sexta-feira, 21 de setembro de 2012

“Ana Martel canta Elis", na Confraria Tucuju

Mais um show imperdível da cantora Ana Martel no dia 28 de setembro, sexta-feira, a partir das 20 horas na Confraria Tucuju.

Coincidentemente, a carreira musical de Ana Martel começou no mesmo ano em que Elis Regina partiu. E agora em 2012, completando 30 anos de atividade musical, a cantora amapaense decidiu comemorar este momento especial em sua carreira homenageando a saudosa Elis Regina.

Com músicas compostas por Adoniram Barbosa, Edu Lobo, Vinicius de Moraes, João Bosco, Milton Nascimento, Fernando Brant e outros compositores interpretados por Elis, Ana Martel mostra mais uma vez para o público, canções inesquecíveis do repertório de Elis e também de seu álbum (SOU ANA).

Para abrilhantar este momento, Ana Martel contará com a direção musical do trompetista Siney Saboia e com os músicos que já a acompanham em outros momentos de sua carreira. Fabinho (violão e guitarra), Hian Moreira (contrabaixo), Valério de Lucca (bateria), Marcelo (Sax) e Jefri Redig (piano).

Serviço:

Data: 28/09/12         Hora: 20hs

Local: Confraria Tucuju

Entrada Franca

Informações: 91130596/ 81008284

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

ZUNIDOR

fernando_vacina_boubafernando_vacina_febre amarelaEssa é pro TP: olha aí esses atestados de vacina do tempo em que os alunos da rede pública eram obrigados a ter, senão não poderiam se matricular nas escolas. Atestado de bouba (doença que dá rachadura nos pés), varíola, tifo e febre amarela. Eram tiradas no DNERu (Departamento Nacional de Erradicação de Endemias Rurais, se não me engano). Atente para o carimbo “A Revolução de 64 é irreversível”. A molecada fazia fila ali na Feliciano Coelho.

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Foi um sucesso o show dos universitários dos anos 80 no bar do Abreu. Só não se lembraram dos calotes que passaram nos compositores em 1987. Quem ganhou os prêmios não recebeu neca, neca. Que o digam Zé Miguel, Val Milhomem, Joel Elias e outros. Mas em nome da cultura tudo é perdoado.

Num desses festivais um cara jogou uma lata de cerveja cheia nos peitos do Belchior, que se apresentava no Avertino Ramos. Cessada a confusão perguntei a ele porque fizera aquilo. O cara respondeu que era fã do Belchior e que queria que ele cantasse uma música que gostava muito, acho que era “Rapaz Latinoamericano”, mas como ele não atendeu foi obrigado a lhe jogar a lata para chamar sua atenção. Mas assim!!!

 

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O Governo do estado lançou a programação da FLAP – Feira do Livro do Amapá, que será realizada durante quatro dias no início do mês de novembro. Muitos escritores, livreiros e professores de literatura prestigiaram o lançamento da FLAP no auditório do Setentrião, que segundo a professora Elda Araújo, da SEED, “foi uma tacada de mestre do Camilo”. Zé Miguel falou que “o corredor literário tem que estar no coração de todos nós.” Já a primeira dama Cláudia Capiberibe disse que “a FLAP é uma conquista importante para o povo do Amapá”.. O governador enfatizou que ela “é o resultado de vários passos que o GEA vem fazendo para consolidá-la”. Serão 300 mil empregados no evento. Anunciou que a SEED vai fazer o ‘check livro’ para que os estudantes da rede pública tenham acesso aos livros que estarão à venda. Também será (Enfim!) lançado o I Edital de Literatura para financiar livros de escritores amapaenses pela SECULT. Serão lançados também os editais para todos os segmentos artísticos, segundo o governador, que arrematou: “vamos valorizar isso, pois é histórico para o estado”. “Vamos valorizar quem faz esse trabalho, pois sei que não é fácil escrever um livro”.

 

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Bi Trindade pretende reeditar o seu exitoso show “Fé Guerreira”, que realizou no Copacabana em 2011, com a chancela de Sônia canto Produções.

 

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macapa1De 19 a 23 de setembro no Marco Zero haverá uma extensa programação do “Equinócio da Primavera – Astronomia do Meio do Mundo”, realizada pela SETUR (96-3212-5335 e 3212-5336/ www.setur.ap.gov.br).

Dia 22, dia do Equinócio da primavera, haverá um jogo de vôlei no meio do mundo, às 09h00, entrada franca, no Marco Zero do Equador. Será hemisfério sul contra hemisfério norte.

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Continua a exposição de instalações dos artistas contemplados com o prêmio Marcantonio Vilaça na Fortaleza de São José de Macapá.

 

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O programa Global “Caldeirão do Hulk” vem à Macapá daqui a alguns meses. A produção do programa escolheu a música “Meu Endereço”, de Fernando Canto e Zé Miguel para tocar no programa. Uma boa notícia.

Outra: o fotógrafo e cineasta Alex Silveira pediu o texto de “O Bálsamo” (conto de minha autoria que completa 20 anos de criação, quando arrebatou o 1º lugar no I° Concurso de Contos das Universidades do Norte), para roteirizar e filmar. Ele mora no Rio, mas conhece Macapá e pretende usar artistas locais para o filme.

Na semana que vem vou participar da Feira Pan Amazônica do Livro em Belém, como convidado do seminário da UNAMAZ.

 

Inderê! Volto zunindo qualquer hora dessas.

