosa Filho, professor da Fundação Getulio Vargas, a taxa de matrícula no Brasil é muito baixa. E, com isso, boa parte dos jovens que trabalham não tem o nível médio, o que ajuda a explicar essa condição de desalento estrutural.
— É um problema de longo prazo. Afinal, o que se vê são perspectivas menores de emprego para os jovens que não concluem o ensino médio.
A escola precisa ter qualidade, apontou o professor da FGV. Mas apenas isso não retém o jovem. É preciso, segundo ele, tornar a escola mais atraente. E isso pode implicar até mesmo alterar o currículo das aulas.
— Tornar a escola atraente passa por fazer com que seu conteúdo seja mais apropriado à realidade. Muitos jovens, por exemplo, já viram que a taxa de empregabilidade dos cursos profissionalizantes é baixa. E, com isso, deixam esses cursos — comentou ele.
Hildete Pereira, professora da UFF, acrescenta ainda que não são apenas a gravidez e a maternidade as responsáveis por tirar as jovens da escola.
— Não basta ter escola. É preciso ter escola com qualidade.
Na avaliação de Flavio Comim, professor de Cambridge, a falta de investimento na juventude traz impactos econômicos e sociais. Com menos educação, afirma, as jovens ficam mais propensas a uma gravidez na adolescência, a maiores índices de violência e a vagas de pior qualidade. Mas ele não acredita que a responsabilidade seja só do governo:
— A esfera privada, e com isso eu quero dizer a esfera das famílias, dos espaços de trabalho, das comunidades, não pode ficar de fora da discussão e da implementação de soluções para resolver o problema. A educação dos filhos deveria ser a prioridade de todos os pais. Por que não é? Em alguns casos, simplesmente não existem escolas, mas em outros, a grande maioria, o problema é de baixa qualidade da educação. O que os pais deveriam pensar é: o que fazer para melhorar a qualidade da educação da escola do meu filho?
Emprego de má qualidade
Cardoso, do Iesp, acrescentou que, em algum momento, esses jovens que não estudam e não trabalham vão tentar entrar no mercado de trabalho.
— E parte desses jovens vai se tornar assalariada sem carteira assinada.
Em alguns casos, deixar os estudos pode ser uma opção para jovens quando o mercado de trabalho permanece aquecido, apesar da desaceleração econômica no país. Com o desemprego em queda, o jovem se sente mais atraído a trabalhar, justamente no momento em que o setor de serviços — atual motor da economia — mostra-se como um dos maiores empregadores do país. E, ao contrário do que acontece em países desenvolvidos, o setor não exige profissionais altamente especializados.
Mas nem sempre o jovem que sonha em trabalhar quer largar definitivamente os estudos. Diogo Chaves, de 23 anos, abandonou o ensino médio quando começou a fazer o serviço militar obrigatório. Hoje, ele tem de correr para retomar seus projetos: interessado em ser policial, ele vai fazer um curso preparatório para concursos e tenta concluir o ensino médio em supletivo, para ser aceito no serviço público.
— Realmente tenho de recuperar o tempo perdido. O problema é que fica mais difícil se preparar para concurso e trabalhar. Fiz uma entrevista de emprego, mas o horário não coincidia. Tentei meio período em telemarketing, mas também não deu certo — diz o carioca, que mora na Penha, Zona Norte do Rio, com os avós e com a mãe. (Fonte: Globo online)

ASTRÔNOMOS DESENVOLVEM CATÁLOGO DA VIA LÁCTEA

Sem título

Uma equipe internacional de astrônomos desenvolveu um catálogo contendo mais de 84 milhões de estrelas que estão localizadas nas partes centrais da Via Láctea, tudo isso,  utilizando uma imagem de vários gigapixels, feita pelo telescópio de rastreio infravermelho Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy (Vista), localizado no Observatório do Paranal do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês).

A maior parte das galáxias espirais conta com uma grande concentração de estrelas mais velhas que acabam rodeando o centro, ao qual os astrônomos nomearam de bojo. Assim, para entender toda a formação e evolução do bojo da Via Láctea é necessário compreender a galáxia com um todo.

