Como o silêncio é uma árvore dormindo e um oco à espera do desejo, expresso meu princípio e estratégia de beijar-te perante o fogo do amor e o som das palavras.
Não justifico esta vontade só pelo prazer de interpretar metáforas, pois tudo urge no rio em seu curso indômito, sobre o rosnar das águas que lhe arranham o dorso pétreo. É um compartilhamento perene de dons alimentados mutuamente depois de tantas estiagens e abruptas enchentes, desses vilipêndios que causamos pela nossa natureza, talvez humana.
Penso que um ciclo temporal da vida não satisfaz o beija-flor. Apesar da abundância de flores sequer ele dispensa primaveras.
O tempo abre caminhos que se estreitam ao sabor da gravidade. E os sulcos da epiderme onde outrora líquidos corriam, abrigam fótons de raios siderais e apenas lampejos de dores passadas.
O amor, então, não é fator de espanto, de risco ou substância para qualquer sobrevivência, antes é uma nítida energia que transforma as leis do tempo em furtivas estrelas.
Afirmo, pois, que o meu amor não é discurso que reduz insumos oriundos de sistemas prontos, não se mensura por linguagens de processos. Ele é fonte criadora, útil, nascida, morta e renascida da alquimia da alma, da música estelar que harmoniza a vida.
Eu beijo à reorientação do inesperado, porque o amor não colhe néctar diariamente nem se prende a primaveras ou solstícios invernais, é mais que uma tabela, uma equação, é a minha e a tua vontade em dois relógios atrasados na viagem que não planejamos ao rio, ao mar e às estrelas.
Eu conto com o cúmplice ardume do amor: a poesia. Eu trago a contemporaneidade do sonho: o pesadelo do futuro, o ambiente maltratado, a água impura. Eu vivo! Ora, eu canto a perplexidade da vida e a paradoxal ternura que há nesses caminhos que contigo andei e continuo andando, obstinado, rumo ao pó das estrelas.
Não justifico esta vontade só pelo prazer de interpretar metáforas, pois tudo urge no rio em seu curso indômito, sobre o rosnar das águas que lhe arranham o dorso pétreo. É um compartilhamento perene de dons alimentados mutuamente depois de tantas estiagens e abruptas enchentes, desses vilipêndios que causamos pela nossa natureza, talvez humana.
Penso que um ciclo temporal da vida não satisfaz o beija-flor. Apesar da abundância de flores sequer ele dispensa primaveras.
O tempo abre caminhos que se estreitam ao sabor da gravidade. E os sulcos da epiderme onde outrora líquidos corriam, abrigam fótons de raios siderais e apenas lampejos de dores passadas.
O amor, então, não é fator de espanto, de risco ou substância para qualquer sobrevivência, antes é uma nítida energia que transforma as leis do tempo em furtivas estrelas.
Afirmo, pois, que o meu amor não é discurso que reduz insumos oriundos de sistemas prontos, não se mensura por linguagens de processos. Ele é fonte criadora, útil, nascida, morta e renascida da alquimia da alma, da música estelar que harmoniza a vida.
Eu beijo à reorientação do inesperado, porque o amor não colhe néctar diariamente nem se prende a primaveras ou solstícios invernais, é mais que uma tabela, uma equação, é a minha e a tua vontade em dois relógios atrasados na viagem que não planejamos ao rio, ao mar e às estrelas.
Eu conto com o cúmplice ardume do amor: a poesia. Eu trago a contemporaneidade do sonho: o pesadelo do futuro, o ambiente maltratado, a água impura. Eu vivo! Ora, eu canto a perplexidade da vida e a paradoxal ternura que há nesses caminhos que contigo andei e continuo andando, obstinado, rumo ao pó das estrelas.
Oi Fernando! Parabéns pelo seu blog. Estarei sempre aqui bebendo de sua sabedoria. Abração!
ResponderExcluirObrigado, Mãrcia, estou engatinhando... Logo, logo, vou chegar perto do seu blog que é muito legal. Abraços.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirFernado, meu querido amigo, fico muito feliz que sua poesia possa nos visitar de maneira mais rápida com o seu blog. E ainda, com seu coração maravilhoso iluminando suas belas palavras. Só não jogue fora letras de músicas maravilhosas... Ufa!.. Ainda bem que baby foi salvo a tempo! Quando aparecer qualquer "rabisco"por aí... por favor, antes de pensar em jogar fora, me envie por e-mail, pois agora vc é um homem internauta... Abraço fraterno!!
ResponderExcluirAté que enfim, meu caro vc se rendeu à rêde. Vou visitá-lo, sempre, para conferir as novidades. Abs.
ResponderExcluirFala irmão!
ResponderExcluirMantenha este espaço de luz para nossa felicidade. Bem vindo a blogsfera!
Chico Terra
Oi Fernando! Até que não demorou muito pra você ficar "blogado". Estou feliz por todos terem acesso as sua idéias. Parabéns.
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