A APROPRIAÇÃO SOCIAL DAS CORES

cores (1)Crônica de Fernando Canto

Não é de agora que as cores determinam gostos, tendências e paixões. Muito menos ideologias políticas. Quando existiam. A simples pigmentação que os nossos olhos vêem na natureza, o que para os físicos designa uma luz ou a radiação de certo comprimento de onda, pode se transformar num insulto ou até mesmo em objeto de cobrança do dia-a-dia.

No contexto social há uma apropriação simbólica veemente das cores. Apropriação essa que ultrapassa a coerência, mormente em períodos de campanhas eleitorais, quando se exacerba o desfraldar das bandeiras e se acirram apaixonadamente os interesses em busca de vitórias políticas. Cores que se identificam com a personalidade de indivíduos nem sempre se adequam à personalidade do grupo, o qual invariavelmente dita as normas para se caracterizar. Apesar de impalpável a cor transfixa-se em objeto, e como tal tem o profundo poder de mexer no psicológico das pessoas e de transformá-las em reprodutoras do seu significado. Torna-se, então, símbolo identitário de uma causa, sinal de algo que se instaura, signo expressivo sob a luz. E por estar em toda parte constitui-se inequivocadamente símbolo, capaz de suscitar movimento expresso em cada alma que busca razões de estar neste universo. Não é à toa que as cores de uma paisagem falam uma linguagem capaz de ser entendida pelos poetas e artistas, os quais pressentem a presença de entidades e gênios e sabem o significado do mundo visto por eles. As cores representam uma espécie de milagre permanente de energia. E mais além encantam os olhos de cientistas por se apresentarem como enigma a ser decifrado. Desde a criação alegórica do mundo quando Deus disse “faça-se a luz” as cores explodiram no cosmo para dar ao homem que viria razões para pensar no seu processo de criação e fazer nascer a cultura, em oposição à natureza.

As sete cores que enxergamos no espectro solar: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta são apenas produtos de visão arbitrária, considerando que o olho humano é capaz de distinguir cerca de 700 tonalidades de cores diferentes. Todas elas estão carregadas de valores simbólicos que dificilmente alguém pode apartar. O vermelho, por exemplo, cor quente, associada ao planeta marte (deus da guerra), também tem relação mística com metal (ferro), com pedra preciosa (rubi ou sardônica) e com um dia da semana (terça-feira). Também é considerada a cor do fogo e do sangue. É a cor do amor, do orgulho, da violência, da virilidade masculina e da divindade. Por vezes representa o sol, que enquanto fogo celeste é mais vermelho que amarelo. São aspectos da apropriação que o homem realizou desde os primórdios nas suas lutas para marcar seu território e conquistar outros. Assim cores são bandeiras e estas têm cores representativas de uma idéia ou de uma ação, que no decorrer dos tempos mudam de significado.

Lembro aqui que a cor representativa de um grupo, de um partido ou de uma causa pode incutir medo ou reações mais absurdas de servilismo ou de conduta desvairada em seus seguidores. Quem não se recorda de um período recente da vida local em que o tradicional Colégio Amapaense foi pintado de um amarelo tão feio que causava dor na retina de qualquer cidadão? Ou de quando as escolas públicas, em época não muito distante, eram de um azul escuro tão forte que tinha até nome e provocava raiva? Um certo movimento abarcou logo – democraticamente - o arco-íris todo.

Creio que por um lado essa apropriação demonstra os progressos e as mutações do homem na sociedade. O homem que vence suas paixões e desejos e eleva sua consciência procurando novos rumos em direção à luz. Por outro lado, porém, esse mesmo homem, ao empatar a luz com sua mesquinhez e loucura, ou mesmo ao se impor como dono de certa cor, decerto tornará o mundo mais obscuro e mais triste.

Jornal do Dia. 30.07.2008

O SOCIALISTA DE FERREIRA GOMES

barricada comuna de parisTexto de Fernando Canto

As visitas pastorais do 1º Bispo Prelado de Santarém, Monsenhor Frederico Costa, realizadas no início do século XIX, contemplaram várias localidades do atual estado do Amapá, que naquela época ainda não haviam sido desmembradas do Pará, e que eram pertencentes àquela circunscrição eclesiástica, uma área territorial gigantesca, que ia do rio Xingu ao Amazonas e do Mato Grosso às Guianas.

O Monsenhor visitou vários locais, inclusive Amapá, Oiapoque, Cunani, Bailique e outras paragens, passando por muitos perigos e percalços. Ele considerava a situação religiosa do Amapá gravíssima e pretendia observar a situação reinante em busca de soluções, dentro das suas possibilidades. E assim foi que no dia 22 de outubro de 1905 “alcançou a antiga colônia denominada Ferreira Gomes, localizada próxima da primeira cachoeira do rio Araguari. Embora não estivesse sendo esperado, a população o recebeu com muita alegria, ficando hospedado em casa dos irmãos Deocleciano e Coriguasil Matos, que eram os principais do lugar” (Santos, João, in Monsenhor Frederico Costa, 1º Prelado de Santarém. CEC, Belém, 1978). Segundo o cronista acima citado, D. Frederico gostou muito do lugar, principalmente pela sua localização alta que oferecia uma vista bonita. Ali ele encontrou uma capela “trabalhada com gosto por um artista português, que o prelado veio a conhecer na residência do Sr. Alcebíades, onde também estava construindo outro templo”. Chegou a encontrar um velho de nome Venâncio, que segundo os cálculos feitos por ele, possuía a idade de 110 anos.