"Ao observar em detalhe as miríadas de estrelas que circundam o centro da Via Láctea, podemos aprender mais sobre a formação e evolução, não só da nossa galáxia, mas também das galáxias espirais duma maneira geral," explica Roberto Saito (Pontificia Universidad Católica de Chile, Universidad de Valparaíso e The Milky Way Millennium Nucleus, Chile), autor principal do estudo.

"Observar o bojo da Via Láctea é muito difícil porque este se encontra obscurecido por poeira," diz Dante Minniti (Pontificia Universidad Catolica de Chile), coautor do estudo. "Para espreitar para o coração da galáxia, temos que observar no infravermelho, radiação que é menos afetada pela poeira."

Trata-se da maior imagem a cores astronômica já feita, formando o catálogo de concentração central de estrelas na Via Láctea praticamente perfeito.  Para obter esse sucesso, as equipe de astrônomos usou dados do programa Variáveis Vista na Via Láctea. Com esses dados foi possível criar uma imagem a cores de 54 mil por 40,5 mil pixels.

A imagem usada é extremamente grande, para se ter noção, caso fosse impressa com a resolução de um livro comum, seria necessária uma folha de 9 metros de comprimento e 7 metros de largura. De acordo com Dante Minniti, coautor do catálogo, a observação do centro da Via Láctea não é fácil, pois concentra muita poeira cósmica. Deste modo, para  chegar a uma imagem precisa, foi necessário usar várias fotos menores feitas com detectores de alta sensibilidade para luz infravermelha instalados no observatório europeu de Paranal, no Chile.

"Cada estrela ocupa um lugar particular no diagrama em cada momento da sua vida. Este lugar depende de quão brilhante e quente é. Uma vez que estes novos dados nos dão uma fotografia instantânea de todas as estrelas de uma só vez, conseguimos fazer um censo de todas as estrelas nesta zona da Via Láctea," explica Dante Minniti.

"Uma das outras coisas fantásticas acerca do rastreio VVV é que se trata de um dos rastreios públicos do Vista do ESO, o que significa que estamos a tornar públicos todos os dados através do arquivo de dados do ESO. Esperamos, por isso, que saiam daqui muitos outros resultados interessantes," conclui Roberto Saito.

O trabalho foi apresentado no artigo científico Milky Way Demographics with the VVV Survey I. The 84 Million Star Colour-Magnitude Diagram of the Galactic Bulge por R. K. Saito et al., que será publicado na revista especializada Astronomy & Astrophysics. (Fonte: Oficina da net)

O AMAPÁ E A GUIANA

Texto De Hélio Pennafort

Quando Janary Nunes e Robert Vignon atravessaram a década de 50 governando, respectivamente, o Território do Amapá e a Guiana Francesa, o intercâmbio politico administrativo era muito acentuado entre as duas unidades.

Anualmente, caravanas de autoridades e jornalistas partiam de Cayenne para Macapá e vice-versa. Numa dessas viagens houve até troca de condecorações. Janary, em Cayenne, recebeu a estrela Negra de Benin; Robert Vignon, em Macapá, foi condecorado com a Ordem do Cruzeiro do Sul.

No livro Gran Man Baka, que Robert Vignon fez publicar, o antigo governador da Guiana revive alguns momentos passados em Macapá, oferecendo ainda um elenco de observações interessantes. “As ruas eram de uma largura tão impressionante quanto a circulação era modesta. A população, muito dispersa, parecia demais primitiva. Alguns condenados, após uma estada na prisão, estavam autorizados a vir terminar suas penas neste território, dentro de uma liberdade bastante vigiada. Nada era esquecido para se obter o melhor rendimento da mão-de-obra existente. Quando visitamos um fábrica de sapatos, admirei-me de ver todos os operários de farda. Janary me explicou que ele tinha achado que os guardas da alfândega destinados pelo ministério das finanças do Rio de Janeiro a seu Território, lhe serviam com mais utilidade fabricando sapatos que guardando, simbolicamente, uma fronteira mal definida e absolutamente permeável”. Aqui Vignon deve ter confundido as coisas. Quem nesse tempo fabricava sapatos era uma turma da antiga Guarda Territorial, que nada tinha a ver com a vigilância da fronteira.

Mais adiante, ele atesta que o planejamento era vigoroso. “A educação, ensino, esporte reunidos, a religião, tudo estava entre as preocupações essenciais do governador”.

Como não podia deixar de acontecer, Robert Vignon faz uma comparação entre o Território e a Guiana Francesa nesse tempo – 1951: “Amapá nada mais é que um território de colonização onde os problemas de desenvolvimento são os mesmos que nós decidimos enfrentar na Guiana. As estruturas, no entanto, são diametralmente opostas. Nós estabelecemos uma perfeita democracia, colocando a Guiana como departamento francês, o que é perfeitamente lógico, sob o ângulo do desenvolvimento intelectual, social e politico da população. Já os brasileiros escolheram um método autoritário, colocando à cabeça do território um governante com poder de ditador absoluto, prestando conta de seus atos ao Rio de Janeiro, bem distante e absorvido por outros problemas”.

Sobre a pessoa do governador do Amapá, em seu livro, Robert Vignon: “Janary era de uma personalidade extremamente cativante. Franco, direto, espontâneo, ele falava bastante francês e espanhol. Eu me hospedei na casa dele. Me fez visitar seus aposentos e admirar uma grande cama de madeira da região, de fabricação local. Sua esposa estava no Rio em tratamento de saúde. E à noite, precisei passar pelo seu quarto, quando observei que uma rede estava estendida por cima da cama. Janary me explicou, sorrindo, que era muito difícil dormir numa cama e que ele levava sua rede até quando ia para o Rio”.

Sobre a comida que provou em Macapá: “Consistia num vasto prato de feijão vermelho, farinha de mandioca, peixe e galinha assada na brasa, jacaré e tartaruga guisados com muito tempero brasileiro”. Revela a seguir “Os brasileiros não tem o complexo europeu que, sob todas as latitudes, do polo do equador, não aceitam comer além do bife com batatas fritas”.

Chega a vez do governador da Guiana relatar a viagem de Janary a Cayenne: “Combinei a sua chegada com a festa que organizava, a cada ano, para marcar o aniversário da departamentalização e da instalação do novo governo, por Jules Moch. O governador veio com uma grande comitiva e o grande momento dessa visita foi quando eu o condecorei com a medalha de Oficial da Estrela Negra de Benin. Evidentemente que o contraste entre Janary e eu, era surpreendente, com meus 1,85m e 85 quilos, dominava pesadamente Janary com seus 1,60m. ele tinha a morfologia típica dos brasileiros do norte. Silhueta curta e maciça. Quando o condecorei, ele percebeu qualquer coisa de paternal no meu abraço”.

PUBLICADO EM “A PROVÍNCIA DO PARÁ”

JORNAL DO AMAPÁ – Nº 312 – MACAPÁ 25 DE AGOSTO DE 1991

terça-feira, 23 de outubro de 2012

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ZUNIDOR

Vai ser amanhã, dia 20, no SINDSEP, o lançamento do CD “Favela, Uma História de Tradição” da cantora e compositora de Marabaixo, Maria Libório. O trabalho é uma produção do professor Carlitão, líder da Banda Placa e um dos maiores incentivadores da cultura popular do Estado, que luta com parcos recursos para fazer os registros fonográficos das comunidades quilombolas.


52 escritores participarão do “Corredor Literário” da FLAP com seus textos impressos em banners que serão colocados ao longo do trajeto da BPEL até à Casa do Artesão, na Beira Rio. O projeto vai durar três dias, do início ao fim da Feira. O grupo de “estátuas vivas” coordenado por Débora Bararuá apresentará oito trabalhos postos em pontos estratégicos do Corredor, todas baseadas no significado do projeto maior. Estátuas de Drummond de Andrade, de uma dançarina de Marabaixo e outras, representando os novos poetas amapaenses, terão efeito tecnológico.