Ao escurecer do dia 25 de outubro D. Frederico partiu com destino ao barracão chamado “Duas Irmãs”, cujo proprietário era um tal capitão Eugênio Campos, que segundo o bispo “foi um companheiro de longos anos de D. Antonio de Macedo Costa”, considerado o apóstolo da Amazônia. Nessa viagem o prelado teve a oportunidade de saber muitos fatos que até então desconhecia sobre o grande bispo. No barracão “Duas Irmãs” passou três dias na “agradável companhia do capitão Eugênio”.

Mas só em carta datada de 24 março de 1906 é que ele faz interessante referência a esse capitão, escrevendo: “podemos afirmar que o Capitão Eugênio Campos foi sempre um cristão sincero, embora, levado pelo seu gênio fogoso e por companheiros, tenha escrito ou pronunciado discursos em favor do socialismo. Assim como também podemos afirmar que é falsa a história de uma bomba de dinamite que se lhe atribui”. Em seguida, convicto a inocência do capitão, conclui seu testemunho: “(O capitão) habituado desde a infância a viver no mundo e arrastado por mais de uma vez pelos turbilhões da vida, voluntariamente se desterrou, procurando agora o silêncio das florestas e nos encantos da vida rústica o esquecimento completo de antigas lutas”.

Quem teria sido esse socialista arrependido? Quem seria esse proprietário de terras e extrativista, possivelmente pecuarista, dada a vocação local para essa atividade? Por que se refugiou na floresta sem mais preconizar a propriedade coletiva dos meios de produção e a organização de uma sociedade sem classes? Ora, em 1905 havia poucos militantes da esquerda operária no Brasil, quase todos imigrantes europeus, na maioria, italianos e portugueses. Teria sido, então, esse ex-socialista um imigrante português que haveria comprado uma patente e se estabelecido no interior do Amapá em busca do “silêncio das florestas e dos encantos da vida rústica”? E onde foi que explodiu a tal bomba de dinamite? Com a palavra os pesquisadores da História do Amapá.

Jornal do Dia. JUNHO DE 2007

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

POEMAS DE BERTOLT BRECHT


(Do livro “Brecht Poemas – 1913-1956”, seleção e tradução de Paulo César Sousa, Brasiliense, 1987). Brecht é mais conhecido no Brasil como um dos maiores dramaturgos contemporâneos, mas também foi um grande poeta.

SALMOS
CANTO DA MULHER
1.      À noite, à beira do rio, no escuro coração dos arbustos vejo às vezes seu rosto novamente, o da mulher que amei: minha mulher, que agora está morta.
2.      Faz muitos anos, e por vezes nada mais sei dela, que era tudo, mas tudo passa.
3.      E ela era em mim como um pequeno zimbro nas estepes mongólicas, côncava com céu amarelo claro e grande tristeza.
4.      Vivíamos numa cabana negra à beira rio. Os mosquitos com frequência picavam seu corpo branco, e eu lia o jornal sete vezes, ou dizia: teu cabelo tem cor de sujo. Ou: não tens coração.
5.      Mas um dia, quando eu lavava minha camisa na cabana, ela chegou à porta e me viu e quis ir.
6.      E o que bateu nela até cansar disse: meu anjo –
7.      E o que havia dito: te amo – conduziu-a para fora e olhou sorridente para o céu e elogiou o tempo e apertou a mão.
8.      Já que ela estava fora, e a cabana ficou deserta. ele fechou a porta e sentou-se a ler o jornal.
9.      Desde então não a vi mais, e dela ficou unicamente o pequeno grito que soltou, ao voltar à porta de manhã, pois já estava fechada.
10.  Agora a cabana está apodrecida e o peito entupido de papel de jornal, e ànoitedeito-me à margem do rio, no escuro coração dos arbustos, e me recordo. 
11.  O vento tem cheiro de grama no cabelo, e a água grita sem cessar a Deus, pedindo paz, e eu na língua tenho um gosto amargo.

BALADA DA GOTA D’ÁGUA NO OCEANO
1
O verão chega, e o céu do verão
Ilumina também vocês.
Morna é a água, e na água morna
Também vocês se banham.
Nos prados verdes vocês
Armaram suas barracas. As ruas
Ouvem os seus cantos. A floresta
Acolhe vocês. Logo
            É o fim da miséria? Há alguma melhora?
            Tudo dá certo? Chegou então sua hora?
            O mundo segue seu plano? Não:
            É só uma gota no oceano.

2

A floresta acolheu os rejeitados. O céu bonito
Brilha sobre desesperançados. As barracas de verão
Abrigam gente sem teto. A gente que se banha na
            Água morna
Não comeu. A gente
Que andava na estrada apenas continuou
Sua incessante busca de trabalho.
Não é o fim da miséria. Não há melhora.
Nada vai certo. Não chegou sua hora.
O mundo não segue seu plano:
É só uma gota no oceano.

3

Vocês se contentarão com o céu luminoso?
Não mais sairão da água morna?
Ficarão retidos na floresta?
Estarão sendo iludidos? Sendo consolados?
O mundo espera por suas exigências.
Precisa de seu descontentamento, suas sugestões.
O mundo olha para vocês com um resto de esperança.
É tempo de não mais se contentarem
Com essas gotas no oceano.