Ocorre a partir de hoje, 19, até domingo o III Fórum de Artes Visuais, no Centro Cultural Franco Amapaense. Haverá uma exposição de artes plásticas montadas no final do evento.


Hoje tem apresentação do guitarrista e cantor Cléverson Baía no Rod’s Bar, no Araxá.


A Fundação Biblioteca Nacional vai incorporar o seu exitoso projeto “Caravana Cultural” no Amapá. Serão escolhidos dois autores que tenham mais de três livros publicados por editoras e que tenham o n° do ISBN. Brevemente, segundo a poeta Carla Nobre, coordenadora da FLAP.


Falar nisso a FLAP vai congregar mais de 500 professores das escolas públicas estaduais e milhares de alunos. Um exército de pessoas vai trabalhar nessa primeira edição do evento. O GEA disponibilizará 93 mil reais para aquisição de livros de autores nacionais e regionais para alunos, através de check livros no valor de 100 reais cada.


Hoje de manhã muitos escritores e amantes da literatura estiveram na Casa do Artesão para um saboroso café da manhã, que teve a presença do secretário de Cultura Zé Miguel, da Isabel Cambraia, diretora da EAP, da representante da SEED, Elda Araújo e da primeira dama do estado Cláudia Capiberibe. O professor Munhoz como sempre presente, mas um pouco afastado da também presente, a ilustre professora Zaide Soledade, que segundo o PTB, anda com ciúmes dele. Olha o Gambisa, professora. Olhe lá!


A programação da Pré-Feira iniciou com o café da manhã, hoje. Dia 24 haverá a palestra com Rogério Andrade “Na África tem? No Brasil também!”, no Museu Sacaca, dia 24, às 08h30. À tarde ele conta histórias na BPEL, às 15h00. No dia 25 haverá o sarau “Casa da África” no Museu sacaca, às 19h00 e no dia 30 a abertura do Corredor Literário, na BPEL, às 16h30.


Vai um comentário: enquanto as feiras literárias dos outros estados nascem sempre de iniciativas do capital, a título de empreendedorismo, visando o lucro das vendas com preços nem sempre acessíveis aos estudantes e leitores em geral, A FLAP nasceu da necessidade dos escritores locais terem um lugar ao sol. Há muito que os governantes só investem em cultura de massa, como o carnaval e festas juninas. Eu digo sem nenhuma bajulação que foi preciso a sensibilidade da primeira dama do estado entrar em cena para viabilizar o evento, que o GEA incorporou como uma forma de incentivar, estimular e valorizar os produtores culturais da literatura, que nem sempre tiveram seu valor reconhecido pelos setores governamentais. Se um dia tiveram, foi mais para agradar com tapinhas nas costas. Fica aqui neste espaço o reconhecimento a ela (que espera que todos possam fazer a sua avaliação para melhorar as FLAP’s seguintes), à Carla Nobre e sua equipe, ao secretário Zé Miguel, à Ângela Carvalho, da Gerência do Livro e da Leitura da SECULT, à diretora da BPEL, escritora Lulih Rojanski, à Isabel Cambraia, diretora da EAP, à SEED, à imprensa de modo geral e a todos os escritores que acreditaram que a FLAP vai ser realizada. Depois dessa edição não poderemos mais deixar de tê-la como um grande acontecimento cultural do estado. Não haverá mais volta.


Inderê! Volto zunindo na semana que vem.

É BIG! É BIG! - Joãozinho Gomes

Joãozinho Gomes

Feliz Aniversário (20/10) grande poeta.

RAÍZES DO ATRASO

cristóvão lins2O lançamento do livro “Amazônia- As raízes do atraso” é uma obra de autoria de Cristóvão Lins, engenheiro agrônomo que participou de três fases do projeto Jari. Durante 30 anos de trabalho no projeto, exerceu várias funções, entre elas, na pesquisa florestal, pecuária, mineração e agricultura. Inclusive como diretor executivo da Jari Energética.

Para o diretor de administração e finanças do Sebrae, Valdeir Ribeiro, “A instituição apoia uma obra que dá um mergulho nas raízes históricas da formação socioeconômica da região, mostrando as origens do atraso que penaliza o seu povo em que lhe são negadas as oportunidades de desenvolvimento, diante da imensidão de recursos naturais que se pretende manter intocada”. (Fonte: Informativo Sebrae)

A obra será relançada na Amazontech, na Cidade do Samba.

RUMO À CACHOEIRA (*)

Texto de Hélio Pennafort

A pequena lancha de alumínio, empurrada por um motor de popa de 25hp, sobe o rio Oiapoque em direção às cachoeiras. A forte neblina matinal, uma das gostosuras climáticas da região, já havia dissipado quando avistamos o “Pede Passagem”, apenas um estirão depois que deixamos para trás a Ponta do Cheiroso, extremo da cidade para o lado de cima do rio. Nesse ponto da margem, contam os antigos, remadores solitários que passavam por ali altas horas da noite ouviram vozes vindas das canaranas ou do bambuzal suplicando por uma passagem na canoa. Para onde, ninguém sabe. No dia seguinte, em rodas de cana, os caboclos comentavam amedrontados que ouviam apenas: “Me dê uma passagem! Me dê uma passagem!” Arrepiados, tratavam de remar até os limites de suas residências. E verificavam que a medida que o lugar ia se afastando as vozes iam sumindo.

Marcando o meio da viagem fluvial entre a cidade de Oiapoque e a Vila de Clevelândia do Norte, a ilha Barbosa é outro destaque na geografia da fronteira. Entre essa ilha e o lado da Guiana tem um imenso pedregulho que torna a viagem em motor de popa algo perigosa quando a maré está seca. Pelo lado brasileiro, a ilha se defronta com o Pontanarry, um dos maiores afluentes do Oiapoque – e um dos mais bonitos também – cheio de praias e recantos exóticos próprios para campings, piquenique ou farras aquáticas.

Clevelândia do Norte também fica no caminho das cachoeiras. Vista no meio do rio, a simpática vila não tem nada que lembre a fase de horror quando foi transformada em presídio político nos anos 20, recebendo contingentes enormes de deportados das revoluções que aconteciam no Sudeste e no Sul do País. Desacostumados com a região e enfraquecidos pelo mês de viagem que passavam nos porões dos navios, os presos morriam às dúzias, vitimas principalmente pela malária e problemas gástricos. Mas essa fase não durou mais que cinco anos. Clevelândia teve um papel importantíssimo na colonização da fronteira, sobretudo depois que passou a ser ocupada por unidades do Exército, antes mesmo da criação doo município de Oiapoque. De lá a gente já enxerga o início do trecho encachoeirado do rio

Para alcançar a primeira e imponente cachoeira – Grand Roche – fizemos o bordejo pelo Marripá, pequeno porto pelo lado francês. Serve para os canoeiros transportarem suas cargas por terras para um local acima das grandes corredeiras. Que são ultrapassadas com as canoas vazias, sem perigo de alagação. Um pequeno amontoado de terra cheio de arbustos, distante 50 metros da margem francesa, é a ilha dos namorados, refúgios dos casais que escapam da aglomeração dos banhistas nas movimentadas manhas domingueiras. O barulho da cachoeira é muito grande.