PARÁBOLA DE BUDA SOBRE A CASA INCENDIADA

Gautama, o Buda, ensinou
A doutrina da roda da cobiça, à qual estamos atados, e
aconselhou
Livrar-se de toda cobiça e assim
Sem ambição penetrar no Nada, que ele denominou
Nirvana
Perguntaram-lhe então um dia seus alunos:
Como é esse Nada, mestre? Todos nós queremos
Livrar-nos de toda cobiça, como nos aconselhas, dize-nos
porém
Se esse Nada, no qual então penetraremos
É talvez como um ser-um com tudo criado
Ao deitar-se alguém na água, corpo leve, ao meio-dia
Sem pensamentos quase, sem preguiça deitado na água,
caindo
No sono, mal sabendo então que puxa a coberta
Afundando rapidamente. Se esse Nada, portanto
É assim contente, um bom Nada, ou se esse teu Nada
É simplesmente um Nada, frio, vazio, sem sentido.
Longamente silenciou o Buda, e disse então displicente:
Nenhuma resposta para vossa pergunta.
Mas á noite quando haviam partido
Sentado ainda sob o pé de fruta-pão, contou o Buda
aos outros
Aos que não haviam perguntado, a seguinte parábola:
Há pouco tempo vi uma casa. Queimava. A chama
Lambia o telhado. Aproximei-me e notei
Que ainda havia pessoas dentro. Cheguei à porta e
gritei-lhes
Que o telhado estava em fogo, incitando-as a assim
A sair rapidamente. Mas as pessoas
Pareciam não ter pressa. Uma delas me perguntou
Enquanto o calor lhe chamuscava a sobrancelha
Se não soprava o vento, se não havia uma outra casa
E coisas assim. Sem responder
Afastei-me novamente. Estes, pensei
Têm que queimar,até parar de fazer perguntas.
Em verdade, amigos
Àquele que ainda não sente o chão bastante quente
Para trocá-lo por qualquer outro, em vez de lá ficar,
a este
Nada tenho a dizer. Assim fez Gautama, o Buda.
Mas também nós, não mais ocupados com a arte de
suportar
Antes ocupados com a arte de não suportar, e
apresentando
Sugestões várias de natureza terrena, e aos homens
ensinando
A desvencilhar-se dos tormentadores humanos, achamos
que àqueles que
À vista dos iminentes esquadrões de bombardeios do
Capital gastam tempo a perguntar
Como pensamos em fazer isto, como imaginamos aquilo
E o que será de suas economias e de seus trajes de
domingo após uma reviravolta
Nada temos a dizer.

POEMAS SOBRE O TEATRO

REPRESENTAÇÃO DO PASSADO E PRESENTE EM UM

Aquilo que vocês representam, procurem representá-lo
Como se acontecesse agora. Encantada
A multidão está no escuro, em silêncio, transportada
De seu cotidiano. Agora
Trazem à mulher do pescador o filho, que
Os generais mataram. O que antes aconteceu
Neste local se dissipou. O que aqui acontece,
Acontece agora, e somente uma vez. A atuar assim
Vocês estão habituados, eu lhes aconselho agora
A juntar um outro hábito a este. Em sua atuação exprimir
também
Que esse instante é repetido
Com frequência em seu palco, que ainda ontem
Foi encenado, e assim também amanhã
Bastando que haja espectadores, haverá representação.
Do mesmo modo, não devem fazer esquecer
Através do Agora, o Antes e o Depois
Nem tudo aquilo que agora mesmo acontece
Fora do teatro, que é da mesma espécie
Tampouco o que nada tem a ver
Devem deixar inteiramente esquecer. Devem apenas
Destacar o instante, e nisso não esconder
Aquilo do qual o destacam. Dêem à atuação aquela
Característica de uma-coisa-após-a-outra, aquela atitude
De trabalhar o que se propuserem. Assim
Mostrar o fluir dos acontecimentos e o decorrer
De seu trabalho, e permitem ao espectador
Vivenciar esse Agora de muitas maneiras, como vindo
do Antes e se
Estendendo no Depois e tendo agora
Outras coisas mais ao lado. Ele não está apenas
Em seu teatro, mas também
No mundo.


PERCEPÇÃO

Quando retornei
Meu cabelo ainda não era grisalho
E fiquei contente.

Os trabalhos das montanhas deixamos para trás.
Diante de nós estão os trabalhos das planícies.


NO NASCIMENTO DE UM FILHO

(Segundo poema chinês de
SuTung-po, 1036-1101)

Famílias, quando lhes nascer um filho
Façam votos de que seja inteligente.
Eu, que pela inteligência
Arruinei minha vida
Posso apenas desejar
Que meu filho se releve
Parvo e tacanho.
Assim terá uma vida tranquila.
Como ministro do governo.

Lançamento do livro o Pato e o Lago


O PATO E O LAGO
                                          
     Pato mora no lago / Lago mora no pato. O Pato sem lago / Não é pato. O lago sem pato / Não é lago. Pato gosta da pata / Pata gosta do pato. O pato sem a pata / Não é pato. A pata sem o pato / Não é pata. O pato tem duas patas / A pata tem duas asas. O pato tem duas asas / A pata tem duas patas. O pato gosta da água /A água gosta do pato. A pata gosta da água / A água gosta da pata. O pato gosta da pata e da água / A pata gosta da água e do pato. O pato e a pata gostam de passear / Andam na terra / Nadam na água / E voam no ar. Sempre pensando / Para casa voltar.
    