Grand Roche realmente é uma pedra enorme. Atravessa o Oiapoque de margem a margem, com alguns pequenos vãos para a passagem das canoas que se dirigem aos Cricou, Marupi, Camopi, e outros lugares rio acima. A predominância de nomes franceses a esses rios e a essas cachoeiras é devida a indiscutível influência dos guianenses na colonização da gleba oiapoquense. Passando ao largo, você imagina ser impossível uma atracação no meio daquela rebordosa. É bonita e barulhenta a queda d’água. São bonitas também as espumas que se desgrudam do remanso e descem o rio devagarinho até se desmilinguirem quando encontram alguma pedra de fora ou um pedaço de pau boiando. Com muita habilidade, demonstrando efetivamente conhecer o ofício, o nosso motorista guiou a pequena lancha de alumínio por entre corredeiras e pedras até encostar na ilharga de uma das pancadas da cachoeira. Apontou um caminho por onde descemos. E, surpresa! Não é que em cima de um dos maiores lajedos da cachoeira existe um bar com tudo que um biriteiro necessita em tão distantes grimpas? Mais surpresa ainda, o dono do bar, o Miguel Ceará – que nasceu na Paraíba – por ter construído o seu estabelecimento no ponto mais estratégico da cachoeira, exatamente no meio do rio, passou a ser uma espécie de guardião do Grand Roche, por solicitação informal das autoridades francesas e brasileiras. “De vez em quando vem um gendarme (polícia francesa) aqui e pergunta se está tudo normal. Até helicóptero de Cayenne já desceu aqui. Foi bem ali, em cima daquela pedra” – aponta para um rochedo retangular. Mariana Nascimento, da TV-Equatorial, faz uma entrevista com o Miguel Ceará e se impressiona com a saga desse nordestino que largou a aridez do sertão, para viver, literalmente, em cima das águas do Oiapoque. O bar é típico de área fronteiriça. Você pode beber de Brahma à Spalthaller passando pela Antártica e Kronnenbourg. Mais do que evidente que não podia faltar a cachaça nacional nem o tafiá guianês. Afinal, pelo bar do Miguel passa gente de um lado e do outro, cada qual com seus gostos preferenciais.

A nossa vontade era prosseguir a viagem em direção às cachoeiras Sikiny, Papacoarrá e Couleve. Só que o tempo que nos cederam para essa jornada foi pequeno. Mas antes de voltar ainda deu para um banho na Praia do João Caboclo, com suas areias limpas e seus bosques maravilhosos. Dali a gente tem uma visão mais nítida da imponência do Grand Roche. E dá também para sentir o quanto a natureza é generosa nestas brelbas oiapoquenses tão solitárias e distantes. Guardadas, no entanto, com muito amor por pessoas como o Miguel Ceará. Sucesso do creôlo Fefé. Para quem nunca ouviu falar, muchê Fefé também tinha uma venda bem pegada ao porto do Marripá, isso há anos atrás, onde os canoeiros se encontravam para contar suas aventuras por entre as pancadas das cachoeiras, lógico que fantasiadas pelo calor do tafiá ou da cachaça que naquela época chegava de Abaetetuba.

(*) Publicado no Jornal do Amapá – Nº 323. Macapá, 17 de novembro de 1991.

ESCRITORES QUE PARTICIPARÃO DO CORREDOR LITERÁRIO DA FLAP FORAM APRESENTADOS NESTA SEXTA

O grupo de organização da 1ª Feira de Livros do Amapá (Flap) trabalha a todo vapor nos preparativos do evento, que ocorrerá no período de 3 a 6 de novembro, em Macapá. Dentre as ações de pré-lançamento foi oferecido um café da manhã nesta sexta-feira, 19, às 8h30, ao lado da Casa do Artesão, onde funciona o escritório da Flap, para apresentação dos 44 escritores amapaenses que participarão do Corredor Literário à sociedade.

Autores de poemas, contos, repentes - o Corredor Literário vai homenagear escritores de todos os estilos, da velha e da nova geração. Desses, 12 têm livros publicados.
"O objetivo do Corredor Literário é promover a divulgação dos nossos escritores através da literatura invadindo as ruas, criando um espaço democrático, aberto ao público. Também é uma ação para que eles se empoderem de seu talento, uma vez que uma pequena mostra de seu trabalho poderá ser conhecida por todos", explica Carla Nobre, uma das coordenadoras da Flap.
O Corredor Literário será composto em um circuito que vai desde a Biblioteca Pública Elcy Lacerda até a Casa do Artesão. Nesse percurso, durante todo o período do evento, serão dispostos os 44 banners dos escritores com seus referidos textos, performances de estátuas vivas com o grupo Imagem e Cia.; contação de estórias, ao lado do Teatro das Bacabeiras, envolvendo diversos grupos e uma bela exposição confeccionada pela Associação Macapaense de Artesãos e Artistas (Amaarte), com reprodução de elementos da literatura em grandes molduras, espalhadas pelo Corredor, como a carruagem da Cinderela, Rapunzel, Boto, Arco-íris com o pote de ouro, as canoas da Amazônia e tantas outras referências saídas dos livros para a realidade. Tudo para encantar os visitantes.
Flap e Plano Nacional de Livro, Leitura e Literatura
A Flap é uma das ações inseridas no Plano Estadual do Livro e da Leitura, que está sendo implementado pelo governo do Estado em consonância com o Plano Nacional. O investimento do governo nesse festival literário será de aproximadamente R$ 263 mil e visa o incentivo à leitura e o fortalecimento da literatura no Estado.
Para a implementação do Plano Estadual, o governador Camilo Capiberibe instituiu um grupo de trabalho formado pelos titulares da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), Zé Miguel; Escola de Administração Pública do Estado, Izabel Cambraia; Universidade do Estado do Amapá (Ueap), Maria Lúcia Teixeira Borges; secretária-adjunta da Secretaria de Estado da Educação (Seed), Elda Araújo; coordenadora do Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler) no Estado, Carla Nobre; e o coordenador de Eventos do governo estadual, Jean Alex Nunes.
Camilo criou também, para fazer o acompanhamento desse processo do Plano, uma gerência, vinculada à Secult, tendo à frente a ex-livreira e agora coordenadora do Livro e da Leitura, Ângela Carvalho. Ela, juntamente com a Gerência de Projetos dessa secretaria, trabalha nos editais que serão lançados durante a Flap.
A primeira edição da Flap tem como tema "Rio acima Mar abaixo", inspirada no livro de Rogério Andrade Barbosa, pós-graduado em Literatura Infantil Brasileira na UFRJ, autor de vários outros títulos, que se encantou com o folclore e as lendas do Amapá e, em conversa com populares, descobriu muitas riquezas e resolveu escrever sobre elas. Rogério participará da Feira e, no dia 24 deste mês, também como ações pré-Flap, estará na Biblioteca Elcy Lacerda e no Museu Sacaca, dia 25.
Durante os quatro dias de evento estão previstos lançamentos de livros, "Rufar Literário", que será apresentado nas escolas, mesas de debates, exposição de arte visual, o governo já está disponibilizando cerca de R$ 93 mil em vale-livro para alunos, acadêmicos e professores, apresentações teatrais, contações de histórias, oficinas, recitais, palestras, saraus, participação de mais de 70 escritores, 12 editoras, lançamento de editais.
Escritora quilombola como patrona da Flap
A escritora e artesã Esmeraldina Santos, moradora do quilombo do Curiaú, foi escolhida para ser a patrona da feira. Sua indicação deu-se pela valorização de seu trabalho e da luta para sair do anonimato, o que ela reconheceu durante a cerimônia.
Esmeraldina é integrante de uma das famílias tradicionais do Curiaú e despertou para a literatura após voltar a estudar, depois de adulta. Repetindo a tradição de negros amapaenses que descreviam seu cotidiano nos ladrões de Marabaixo, ela escreve o dia a dia da família e de seu povo em livros e contos.
"Os escritores do Amapá precisam sair do anonimato. Nossos livros têm que ser lidos, sei o quanto é importante esse reconhecimento, por isso acredito que a Feira vai contribuir para que livros de pessoas como eu estejam nas mãos e estantes de amapaenses e outros brasileiros", disse Esmeraldina no lançamento do selo da Feira, no Palácio do Setentrião, dia 18 de setembro. A escritora já publicou três livros: "História de Meu Povo", "As Aventuras de Dona Florzinha", "Uma Quilombola na Política", e está concluindo "Pensamentos de Esmeraldina". (Fonte: Rita Torrinha/Secult)