O texto acima está recheado de ilustrações de Ozélio Muniz no livro "O Pato e o Lago" que será lançando na próxima quarta feira 19, por Romualdo Palhano no auditório da Biblioteca Pública Elcy Lacerda às 10 horas da manhã. É uma obra dedicada ao público infantil, mas com certeza o público adulto também se deliciará com a mensagem contida no livro.
     O lançamento se dará dentro do projeto "Era uma Vez" de contação de história para crianças que acontece todas as quartas feiras no auditório da biblioteca. Na ocasião será apresentados pequenos dramas para as crianças presentes, como: a dramatização da história do “pato e o lago” e ainda a história de "A onça e o bode". Rosa Rente é a coordenadora do referido projeto.
     A professora Ana Paula Costa Arruda que assume a disciplina literatura infantil no curso de letras da UNIFAP escreveu o prefácio do livro e fala um pouco da referida obra:
     "É com a simplicidade e a sabedoria prática dos antigos contadores de histórias que Romualdo Palhano se dedica com mestria à literatura infantil. As obras deste autor traduzem uma sensibilidade que aborda assuntos atuais e delicados sem perder o elemento maravilhoso que é tão peculiar na infância. Com o "Pato e o Lago" não é diferente. O livro é um casamento perfeito entre a linguagem verbal e a imagem, possibilitando à criança ver realmente os seres e as coisas com as quais precisam integrar na vida.
     O motivo central, da referida obra, mostra-se de imediato no título e na ilustração. Os textos são breves e desenvolvidos por ilustrações dinâmicas que, sutilmente, discutem as consequências de termos o meio ambiente alterado: "O pato sem lago / Não é pato". Assim, o pato, aflito diante das modificações de seu ambiente natural, personifica o fato de que a natureza precisa ser respeitada para que a vida se cumpra.

O lançamento será no dia 19.09.2012(quarta-feira) na Biblioteca Pública Elcy Lacerda, às 10h da manhã (Fonte: Unifap).

O que é Inteligência Artificial?

Rafaela Pozzebon

O tema “Inteligência Artificial” sempre atraiu muitas pessoas, das mais entusiasmadas com os filmes de ficção científica à grandes cientistas na área. A robótica, os filmes ficcionais, a manipulação de grandes máquinas, movimentos causados pelo pensamento humano, estes são alguns exemplos de Inteligência Artificial. Assim, sendo, podemos definir como Inteligência Artificial o ramo de pesquisas envolvendo computação que sempre busca construir mecanismos ou dispositivo capazes de simular os eventos do ser humano, como pensar, resolver problemas, enfim, ser inteligente.

  No ano de 1950, os cientistas Hebert Simon e Allen Newell começaram os estudos sobre Inteligência Artificial, eles foram os pioneiros na área com o primeiro laboratório na Universidade de Carnegie Mellon. Como vimos, o desejo de construir máquinas inteligentes vem de muito tempo e cada vez mais surgem novidades. No entanto, a Inteligência Artificial ganhou força somente com o desenvolvimento dos computadores.

  Inicialmente, o grande objetivo da Inteligência Artificial (IA) é criar máquinas que consigam desenvolver tanto atividades simples, rotineiras, como também aquelas que desenvolvem um trabalho extremamente complexo, assim sendo, elas precisam estar adaptadas ao meio como também, elaborar a tarefa para qual foi construída da maneira mais satisfatória possível, por sua vez, elas precisam ser capazes de aprender a desempenhar as suas tarefas.

Fundamentos

  A ideia inicial de uma máquina ser capaz de aprender algo acabou sendo repensada já que, o comportamento do ser humano é muito complexo para ser repassado à uma máquina, visto que, era impossível. Diante das dificuldades encontradas, a IA passou na década de 70 e 80 a ser vista como uma recriação do pensamento humano para a elaboração de máquinas capazes de desenvolver procedimentos impossíveis a uma pessoa. Deste modo, o ser humano deixou de ser um modelo atual e as máquinas começaram a ser desenvolvidas a partir de suas capacidades técnicas.

  As aplicações de IA nem sempre são vista e reconhecidas pelas pessoas, pois não está restrita apenas em grandes invenções e presas em laboratórios sofisticados, mas sim, é encontrada no dia a dia. Um bom exemplo de uso diário da IA é o sistema de freio de um carro moderno, ele é capaz de determinar a hora e a intensidade que deve ser acionado. Na robótica há muitos exemplos, cientistas criam robôs capazes de percorrer caminhos que um ser humano não conseguiria, com a finalidade de coletar informações. Esses robôs são programados para saber se locomover em trajetos difíceis, quando há alguma barreira eles conseguem identificar a melhor rota e desviar dos obstáculos.
Quais as aplicações da Inteligência Artificial?

Deste modo, há muitos exemplos de IA, não podemos esquecer de alguns modelos de máquinas fotográficas que foram programadas pra fazer o foco automático no rosto das pessoas e, em muitas delas, tirar a foto quando encontra um sorriso. Quem nunca usou um editor de textos e alguma frase ou palavra ficou sublinhada, pois bem, os corretores ortográficos dos processadores de texto de computador são produzidos com um sistema inteligente para detectar algum problema de sintaxe na frase e assim, oferecer uma possível correção. Os jogos eletrônicos também são bons exemplos do uso de IA, quem não ficou super entusiasmado quando surgiram os primeiros plays em que os jogadores precisavam apenas de movimentos do corpo para executar o jogo?

A medicina está repleta de máquinas com aplicação de IA, há instrumentos por exemplo, que além de detectarem o problema no paciente são capazes de determinar o melhor tratamento à ele. O entretenimento também foi um grande beneficiado com a IA, como destaque, os jogos de luta, em que muitas vezes, o jogador não consegue derrotar a maquina, pois ela é capaz de desenvolver estratégias a partir do movimento do usuário.


Abaixo alguns exemplos de aplicação de IA:
Jogos: O Deep Blue da IBM se tornou o primeiro programa de computador a derrotar o campeão mundial em uma partida de xadrez, ao vencer Garry Kasparov por um placar de 3,5 a 2,5 em um match de exibição. Kasparov disse que sentiu “uma nova espécie de inteligência” do outro lado do tabuleiro. O valor das ações da IBM teve um aumento de 18 bilhões de dólares. Ainda hoje há indícios que o jogo foi armado, pois a IBM negou-se a entregar os logs sobre o jogo, especialistas afirmam que na verdade o jogo foi uma farsa, pois não era a maquina que estava jogando e sim uma equipe de especialistas em xadrez.

Diagnóstico: Programas de diagnóstico medico baseados na analise probabilística foram capazes de executar tarefas no nível de um medico especialista em diversas áreas da medicina. Heckerman (1991) descreve um caso em que um importante especialista em patologia de gânglios linfáticos ridiculariza o diagnóstico de um programa em um caso especialmente difícil. Os criadores do programa sugeriram que ele pedisse ao computador uma explicação do diagnóstico. A máquina destacou os principais fatores que influenciaram sua decisão e explicou a interação sutil de vários sintomas nesse caso. Mais tarde, o especialista concordou com o programa.

Robótica: Muitos cirurgiões agora utilizam robôs assistentes em microcirurgias. O HipNav é um sistema que emprega técnicas de visão computacional para criar um modelo tridimensional da anatomia interna de um paciente, e depois utiliza controle robótico para orientar a inserção de uma prótese de substituição do quadril.

Reconhecimento de linguagem e resolução de problemas: O PROVERB é um programa computador que resolve quebra-cabeças de palavras cruzadas melhor que a maioria dos seres humanos, utilizando restrições sobre possíveis preenchimentos de palavras, um grande banco de dados de quebra-cabeças anteriores e uma variedade fonte de informações que incluem dicionários e bancos de dados on-line, como uma lista de filmes e dos atores que participam deles. Por exemplo, ele descobre que a pista “Nice Story” pode ser resolvido por “ETAGE”, porque seu banco de dados inclui o par pista/solução ”Story in France/ETAGE” e porque reconhece que os padrões “Nice X” e “X in France” com freqüência tem mesma solução. O programa não sabe que Nice é uma cidade da França, mas consegue resolver o quebra-cabeça.
  • Chinook foi declarado o campeão Homem-Máquina em Damas em 1994.
  • Deep Blue, um computador jogador de xadrez, derrotou Garry Kasparov em uma famosa disputa em 1997.
  • Lógica incerta, uma técnica para raciocinar dentro de incertezas, tem sido amplamento usada em sistemas de controles industriais.
  • Sistemas especialistas vêm sendo usados a uma certa escala industrial.
  • Sistemas tradutores, tais como SYSTRAN, têm sido largamente usados (no entanto, os resultados não são ainda comparáveis com tradutores humanos).
  • Redes Neurais vêm sendo usadas em uma larga variedade de tarefas, de sistemas de detecção de intrusos a jogos de computadores.
  • Sistemas de reconhecimento óptico de caracteres (OCR) podem traduzir letra escrita de forma arbitrária em texto.
  • Reconhecimento de escrita a mão é usada em milhões de Assistentes Pessoais Digitais.
  • Reconhecimento de voz está disponível comercialmente e é amplamente usado.
  • Sistemas de álgebra computacional, tais como Mathematica e Macsyma, são bons exemplos de aplicações de IA na solução de problemas algébricos.
  • Sistemas com Visão computacional são usados em muitas aplicações industriais.
  • Aplicações utilizando Vida Artificial são utilizados na indústria de entretenimento e no desenvolvimento da Computação Gráfica.
  • Sistemas baseados na idéia de agentes artificiais, denominados Sistemas Multiagentes, têm se tornado comuns para a resolução de problemas complexos.
  • Chatterbots (robôs de software para conversação), personagens virtuais que conversam em linguagem natural como se fossem humanos de verdade, são cada vez mais comuns na internet.

Inteligência Artificial na vida real

Hoje em dia, são várias as aplicações na vida real da Inteligência Artificial: jogos, programas de computador, aplicativos de segurança para sistemas informacionais, robótica (robôs auxiliares), dispositivos para reconhecimentos de escrita a mão e reconhecimento de voz, programas de diagnósticos médicos e muito mais.
E o futuro, o que nos reserva em relação a tecnologia de IA?

Não é difícil imaginar, pela proporção dos acontecimentos tecnológicos, que a grande tendência é a aplicação de IA em grande escala. O que já existe atualment será aperfeiçoado, assim, carros serão mais seguros, jogos e filmes cada vez mais reais, sistemas de segurança melhorados, enfim, o caminho está nos levando a isto. Pois bem, em minha opinião, a única coisa impossível a ser realizada é fazer uma máquina pensar como um ser humano, até por que, se isto acontecer, pode ser que a própria invenção acabe se revoltando contra o criador. Será que vale a pena este risco?

CIENTISTAS AFRICANOS ANUNCIAM NOVO REMÉDIO CONTRA A MALÁRIA


Maputo, Moçambique - Cientistas da Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul, anunciaram o desenvolvimento de um novo remédio para combater a malária. Sem nome comercial, é apresentado pela sigla MB 390048.
O medicamento promete combater os cinco tipos conhecidos da doença com um único comprimido, tomado uma só vez. Testes realizados em animais mostram que o micro-organismo causador da malária, o protozoário chamado Plasmodium, desapareceu do organismo após uma só dose do produto. E o medicamento ainda impede que o mosquito Anopheles transmita o mal a outras pessoas depois de picar alguém infectado.
Em 2010, a Organização Mundial da Saúde, órgão ligado a ONU, registrou 216 milhões de casos em todo o mundo. A malária causa, entre outras coisas, febre, mal-estar, fortes calafrios e anemia. Sem o tratamento adequado, que deve ter início logo após aparecerem os primeiros sintomas, a doença pode levar à morte.
No ano passado, cerca de 1 milhão de pessoas morreram de malária no mundo -- 890 mil só na África Subsaariana. No Brasil, 97% dos casos ocorrem na Amazônia. As principais vítimas são as crianças. As autoridades de saúde estimam que, no Continente Africano, uma criança morra a cada quarenta e cinco segundos por causa da malária.
Os cientistas sul-africanos comemoram o feito: é a primeira vez que uma pesquisa feita na África por pesquisadores locais chega a resultados tão concretos. Em um continente marcado por miséria, grandes distâncias e comunidades isoladas na selva, o remédio recém-descoberto traz grande esperança. Segundo os  pesquisadores, com a nova tecnologia, em duas ou três décadas pode ser possível erradicar a malária em todo o mundo.

Emerson Penha
Correspondente da EBC na África
Edição: Beto Coura
LINKS REFERENCIADOS
África
pt.wikipedia.org/wiki/África
Moçambique
pt.wikipedia.org/wiki/Moçambique

CIENTISTA PORTUGUÊS INVENTA GEL PARA CURAR FERIDAS DOS DIABÉTICOS


O gel foi criado por Lino Ferreira, investigador do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, e pode vir a resolver um problema que afeta 150 mil diabéticos em Portugal.

Um gel criado com o uso de células estaminais do sangue do cordão umbilical, que trata as feridas crónicas dos doentes diabéticos, acaba de ser patenteado por Lino Ferreira, investigador da Universidade de Coimbra, em parceria coma a empresa Crioestaminal.
O problema afeta 150 mil diabéticos em Portugal e o gel "resulta da necessidade de encontrarmos meios mais eficazes para o tratamento deste tipo de feridas, pois estima-se que 15% dos pacientes diabéticos tenham ulcerações do pé que não cicatrizam", explica o investigador.

O novo produto é composto por um co-cultura de células do sangue do cordão umbilical humano com células endoteliais (as células que se encontram no interior dos vasos sanguíneos) e um gel de biomimético, isto é, um gel produzido por componentes encontrados no sangue.
Melhorar o potencial regenerativo

Lino Ferreira esclarece que "em concreto, o que patenteámos foi uma nova metodologia para melhorar a sobrevivência e o potencial regenerativo das células estaminais do cordão umbilical".

O cientista de 41 anos de idade, já tem 14 patentes registadas a nível internacional, tendo sido sete dessas patentes licenciadas a empresas americanas, europeias e nacionais.
É coordenador de uma equipa do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, localizado em Cantanhede, no Biocant Park (parque de biotecnologia). A equipa é formada por mais de 20 investigadores e trabalha na modulação da actividade de células estaminais para utilização em Medicina Regenerativa e identificação de compostos no tratamento de doenças cardiovasculares.

Primeira aplicação em larga escala

André Gomes, administrador da Crioestaminal responsável pelas operações de investigação e desenvolvimento (I&D) da empresa, salienta que o gel patenteado "é uma nova aplicação para o sangue do cordão umbilical, para além das 81 doenças que já são tratadas com ele, mas é a primeira aplicação no tratamento de uma doença com grande incidência", isto é, que afeta um grande número de pessoas.

"Claro que não estamos a prometer nenhuma cura, mas estamos a dar um passo importante para lá chegar", acrescenta o gestor, que é também bioquímico de formação. André Gomes prevê que o gel esteja disponível no mercado, "em termos de utilização rotineira", dentro de cinco a dez anos.
Será sempre um medicamento fabricado à medida de cada paciente, "porque estamos a falar de terapia celular", uma área da medicina em grande expansão, onde há grandes expectativas quanto à cura de muitas doenças.

Ensaios clínicos ainda em 2012

Depois da patente registada, a próxima etapa será a dos ensaios clínicos em seres humanos, visto que os ensaios pré-clínicos em animais já foram feitos e tiveram sucesso. É uma etapa com duas fases, que deverá demorar dois a três anos.
"Estamos à procura de parceiros e de financiamento para os ensaios clínicos, onde pretendemos testar a eficácia e a segurança do gel, e queremos avançar com este processo ainda em 2012".

As células estaminais são células indiferenciadas existentes em todos os organismos multicelulares, que se podem dividir e diferenciar em diversos tipos de células especializadas, e que podem também autorenovar-se para produzir mais células estaminais.
Três anos de investigação

O projeto de investigação que conduziu à descoberta do gel durou três anos e a Crioestaminal investiu nele 600 mil euros. Os outros projetos de I&D em curso na empresa, em parceria com várias universidades, envolvem um investimento global de dois milhões de euros. 
A Crioestaminal foi o primeiro banco de células estaminais do sangue do cordão umbilical a ser criado em Portugal, em 2003, e a primeira empresa autorizada pela Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação.
É também a única empresa portuguesa acreditada pela Associação Americana de Bancos de Sangue (AABB), uma das duas entidades a nível mundial que estabelece critérios de qualidade específicos para os bancos de sangue do cordão umbilical.  (Fonte: Expresso)

Estudiosos de todo o mundo se reunirão em Foz do Iguaçu para debater discos voadores e extraterrestres


O evento será um dos maiores que já se fez sobre Ufologia no país e receberá pesquisadores e especialistas que garantem que estamos perto de um contato final com outras formas de inteligência
Foz do Iguaçu se prepara para mudar sua rotina em dezembro. Entre os dias 6 e 9 daquele mês a cidade será literalmente invadida por estudiosos e aficcionados pelos discos voadores e seres extraterrestres. Eles se reunirão também com cientistas e militares para discutir a ação em nosso planeta de outras inteligências cósmicas e a necessidade de revelação à sociedade de toda a verdade sobre os UFOs.
A proposta do IV Fórum Mundial de Ufologia – I UFOZ 2012 – é apresentar fatos que comprovem que estamos sendo visitados por discos voadores, discutir propostas para a pesquisa do tema e tornar mais visível a questão perante a população. Para tanto, 22 conferencistas de 12 países foram convocados pelo Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV), organizador do evento, para apresentarem palestras.
As inscrições já estão abertas e todos os interessados podem participar. O evento ocorrerá no Hotel Golden Tulip Internacional Foz, no centro da cidade. Ufólogos renomados dos Estados Unidos, Canadá, Chile, México, Inglaterra, Itália e Argentina, entre outros, já confirmaram sua presença. Para saber mais sobre o IV Fórum Mundial de Ufologia – I UFOZ 2012 – e fazer sua inscrição, clique na imagem abaixo ou acesse o site: www.ufoz.com.br

Tradicional 'pato no tucupi' está entre os pratos mais caros do Círio 2012


 Dieese aponta que, além de raramente encontrado, pato está saindo caro.
Segundo o estudo, pato vivo custa de R$ 40 a R$ 50 em feiras livres.


Uma pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) na manhã desta quinta-feira (13), revela que o almoço do Círio, considerado o natal dos paraenses, ficará mais caro em 2012. As pesquisas foram realizadas semanalmente em feiras livres, mercados municipais e supermercados da Grande Belém. O estudo é realizado em parceria com a Diretoria da Festa de Nazaré.
Pato no tucupi (Foto: Divulgação)
De acordo com o levantamento, realizado deste o inicio do mês de agosto pelo Dieese, o pato continua difícil de se encontrar e caro. A situação é um pouco pior no caso do pato vivo, pois  continua em falta na maioria das feiras livres da região metropolitana de Belém.
Algumas dessas aves foram encontradas somente nas feiras da avenida Romulo Maiorana e no Ver-o-Peso, com preços variando entre R$ 40,00 a R$ 50,00 por unidade, dependendo do tamanho e peso. Já o pato congelado pode ser encontrado na maioria das redes de supermercados, custando entre R$ 7,99 e R$ 9,75.
Porém, um dos mais tradicionais produtos que acompanha direta ou indiretamente a maioria dos pratos normalmente servidos no almoço do Círio continua sendo o tucupi. Nas feiras do Ver-o-Peso, além do acompanhamento ser encontrado em grande quantidade, é a melhor opção para quem busca os preços mais baixos.
O litro do tucupi no Ver-o-Peso está sendo comercializado em média a R$ 1,50. Já a garrafa pet de 2 litros custa em média R$ 3. Em outras feiras, como a do bairro do Jurunas, Guamá, São Brás, Telégrafo e 25 Setembro, o litro do tucupi é comercializado por valores de R$ 2 a R$ 2,50. A garrafa de 2 litros custa entre R$ 4 e R$ 5. Confira os preços destes dois produtos, tucupi e pato, pesquisados pelo Dieese:
Produto
Valor
Pato vivo em feiras livres
R$ 40 a R$ 50
Pato congelado (kg) em supermercados
R$ 7,99 a R$ 9,75
Tucupi garrafa pet (2 litros) em feiras livres
R$ 3 a R$ 5
Tucupi garrafa pet (2 litros) em supermercados
R$ 5,58 a R$ 12,65

O tradicional tucupi da Eliete, que é vendido na barraca da comerciante localizada na Feira da 25, tem os seguintes preços: a garrafa de 1 litro de Tucupi custa R$ 3 e a pet de 2 litros é comercializada a R$ 6. Ainda na venda da Eliete, a garrafa 2 litros do tucupi concentrado está custando R$ 10.
Nos supermercados da região metropolitana de Belém, o litro do tucupi está sendo comercializado com preços que variam de R$ 3,90 a R$ 6,30. Já a garrafa de 2 litros custa entre R$ 5,58 e R$ 12,65, dependendo do local de compra e da marca. Segundo o Dieese, até o dia do Círio, com o aumento da procura dos produtos, é possível que os preços sofram reajustes.

Últimos seis anos

Além do pato congelado, os supermercados da Grande Belém também passaram a disponibilizar aos consumidores vários produtos do tradicional almoço do Círio, entre eles o Tucupi. Mas, de acordo com o Dieese, os preços continuam elevados e a diferença de preço chega a 50% entre os vários pontos de vendas, dependendo da marca. (Fonte:g1.globo.com/pa. )